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Revisão de imunologia clínica
Profª Jéssica Gomes
Imunologia Clínica
Biomedicina
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Imunologia Clínica
A imunologia é uma área da biologia que estuda o sistema imune de um individuo, incluindo as células e a moléculas participantes desse processo.
O setor de imunologia clínica é um dos mais movimentados, neles são feitos diferentes exames, como testes de gravidez, pesquisas de anticorpos para doenças (ex. Hepatite B), além da busca por anticorpos importantes em doenças autoimunes, como o fator reumatoide (FR).
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A imunologia investiga como o corpo se defende de agressões internas e externas, analisando os componentes do sistema de defesa, os órgãos nos quais os componentes de defesa são produzidos e como eles são treinados para evitar a propagação de uma infecção. 
Nesse contexto, a Imunologia Clínica é uma disciplina que se dedica a trabalhar com o sistema imunológico, executando testes que permitem a identificação de uma infecção presente ou passada, além de orientações sobre como prevenir doenças ao ensinar o sistema imunológico a se defender, antes do contato com o patógeno (caso das vacinas), entre outras ações.
Nesta Unidade de Aprendizagem, vamos conhecer as diferenças entre plasma e soro, analisando como eles podem ser utilizados; vamos também, estudar as reações imunológicas cruzadas e o preparo de soluções e diluições.
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O que são antígenos e anticorpos?
Para que haja uma resposta do sistema imunológico, são necessários antígenos e anticorpos. 
Os anticorpos – são proteínas em forma de Y responsáveis por proteger o organismo contra infecções, sendo produzidos em resposta a um microrganismo invasor.
Os antígenos – são substâncias capazes de desencadear uma resposta imunológica, sendo específico para cada microrganismo, e que se liga diretamente ao linfócito ou a um anticorpo para gerar a resposta imune, que normalmente resulta na destruição do microrganismo e, assim, fim da infecção.
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Vamos frezar então quão o significado de antígenos e acs:
Anticorpos são proteínas produzidas pelo sistema imunológico e fazem parte da imunidade adaptativa. As suas funções incluem a ativação do sistema complemento, o aumento da atividade citotóxica de células natural killer e granulócitos e o aumento da opsonização e da fagocitose. O início da produção de anticorpos se dá de sete a dez dias do contato inicial com o antígeno; então, antes desse período, somente o ramo inato da resposta imune está ativo.
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Reação imunológicas:
A reação imunológica ocorre pelo reconhecimento e pelo encaixe molecular entre um Ag e seu anticorpo específico. 
Interação entre as células do sistema imune;
Produção dos anticorpos;
‘Mísseis teleguiados’ contra os antígenos do patógeno.
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A reação imunológica ocorre pelo reconhecimento e pelo encaixe molecular entre um Ag e seu anticorpo específico. 
Interação entre as células do sistema imune;
Produção dos anticorpos;
‘Misses teleguiados’ contra os antígenos do patógeno.
Como um anticorpo pode se ligar a AGS se liguem aos anticorpos que não apresentam sua melhor complementaridade por meio de ligações mais fracas com regiões semelhantes, mas não idênticas, aqueles que o induziram. Essa ligação é chamada de reações cruzadas .
O sistema imune éu sistema de reconhecimenti molecular, baseado no encaixe de células e moléculas que participam a nossa defesa. 
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Reações cruzadas
Chave e fechadura 
Reação cruzada 
Um anticorpo interage com um antígeno diferente daquele que estimulou a sua produção.
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Vamos falar um pouco mais sobre as reações cruzadas e como ela se relacionam com a imunologia clínica. 
O sistema imune é um sistema de reconhecimento molecular baseado totalmente no encaixe entre as células e moléculas que participam da nossa defesa, para fazer isso as células do sistema imune interagem até a produção dos anticorpos, que vão agir como misseis teleguiados contra os antígenos dos patógenos. 
A interação correta entre antígenos e anticorpos ocorre como uma chave e uma fechadura, em situações normais a chave da sua casa, vai abrir somente a porta da sua casa e não a do vizinha, em uma reação cruzada um anticorpo interage com um antígeno diferente daquele que estimulou a sua produção ou seja como se a sua chave também abrisse a casa da vizinho e isso é muito arriscado, pois a sua casa e a casa do vizinho ficam vulneráveis .
Reação cruzada ocorre então, quando um anticorpo interage com um antígeno diferente daquele que estimulou a sua produção. 
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Preparo de soluções e titulação 
Além dos soros muitos dos reagentes utilizados são soluções que podem ser tanto preparadas como compradas prontas para o uso. 
Solução mais concentrada que precisa ser diminuída; 
Testes sorológicos expressos por títulos (diluição) :
VDRL (sífilis) 
ASLO (antistreptolisina O) 
PCR (marcador inflamatório) 
FR (artrite reumatoide e outras doenças inflamatórias) 
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Agora vamos falar sobre preparo de soluções e titulação
Essas diluições são necessárias quando o paciente tem muito anticorpo, ai o resultado do paciente da positivo é necessário fazer titulações para ver o quanto de anticorpo que o paciente tem, a gente dilui a amostra para descobrir qual a fase da patologia, se o paciente ta evoluindo para cura se está fazendo efeito o tratamento ou não.
Em laboratórios clínicos, além do soro, muitos dos reagentes utilizados são soluções que podem ser tanto preparadas como compradas prontas para uso. Em geral, elas são armazenadas na forma de uma solução mais concentrada que precisa ser diminuída, por essa razão, é fundamental que vocês saibam como preparar soluções e realizar diluições.
Muitos resultados de testes sorológicos são expressos na forma de título, que nada mais é do que a maior diluição em que há a presença de reação positiva. 
Entre os testes com resultados expostos como titulação, há VDRL (sífilis) 
ASLO (antistreptolisina O) 
PCR (marcador inflamatório) 
FR (artrite reumatoide e outras doenças inflamatórias) 
Nesses testes, quanto maior o título do anticorpo, maior a quantidade no organismo do paciente.
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Como realizar uma titulação:
Os testes sorológicos são feitos ao utilizar a diluição seriada, que é o número de soluções feito pela diluição de alguma substncia com um solvente, fazendo, dessa forma, uma diluição da solução resultante, diluindo a segunda solução para fazer uma terceira e assim por diante.
Todas as diluições na série tem o mesmo fator de diluição, sendo que a amostra da diluição anterior é usada para fazer a diluição seguinte. 
Para uma diluição de 1/2, o fator de diluição é 2 e todas as diluições seguintes serão multiplicadas por 2 (1/2 x 2= ¼ x 2 = 1/8 x 2= 1/6) até o final. 
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Para fazer uma diluição, deve-se misturar o líquido de interesse com uma determinada quantidade de solvente, geralmente água, até obter a concentração desejada. O fator de diluição é o indicador de quanto o seu material será diluído. Por exemplo, se você quiser diluir um reagente na proporção 1:10 (uma parte de soluto em dez), você deverá colocar uma parte do seu reagente e nove partes do solvente. É importante sempre homogeneizar muito bem as diluições para que a concentração final seja real.
Todas as diluições na série têm o mesmo fator de diluição, sendo que a amostra da diluição anterior é usada para fazer a diluição seguinte. Para uma diluição de 1/2, o fator de diluição é 2 e todas as diluições seguintes serão multiplicadas por 2 (1/2 * 2 = 1/4 * 2 = 1/8 * 2 = 1/16) até o final.
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Diluição seriada:
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Com a imagem fica mais fácil explicar :
Digamos que você precise fazer uma diluição 1/2 com sete diluições. O primeiro passo é rotular os tubos com as diluições que serão feitas: 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, 1/32, 1/64 e 1/128. Se o volume final da solução for 120 µL, você deve colocar 120 µL do diluente (geralmente a água) em cada um dos tubos. Para fazer a primeira diluição, você deverá colocar 120 µL da amostra original (não diluída) no primeiro tubo (1/2) e homogeneizar bem, com isso, você terá, na primeira diluição, uma concentração de metade da amostraoriginal. Para prosseguir com a diluição seriada, transfira 120 µL do tubo 1/2 para o tubo 1/4, e a concentração do soluto será de um quarto em relação à amostra inicial. A diluição prossegue, coletando 120 µL do tubo 1/4 e transferindo para o tubo 1/8, e assim sucessivamente (Figura 3). O tubo final apresentará um volume final de 240 µL, enquanto os 120 µL adicionais deverão ser desprezados ou armazenados para a continuação da diluição, se houver necessidade.
