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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP EaD Projeto Integrado Multidisciplinar Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas LUCIO PEREIRA DUARTE NETO – 0550933 SISTEMA DE TELEATENDIMENTO MÉDICO PARA CONSULTA DE PACIENTES VIA APP/WEB CAMPINAS 2021 LUCIO PEREIRA DUARTE NETO – 0550933 SISTEMA DE TELEATENDIMENTO MÉDICO PARA CONSULTA DE PACIENTES VIA APP/WEB Projeto Integrado Multidisciplinar VII Projeto Integrado Multidisciplinar para a obtenção do título de Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas apresentado à Universidade Paulista – UNIP EaD. Orientador: Prof. Diego Dias Rocha CAMPINAS 2021 Resumo A telemedicina compreende uma infinidade de práticas relacionadas ao uso de tecnologias da informação na área da saúde para permitir o atendimento remoto. Antes um tema polêmico e pouco difundido entre os profissionais no Brasil, a prática se tornou uma necessidade, tendo em vista o aumento exponencial de casos de covid- 19 no país. O Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Ministério da Saúde aprovaram, em caráter de excepcionalidade enquanto durar a pandemia de covid-19, uma resolução que libera o trabalho remoto e o uso da telemedicina por parte dos médicos. O atendimento remoto evita o deslocamento de pacientes em busca de serviços de saúde, assim, aqueles que estão saudáveis preservam suas possibilidades de contaminação nesse trajeto. Já aqueles pacientes que estão infectados ou com suspeita, fazem reduzir a circulação do vírus. O objetivo deste trabalho é apresentar um projeto de um sistema de teleatendimento médico via internet que tem como propósito diminuir as visitas e agilizar os atendimentos médicos garantindo a integridade, a segurança e o sigilo de informações, bem como os registros das consultas em prontuário clínico. Palavras-chave: telemedicina, atendimento remoto, covid-19, teleatendimento, internet Abstract Telemedicine comprises a multitude of practices related to the use of information technologies in the health area to enable remote care. Formerly a controversial topic and little diffused among professionals in Brazil, the practice has become a necessity, in view of the exponential increase in cases of covid-19 in the country. The Federal Council of Medicine (CFM) and the Ministry of Health approved, as an exception for the duration of the covid-19 pandemic, a resolution that frees up remote work and the use of telemedicine by doctors. Remote care avoids the displacement of patients in search of health services, thus, those who are healthy preserve their possibilities of contamination along this path. Those patients who are infected or with suspicion, on the other hand, reduce the circulation of the virus. The objective of this paper is to present a project for a medical tele-assistance system via the Internet, which aims to reduce visits and streamline medical care, ensuring integrity, security and confidentiality of information, as well as the records of consultations in clinical records. Keyword: telemedicine, remote care, covid-19, teleservice, internet SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................6 2. EMPREENDEDORISMO..........................................................................................8 2.1 Plano de negócios......................................................................................8 2.2 Business Model Canvas............................................................................9 3. PROJETO DE SISTEMAS ORIENTADO A OBJETOS..........................................11 3.1 Requisitos funcionais..............................................................................11 3.2 Requisitos não funcionais.......................................................................11 3.3 Regras de negócio...................................................................................12 3.4 Diagrama de casos de uso......................................................................13 3.5 Diagrama de classes................................................................................17 3.6 Diagrama de sequência...........................................................................17 4. GESTÃO DA QUALIDADE....................................................................................19 