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Alana Saraiva

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Dos Híbridos aos Elétricos 
 Panorama sobre os Veículos e a Transição de Mercado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Alana Ketly Bezerra Saraiva - 172011787 
alanasaraiva30@gmail.com 
 
 
 
 
 
Resumo 
Este artigo traz um panorama sobre a atual evolução tecnológica e mercadológica dos veículos 
elétricos, movidos apenas à eletricidade, e faz um paralelo com os veículos híbridos, os quais têm 
duas fontes de energia de propulsão e já estão presentes no mercado há alguns anos. Através de 
um estudo de caso, compara os dois tipos de veículos e mostra a transição que está ocorrendo em 
todos os âmbitos. Por conseguinte, culmina na análise do impacto causado por tais condições à 
sociedade, à economia, ao meio ambiente e ao sistema econômico vigente. O estudo traz os dois 
tipos de propulsão, representada por dois modelos distintos, e mostra vantagens, desvantagens, 
funcionamento, custos e viabilidade, aceitação e versatilidade de cada um e os motivos de haver 
uma lenta transição entre eles no mercado consumidor. Como resultados desta análise, obtêm-se um 
impacto multilateral, que atinge os diversos níveis da sociedade, com diferentes intensidades e 
efeitos. A conclusão mostra como esta transição e seus impactos afetam a sociedade e o meio 
ambiente e embasa a eletricidade como o futuro da motricidade automotiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Introdução 
1.1. Motivações Para o Estudo 
Embora se pense o contrário, os veículos elétricos, conhecidos pela siga VE, ou EV, em tradução do 
inglês Eletric Vehicle, estão em produção desde o início dos anos 1800, isto mesmo. Sob a sigla se 
encontram os diversos tipos de veículos que utilizam eletricidade como forma de propulsão, seja ela 
aliada ou não a um motor a combustão. Há os elétricos puros (BEV, da sigla em inglês para Battery 
Eletric Vehicles), que não utilizam motores a combustão nem combustíveis fósseis para gerar 
energia, há os híbridos puros (HEV, da sigla Hibrid Eletric Vehicles), que utilizam como fonte de 
energia principal um motor a combustão e como fonte secundária um motor elétrico, podendo este 
receber energia de uma fonte externa, como a tomada de casa, ou do próprio motor a combustão, 
que carrega as baterias através de um circuito. 
No contexto histórico, esse tipo de veículo viveu altos e baixos, passou por grandes momentos, como 
a grande oferta do petróleo e a abundância de motores a combustão de grande deslocamento, 
resistiu aos tempos da segunda guerra mundial, até renascer a partir dos anos 1970, quando a 
conjuntura política e econômica mundial traziam o embargo da OPEP ao petróleo, a elevação do 
preço dos barris e grandes filas nos postos de gasolina, o que voltou os olhares do mundo para os 
EV, novamente. 
Atualmente, e sendo a maior motivação para este estudo, os EVs estão em pleno desenvolvimento, 
sua tecnologia, design e autonomia estão cada vez maiores, enquanto o seu custo de produção cai, 
e isto traz a discussão a transição que está acontecendo dentro desse valioso mercado: os veículos 
híbridos puros cedendo lugar para os elétricos puros de alta autonomia, abandonando 
completamente o uso de combustíveis fósseis como fonte de locomoção. O impacto geral que isso 
causa é a motivação principal deste artigo. 
1.2. Problemática 
Os híbridos puros, já bastante inseridos no mercado consumidor, como o Toyota Prius, primeiro HEV 
comercial que o mundo já viu, foram um marco para o desenvolvimento da indústria automotiva como 
um todo, trazendo lado a lado inovação tecnológica, respeito ao meio ambiente e sensação de status 
elevada, ou seja, desejos da indústria e dos consumidores. O Prius, por exemplo, vendeu 18 mil 
unidades apenas em 1997, quando foi lançado. Consumidores que não sabiam de que se tratava 
aquele produto acabavam comprando, dada evolução que ele representava. Querendo ou não, 
dentro de um intervalo de 50 anos, houve uma transição de motores conhecidos como Big Block, de 
grande deslocamento volumétrico e consumo absurdo de gasolina, para motores pequenos, 
auxiliados por motores elétricos que funcionavam até meias velocidades, como o do Prius, 
diminuindo drasticamente o consumo, se comparado àqueles grandes e beberrões motores antigos. 