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Interação
 antígeno-anticorpo e anticorpos monoclonais 
Profª Jéssica L. Gomes
Imunologia Clínica
Biomedicina 
No tópico 2 vamos ver como ocorre a interação antígeno- anticorpos e como são feitos os anticorpos monoclonais.
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Classes de anticorpos 
De acordo com Levinson (2016), há cinco classes de anticorpos distintas produzidas pela espécie humana:
IgM;
IgG;
IgA;
IgE;
IgD.
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De acordo com Levinson (2016), há cinco classes de Acs distintas produzidas pela espécie humana. Esses Acs são tão abundantes que perfazem aproximadamente 20% do total produzido pelo organismo. A diferença funcional e estrutural entre os diferentes tipos de Acs se dá pelas suas cadeias maiores e mais pesadas. Um Ac sempre irá apresentar duas cadeias pesadas idênticas, bem como as cadeias leves. 
-No curso de uma infecção, a primeira classe de Ac a surgir é a IgM – marcador da fase aguda ou de contato recente com o Ag; 
-A principal classe de Acs – cujas funções incluem a opsonização, que facilita a fagocitose, a fixação do complemento, que causa a lise de bactérias ou de células infectadas, e a neutralização de toxinas bacterianas e virais. Marcador de infecção passada (Acs de memória imunológica) 
-A imunidade mediada por Acs na mucosa ; É a classe mais produzida diariamente pelo organismo (leite materno)
-Classe de anticorpos envolvida em dois processos: defesa contra helmintos e reações alérgicas;
-Não apresenta função conhecida, porém, sabe-se que ela está presente na membrana de linfócitos B não estimulados a produzir Acs específicos.
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Características das imunoglobulinas
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Ensaios de aglutinação 
Profª Jéssica L. Gomes
Imunologia Clínica
 Biomedicina
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Princípios dos ensaios de aglutinação
Os ensaios de aglutinação são explorados desde a década de 50; 
Seguem em uso até hoje em virtude do seu custo-benefício financeiro, facilidade de execução e rapidez de resultados.
Nos testes de aglutinação, a ligação do Ac altera o estado físico do Ag e há formação de redes de complexos visíveis a olho nu, em forma de grumos ou flocos. 
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Os ensaios de aglutinação são explorados desde a década de 50 e, apesar de essa técnica já ter sido superada por outras tecnologias de maior especificidade e rentabilidade, os testes aglutinatórios seguem em uso até hoje em virtude do seu custo-benefício financeiro, facilidade de execução e rapidez de resultados.
Nesta Unidade de Aprendizagem, vamos conhecer os princípios e classificações das reações de aglutinação, vamos ver os  tipos de imunoensaio e os testes feitos na prática laboratorial. 
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Nos testes de aglutinação, a ligação do Ac altera o estado físico do Ag e há formação de redes de complexos visíveis a olho nu, em forma de grumos ou flocos. 
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Princípios dos ensaios de aglutinação
Se houver a formação de agregados, o teste de aglutinação é reagente (tem Acs contra o agente pesquisado ou presença de Ag);
Se não houver formação de agregados, o teste de aglutinação é não reagente.
O grau de aglutinação é definido de acordo com a função da concentração do aglutinante e do aglutinado.
Para mensurá-la, a amostra deve ser diluída seriadamente e então testada novamente. O resultado do ensaio é expresso em reagente, com a observação da última diluição testada em que a amostra foi positiva, a qual é chamada de título.
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Se houver a formação de agregados, o teste de aglutinação é reagente (tem Acs contra o agente pesquisado ou presença de Ag);
Se não houver formação de agregados, o teste de aglutinação é não reagente.
O grau de aglutinação é definido de acordo com a função da concentração do aglutinante e do aglutinado.
Para mensurá-la, a amostra deve ser diluída seriadamente e então testada novamente. O resultado do ensaio é expresso em reagente, com a observação da última diluição testada em que a amostra foi positiva, a qual é chamada de título.
É importante que seja evidenciada a expressão do título na liberação do resultado, pois o médico utiliza esse dado para acompanhar a evolução clínica do paciente. 
Quando o tratamento é bem sucedido, há diminuição progressiva dos títulos.
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Principais testes de aglutinação utilizados
Ao principais testes executados na prática laboratorial são os seguintes: 
Proteína C reativa (PCR); 
Ac antiestreptolisina O (ASLO ou ASO);
Fator reumatoide (FR); 
VDRL (sífilis).
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Os testes de aglutinação são amplamente utilizados nos laboratórios de análises clínicas, principalmente como triagem, devido ao seu custo/beneficio. 
Dentre as partículas sensibilizadas com antígenos ou anticorpos para a realização de imunoensaios de aglutinação indireta, a mais utilizada é o látex.. Sendo eles o PCR, ASLO, FR. 
 As características dessa substância, principalmente seu aspecto e sua coloração leitosa, fizeram com que os próprios testes fossem registrados com o nome da partícula. Assim, hoje se encontram no mercado testes de aglutinação de "fator reumatoide látex", por exemplo, sinalizando o ensaio no próprio nome dos kits reagentes.
A metodologia para realização desses testes tem o mesmo princípio.
OUTRO TESTE DE AGLUTINAÇÃO É O VDRL- USADO PARA O DIGNOSTICO DA SÍFILIS
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Proteína C reativa (PCR) 
É uma proteína produzida em nível hepático, cuja secreção é aumentada em processos inflamatórios e infecciosos. 
Duração de 9 horas; 
Marcador de fase aguda; 
Baseia-se no principio de aglutinação indireta.
É utilizada para diagnosticar ou monitorar processos inflamatórios agudos, monitorar doenças crônicas de cunho inflamatório ou autoimunes, monitorar tratamentos e realizar acompanhamento pós-cirúrgicos, especialmente quando à ocorrência de infecção. 
Intimamente relacionada a derrames cerebrais e acidentes cardiovascular.
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É uma proteína produzida em nível hepático, cuja secreção é aumentada em processos inflamatórios e infecciosos. 
Por ter uma meia vida curta, com duração de 9 horas, ela é considerada um ótimo marcador de fase aguda. 
Embora não seja um exme específico, a pcr é utilizada para diagnosticar ou monitorar processos inflamatórios agudos, monitorar doenças crônicas de cunho inflamatório ou autoimunes, monitorar tratamentos e realizar acompanhamento pós-cirúrgicos, especialmente quando à ocorrência de infecção. 
Intimamente relacionada a derrames cerebrais e acidentes cardiovascular.
Baseia-se no principio de aglutinação indireta.
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Antistreptolisina O (ASLO)
O ASLO é secretado contra toxinas liberadas nas infeções por bactérias do gênero Streptococcus do grupo A, que geralmente acometem a garganta. 
Teste é utilizado como um indicador infeccioso estreptocócico de curto prazo (Streptococcus Pyogenes).
O testes mais utilizado de ASLO é de aglutinação indireta.
O resultado pode ser expresso qualitativamente (reagente ou não reagente) ou quantitativamente, multiplicando o título de diluição encontrado pela concentração do reagente. 
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A importância de detectar as infecções por esse grupo bacteriano se detém, principalmente, às possíveis complicações que podem ocorrer se não houver tratamento adequado, como a ocorrência de febre reumática, glomerulonefrite e estenose cardíaca.
O teste mais utilizado para identificar a presença de ASLO no sangue é o de aglutinação indireta. Uma amostra de soro do paciente é submetida a um reagente no qual há partículas de látex revestidas por hemácias de carneiro sensibilizadas com a estreptolisina, o que provoca aglutinação se houver Acs no sangue testado. A presença do látex na suspensão faz com que o reagente apresente coloração esbranquiçada e o teste precise ser executado em placa defundo escuro para que a visualização dos resultados seja possível. 
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Antistreptolisina O (ASLO)
Resultado Positivo: Aglutinação tênue ou nítida. Concentração igual ou superior a 200Ul/ml.
 Resultado Negativo: Total ausência de aglutinação. Concentração inferior a 200Ul/ml. ATENÇÃO: A sensibilidade do teste foi ajustada para detectar 200Ul/ml. Portanto, consideram-se soros negativos os que possuam menos que 200Ul/ml.
EXEMPLO: Se o título obtido for 1:8, a concentração aproximada de ASLO existente na amostra será: 200 x 8 = 1600Ul/ml.