4.1 Metodologia de qualidade.......................................................................20 5. GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE SOFTWARE...........................................23 5.1 Termo de abertura de projeto..................................................................23 5.2 Definição de matriz de papéis e responsabilidades..............................25 5.3 Cronograma de atividades e custos.......................................................25 5.4 Análise de riscos......................................................................................26 6. CONCLUSÃO.........................................................................................................27 REFERÊNCIAS..........................................................................................................28 6 1. INTRODUÇÃO A telemedicina engloba um variado e diverso número de práticas relacionadas ao uso de tecnologias da informação na área da saúde para permitir o atendimento remoto. De acordo com o Portal da Telemedicina (2021), é um processo avançado para monitoramento de pacientes, troca de informações médicas e análise de resultados de diferentes exames que teve sua origem em Israel, em meados dos anos de 1950, sendo bastante aplicada em países como Estados Unidos, Canadá e países da Europa. O que antes um tema polêmico e pouco difundido entre os profissionais no Brasil, a prática se tornou uma necessidade, tendo em vista o aumento exponencial de casos de covid-19 no país., tendo como marco principal a resolução divulgada no fim de março pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) que permite o trabalho remoto de médicos. Logo em seguida o Ministério da Saúde ratificou a liberação do uso da telemedicina em uma portaria publicada no Diário Oficial da União. A decisão do CFM e do Ministério da Saúde ocorre em caráter de excepcionalidade e tem validade enquanto durar o combate à pandemia de covid-19, em especial porque a telemedicina pode ser uma ferramenta importante para evitar a propagação do novo coronavírus entre os brasileiros. O atendimento a distância evita que os pacientes precisem sair do isolamento para procurar os serviços de saúde, preservando suas possibilidades de contaminação no transporte público e nos próprios locais de atendimento. Além disso, pacientes infectados ou com suspeita de covid-19 podem permanecer em quarentena e diminuir a circulação do vírus. Visto os pontos que podem ajudar os pacientes de uma forma geral é possível abordar o tema da preservação dos profissionais da área de saúde também. A questão é ainda mais importante quando se tem um contexto como o brasileiro, em que é visível e preocupante a falta de materiais de proteção, como máscaras, luvas, toucas, entre outros. Portanto, com essa prática, os médicos podem transmitir orientações e acompanhar pacientes sem entrar em contato físico direto com eles, permanecendo em segurança. Também é interessante observar que os atendimentos remotos podem ajudar a diminuir a pressão nos sistemas de saúde, um dos principais pontos de preocupação 7 dos especialistas em relação a pandemias. A telemedicina permite,afinal, que os pacientes recebam orientação e monitoramento de casa, deixando as clínicas e os hospitais livres para quem realmente precisa de um cuidado presencial. No Brasil, segundo o Portal da Telemedicina (2021), a telemedicina teve seu início na década de 90, justamente com a expansão da internet, e é aplicada em sua maior parte na emissão de laudos. Nos últimos anos várias empresas de saúde, instituições de medicina e órgãos reguladores vem fazendo um esforço ativo para a promoção, disseminação e o desenvolvimento dessa fermenta, sendo que em os esforços forram recompensados pela regulamentação da Lei 1.643 de 2002, que permite o uso de computadores e celulares para atendimento médicos em áreas remotas, responsabilizando o médico pela proteção dos dados dos pacientes. Embora tenha representado um avanço à época, a norma não compreende os avanços tecnológicos e as novas possibilidades desenvolvidas nas quase duas décadas desde a publicação. Para finalizar, o ofício do CFM especifica três práticas liberadas: teleorientação (transmitir encaminhamentos