Com o lançamento, já nos anos 2000, dos All Eletric Nissan Leaf e Tesla Roadster, por exemplo, 
mais um passo foi dado: o uso de motores a combustão foi suprimido a zero com estes precursores, 
visto que eles utilizavam um conjunto de baterias compostas de elementos químicos com 
propriedades aplicáveis a tal fim como forma de armazenagem de energia, esta vinda das tomadas 
das residências ou dos pontos de recarga, isto mesmo, energia elétrica do lar abastecendo baterias 
dos veículos. Outro marco para a indústria. 
A problemática está no hiato tecnológico entre esses dois tipos de produtos, mesmo passados quase 
20 anos de convívio no mercado, visto que o preço dos veículos totalmente elétricos já não é muito 
caro e o dos híbridos também não assusta, embora eles não consumam combustíveis fósseis e 
sejam de um apelo ambiental sem precedentes, ainda há empecilhos à uma transição completa entre 
eles, e os impactos dessas condições são grandiosos. 
1.3. Justificativa 
Este artigo encontra sua justificativa na complexidade que há por trás da evolução dos veículos 
híbridos. Ademais do fato de serem produtos conhecidos de uma boa parte dos consumidores, pouco 
se atenta para ponderar o impacto que esse tipo de transição gera nos mais diversos âmbitos da 
vida. Embora tragam proteção ao meio ambiente, diminuição nos níveis de poluentes, cada vez 
maiores níveis de interação com os condutores e outros benefícios, eles também mexem com a 
economia, com o governo, com os empregos de milhares de trabalhadores, com a logística mundial, 
com o dia-a-dia dos cidadãos. Os efeitos da transição do uso de veículos ainda movidos à 
combustão primariamente, embora auxiliados por motores elétricos, para o uso de veículos que 
podem ser ligados nas tomadas do próprio lar ou em postos de carregamento nos shoppings e 
praças são complexos, e são discutidos neste artigo. 
1.4. Objetivo Geral 
Comparar os dois tipos de produtos, mostrando tudo que inere a cada um deles, desde aquilo que é 
comum até aquilo que é considerado mais inovador e ótica de estudo deste artigo, o tipo de 
propulsão, e mostrar como a tecnologia de propulsão elétrica caminha para superar o uso de 
combustíveis fosseis e mudar profundamente a sociedade e a economia com um todo. 
1.5. Objetivo Específico 
Mensurar o impacto causado pela transição que está ocorrendo no mercado de veículos elétricos e 
híbridos e discutir sobre a superioridade tecnológica a de um produto sobre o outro e o qual benéfico 
ele vai ser para a sociedade. 
 
2. Levantamento Bibliográfico 
Consultando bancos de dados sobre o assunto dos EVs, é possível ver o quão grandiosa é sua 
ascensão. Desde o final dos anos 90, no lançamento do Toyota Prius, esse crescimento é ainda mais 
vertiginoso. Construtoras dos grandes países, entre tradicionais, como a própria Toyota, e as 
recentemente criadas, como a Tesla Motors, investiram massivamente em pesquisa, tecnologia, 
logística e desenvolvimento de plantas fabris para oferecer opções de todos os tipos de veículos, 
para todos os tipos de clientes. A presença de veículos híbridos e elétricos no mercado se mostrou 
crescente, e segundo dados do importante relatório Global EV Outlook 2017, a frota global desse tipo 
de veículo passou de 1,3 milhão de unidades em 2015, para mais de dois milhões de unidades em 
2016 e 3 milhões no final do ano de 2017, ou seja, provas de um crescimento vertiginoso, que não 
parou por aí. 
No primeiro trimestre de 2018, já havia 3,2 milhões de EV rodando pelas cidades do mundo, segundo 
relatório divulgado em julho daquele ano pela EV Volumes, um banco de dados que compila vendas 
mundiais de veículos elétricos. As vendas totais em 2018, segundo o relatório da Bloomberg New 
EnergyFinance (BNEF), divulgado em 2019, a venda de EV ultrapassou as 2 milhões de unidades. 
