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diagnostico imunologico de infecção bacteriana

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Diagnóstico imunológico de infecções bacterianas 
Profª Jéssica L Gomes 
Curso de Biomedicina
1
Introdução 
As bactérias geralmente são diagnosticadas por meio de culturas, técnicas de coloração em lâminas ou isolamento de material genético, conforme a patologia investiga. 
No entanto, algumas abordagens imunológicas podem ser utilizadas no diagnóstico bacteriológico, tanto para a detecção de antígenos quanto para a detecção de anticorpos. 
2
O diagnóstico microbiológico envolve a detecção de agentes infecciosos responsáveis por causar patologias, sejam eles virais, fúngicos ou bacterianos. De forma clássica, os microrganismos bacterianos são investigados por meio de cultura, em que a amostra é semeada e cultivada por um período de 24 a 48 horas. 
Além disso, técnicas de baciloscopia e coloração são comumente utilizadas. Porém, as infecções bacterianas também podem ser investigadas pelo uso de técnicas imunológicas, como os métodos de ELISA, imunocromatográficos e aglutinação.
2
Papel do imunodiagnóstico em infecções bacterianas
A imunologia clínica, utiliza diversas técnicas para pesquisar um processo ou autoimune em que há a presença de antígenos e a formação de anticorpos. 
Existem duas abordagens básicas utilizadas no diagnóstico microbiológico: 
Utilização de anticorpos conhecidos para detectar os microrganismos; 
Utilização de antígenos conhecidos para detectar a presença de anticorpos no soro do paciente. 
3
Dessa forma, percebe-se a grande aplicabilidade da imunologia clínica no diagnóstico de infecções. Com duas abordagens básicas, o uso de anticorpos conhecidos para detectar microrganismos e a utilização de antígenos conhecidos para detectar a presença de anticorpos, a imunologia pode ser uma grande aliada no diagnóstico de infecções bacterianas, fornecendo um diagnóstico mais rápido para a detecção e o acompanhamento de doenças.
3
Exemplos de como as reações imunológicas:
Salmonelose: 
São bacilos gram-negativos que, conforme a espécie, podem ser causadores de enterocolite, febres entéricas e sepses. 
Os seus antígenos de parede celular (O), flagelo (H) e cápsula (Vi) 
A Salmonella entérica é uma bactéria anaeróbica facultativa fermentadora de glicose;
Responsável por 99% das salmoneloses humanas; 
Transmissão ocorre por meio de fezes contaminadas; 
 
4
Salmonelose 
Salmonelose é uma zoonose, causadora de toxinfecção alimentar, podendo levar o individua a morte. 
A infecção é associada ao consumo de carne de aves, carne bovina, leite e ovos contaminados com sorotipos paratifoides de Salmonella spp. 
5
Diagnóstico de salmonelose
O diagnóstico é realizado por meio da pesquisa do microrganismo Salmonella spp. no sangue, nas fezes e em outros sítios orgânicos, conforme a necessidade de investigação. 
Pode ser realizado com a técnica sorológica por meio de detecção de um aumento no título de anticorpos do paciente, conhecido como teste de Widal. 
6
Teste de Widal
O teste de aglutinação e diluição em tubo, ou reação de Widal, é utilizado para detectar anticorpos contra antígenos O e H ; 
São necessárias 2 amostras de soro, coletadas em intervalo de 7 a 10 dias, para que seja possível comprovar uma elevação de título de anticorpos. 
Diluições seriadas de uma amostra (soro desconhecido) são testadas com antígenos de salmonelas representativas. 
Resultados falso-positivos e falso-negativos podem ocorrer. Quando apenas uma amostra é testada, o critério de interpretação pode variar , porém um titulo contra o antígeno O maior que 1:320 e contra o antígeno H maior que 1:640 é considerado positivo. 
7
Brucelose
Causadas por espécies de Brucella, são pequenos bacilos gram-negativos que não apresentam cápsulas. 
Os três principais patógenos humanos são: Brucella melitensis, B. abortus e B, suis; 
Os seres humanos são hospedeiros acidentais;
Podem ser utilizadas técnicas sorológicas para o diagnóstico da infecção como: teste de aglutinação, teste de ensaio imunenzimático (ELISA) e pesquisas da anticorpos bloqueadores;
Antígeno Rosa Bengala (triagem de brucelose). 
8
Técnica de antígenos de Rosa de Bengala
9
Testes treponêmicos e não treponêmicos no diagnostico de sífilis
A sífilis é uma doença crônica, infectocontagiosa, que acomete exclusivamente o ser humano. 
Doença sexualmente transmissível; 
Bactéria Treponema pallidum.
Estágios:
Sífilis primária; 
Sífilis secundária;
Sífilis latente. 
10
Manifestações clínicas da Sífilis
Sífilis primária – geralmente há presença de uma única ferida no local de entrada da bactéria (10 a 90 dias após a infecção) 
Sífilis secundária – 6 semanas a 6 meses após o aparecimento e a cicatrização da lesão inicial, podendo ocorrer febre, mal-estar, cefaleia e ínguas pelo corpo. 
Sífilis latente – é caracterizada pela ausência de sinais e sintomas, podendo ser dividida em recente, com menos de 2 anos de infecção, e tardia, com mais de 2 anos de infecção.