para pacientes em isolamento), telemonitoramento (acompanhar indicadores de saúde do paciente a distância) e teleinterconsultas (troca de informações entre médicos). Por outro lado, a Portaria do Ministério da Saúde, descreve que os atendimentos devem acontecer em um meio que garanta a integridade, a segurança e o sigilo de informações, bem como a necessidade de registro das consultas em prontuário clínico. Depois de observado todos os pontos que foram abordados nessa introdução este trabalho tem como principal objetivo apresentar um projeto de um sistema de teleatendimento médico via internet que tem como propósito diminuir as visitas e agilizar os atendimentos médicos em épocas de pandemias nos hospitais. 8 2. EMPREENDEDORISMO 2.1 Plano de negócios Todo negócio surge para suprir uma dor, uma demanda de um tipo de cliente. O sucesso de um negócio depende de uma infinidade de variáveis, mas, com certeza, o quesito planejamento é o mais importante. Araujo Neto (2013) descreve o planejamento como o estudo antecipado das ações que serão realizadas ou colocadas em prática juntamente com os objetivos que se deseja alcançar, proporcionando condições racionais para que a empresa seja organizada e gerenciada com base em hipóteses sobre a realidade atual e futura. Para ajudar os empreendedores existem as mais variadas ferramentas, sendo a mais assertiva e utilizada é o Plano de Negócios que, segundo Biagio (2015 apud Araujo Neto, 2013), é considerado o mais completo e indispensável instrumento de planejamento para as micro e pequenas empresas, seja para o início das atividades quanto para o balizamento de resultados depois de alguns anos de atuação. Araujo Neto (2013) relata que não existe tamanho ou composição ideal para um plano de negócios e que cada empresa deve buscar a metodologia que melhor lhe convém, sempre de acordo com seus objetivos. Dornelas (2008 apud Araujo Neto, 2013) segue a mesma linha de não existir um plano de negócios ideal, mas por outro lado ressalta que a estrutura básica de um plano de negócios tradicional deve ser elaborada seguindo os critérios abaixo: 1. Capa 2. Sumário 3. Sumário executivo 4. Descrição da empresa 5. Análise estratégica 6. Produtos e serviços 7. Plano operacional 8. Plano de recursos humanos 9. Análise de mercado 10. Estratégia de marketing 11. Plano financeiro 12. Anexos 9 2.2 Business Model Canvas Criado em 2004 por Alexander Osterwalder e aprimorado em 2010, o Business Model Canvas (BMC), é uma solução bastante eficiente e simples que possibilita a qualquer indivíduo um entendimento comum sobre o que está acontecendo no negócio através de um modelo totalmente visual. De acordo com Gava (2014), no BMC, cada representa um ponto de vista sob a forma que a organização cria, entrega e captura valor, podendo ser verificado de que modo cada componente contribui para a geração de valor, permitindo identificar por meio de técnicas de criação do conhecimento os elementos possíveis e imagináveis que devem compor um determinado modelo de negócio. A seguir é possível encontrar como funciona divisão dos componentes do BMC, segundo o SEBRAE (2021): • Parceiros chave: Devem ser relacionadas quais as outras empresas serão parceiras do negócio. Geralmente, são serviços necessários para o funcionamento do empreendimento e os fornecedores. • Atividades chave: As ações necessárias para a realização da proposta de valor. • Recursos chave: Os recursos necessários para realizar a proposta de valor, para fazer o negócio funcionar. • Proposta de valor: Defina o produto ou serviço e o valor para os clientes. O valor, a razão ou o motivo pelo qual os clientes se interessam e adquirem os produtos e serviços. • Relacionamento com o cliente: Defina aqui como fazer para conquistar e manter uma boa relação com os clientes. • Canais: Defina de que forma os produtos serão conhecidos, como chegarão aos clientes e como os clientes irão interagir com o negócio. • Segmento de mercado: Defina quem são os clientes que se pretende atender. Eles têm um perfil específico? Como estão agrupados? Onde estão localizados? Há uma necessidade comum? • Estrutura de custos: Levante o que vai ser gasto para realizar a proposta de valor. 