Este relatório é a previsão anual de longo prazo de como a eletrificação e a mobilidade 
compartilhada impactarão o transporte rodoviário até o ano de 2040. Dados deste mesmo relatório 
apontam expectativa de vendas em torno dos 10 milhões de unidades de EV em 2025, 28 milhões 
em 2030 e exorbitantes 56 milhões de unidades em 2040. Com base nos dados econômicos, 
industriais, de consumo e de acessibilidade ao produto. 
Os dados de 2019 referente à venda de eletrificados, disponíveis no relatório divulgado pela EV 
Sales Blog, mostra um total de 2,2 milhões de unidades vendidas, um crescimento de 10% se 
compara ao ano de 2019. 
O BNEF também aponta que da frota atual de veículos, cerca de 2,15 bilhões de unidades, tem 0.5% 
de veículos elétricos, entre seus vários tipos. Revela ainda que a frota pode chegar a 540 milhões de 
unidades em 2040, mas a realidade é: aumentar a quantidade de EV rodando no planeta vai levar 
tempo, porém o crescimento das vendas, dos investimentos, dos pontos de recarga para os BEV, 
Battery Eletric Vehicles, e os PHEV, Plug-in Hibrid Eletric Vehicles, o aumento da renda das famílias, 
a diminuição do custo de produção desse tipo de veículo e a consolidação da viabilidade e dos 
benefícios que esse tipo de produto traz ao meio ambiente em geral já geram impactos grandiosos 
no atual estado de desenvolvimento mundial. 
3. Desenvolvimento 
3.1. Vendas e Marketshare 
Os relatórios sobre as vendas de EV trazem dados muito confiáveis e projeções nada duvidosas 
acerca desse assunto, porém, se o objetivo deste estudo é mostrar a transição que está acontecendo 
entre os veículos híbridos e os veículos puramente elétricos, são necessários dados mais 
específicos, ou seja, de uma divisão segmentada do tipo de veículo eletrificado que é mais vendido 
dentro desse mercado. 
É possível notar tal segmentação analisando os dados do Relatório anual de 2019 da empresa EV 
Sales Blog, que mostrou que de um total de 2,2 milhões de eletrificados vendidos no planeta, 74% 
foram carros totalmente elétricos, enquanto os híbridos e híbridos plug-in foi de 265 do marketshare. 
Isso mostra o quão rapidamente está acontecendo a transição do mercado de veículos que ainda 
utilizam motores a combustão interna como fonte primária de propulsão para aquele em que os 
veículos totalmente elétricos dominarão 100% das vendas. 
Mas o que são, na realidade, estes dois tipos de produtos? Um veículo híbrido puro, HEV, é aquele 
no qual o motor principal que propulsiona o veículo é à combustão interna. A função do motor 
elétrico, aqui, é apenas melhoras a eficiência daquele que é o principal, fornecendo tração em baixa 
potencia, por exemplo. Um veículo puramente elétrico, BEV, é aquele que utiliza apenas motores 
elétricos, dependendo de seu sistema de tração e seu projeto de engenharia, para propulsionar o 
veículo. A energia elétrica que faz o veículo funcionar é armazenada nas placas de baterias de lítio, 
que ficam instaladas por toda a extensão do veículo. 
Tome-se como exemplo de HEV o BMW i8, modelo que utiliza um motor a combustão de 1,5 litros e 
234 cavalos de potência aliado a um motor elétrico de 266 KW. Para exemplificar os BEV, um Tesla 
Model X, na sua versão P90D, que trás dois motores elétricos, um em cada eixo, sendo o do eixo 
dianteiro de 194 KW e o do eixo traseiro com 375 KW. 
Quais as vantagens e desvantagens desses dois tipos de produtos, quais os seus custos de 
produção, a logística de matéria prima para a produção de cada um, os gastos que eles geram, o seu 
custo benefício? Qual o impacto desses produtos no quotidiano? O que explica a vertiginosa 
mudança no marketshare de vendas entes nos últimos 10 anos? 
3.2. Características do produto 
Os EV têm em comum algumas vantagens e algumas desvantagens, em todos os âmbitos de 
comparação, e cada uma delas afeta de forma diferente o mercado, o quotidiano, além de se 
encontrar em um estado diferente de enfoque ou influência sobre o desenvolvimento e a venda dos 
veículos. 