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Antistreptolisina O (ASLO)
A estreptolisina O, produzida por quase todas as cepas de Streptococus pyogenes, é uma hemolisina oxigênio-lábil (inativada pelo oxigênio), com potente antigenicidade.
O anticorpo formulado contra ela, o antiestreptolisina O, tem se tornado o indicador de infecções estreptocócicas e suas complicações, tais como a febre reumática e a glomerulonefrite aguda.
PRINCÍPIO DO MÉTODO:
 Partículas de látex revestidas com estreptolisina O, purificadas e estabilizadas mostram nítida aglutinação quando misturadas, em uma área do cartão-teste, com um soro contendo níveis elevados de anticorpos antiestreptolisina. 
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Fator reumatoide (FR)
O FR é um Ac IgM que ataca as células do indivíduo, reagindo contra suas próprias imonoglobulinas G (IgG) como se fossem um corpo estranho. 
Por ser um auto-Ac, o FR é um indicativo de doença autoimune e atividade inflamatória; 
FR é marcador da artrite reumatoide.
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O FR é um Ac IgM que ataca as células do indivíduo, reagindo contra suas próprias imonoglobulinas G (IgG) como se fossem um corpo estranho. 
Por ser um auto-Ac, o FR é um indicativo de doença autoimune e atividade inflamatória; 
FR é marcador da artrite reumatoide e está presente em 80% dos pacientes adultos com a doença, porém pode ser detectado em pacientes que apresentam outras condições crônicas, autoimunes e infecciosas, mas em títulos menores, como lúpus, sífilis, tuberculose, hepatites, endocardite e sarcoidose. 
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Fator reumatoide (FR) 
Pode ser detectado por duas técnicas de aglutinação indireta: látex e Waaler Rose. 
Látex: uso de reagente contendo partículas de látex com IgG aderidas à sua superfície. 
Waller de Rose: reagente formado por eritrócitos de carneiro sensibilizados com IgG. 
Se não houver aglutinação o resultado é negativo em ambos. 
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Aglutinação indireta
Neste caso, há reação do Ac do paciente com um Ag que está aderido a uma partícula. 
As partículas se aglutina com maior intensidade do que na aglutinação direta. 
Os Ags do reagente estão associados a substâncias (aglutininas) que reforçam essas ligações Ac-Ag. 
Aglutininas: substâncias particuladas ou insolúveis, como latéx, gelatina ou até eritrócitos, que fazem com que os agregados sejam visíveis a olho nu (grumos, granulações ou flocos). 
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Os testes falados anteriormente são realizados pela técnica de aglutinação indireta. 
Na aglutinação indireta há reação do Ac do paciente com um Ag que está aderido a uma partícula. 
As partículas se aglutinas com maior intensidade do que na aglutinação direta. 
Os Ags do reagente estão associados a substancias (aglutininas) que reforçam essas ligações Ac-Ag. 
Aglutininas: substâncias particuladas ou insolúveis, como latéx, gelatina ou até eritrócitos, que fazem com que os os agregados sejam visíveis a olho nú (grumos, granulações ou flocos). 
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Representação esquemática de reação de aglutinação indireta
Os Acs presentes no soro do paciente (estruturas representadas em Y) irão se ligar aos Ags presentes no reagente (esferas pequenas vermelhas). Os Ags são então agrupados às substâncias que reforçam as ligações Ag-Ac (esferas maiores amarelas), formando os complexos de aglutinação (granulações, grumos ou flocos). 
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VDRL
VDRL é o diagnóstico de sífilis, que é causada pela bactéria Treponema pallidum. 
Há dois tipos de testes, classificados em:
Treponêmicos – somente esses testes são capazes de identificarem ACS específicos contra o T. pallidum, sendo assim, a confirmação da sífilis. 
Não treponêmicos – detectam Acs gerados contra o material lipídico liberado pelas células danificadas em decorrência da sífilis (cardiolipina) e não secretados especificadamente contra o Ag (placa de kline). 
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Ensaios conjugados 
Profª Jéssica L Gomes 
 Imunologia clínica 
Biomedicina 
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Introdução
Ensaios conjugados são técnicas imunológicas específicas na interação antígeno-anticorpo para identificação, caracterização, detecção e quantificação de anticorpos e antígenos de pacientes.
Radioimunoensaio (RIA);
ELISA (enzyme-linked immunosobert assay); 
Imunofluorescência (fluorocromos);
Quimiluminescência.
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Algumas doenças infecciosas são detectadas em laboratório clínico por meio de métodos que utilizam ensaios conjugados, que nada mais são do que uma molécula constituída por duas substâncias, antígeno (Ag) e anticorpo (Ac), ligadas covalentemente e que mantêm as mesmas propriedades funcionais. Para essas análises, é necessário saber onde são pesquisados o antígeno (Ag) e o anticorpo (Ac), e como são detectados e quantificados, para então diagnosticar determinada doença e diferenciar a fase em que se encontra. (resumindo é a utilização de anticorpos monoclonais conjugados com diversos marcadores sem perder a sua especificidade). 
Alguns métodos utilizados para tais análises são mais sensíveis, como aqueles para análise quantitativa das reações antígeno-anticorpo; outros são baseados na utilização de antígeno (Ag) e anticorpo (Ac) marcados com enzimas que permitem a detecção (ELISA), a quantificação e a titulação de substâncias e imunoprecipitados; outros, ainda, permitem que as moléculas de anticorpo se liguem a fluorocromos, sem perder a reatividade específica com o antígeno (Ag).
vocês aprenderam sobre os métodos de ensaios conjugados, os tipos de ensaios conjugados e os resultados de testes conjugados para a detecção de doenças específicas.
Esses ensaios conjugados estão divididas em :
Radioimunoensaio (RIA);
ELISA (enzime-linked immunosobert assay); 
Imunofluorescência;
Quimioluminescência
Ensaios conjugados são técnicas imunológicas específicas na interação antígeno-anticorpo para identificação, caracterização, detecção e quantificação de anticorpos e antígenos de pacientes.
Compreender qual a metodologia utilizada no ensaio, o principio, e interpretar os resultados de cada um deles é importantíssimo. Por isso, saber identificar os tipos de cada método dos ensaios conjugados é fundamental para o profissional clínico. 
Vejamos então as principais características de cada ensaio conjugado e alguns testes específicos.
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Radioimunoensaio (RIA) 
Metodologia:
Ria é um dos mais sensíveis métodos de análise quantitativa das reações Ag-Ac;
A quantidade de reagente marcado neste método quantifica o Ac ou o Ag que não foi marcado na amostra;
Esse método é utilizado para quantificar Ags ou heptenos que podem ser radiativamente marcados; 
Os complexos que se formam entre Ag e Ac podem ser separados e então a quantidade de radioatividade pode ser medida.
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ANTIGAMENTE O EXAME DE BCG ERA REALIZADA COM A URINA DA MULHER, APÓS ISSO ERAM COLOCADAS REAÇÕES QUIMICAS NESSA URINA E INGETÁVEL EM UM ANIMAL, PARA POSTERIORMENTE MEDIR OS METABÓLITOS (AO INVEZ DE DOSAR O HORMONIO , MEDIA-SE O PRODUTO DE SUA METABOLIZAÇÃO.
O RIA foi a primeira técnica imunológica padronizada capaz de detectar e quantificar substâncias da ordem de nano a pictogramas para quantificar a insulina, ao invés de dosar os metabólitos dosava diretamente o hormônio e um anticorpo era marcado com molécula que viabiliza sua leitura. 
Despois da sua descoberta, torna-se então possível determinar qualquer tipo de molécula biológica, desde que haja um receptor específico e que a molécula biológica possa ser marcada.
A quantidade de reagente marcado, ac ou AG , quantifica o anticorpo ou antígeno que não foi marcado na amostra. 
Esse método é utilizado para quantificar Ags ou heptenos (antígenos) que podem ser radiativamente marcados; ou sejaesse método utiliza radiação! 
Os complexos que se formam entre Ag e Ac podem ser separados e então a quantidade de radioatividade pode ser medida.
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Radioimunoensaio (RIA) 
A descrição do ensaio é feita com uma amostra de Ac ou Ag puros;
Ac puro contra o Ag é radioativamente marcado com 125 I (iodo125);
É um ensaio conjugado, ou seja, de ligação direta a Ags ou Acs, nos quais ambos utilizam o mesmo princípio, mas se diferem quanto ao meio de detecção para a ligação específica.