10 • Fontes de renda: Defina aqui como e quanto se pagará pelos produtos. Figura 1 – Business Model Canvas: Startup de teleatendimento médico Fonte: Autor (2021) 11 3. PROJETO DE SISTEMAS ORIENTADO A OBJETOS 3.1 Requisitos funcionais Para Machado (2016), os requisitos funcionais são todos aqueles pontos que descrevem o comportamento de um sistema, contendo as ações para cada tipo de entrada, o que o sistema deve realizar e as saídas esperadas. Na mesma linha, Ribeiro (2015) descreve os requisitos funcionais como aqueles que envolvem todo o correto funcionamento do software, sua integração com outros sistemas, suas interfaces e a garantia de que qualquer alteração feita não afete a aplicação. Requisitos Funcionais Identificador Nome RF001 Cadastrar perfil paciente RF002 Realizar o login RF003 Iniciar o agendamento consulta RF004 Consultar e seleciona especialistas RF005 Selecionar data e horário RF006 Selecionar local RF007 Selecionar método de pagamento RF008 Finaliza agendamento 3.2 Requisitos não funcionais Ribeiro (2015) salienta que os requisitos não funcionais surgem na fase de projeto arquitetural, estão ligados às características comportamentais do software e não são solicitados pelos usuários. Portanto, segundo Machado (2016), estes requisitos são aqueles que expressam como deve ser feito algo e estão relacionados com padrões de qualidade como confiabilidade, performance, robustez etc. Requisitos Não Funcionais Identificador Nome RNF001 Autenticação dos perfis para ser executado o login RNF002 Integração com um banco de dados para consultar especialistas RNF003 Integração com um banco de dados para consultar data e horário disponível de cada especialista RNF004 Integração com API de pagamento 12 RNF005 Integração com um banco de dados para a gravação do agendamento do paciente RNF006 Uso de design responsivo para rodar em ambiente web RNF007 Compatibilidade com sistemas operacionais Windows, Linus e Mac 3.3 Regras de negócio Regra de negócio, de acordo com Machado (2016), são aqueles requisitos que estão diretamente ligados ao processo de negócio, ao como se faz, aos conceitos de subprocesso, de tarefas de um processo. Esses requisitos também podem ser obtidos através de uma observação detalhada da execução de um processo e do estudo da documentação de normas e processos. Em outras palavras,existem uma série de critérios e restrições para que uma atividade/funcionalidade seja executada e as regras de negócio são essas permissões ou restrições que precisam ser atendidas para que a funcionalidade tenha êxito em sua execução. Requisitos de Negócios Identificador Nome RN001 Validação da criação de perfil - conferir e-mail e senha RN002 Validação da autenticação do perfil para login - conferir e-mail e senha RN003 Ao selecionar o médico, acessar banco de dados e verificar especialidade RN004 Ao selecionar horário e data, acessar banco de dados e verificar disponibilidade do médico e retornar data e horário RN005 Ao confirmar a consulta, acessar API de pagamento e fornecer os meios – boleto, cartão, transferência, pix RN006 Validação da autenticação do perfil para pagamentos e validação dos dados de pagamento escolhidos. 13 3.4 Diagrama de casos de uso Para Versolatto (2015), casos de uso podem ser considerado a descrição detalhada dos requisitos constantes em um sistema de software, que seguem uma determinada metodologia e um determinado padrão. Cockburn (2005 apud Versolatto, 2015) pensando na completude do modelo de casos de uso propõe uma abordagem que contém alguns elementos com o intuito de guiar a especificação de um modo mais completo, conforme explicitado abaixo: • Identificação: nome do caso de uso. • Escopo: descreve sucintamente a que contexto se refere o caso de uso, podendo ser um processo de negócio, um sistema ou um subsistema. • Descrição do propósito: descrição sucinta do objetivo do caso de uso. • Ator primário: ator principal do caso de uso. • Pré‑condições e pós‑condições: o que deve ser verdadeiro antes e após a finalização do caso de uso. • Fluxo normal: descrição do passo a passo normal do caso de uso. • Fluxo alternativo: descrição de passos alternativos que podem ser executados dentro de uma sequência normal de passos. • Requisitos relacionados: lista de requisitos que estão representados pelo caso de uso. Um caso de uso pode conectar um ou mais requisitos de tipos diferentes, funcionais e não