3.2.1. Vantagens 
A redução da poluição ambiental proporcionada pelo fato de não emitirem quaisquer quantidade de 
gases estufa no seu funcionamento é um dos maiores trunfos dos elétricos, o que os põe em 
vantagem quando comparados com os híbridos, já que, por mais que contem com um motor elétrico 
e que tenham um consumo de combustível melhorado em relação aos veículos a combustão 
simples, eles ainda têm esse este tipo de motor como sua principal fonte de propulsão, gerando, 
ainda que menores, emissões de poluentes na atmosfera. À época de seu lançamento, o BMW I8 
tinha um conjunto motor que emitia cerca de 60 gramas de CO² por km rodado, segundo dados do 
programa de desenvolvimento BMW Vision EfficientDynamic, já o Tesla Model X, como não utiliza 
combustíveis fósseis, não emite gases estufa. 
A redução da poluição sonora, pelo fato de não terem o barulho dos motores a combustão, também é 
uma vantagem para os elétricos. Seu som é um zumbido fino e quase imperceptível, o que auxilia na 
vida a bordo, facilitando conversas, proporcionando qualidade de rodagem e na execução das 
mídias presentes nos veículos. 
A poupança nos combustíveis, ou seja, o menor custo por quilómetro já é uma marca registrada da 
eficiência dos modelos híbridos, como o i8, por exemplo, que tem consumo médio declarado em 
ficha técnica de 47 km/l de combustível, o que abaixa drasticamente o valor de cada km rodado. Já 
nos elétricos, este custo zera, fazendo dele ainda melhor no quesito eficiência energética. 
O conforto ao dirigir, proporcionado pelos câmbios automáticos, pelo maior espaço interno disponível 
e proporcionado pela falta do motor a combustão, visto que as baterias, nos projetos mais atuais se 
espalham por toda a extensão do veículo, dando-lhes muito espaço interno é um design marcante, o 
que é outro ponto forte dos elétricos e híbridos. 
Existem outras vantagens como a maior eficiência do motor totalmente elétrico, em comparação ao 
combinado, em ermos de consumo de KW/h, e a existência de sistemas de recuperação de energia, 
que utiliza alguma energia antes desperdiçada pelo veículo, para carregar as baterias e melhorar a 
autonomia. 
3.2.2. Desvantagens e Desafios 
O preço dos veículos elétricos e híbridos ainda é grande empecilho a massificação do consumo, 
mesmo que haja, em muitos mercados, programas de auxílio ao acesso a esse tipo de produto, 
como os subsídios do governo americano, por exemplos, e as vantagens oferecidas a alguns 
modelos no Brasil. Pesquisa da BNEF, da agência Bloomberg, mostra que o preço dos eletrificados 
alcançará o preço dos veículos movidos por motores de combustão interna já em 2025, com base na 
maior produção daqueles, no barateamento da tecnologia pela quantidade de veículos produzidos, e 
com base também no crescimento econômicos dos países mais consumidores. 
A autonomia, por sua vez, está cada vez mais sendo superada. Quanto mais novos são os produtos, 
com mais autonomia declarada eles vêm, e ainda mais eficientes, por exemplo. O i8 conta com um 
carregador portátil vendido como acessório, que carrega a bateria do motor elétrico em apenas 
1h30min, porém o motor elétrico desse modelo só tem autonomia de 47 km, no modo de condução 
mais econômico o modelo da Tesla, Model X, tem tempo de carga total de 9 horas, para uma 
autonomia de 415 km, podendo ser carregado por 3 horas para poder rodar cerca de 280 km, 
segundo anuncio da própria montadora americana. Outra forma de estender a autonomia desses 
modelos foi investir em pontos de carregamento rápidos, que hoje estão espalhados pelo mundo 
inteiro, em estacionamentos, prédios, praças, parques, pedágios, restaurantes e ouros pontos. O 
número desses postos atingiu 1,45 milhão de unidades em 2015, enquanto em 2010 eram 20 mil 
unidades apenas. 
A matriz energética, como um todo, é um ponto de muito foco para os híbridos e elétricos, pois 
mostracomo o ciclo se fecha. Os híbridos, infelizmente, utilizam ainda o combustível fóssil para se 
locomover, porém, os veículos elétricos, com seus carregadores, podem receber energia elétrica de 
uma fonte poluidora, como a termoelétrica, ou que agridam o meio ambiente, coimo as hidrelétricas e 
as eólicas. O importante é que a fonte de energia, seja para qualquer um deles, também seja limpa, 
como a energia solar. 