São avaliados os níveis de hormônios no sangue, os fármacos no soro e os níveis de líquidos teciduais.
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A descrição do ensaio é feita com uma amostra de Ac ou Ag puros;
Ac puro contra o Ag é radioativamente marcado (geralmente utilizam o iodo) com 125 I (iodo125). 
É um ensaio conjugado, ou seja, de ligação direta a Ags ou Acs, nos quais ambos utilizam o mesmo princípio, mas se diferem quanto ao meio de detecção para a ligação específica.
Com o radioimuensaio é possível avaliar os níveis de hormônios no sangue, os fármacos no soro e os níveis de líquidos teciduais.
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ELISA 
Metodologia dos ensaios conjugados: 
É um ensaio de ligação direta a Acs, ou de ligação a Ags, que é frequentemente utilizado no diagnóstico viral. 
No ELISA, uma enzima é quimicamente ligada ao Ac. 
O componente não marcado, que nesse caso é o Ag, é então ligado a um suporte sólido como um poço de uma microplaca que absorverá uma determinada quantidade de qualquer enzima. 
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O Elisa é bem parecido com o RIA, mas diferente dele que é marcado com radiação, no ELISA o reagente é ligado a uma enzima que é quimicamente ligado ai AC. 
O componente não marcado, que nesse caso é o Ag, é então ligado a um suporte sólido como um poço de uma microplaca que absorverá uma determinada quantidade de qualquer enzima. 
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ELISA 
Tem como principio a imobilização de um dos reagente de fase sólida, enquanto o outro reagente é ligado a uma enzima;
Preserva a atividade enzimática, bem como a atividade imunológica do Ac; 
Resultado é qualitativo; 
Espectrofotômetro. 
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Esse procedimento preserva a atividade enzimática, bem como a atividade imunológica do AC. O resultado é qualitativamente obtido pelo desenvolvimento de cor ou por densidade óptica por intermédio da leitura em um aparelho chamado de espectrofotômetro. 
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ELISA DIRETO
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A prof vai mostrar pra vocês com imagens para ficar mais claro como é realizado o teste de ELISA.
Bom dependendo do que se quer investigar a placa do Elisa já é comprada com o Ag ou o Ac. 
No Elisa direto, se pesquisa então diretamente o Ag na amostra do paciente , nesse caso a placa de elisa vem seca sem nada , então se coloca a amostra o soro do paciente, e ele será absorvido no fundo da placa e ficará preso, então se coloca para a revelação, para ver se amostra tem ou não o antígeno então é adicionado o Ac com o flourocromo, diretamente na amostra do paciente, após isso são realizadas lavagens para tirar o excesso de soro e de anticorpos marcados, e por fim se o anticorpo se ligou no Ag que se quer pesquisar, esse anticorpo então ficará ligado ao Ag e só se coloca o substrato daquela enzima que está ligado ao anticorpo de revelação mudando de coloração da placa, geralmente a solução é incolor e o flourocromo vai dar essa coloração quando reagir com o substrato dando então a coloração da essa reação. 
Se mudar a coloração é pq a amostra do paciente deu positiva e tem o antígeno que se quer pesquisar na amostra do paciente. 
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ELISA INDIRETA
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Já no Elisa indireta não pesquisamos diretamente o Ag na amostra do paciente, mas sim a consequência dele que é o anticorpo, então procuramos o anticorpo no soro do paciente. 
Neste caso a placa de Elisa já vem com o antígeno MARCADO que se quer pesquisar, então já vem no fundo das placas proteínas, como por ex as proteínas do HIV E VOCE PROCURA O ANTICORPO ANTI-HIV NO SORO, SE O PACIENTE TIVER ANTICORPOS ANTI HIV O PACIENTE TEM HIV, SE O PACIENTE ENTÃO FOR POSITIVO pra hiv, o anticorpo vai se ligar nas proteínas fixas na placa de elisa, para revelação a gente utiliza um AC secundário anti-AC HUMANO, marcado com Elisa, se o paciente tiver o ac vai se ligar então nesse antígeno da placa e vai ser revela com anticorpo secundário marcado com a enzima, quando se adiciona o substrato da enzima , o substrato age com a enzima que esta presa no anticorpo secundário, que esta ligado com o anticorpo do paciente que se ligou naquele antígeno, que então vai mudar de cor, se der negativo o anticorpo não vai se ligar na proteína e o anticorpo secundário também não vai ter onde se ligar e na hora de realizar a lavagem da amostra eles vão embora e quando colocar o substrato não vai haver mudança de coloração. 
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ELISA SANDUÍCHE
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No elisa sanduiche a objetivo é pesquisar antígenos no soro do paciente, então se compra as placas com AC, anti- aquele antígeno, que vão estar presos no fundo da placa, pesquisa-se antígenos no soro do paciente ( ex, proteínas de HIV de bactérias especificas, vitaminas entre outros), depois de se ligar faz uma revelação de anticorpo marcado com a enzima contra o antígeno (por isso sanduiche, pq se o paciente tiver o ag no soro dele, vai fazer um sanduiche de anticorpos), formou o sanduiche adiciona-se o substrato para reagir com a enzima (coloração presente significa que é positivo para AG que se esta pesquisando) reduz a reação cruzada, pq tem dois anticorpos de ligação, se tornando mais específico). 
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Imunofluorescência
A capacidade de o Ac se ligar a fluorocromos, covalentemente, sem perder a reatividade especifica com o Ag, é analisada pela imunofluorescência. 
É dividida em dois testes:
Testes de imunofluorescência indireta 
Testes de imunofluorescência direta
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Imunofluorescência: Baseia-se na capacidade das moléculas de anticorpo se ligar covalentemente a fluorocromos sem perder sua reatividade específica com o antígeno. A marcação do anticorpo pelo florocromo resulta em conjugado especifico em que se deve determinar a concentração da γ-globulina, relação fluoresceína/proteína e o título para determinação de atividade imunológica.
Obs.: Ac marcado deve ser purificado, para aumentar eficiência e evitar colorações não específicas.
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Diagnóstico imunológico de infecções virais
Profª Jéssica L Gomes 
 Imunologia clínica 
Biomedicina 
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Introdução
A imunologia clínica tem grande aplicação nas patologias infecciosas, como as infecções virais.
A imunologia clínica tem grande aplicabilidade no diagnóstico de infecções virais. 
Utilizando metodologias baseada ​​​​​​​na reação antígeno-anticorpo, como o teste de ELISA, é possível reconhecer importantes informações para a intervenção clínica e conduta médica diante de uma patologia viral.
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O sistema imunológico, com a imunidade inata e a adaptativa, atua na proteção do organismo. 
A imunidade adaptativa pode ser mediada pela imunidade humoral, que consiste na produção de anticorpos para reconhecer e combater microrganismos. 
A imunologia clínica tem grande aplicação nas patologias infecciosas, como as infecções virais.
A imunologia clínica tem grande aplicabilidade no diagnóstico de infecções virais. 
Utilizando metodologias baseada ​​​​​​​na reação antígeno-anticorpo, como o teste de ELISA, é possível reconhecer importantes informações para a intervenção clínica e conduta médica diante de uma patologia viral.
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Testes diagnósticos para infecções virais
Alguns exemplos de microrganismos virais investigados no laboratório de imunologia clínica são:
Citomegalovírus;
HPV;
HTLV1 e HTLV2;
Herpes-vírus;
Sarampo;
Rubéola;
Hepatites;
SARS-CoV-2.
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A imunologia clínica tem grande aplicação nas patologias infecciosas, como as infecções virais. Como exemplo, pode ser empregada no diagnóstico, com diversas metodologias, na diferenciação de infecções ativas ou prévias e na identificação da eficácia de imunizações.
Alguns exemplos de microrganismos virais investigados no laboratório de imunologia clínica são:
Citomegalovírus;
HPV; causa do câncer do colo de útero (2câncer que mais acomete as mulheres)
HTLV1 e HTLV2;
Herpes-vírus;
Sarampo; (a muito tempo não se ouvia falar aqui no Brasil, porém a pouco tempo começou a surgir muitos casos, por um único motivo, por deixarem de tomar a vacina)
Rubéola;
Hepatites;
SARS-CoV-2. (doença causado pelo coronavírus, virús no qual estamos enfrentando uma pandemia) 
Vamos falar sobre algumas delas ...