funcionais Figura 2 – Diagrama de caso de uso Fonte: Autor (2021) 14 Na figura 3, é apresentada a tela de login do sistema de teleatendimento. Para iniciar a utilização, o usuário deve inserir seu email cadastrado e sua senha criada e apertar o botão ‘Entrar’. Figura 3 – Tela de login Fonte: Autor (2021) Na figura 4, é apresentada a tela ‘Página inicial’ do sistema de teleatendimento. Nesta tela o usuário (paciente) encontrará todas as informações importantes do sistema. No menu lateral existem as opções de: • Página inicial – sempre que quiser voltar ao menu principal • Agendar consulta – para iniciar o agendamento • Alterar consulta – para alterar uma consulta já agendada • Cancelar consulta – para cancelar uma consulta já agendada • Especialidade – lista de especialidades cadastradas no sistema • Exames – lista de exames pedidos • Pagamento – meios de pagamento • Perfil – perfil do paciente • Sair – opção de sair do sistema e fazer um ‘logout” Também é possível observar na Página inicial a telas com as Próximas consultas, ultimas consultas e Acompanhamentos – onde os especialistas podem trocar mensagens com os pacientes. 15 Figura 4 - Página inicial Fonte: Autor (2021) A figura 5 representa o inicio de um agendamento de consulta, onde o primeiro passo a ser realizado é a seleção da especialidade que se está buscando. Feito a seleção, o próximo passo é escolher o profissional da saúde que vai te atender, conforme mostra a figura 6. O próximo passo então, é selecionar uma data, com horário e local de atendimento, conforme figura 7. Figura 5 – Agendar consulta: Passo 1 Fonte: Autor (2021) 16 Figura 6 – Agendar consulta: Passo 2 Fonte: Autor (2021) Figura 7 – Agendar consulta: Passo 3 Fonte: Autor (2021) Figura 8 – Agendar consulta: Passo 4 Fonte: Autor (2021) 17 3.5 Diagrama de classes De acordo com Booch, Jacobson e Rumbaugh (2006 apud Versolatto, 2015), o diagrama de classes é um diagrama UML que tem como objetivo representar a estrutura estática das classes de um sistema de software. Portanto, nele estarão contidas as representações das classes, seus atributos, métodos e o relacionamento existente entre as classes. No entanto, Versolatto (2015) ressalta que é importante saber que em um modelo de classes não são representadas somente as classes, mas deve ser detalhado o que cada uma representa dentro do domínio do problema. Figura 9 – Diagrama de classes Fonte: Autor (2021) 3.6 Diagrama de sequencia De acordo com Versolatto (2015), o diagrama de sequência representa a interação de um conjunto de objetos, a troca de mensagens entre eles para resolver um problema especifico e tem como uma característica super positiva a possibilidade 18 de se visualizar a troca de mensagens de forma sequencial e encaixada em uma linha de tempo. Figura 10 – Diagrama de sequência Fonte: Autor (2021) 19 4. GESTÃO DA QUALIDADE No momento em que um produto ou um serviço começa a ser desenvolvido o tema da qualidade surge automaticamente. Segundo Ribeiro (2015), essa área de estudo tem como objetivo principal garantir um desenvolvimento de software que esteja de acordo com características técnicas definidas pelo usuário/cliente no início e no decorrer do processo de criação. Para que esse processo de qualidade não favoreça uma empresa em detrimento de outra e seja feito de maneira igual por todas, a NBR ISO (ABNT, 2000a) salienta que existem normas e metodologias especificas a serem seguidas e alcançadas em um determinado grau para que o produto/serviço atenda às necessidades de seus usuários. Ainda de acordo com a ABNT (2021), a normas as normas que estabelecem um consenso internacional em terminologia tornam a transferências de tecnologia muito mais fácil e segura, sendo assim uma etapa primordial no desenvolvimento de novas tecnologias e na disseminação da inovação. Se os conceitos da qualidade forem aplicados corretamente, podem trazer alguns benefícios para a organização, conforme ilustrado abaixo: Figura 11 - Benefícios da qualidade Fonte: Autor (2021) 20 4.1 Metodologia de qualidade Antes de ser definida qual a metodologia a ser aplicada é preciso entender um pouco mais do cenário em que a startup se encontra. De acordo com Isique (2020), as startups são gerenciadas de maneira diferente em relação as empresas tradicionais, seja pelo próprio