A escassez iminente de lítios, o elemento químico utilizado na fabricação das baterias do EV puros 
também é um desafio, e dos maiores, pois o preço desse material está em constante aumento no 
mercado internacional, e logo será necessária uma alternativa ao seu uso. 
A logística de produção é outro desafio para ambos os produtos, porém mais ao elétrico, visto que 
seus componentes, na maioria, eletrônicos e de alto desempenho, são fabricados em diferentes 
países, o que encarece o fornecimento e, com isso, o produto. 
Os desafios mostram como o crescimento desse tipo de veículo, tanto em produção, quanto em 
vendas, está em um ritmo além do que se pode imaginar. Os impactos desse fato estão presentes 
em todas as sociedades, em todos os países, nas mias diferentes óticas de análise. 
3.3. Impactos 
Há uma serie de impactos causados pela mudança de fonte de energia dos veículos de passeio, 
caminhões, ônibus e outros meios de transporte. 
No tocante ao emprego, haverá um aumento substancial na demanda de alguns tipos de 
profissionais, como os que trabalham nas minas e exploradoras de lítio, os cientistas 
desenvolvedores de soluções para os sistemas elétricos e outros presentes nesse tipo de veículo e 
os técnicos que cuidarão das redes de abastecimento em postos elétricos espalhados pelo mundo. 
Quanto ao bem estar das famílias, no que diz respeito à consciência ambiental, cada vez mais se 
tem buscado geração de energia limpa nos lares, pelo uso de painéis solares conectados a rede 
convencional, por exemplo. Os EV são mais uma forma de aumentar essa consciência. Quando se 
fala do acesso a esse tipo de veículo, há um crescente mercado de seminovos em crescimento, 
dando a possibilidade a quem não pode comprar esse tipo de produto zero de ter um, e trocar seu 
automóvel por um EV. Quando se olha para o desenvolvimento de sistemas mais eficientes para 
equiparem as futuras gerações de elétricos, veem-se as faculdades, institutos, escolas de 
engenharia investindo em novos cursos, em novas tecnologias, em pesquisa aplicada, muitas destas, 
aliás, financiadas pelas próprias montadoras. Quando se olha para o mercado, vê-se uma crescente 
cooperação entre montadoras tida como grandes concorrentes, na busca por soluções na mobilidade 
eletrificada que se anuncia cada vez mais rapidamente. Quando se olha para as vendas, percebe-se 
que ainda há um grande caminho a seguir, visto que apenas 0,6% dos veículos do planeta é 
eletrificado, atualmente, porém o s dados que foram apresentados aqui reforçam que a eletricidade é 
o futuro, e que ela deve ser cada vez mais difundida, tanto na venda de veículos quanto em outros 
âmbitos. São esses impactos que afetam e afetarão a vida de todos os cidadãos, com maior ou 
menor intensidade, porém certamente o farão. O mundo já não é mais o mesmo. 
 
4. Conclusão 
Apesar de tantos impactos que têm sido causados durante os últimos anos, a energia elétrica 
utilizada para mover os veículos é uma realidade – vide os números de vendas – e tal realidade traz 
consigo novos rumos. As mudanças que estão acontecendo podem ser complexas, como realmente 
são, mas somente embasam o novo tipo de combustível que está por se tornar, ao longo desse 
século, o principal tipo de propulsão dos veículos de passeio e de passageiros. Os veículos elétricos 
estão cada vez mais presentas no mercado, e assim continuarão movidos pela inovação tecnológica 
e pela evolução da engenharia e do pensamento nas futuras gerações. 
 
5. Referências Bibliográficas 
A Ascenção dos Elétricos, por Yuri Vasconcelos para FAPESP, 2017; 
Carros Elétricos, Caderno FGV Engenharia, ano 4, 2017; 
https://futuretransport.com.br/veiculos-eletricos-mesmo-preco-do-a-combustao-em-2025/, Março de 
2019; 
https://www.uol.com.br/carros/noticias/redacao/2019/03/03/tesla-model-3-e-o-eletrico-mais-vendido-
do-mundo-veja-a-lista.htm, Março de 2019; 
Veículos Elétricos e Híbridos – Panorama Patentário no Brasil, Instituto Nacional de Propriedade 
Industrial, 2018;

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