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Papiloma vírus humano (HPV) 
Causam papilomas (tumores benignos de células escamosas); 
HPV tipo 16 e 18 (câncer do colo do útero, pênis e ânus);
Existem aproximadamente 100 tipos de HPV.
Transmissão – sexualmente transmissível e contato pele a pele.
Transmissão vertical – durante o parto, causa verrugas na boca e no trato respiratório da criança, principalmente laringe. 
Diagnóstico: exame de preventivo e técnicas de biologia molecular. 
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Temos o Hpv que pode provocar câncer do colo do útero e também é o causador de alguns tipos de verrugas. 
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Vírus T linfotrófico humano (HTLV)
O diagnóstico de HTLV é determinado pela detecção de anticorpos contra o vírus na amostra, utilizando o teste de ensaio imunoezimático (ELISA). 
Confirmação : testes de Western blot, imunofluorescência indireta e radioimunoprecipitação em gel de poliacrilamida são empregados para a confirmação de um Elisa positivo. 
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Herpes (HSV)
HSV 1 – causa gengivoestomatite aguda, herpes labial recorrente, ceratoconjuntivite e encefalite, principalmente em adultos. 
Transmissão: saliva, contato direto.
HSV 2 – causa herpes genital, encefalite neonatal e meningite asséptica.
Transmissão: via sexual. 
Técnicas:
DNA viral e técnica de PCR.
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O virura HSV- herpes simples, existem dois tipos herpes simples 1 e herpes simples 2
HSV 1 – causa gengivoestomatite aguda, herpes labial recorrente, ceratoconjuntivite e encefalite, principalmente em adultos. 
Transmissão: saliva, contato direto.
HSV 2 – causa herpes genital, encefalite neonatal e meningite asséptica.
Transmissão: via sexual. 
Técnicas:
DNA viral e técnica de PCR.
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Sarampo 
Morbillivirus; 
Doença infecciosa aguda caracterizada por erupção maculopapular. 
Transmissão – gotículas respiratórias oriundas de tosse ou espirro.
Técnica:
Elisa (IgM 3 dias a 4 semanas)
RT-PCR (até o 5 dia) 
Amostras: Sangue, urina e secreções nasofaríngea. 
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O sarampo causado pelo morbillivirus 
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Rubéola 
O diagnóstico em gestantes pode ser realizado por sorologia para rubéola, com detecção de anticorpos IgM e IgG. 
Já para a rubéola congênita, o diagnóstico pode ser realizado de forma intrauterina, com base na presença de IgM positiva para rubéola no sangue fetal na detecção de IgM no recém-nascido.
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SARS-Cov-2 – Coronavírus 
Os coronavírus são uma considerável causa de resfriado comum, os quais apresentam um genoma de RNA sem envelope. 
Aspecto de coroa (halo) 
Transmitidos: aerossóis respiratórios
Pandemia Covid-19 
Sintomas: febre, tosse, dispneia e mialgia 
Provoca dano ou morte celular
Técnica : Teste de PCR e sorológicos como teste de Elisa, imunofluorescência indireta, imunocromatografia e hemaglutinação. 
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Diagnóstico sorológico das hepatites
Profª Jéssica L Gomes 
Imunologia Clínica 
Biomedicina 
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Hepatites virais 
Transmissão entéricas: A e E;
Transmissão parenteral: B, C e D.
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As hepatites podem ser transmitidas por  transmissão entérica:   que se dá com a ingestão de alimentos contaminados com fezes. No caso da hepatite A e E. 
Ou por Transmissão parenteral:  por contato com sangue e hemoderivados. É também transmitida por contato sexual e de mãe infectada para o recém nascido (durante o parto ou no período perinatal). Que é o caso das hepatites B,C e D. 
47
Tipos de hepatites 
48
Neste quadro a prof traz pra vocês os tipos de hepatites, suas vias de transmissão, cronicidade e prevenção. 
48
Resultados sorológicos:
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-Se os resultados do ANTI-HAV IgG e o ANTI-HAV IgM apresentam resultados positivos o resultado indica uma infecção aguda (recente);
– Se o resultado do ANTI-HAV IgG e positivo e o ANTI-HAV IgM apresenta um resultado negativo, o individuo curou de uma infecção passada ou recebeu a vacina, apresentando imunidade;
– Se os resultados do ANTI-HAV IgG e o ANTI-HAV IgM apresentam resultados negativos o resultado indica que o individuo nunca teve contato com a hepatite A nem apresenta imunidade vacinal, sendo por tanto suscetível a ter a doença caso tenha contato com o vírus. Nestes casos e recomendável aplicar a vacina para prevenir a hepatite A.
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Hepatite B
Duração dos anticorpos: 
Anti-capsídeo IgM: infecção recente;
Anti-capsídeo IgG: permanece em portadores e recuperados;
Anti-HBs: tarde durante a convalescença;
Anti-HBe: indica queda na multiplicação viral.
Vacinados: desenvolvem somente anti-HBsAg.
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Anti-HBc IgM (anticorpos da classe IgM contra o antígeno do núcleo do HBV) – é um marcador utilizado para confirmar o diagnóstico de hepatite B aguda (recentemente acontecida), podendo persistir por até 6 meses após o início da infecção.
– Anti-HBs (anticorpos contra o antígeno de superfície do HBV) – indica imunidade, indicando que o individuo está protegido contra uma nova infecção. É detectado geralmente entre 1 a 10 semanas após o desaparecimento do HBsAg e indica bom prognóstico. Quando encontrado isoladamente com todos os outros marcadores negativos indica que o individuo foi vacinado.
– HBeAg (antígeno “e” do HBV) – um resultado positivo indica que existe replicação viral e, portanto, um paciente que transmite a doença. Está presente na fase aguda, surge após o aparecimento do HBsAg e pode permanecer por até 10 semanas. Na hepatite B crônica, a presença do HBeAg indica replicação viral e atividade da doença (maior probabilidade de evolução para cirrose).
– Anti-HBe (anticorpo contra o antígeno “e” do HBV) – marcador que indica um bom prognóstico na fase aguda da hepatite B. A soroconversão HBeAg para Anti-HBe indica alta probabilidade de cura nos casos agudos (ou seja, provavelmente o indivíduo não vai se tornar um portador crônico do vírus). Nos casos de pacientes com hepatite B crônica a presença do anti-HBe indica ausência de replicação do vírus, ou seja, menor atividade da doença, sendo um prognostico de menor possibilidade de desenvolvimento de cirrose. 
– HBV DNA é o que conhecemos como carga viral. Diagnostica a circulação do vírus no organismo, sendo considerado o melhor marcador existente para acompanhar pacientes infectados cronicamente com a hepatite B. É utilizado para recomendar o tratamento, para acompanhar a resistência viral aos medicamentos e para prognosticar a progressão da doença.
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Essa tabelinha é a interpretação dos resultados possíveis. 
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Resultados sorológicos:
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Diagnóstico sorológico do HIV
Profª Jéssica L Gomes 
Imunologia Clínica 
Biomedicina 
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Vírus da imunodeficiência humana (HIV)
HIV, é um tipo de (retro) vírus;
HIV é a sigla utilizada para denominar o Vírus da Imunodeficiência Humana (hiv, de trás para frente e human immunodeficiency virus, em inglês), um vírus de RNA que ataca um tipo específico de células humanas, os linfócitos T; 
O sistema imunológico humano tem por função a defesa e proteção da integridade do corpo e os linfócitos são células que contribuem para essa defesa. O vírus HIV, ao penetrar na célula, produz DNA que vai integrar-se ao DNA do linfócito, comandando a fabricação de novas moléculas de RNA idênticas ao do vírus a partir de então. Dessa forma, novos vírus são formados, podem ser expelidos da célula e infectar outras.
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Linfócitos T ou células T são células do sistema imunológico e também um grupo de glóbulos brancos (leucócitos) responsáveis pela defesa do organismo contra agentes desconhecidos (antígenos).
Os linfócitos T helper garantem a diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos, sendo, portanto, importantes para a produção de anticorpos. Os linfócitos T supressores finalizam a resposta humoral, ou seja, a produção de anticorpos. Já os linfócitos citotóxicos garantem a morte das células estranhas.54
Vírus da imunodeficiência humana (HIV)
O vírus HIV infecta os Linfócitos T CD4 (células T auxiliares);
 As células T CD4 são glóbulos brancos que cooperam com os linfócitos B para otimizar a produção dos anticorpos e a regulação da resposta imunológica;
 A progressão da infecção por HIV leva à diminuição da contagem de CD4, que resulta na supressão da imunidade celular, levando à AIDS; 
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AIDS
A aids é uma doença clínica, uma síndrome, que compromete o sistema imunológico em função da infecção pelo HIV.