empreendedor ou pelo ambiente de inovação que elas estão inseridas. Para Arruda (2014, apud Isique, 2020), é sabido que nos dias atuais existem uma infinidade de ferramentas, técnicas, boas práticas e metodologias que auxiliam os gestores no desenvolvimento saudável de um projeto, mas as limitações e incertezas fazem com que o objetivo principal seja diminuir os riscos de mortalidade, focando na identificação do nível de maturidade atual para somente assim, direcionar as atividades e ações a serem realizadas para o nível correto. Depois de entender o cenário macro em que a startup deste projeto está inserida foi possível fazer uma análise interna e perceber que a empresa é nova no mercado e não possui muitos recursos financeiros, por isso, a metodologia de qualidade mais adequada seria a Melhorias do Processo de Software Brasileiro (MPS- BR). De acordo com Ribeiro (2015), o MPS-BR foi criado em 2003 com o objetivo de incentivar as pequenas e médias empresas brasileiras de produção de software a implantar um modelo de qualidade de melhoria de processo com custos mais acessíveis, alinhado aos padrões e normas internacionais, comoo CMMI, ISO/IEC 12207, ISO/IEC 15504 e ISO/IEC 25000, e sendo requisito básico para o fornecimento de software para o governo e muitas empresas do setor privado. Figura 12 - Componentes do Modelo MPS Fonte: Autor (2021) 21 No Guia Geral MPS de Software, desenvolvido pela Softex (2012), este modelo está dividido em quatro componentes, conforme figura acima, que são utilizados como modelo de referências para o desenvolvimento de todo o processo de software. • Modelo de referência para software: Contém os requisitos que os processos devem atender para estar em conformidade com o MR-MPS-SW. Contém definições dos níveis de maturidade, processos e atributos, de acordo com a ISO/IEC 15504-2. • Modelo de referência para serviços: Contém os requisitos que os processos devem atender para estar em conformidade com o MR-MPS-SV. Contém definições dos níveis de maturidade, processos e atributos, de acordo com a ISO/IEC 15504-2. • Método de avaliação: Contém o processo e o método de avaliação MA-MPS, os requisitos para os avaliadores líderes, avaliadores adjuntos e Instituições Avaliadoras (IA). Está em conformidade com os requisitos da norma ISO/IEC 15504‑2. • Método de negócios: Descreve as regras de negócio para implementação dos modelos de referência de software e de serviços pelas instituições implementadoras e para o método de avaliação pelas instituições avaliadoras (IA). Ribeiro (2015) destaca que, além destes 4 componentes, existem 7 níveis de maturidade, que são as classificações que as organizações recebem de acordo com a avaliação, e 19 processos distribuídos nos níveis definidos, que são as atividades que as organizações precisam praticar para atingir os níveis de maturidade do modelo. Na figura abaixo pode ser observado como funciona esse processo do modelo, onde para cada nível de maturidade são definidos processos que indicam as boas práticas que precisam ser implementadas pela organização com o objetivo de atingir as metas que foram estipuladas para cada fase evolucional. 22 Figura 13 – MPS.BR: processos x Nível de maturidade Fonte: Autor (2021) 23 5. GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE SOFTWARE 5.1 Termo de abertura de projeto O termo de abertura de projeto terá início assim que o gerente de projetos receber a documentação do escopo constando as informações mais importantes sobre o projeto, bem como a formalização de seu início. De acordo com Ribeiro (2015), este documento deve conter algumas informações básica acerca do projeto a ser desenvolvido, como por exemplo: • Objetivo do projeto • Descrição do escopo do projeto • Principais parte interessadas envolvidas no projeto • Dependências de outros projetos • Prazos e custos do projeto PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE TELEATENDIMENTO MÉDICO PARA CONSULTA DE PACIENTES VIA APP/WEB TERMO DE ABERTURA DO PROJETO PROJECT CHARTER 1. Descrição do projeto A telemedicina compreende uma infinidade de práticas relacionadas ao uso de tecnologias da informação na área da saúde para permitir o atendimento remoto. Antes um tema polêmico e pouco difundido entre os profissionais no Brasil, a prática se tornou uma necessidade, tendo em vista o aumento exponencial de casos de covid-19 no país. O atendimento a distância evita que os pacientes precisem sair do isolamento para procurar os serviços de saúde. Dessa maneira, as pessoas se preservam das possibilidades de contaminação no transporte público e nos próprios locais de atendimento. Além disso, pacientes infectados ou com suspeita de covid-19 podem permanecer em quarentena e diminuir a circulação do vírus. Pensando nisso surgiu a ideia de desenvolver um sistema de teleatendimento médico via internet que tem como propósito diminuir as visitas e agilizar os atendimentos médicos em épocas de pandemias nos hospitais. O sistema será desenvolvido para atender diferentes tipos de clientes que possam utilizar sistema web ou mobile. 2. Objetivos do projeto 24 • Sistema de teleatendimento médico via internet • Diminuir as visitas • Agilizar os atendimentos médicos • Agendar, alterar e cancelar consultas • Agendar, alterar e cancelar exames 3. Descrição do produto final (escopo) • Landing page • Página de login – admin, paciente e médicos • Área para agendar, alterar ou cancelar consultas e exames • Área para ser feita consulta online • Área para ser feito o acompanhamento da consulta • Versão Web, PWA, Android e iOS 4. Principais envolvidos • Gerente de projetos • Desenvolvedor frontend • Desenvolvedor backend • Analistas de customer experience • Designer UX/UI • Tester 5. Dependências do projeto • Aprovação junto ao cliente do design do sistema • Compra e aprovação da licença da Apple App Store e Google Playstore para poder publicar em sistema nativo 6. Prazo e Custo do projeto Prazo estimado: • 6 meses Custo estimado: • R$217.376,25 7. Gerente do projeto • O gerente do projeto será o Sr. Carlos Mazé Campinas, 18 de outubro de 2021 ________________________________ Gerente Externo ao Projeto 25 5.2 Matriz de papéis e responsabilidades De acordo com Ribeiro (2015), uma matriz de papéis e responsabilidades tem como objetivo principal a definição de quais são as competências requeridas para cada membro da equipe, resultando em uma análise que define quem são os executores e os decisores dentro do projeto. Figura 14 – Matriz de papéis e responsabilidades Fonte: Autor (2021) 5.3 Cronograma de atividades e custos O cronograma de atividades é considerado uma parte essencial de todo projeto, pois com ele é possível estimar o andamento, ver uma “foto” do momento atual e projetar os próximos passos. Segundo Ribeiro (2015), o tempo é um evento muito difícil de se controlar e qualquer mudança, seja ela pequena ou grande, pode afetar diretamente o prazo final do projeto. Sendo assim, para evitar o máximo possível as falhas que podem causa fracassos, o indicado pelo autor é que esse processo seja desenvolvido em conjunto com a equipe, com atividades de até no máximo 5 dias para projetos tradicionais – caso seja utilizado SCRUM esse prazo passa de 1 semana até no máximo 4 semanas por tarefa. 26 Figura 15 – Cronograma de atividades Fonte: Autor (2021) 5.4 Análise de riscos Todo projeto que se preze deve ser embasado em cima de uma análise de riscos do que pode ser encontrado pela frente. Muitas vezes após ser feita essa análise muitos empreendedores descobrem que pode não fazer muito sentido ou ser racional colocar suas ideias para funcionar naquele momento, setor, nicho. De acordo com Ribeiro (2015), a análise de riscos, quando bem feita, evita danos ao projeto, aumenta a produtividade, reduz o retrabalho e com ações preventivas pode-se economizar tempo e dinheiro no projeto, evitando que estes riscos se tornem sérios problemas. Figura 16 - Análise SWOT Fonte: Autor (2021) 27 6. CONCLUSÃO O desenvolvimento deste trabalho buscou explorar a situação global atual com os efeitos do covid-19 e entender que tipos de negócios poderia, não só surgir, mas prosperar como resultado deste trágico cenário. Com o auxilio dos mais variados conteúdos de empreendedorismo, foi possível utilizar as ferramentas mais atuais do mercado de startups para o desenvolvimento de um plano de negócios efetivo. A base, utilizada como apoio para o plano, contou com o apoio de um Termo de Abertura de Projeto, com definições de matriz de papéis e responsabilidades, cronograma de atividades, análise de riscos e a definição da metodologia de