 A AIDS, síndrome da imunodeficiência humana, resulta do ataque do HIV principalmente aos linfócitos T CD4, que são células de defesa do corpo humano. 
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AIDS - sintomas
1ª fase (aguda): 
ocorre logo após a infecção e varia de três a seis semanas. Os sintomas são parecidos com os de uma gripe, incluindo febre e mal-estar. 
2ª fase: 
Período assintomático onde os vírus interagem com as células e não há, necessariamente, um enfraquecimento do organismo, embora seja caracterizada pela redução dos linfócitos T CD4. A redução do número de linfócitos associa-se com febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento. 
3ª fase:
 A aids se caracteriza pelo aparecimento de doenças oportunistas, que se aproveitam da fragilidade do sistema imunológico, tais como hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. 
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Formas de transmissão do HIV
É transmitido por vários fluídos corporais (sangue, leite, sêmen, secreção vaginal, líquidos cerebrospinal e amniótico) quando em contato com mucosas (boca, ânus, vagina) ou pele lesionada;
Relações sexuais (sexo vaginal, anal, oral sem preservativo);
Compartilhamento de materiais (seringas ou instrumentos que furam/cortam se não forem esterilizados);
Transfusões de sangue contaminado;
De mãe positiva durante gravidez, parto ou amamentação;
Transplantes de órgãos;
Inseminação artificial.
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O hiv tem capacidade de sobreviver 1,5 dia dentro de uma célula e apenas 6 h fora dela., sua transmissão ocorre por ....
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Prevenção do HIV
Prevenção combinada – intervenções biomédicas, comportamentais e estruturais;
 Preservativo.
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Imuno- hematologia
Profª Jéssica L Gomes 
Imunologia Clínica
Biomedicina
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Introdução- História 
Início do século XX – Karl Landsteiner verifica a incompatibilidade sanguínea entre as pessoas. 
Quando havia a mistura de sangue poderia ocorrer a glutinação. 
1901, Landsteiner descreveu os tipos A, B e O das hemácias, posteriormente, Decastello e Sturli descreveram o tipo AB. 
A incompatibilidade estava relacionada a uma reação imunológica entre substâncias do plasma e substâncias presentes na membrana das hemácias.
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Foi misturando o sangue de diferentes pessoas que o médico austríaco Karl Landsteiner descobriu que nem todos os indivíduos apresentam o mesmo tipo sanguíneo. Ele observou que, ao misturar alguns tipos de sangue, estes formavam aglomerados e não se diluíam entre si, concluindo, então, que determinadas pessoas não tinham compatibilidade sanguínea. A partir dessa observação, Landsteiner se dedicou ao estudo da tipagem sanguínea, que chamou de sistema ABO devido à denominação dos tipos de sangue que identificou.
A perfeição com que Landsteiner descreveu o sistema de compatibilidade sanguínea em 1900 foi tão assertiva que estabeleceu um conhecimento que até hoje é usado como base para o manejo hematológico de compatibilidade sanguínea.
A determinação do sistema ABO possibilitou o desenvolvimento de inúmeras terapias hematológicas e avanços cirúrgicos. A descoberta posterior dos antígenos do sistema Rh aperfeiçoou os tratamentos e ampliou a utilidade da imuno-hematologia para o diagnóstico das anemias hemolíticas, até então sem manejo.
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Tipos sanguíneos: sistemas ABO e Rh
Grupo A — apresenta antígeno A e anticorpos anti-B; 
Grupo B — apresenta antígeno B e anticorpos anti-A; 
Grupo AB — apresenta os antígenos A e B e não apresenta anticorpos de superfície;
 Grupo O — não apresenta antígenos na superfície eritrocitária e apresenta anticorpos anti-A e anti-B.
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Sistema Rh
Descoberto 40 anos depois;
A classificação Rh se detém à presença ou ausência da expressão de um antígeno Rh na hemácia, o qual é chamado de antígeno D; 
Determina-se que o Rh pode ser:
POSITIVO; 
NEGATIVO.
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O sistema Rhesus (Rh) só foi descoberto quase 40 anos depois do estabelecimento do sistema ABO. A presença de antígenos Rh também é geneticamente determinada, uma vez que essas proteínas são codificadas por um par de genes homólogos. Porém, diferentemente dos antígenos A, B e O, os antígenos do sistema Rh estão presentes somente nos eritrócitos. A classificação Rh se detém à presença ou ausência da expressão de um antígeno Rh na hemácia, o qual é chamado de antígeno D. Não há anticorpos na corrente sanguínea relacionados aos Rh, diferente do sistema ABO, sendo assim, além do grupo sanguíneo, determina-se que o Rh pode ser positivo ou negativo.
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Resultados da tipagem sanguínea 
64
64
Compatibilidade: 
Indivíduos do grupo sanguíneo A podem receber sangue tipo O ou tipo A;
Indivíduos do grupo sanguíneo B podem receber sangue tipo O ou tipo B; 
indivíduos do grupo sanguíneo AB podem receber qualquer tipo de sangue (O, A ou B). 
O grupo AB é chamado de receptor universal; 
Indivíduos do grupo sanguíneo O só podem receber sangue do tipo O, pois produzem anticorpos anti-A e anti-B, sendo assim, por não produzir aglutinogênio;
O grupo sanguíneo O é chamado de doador universal.
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Esquematização da compatibilidade entre grupos sanguíneos 
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Teste de coombs 
Diante de um resultado de Rh negativo, é necessária a pesquisa de antígenos D variantes para exclusão de um falso-negativo em virtude de reações fracas ou nulas.
 Para isso, reagentes monoclonais, com anti-D IgM (imunoglobulina M) e IgG (imunoglobulina G), podem ser empregados (soros de Coombs). 
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Teste de coombs direto
O teste de Coombs direto identifica se há sensibilização eritrocitária com IgG e/ou componentes do sistema complemento, ou seja, ele identifica se há aloanticorpos fixados na membrana da hemácia.
 A execução do teste consiste em misturar a amostra do paciente com o reagente de Coombs direto e observar se há aglutinação. Tal teste pode ser realizado em lâmina ou em tubo. 
Se houver aglutinação, o paciente apresenta anticorpos irregulares.
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Teste de coombs direto
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O teste de Coombs direto identifica se há sensibilização eritrocitária com IgG e/ou componentes do sistema complemento, ou seja, ele identifica se há aloanticorpos fixados na membrana da hemácia. A execução do teste consiste em misturar a amostra do paciente com o reagente de Coombs direto e observar se há aglutinação. Tal teste pode ser realizado em lâmina ou em tubo. Se houver aglutinação, o paciente apresenta anticorpos irregulares.
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Teste de Coombs indireto 
O teste de Coombs indireto detecta se há anticorpos irregulares livres no sangue testado (não ABO) e a sua especificidade. Além de detectar aloimunização do sistema Rh, ele também identifica anticorpos contra antígenos de outros sistemas de antígenos eritrocitários. 
Para tanto, a amostra a ser testada é incubada com eritrócitos sensibilizados com antígenos que podem provocar aloanticorpos. Após, essa amostra é submetida ao soro de Coombs. 
Se ocorrer aglutinação, aloanticorpos estão presentes. No método realizado em tubo, a técnica inclui pelo menos três fases, com alterações de temperatura, visando a detectar anticorpos manifestados exclusivamente acima ou abaixo de 37°C — crioaglutininas ou anticorpos quentes. 
70
O teste de Coombs indireto pode ter sua sensibilidade aumentada com substâncias capazes de fixar os anticorpos durante a fase de incubação, como albumina e polietilenoglicol 
70
Teste de
 Coombs indireto
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Já o teste de Coombs indireto detecta se há anticorpos irregulares livres no sangue testado (não ABO) e a sua especificidade. Além de detectar aloimunização do sistema Rh, ele também identifica anticorpos contra antígenos de outros sistemas de antígenoseritrocitários. Para tanto, a amostra a ser testada é incubada com eritrócitos sensibilizados com antígenos que podem provocar aloanticorpos. Após, essa amostra é submetida ao soro de Coombs. Se ocorrer aglutinação, aloanticorpos estão presentes. No método realizado em tubo, a técnica inclui pelo menos três fases, com alterações de temperatura, visando a detectar anticorpos manifestados exclusivamente acima ou abaixo de 37°C — crioaglutininas ou anticorpos quentes. 