qualidade de software que melhor se adequa a realidade de uma empresa iniciante. Também deve ser salientado que foram levantadosos requisitos funcionais, não funcionais e regras de negócios que são indispensáveis para um desenvolvimento claro e confiável. No mesmo vértice, foram confeccionados diagramas de casos de uso, de atividades, de sequencia e de classe que fazem com que o entendimento do funcionamento do sistema de teleatendimento seja claro até para pessoas leigas no assunto. Por fim, depois de entender as necessidades do negócio, foi mais fácil de decidir qual ferramenta e frameworks seria melhor utilizar para o desenvolvimento do projeto. Já que é um sistema de teleatendimento médico via internet que tem como propósito diminuir as visitas e agilizar os atendimentos médicos em épocas de pandemias nos hospitais, foi definido pela utilização de Javascript, com React e Material, que trazem um maior dinamismo e responsividade para o sistema, aliado ao banco de dados em nuvem, Google Firebase. 28 REFERÊNCIAS ARAUJO NETO, Antônio Palmeira de. Empreendedorismo. São Paulo: Editora Sol, 2013. Associação Brasileira De Normas Técnicas (ABNT). NBR ISO 9000: Sistemas de gestão da qualidade – Fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro, 2000a. Associação Brasileira De Normas Técnicas (ABNT). Sobre a normalização. 2021. Disponível em: < http://www.abnt.org.br/normalizacao/sobre> Acessado em: 01/10/2012 GAVA, Éverton Marangoni. Concepção e análise de modelos de negócios por meio do Business Model Canvas. Criciuma, 2014. Disponível em: < http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/2457/1/%c3%89verton%20Marangoni%20Ga va.pdf> Acessado em: 07/10/2021 ISIQUE, Luis Horácio Ramos. Modelo de avaliação da maturidade de startups de base tecnológica. 2020. Disponível em: < http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5300/1/CP_PPGI_M_Isique%2c_Luis_ Horacio_Ramos_2020.pdf> Acessado em: 05/10/2021 MACHADO, Felipe Nery Rodrigues. Análise e gestão de requisitos de software: onde nascem os sistemas. 3.ed. - São Paulo: Érica, 2016. Disponível em: <https://books.google.com.br/booksid=MYdiDwAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt- PT#v=onepage&q&f=false> Acessado em: 03/10/2021 PORTAL TELEMEDICINA. O que é Telemedicina e como funciona?. São Paulo, 2021. Disponível em: < https://portaltelemedicina.com.br/blog/telemedicina-o-que-e-e- como-funciona> Acessado em: 10/10/2021 RIBEIRO, André Luiz. Engenharia de Software II. São Paulo: Editora Sol, 2015. ________, André Luiz. Gerenciamento de Projetos de Software. São Paulo: Editora Sol, 2015. SEBRAE. Sebrae Canvas. 2021. Disponível em: < https://sebraecanvas.com/#/?checkedSAS=true> Acessado em: 07/10/2021 SOFTEX. MPS.BR - Melhoria de Processo do Software Brasileiro: Guia Geral MPS de Software. 2012. Disponível em: < https://www.softex.br/wp- content/uploads/2013/07/MPS.BR_Guia_Geral_Software_2012-c-ISBN-1.pdf> Acessado em: 05/10/2021 VERSOLATTO, Fábio Rossi. Análise de Sistemas Orientada a Objetos. São Paulo: Editora Sol, 2015. ____________, Fábio Rossi. Projeto de Sistemas Orientados a Objetos. São Paulo: Editora Sol, 2015. http://www.abnt.org.br/normalizacao/sobre http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/2457/1/%c3%89verton%20Marangoni%20Gava.pdf http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/2457/1/%c3%89verton%20Marangoni%20Gava.pdf http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5300/1/CP_PPGI_M_Isique%2c_Luis_Horacio_Ramos_2020.pdf http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5300/1/CP_PPGI_M_Isique%2c_Luis_Horacio_Ramos_2020.pdf https://books.google.com.br/books?id=MYdiDwAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt-PT#v=onepage&q&f=false https://books.google.com.br/books?id=MYdiDwAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt-PT#v=onepage&q&f=false https://portaltelemedicina.com.br/blog/telemedicina-o-que-e-e-como-funciona https://portaltelemedicina.com.br/blog/telemedicina-o-que-e-e-como-funciona https://sebraecanvas.com/#/?checkedSAS=true https://www.softex.br/wp-content/uploads/2013/07/MPS.BR_Guia_Geral_Software_2012-c-ISBN-1.pdf https://www.softex.br/wp-content/uploads/2013/07/MPS.BR_Guia_Geral_Software_2012-c-ISBN-1.pdf
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