O teste de Coombs indireto pode ter sua sensibilidade aumentada com substâncias capazes de fixar os anticorpos durante a fase de incubação, como albumina e polietilenoglicol 
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Diagnóstico imunológico de parasitoses
Profª Jéssica L Gomes 
Imunologia Clínica
Biomedicina
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Imunodiagnóstico de protozoários sanguíneos
Algumas das principais doenças negligenciadas são causadas por protozoários sanguíneos, sendo importantes causas de morbimortalidade mundial;
Toxoplasmose;
 Malária;
 Doença de Chagas;
 Doenças causadas por parasitas do gênero Leishmania.
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Diagnóstico da toxoplasmose
zoonose causada pelo protozoário Toxoplasma gondii;
hospedeiros definitivos são felinos domésticos ou selvagens;
60% das pessoas já entraram em contato com esse parasita, chegando a 90% em indivíduos mais velhos;
A infecção geralmente é branda e assintomática em indivíduos imunocompetentes;
Porém pode causar encefalite severa e fatal em pacientes imunodeprimidos, bem como uveíte, que pode causar cegueira, e abortos espontâneos e alterações congênitas em fetos expostos à primoinfecção ainda no útero.
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A infecção por Toxoplasma gondii geralmente é branda e assintomática em indivíduos imunocompetentes, porém pode causar encefalite severa e fatal em pacientes imunodeprimidos, bem como uveíte, que pode causar cegueira, e abortos espontâneos e alterações congênitas em fetos expostos à primoinfecção ainda no útero
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Diagnóstico da toxoplasmose
Um dos principais objetivos do imunodiagnóstico da toxoplasmose é a identificação de infecção aguda em gestantes e o monitoramento da reativação da doença em pacientes imunocomprometidos;
As pesquisas de anticorpos das classes IgM e IgG são rotineiras no pré- -natal.
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Um dos principais objetivos do imunodiagnóstico da toxoplasmose é a identificação de infecção aguda em gestantes e o monitoramento da reativação da doença em pacientes imunocomprometidos (FERREIRA; MORAES, 2013). A identificação precoce e correta desses indivíduos é crucial, pois o diagnóstico da toxoplasmose permite o tratamento específico com espiramicina, que pode ser utilizada sem efeitos colaterais nas populações em risco de complicações, diminuindo significativamente a ocorrência de morbimortalidade.
As pesquisas de anticorpos das classes IgM e IgG são rotineiras no pré- -natal, visando a identificar gestantes em risco de contaminação e a monitorar as pacientes suscetíveis à contaminação.
75
Diagnóstico da toxoplasmose
O diagnóstico sorológico:
Pacientes imunossuprimidos (diagnostico molecular);
Imunofluorescência (direta ou indireta).
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O diagnóstico sorológico de pacientes imunossuprimidos com suspeita de reativação é complexo e difícil, e em até metade desses indivíduos pode ser encontrado um perfil sorológico similar ao da infecção latente, sendo ainda possível a ocorrência de sororreversão, com desaparecimento dos anticorpos antitoxoplasma e negativação dos testes sorológicos. Nesses casos, é importante considerar um teste de diagnóstico molecular. Outro método imunológico para a detecção de toxoplasmose é a imunofluorescência, seja direta ou indireta, para a identificação de taquizoítos no soro ou em outros líquidos, tais como líquido amniótico, lavado broncoalveolar e líquido cebrospinal.
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Imunodiagnóstico da malária 
A doença é causada por quatro espécies do gênero Plasmodium, sendo a Plasmodium vivax a maior causadora de infecções no mundo todo, ao passo que a Plasmodium falciparum causa doença mais grave e potencialmente fatal; 
Os dados mais recentes da OMS, para o ano de 2018, indicam 228 milhões de casos de malária, com 405 mil mortes, sendo a maioria destas de crianças com idade inferior a 5 anos.
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Imunodiagnóstico da malária 
Os testes de detecção de antígenos de Plasmodium podem ser realizados por meio de diferentes metodologias:
Gota espessa;
Ensaios Imunofluorescência (pouca aplicação);
Ensaios Imunoenzimáticos ou imunocromatográficos.
Desvantagens dos testes rápidos é a diminuição da sensibilidade em situações de baixa parasitemia e o fato de que não apresentam resultados quantitativos. 
78
Os testes de detecção de anticorpos contra a malária apresentam positividade por um período extremamente variável, podendo ser detectados mesmo após o tratamento da infecção e da eliminação do parasita. Por esse motivo, quando o objetivo é o diagnóstico precoce e de pacientes sintomáticos, o método laboratorial de escolha deve ser a pesquisa de plasmódios ou de seus antígenos (FERREIRA; MORAES, 2013). Para alcançar esse objetivo, os testes de detecção de antígenos de Plasmodium podem ser realizados por meio de diferentes metodologias, tais como imunofluorescência, ensaios imunoenzimáticos ou imunocromatográficos, sendo estes últimos os preferidos, devido à facilidade de uso e à rapidez nos resultados, com uso de anticorpos mono ou policlonais 
O diagnóstico da malária por métodos imunológicos apresenta vantagens, além da rapidez: permite a triagem de grandes quantidades de amostra, crucial para a triagem de doadores de sangue em áreas endêmicas, além do acompanhamento de pacientes em tratamento específico, estudos de prevalência passada e atual em populações, entre outros. Desvantagens dos testes rápidos é a diminuição da sensibilidade em situações de baixa parasitemia e o fato de que não apresentam resultados quantitativos. 
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Imunodiagnóstico da doença de Chagas 
Causada pela infecção por Trypanosoma cruzi;
Aproximadamente 8 milhões de pessoas vivem com esse parasita, que causa cerca de 10 mil mortes anuais;
Transmissão da doença de Chagas:
 Via ingestão de alimentos com fezes de triatomíneos contaminados (caldo de cana, açaí, entre outros);
Contaminação por transfusão sanguínea.
79
. Nos últimos anos, houve um aumento da transmissão da doença de Chagas via ingestão de alimentos com fezes de triatomíneos contaminados, tais como caldo de cana, açaí, entre outros (SANTANA et al., 2019). A contaminação por transfusão sanguínea também apresenta importância crescente, tendo sido identificada em países europeus e nos Estados Unidos, onde o parasita não é endêmico
79
Imunodiagnóstico da doença de Chagas 
O diagnóstico laboratorial da doença de Chagas pode ser feito por:
 Exame de gota espessa;
Aglutinação;
imunofluorescência (preferencial para a detecção de IgM);
Ensaios imunoenzimáticos, estes últimos preferidos, devido à sua reprodutibilidade e padronização.
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O diagnóstico laboratorial da doença de Chagas pode ser feito por meio do exame de gota espessa, no qual serão visualizadas formas tripomastigotas na corrente sanguínea do paciente, sendo esse método preferível para pacientes em fase aguda, devido à elevada parasitemia (VAZ et al., 2018). Em indivíduos em fase de latência, ou para a triagem laboratorial em bancos de sangue, métodos sorológicos para a detecção de anticorpos contra T. cruzi devem ser utilizados, incluindo metodologias de fixação do complemento, aglutinação, imunofluorescência (preferencial para a detecção de IgM) e ensaios imunoenzimáticos, estes últimos preferidos, devido à sua reprodutibilidade e padronização
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Imunodiagnóstico de Leishmania spp.
Doenças causadas pela infecção de parasitas do gênero Leishmania;
O diagnóstico da leishmaniose depende da forma da doença que se apresenta:
Leishmaniose cutânea –pode-se fazer a visualização direta dos parasitas em lâminas montadas a partir do raspado das bordas das lesões cutâneas, coradas e visualizadas em microscópio;
Leishmaniose visceral –são utilizados métodos imunológicos, como a imunofluorescência indiretapara anticorpos anti-Leishmania, amplamente utilizada para a confirmação de resultados positivos em outras metodologias. 
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As leishmanioses são doenças causadas pela infecção de parasitas do gênero Leishmania em células fagocitárias, principalmente macrófagos e suas especializações teciduais, apresentando diferentes formas clínicas, incluindo doenças cutânea (também denominada tegumentar), mucocutânea e visceral, sendo que esta última pode, inclusive, levar a óbito. A variação clínica das manifestações depende da espécie de Leishmania infectante, da localização geográfica e da resposta imune do hospedeiro.
As formas cutâneas apresentam entre 700.000 e 1.200.000 novos casos anuais, e aproximadamente 100.000 casos de leishmaniose visceral são diagnosticados a cada ano.
No caso de leishmaniose cutânea, pode-se fazer a visualização direta dos parasitas em lâminas montadas a partir do raspado das bordas das lesões cutâneas, coradas e visualizadas em microscópio (NEVES et al., 2016). Já para a leishmaniose visceral, são utilizados métodos imunológicos, como a imunofluorescência indireta para anticorpos anti-Leishmania, amplamente utilizada para a confirmação de resultados positivos em outras metodologias. Contudo, esse teste não é mais considerado o método de triagem, devido à ocorrência de reações cruzadas com Trypanosoma cruzi, malária, esquistossomose e hanseníase (
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Imunodiagnóstico de Leishmania spp.
Os principais antígenos utilizados nesse teste são os K39, que permitem, ainda, a produção de antígenos recombinantes e a utilização destes em testes rápidos de triagem;
O diagnóstico imunológico da leishmaniose cutânea:
hipersensibilidade tardia aos antígenos de Leishmania, conhecida como intradermorreação de Montenegro.
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Em busca de métodos com maior padronização e reprodutibilidade, foram desenvolvidos ensaios imunoenzimáticos utilizando antígenos recombinantes purificados de Leishmania, os quais apresentaram excelente reatividade. Os principais antígenos utilizados nesse teste são os K39, que permitem, ainda, a produção de antígenos recombinantes e a utilização destes em testes rápidos de triagem (FERREIRA; MORAES, 2013), com sensibilidade igual ou superior à dos testes imunoenzimáticos
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Reação de Montenegro
Aplicação do antígeno;
Leitura : Reativo = maior que 5mm de diâmetro. 
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Nesse teste, antígenos de promastigotas de Leishmania são aplicados na face interna do braço esquerdo, e a leitura da reação é realizada em 48h, sendo considerados positivos os testes que apresentarem área endurecida maior que 5 mm. Contudo, reações negativas não excluem a infecção, e falso-negativos podem ocorrer no início da infecção ou em indivíduos imunodeprimidos (NEVES et al., 2016). Da mesma forma, a presença de reação positiva pode indicar somente contato prévio com o parasita, além de ocorrer reatividade cruzada com doença de Chaga. 
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Distúrbios de Hipersensibilidade: o que são e os tipos
 
Profª Jéssica Gomes
Imunologia Clínica
Biomedicina
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Entendendo os Distúrbios de Hipersensibilidade
Chamamos de reações de hipersensibilidade aquelas que ocorrem de forma exagerada ou de forma inapropriada. 
São reações oriundas de uma resposta normal, mas que em algum momento se processam de forma indevida e algumas vezes promovem um processo inflamatório ou causam lesão tecidual. 
Estas reações não aparecem no primeiro contato do indivíduo com o antígeno, mas sempre em um contato posterior.
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Chamamos de Reação de hipersensibilidade uma : Resposta imune adaptativa exagerada ou inapropriada, que causa lesões teciduais. • Alérgenos • Estado de hipersensibilidade ou alergia
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Entendendo os Distúrbios de Hipersensibilidade
A imunidade adaptativa apresenta-se como uma importante função de defesa contra infecções microbianas, mas as respostas imunológicas são também capazes de causar lesão tecidual ou doença. 
Os distúrbios causados pela resposta imunológica são chamados de distúrbios de hipersensibilidade. 
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Entendendo os Distúrbios de Hipersensibilidade
Autoimunidade: A falha dos mecanismos normais de autotolerância resulta em reações contra células e tecidos próprios. 
Reações contra micro-organismos: ocorre quando as reações são excessivas ou quando os micro-organismos são persistentes. 
As doenças de hipersensibilidade são comumente classificadas de acordo com o tipo de resposta imunológica e o mecanismo efetor responsável pela lesão celular e tecidual.
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Classificação dos Distúrbios de Hipersensibilidade
Coombs e Gell, em 1963, propuseram um esquema de classificação, no qual a hipersensibilidade alérgica do tipo descrito por Portier e Richet foi denominada tipo I, e ampliou a definição da hipersensibilidade para incluir:
Tipo I (Anafilática ou Imediata); 
Tipo II (Dependente de Anticorpo/ Citotóxica);
Tipo III (Induzida por Imuno-complexos);
Tipo IV (Mediada por Células/Tardia).
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Hipersensibilidade tipo I
As reações do Tipo I, onde os antígenos (alérgenos) se combinam com anticorpos IgE específicos que estão ligados aos receptores de membrana sobre mastócitos teciduais e basófilos sanguíneos.
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Hipersensibilidade tipo I (mediada por IgE)
A reação antígeno-anticorpo provoca a liberação rápida de potentes mediadores vasoativos e inflamatórios, que podem ser pré-formados (por exemplo, histamina, triptase) ou recentemente gerados a partir dos lipídeos da membrana (por exemplo, leucotrienos e prostaglandinas).
Durante horas, os mastócitos e basófilos também liberam citocinas pró-inflamatórias (por exemplo, interleucina-4 e interleucina-13). Os mediadores produzem vasodilatação, maior permeabilidade capilar, hipersecreção glandular, espasmo da musculatura lisa e infiltração tecidual com eosinófilos e outras células inflamatórias.
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Hipersensibilidade tipo II
As reações do Tipo II (citotóxicas) ocorrem quando o anticorpo (IgG e IgM) reage a componentes antigênicos de uma célula ou elementos teciduais, ou a um antígeno ou hapteno que ficou intimamente ligado a uma célula ou tecido.
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A reação antígeno-anticorpo pode ativar certas células citotóxicas (células T exterminadoras ou macrófagos) para produzir citotoxicidade mediada por células anticorpo-dependentes. Ela geralmente envolve a ativação do complemento e pode causar aderência opsônica através do recobrimento da célula com anticorpos.
A reação se desenvolve pela ativação dos componentes do complemento através de C3 (com consequente fagocitose de célula) ou pela ativação de todo o sistema complemento, com subsequente citólise ou lesão tecidual.
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Hipersensibilidade tipo III
As reações do Tipo III – de imunocomplexos (IC) – resultam da deposição de imunocomplexos Ag-Ac (antígeno-anticorpo) circulantes, solúveis em vasos ou tecido. 
Os IC ativam o complemento e iniciam, desta forma, uma sequência de eventos que resulta na migração de células polimorfonucleares e liberação de enzimas proteolíticas lisossômicas e fatores de permeabilidade em tecidos, produzindo uma inflamação aguda.
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As consequências da formação de IC dependem, em parte, das proporções relativas de antígeno e anticorpo contidas no IC. Com um excesso de anticorpo, os IC se precipitam rapidamente onde o antígeno está localizado (por exemplo, dentro das articulações, na artrite reumatóide) ou são fagocitados por macrófagos e, desta maneira, não causam nenhum dano. Com um leve excesso de antígeno, os imunocomplexos tendem a ser mais solúveis e podem causar reações sistêmicas ao serem depositados em vários tecidos.
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Hipersensibilidade tipo IV
As reações do Tipo IV são de hipersensibilidade celular, mediadas por células, tardias ou do tipo tuberculina, causadas por linfócitos T sensibilizados após contato com um antígeno específico.
 Exemplos de linfócitos T induzindo respostas indesejadas são: 
sensibilidade de contato (por exemplo, a níquel ou plantas, como hera venenosa); 
respostas de hipersensibilidade tardia da hanseníase ou tuberculose; 
resposta exagerada a infecções virais, tais como sarampo; e os sintomas persistentesda doença alérgica.
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Passados alguns anos, tem-se tornado aparente que a classificação de Coombs e Gell dividiu artificialmente reações de anticorpos relacionadas com seus mecanismo (tais como tipos I, II e III), as quais contribuem para a fisiopatologia de muitas doenças imunomediadas comuns, enquanto inclui reações mediadas pelas células T de hipersensibilidade tipo tardia (HTT) em uma mesma classificação (denominada tipo IV).
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Reações de hipersensibilidade
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C- complemento 
Fc- FATOR complemento
M- macrófagos 
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Logo, você realizará uma prova importante e esse é só mais um objetivo que você vai conseguir concluir.
Bons estudos e boa prova!
Autor Desconhecido
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