Sífilis terciária – pode surgir de 2 a 40 anos após o início da doença, em geral causam lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo ocorrer morte. 
11
Diagnóstico de sífilis
Testes treponêmicos –
 detecção de anticorpos contra antígenos do Treponema pallidum;
Qualitativos.
Testes não treponêmicos –
Detectam anticorpos não treponêmicos, não específicos para Treponema pallidum
Quantitativos.
Qualitativos: são testes de triagem para determinar se a amostra é reagente. 
Quantitativos: servem para determinar o título dos anticorpos presentes de amostras reagentes no teste qualitativo, serve também de monitoramento de tratamento. 
12
Titulação
O título é indicado pela última diluição da amostra que apresenta floculação visível. 
13
Efeito prozona 
É a amostra reagente que apresenta ausência de reatividade em testes não treponêmicos. 
Isso ocorre quando há uma relação desproporcional entre as quantidades de antígenos e anticorpos presentes na reação não treponêmica, gerando resultados falso-negativos.
Excessos de anticorpos no soro testado 
Interferência na formação do complexo antígeno- anticorpo
Impede a reação de floculação 
14
O Efeito prozona- acontece por um excesso de anticorpos e é necessário que realize diluição da amostra para que o resultado mais seguro, como já comentado anteriormente. 
É a amostra reagente que apresenta ausência de reatividade em testes não treponêmicos. 
Isso ocorre quando há uma relação desproporcional entre as quantidades de antígenos e anticorpos presentes na reação não treponêmica, gerando resultados falso-negativos.
Excessos de anticorpos no soro testado 
Interferência na formação do complexo antígeno- anticorpo
Impede a reação de floculação
14
Testes treponêmicos 
No Brasil os testes treponêmicos mais utilizados são:
FTA-Abs; 
Testes de hemaglutinação ou aglutinação indireta ou passiva; 
Testes de ELISA ;
Testes quimioluminescentes; 
Testes rápidos. 
15
FTA-Abs
É considerado o teste de referência (padrão-ouro) entre os testes treponêmicos, pode ser realizado em amostras de soro ou plasma, é o primeiro teste a se tornar reagente após a infecção. 
Técnica de imunofluorescência indireta que utiliza o T. pallidum fixadas em áreas demarcadas de lâminas de vidro.
16
Testes de micro-hemaglutinação
Realizados no soro ou plasma; 
Baseia-se na ligação de hemácias que contêm, na superfície, antígenos de T pallidum com anticorpos treponêmicos presentes na amostra do paciente. 
A hemoglutinação é resultado da ligação dos anticorpos presentes no soro aos antígenos presentes na superfície das hemácias. 
17
Testes de aglutinação indireta
Amostras de soro ou plasma; 
Não precisam de uma estrutura laboratorial;
Os antígenos do microrganismos são absorvidos à superfície de partículas de gelatina;
Os anticorpos presentes na amostra ligam-se aos antígenos de várias partículas de gelatina, resultando na aglutinação; 
Esses testes utilizam antígenos recombinantes de T. pallidum fixados em um fase sólida, na qual os anticorpos presentes na amostras irão se ligar. 
18
Testes não treponêmicos
Detectam anticorposnão treponêmicos que não são específicos para T. pallidum, mas que estão presentes na sífilis. 
O teste VDRL é o mais utilizado da técnica de floculação;
A metodologia desse teste se baseia em uma suspensão antigênica, composta por uma solução alcoólica contendo cardiolipina, colesterol e lectinina purificada, utilizando soro inativado como amostra. 
A ligação desses componentes ocorre de forma aleatória, resultando a formação de estruturas arredondas, intituladas micelas. 
19
Representação esquemática do antígeno dos testes não treponêmicos na forma de micelas.
Os anticorpos não treponêmicos presentes na amostra se ligam às cardiolipinas das micelas, e a ligação em várias micelas resulta na floculação, que pode ser visualizada ao microscópio. 
20
Diagnóstico da sífilis
Devem ser realizados em duas etapas:
Triagem; 
Confirmação.
É essencial que toda amostra reagente seja submetida a um teste não treponêmica quantitativo e a um teste treponêmico. 
21
Interpretação para diferentes combinações de resultados.
22
Cicatriz ou memória sorológica 
Refere-se à persistência de resultados de testes treponêmicos reagentes com títulos baixos e/ou permanência de resultados reagentes nos testes treponêmicos após tratamento adequado para sífilis. 
23
Situações falso positivos permanentes e transitórios
24
Sífilis na gestação 
Ocorre quando a gestante apresenta evidencia clínica de sífilis e/ou sorologia não treponêmica reagente, independentemente do título;
Pré- natal (VDRL);
Em casos reagentes durante a gestação ou parto, deverá ser coletado o sangue periférico do recém-nascido para a realização de teste não treponêmico, seguido de exames de liquido cerebrospinal, raio X de ossos longos e hemograma. 
25
Sífilis congênita
Ocorre como resultado da disseminação hematogênica do T. pallidum da gestante não tratada ou inadequadamente tratada para o embrião durante a gestação ou o parto. 
Precoce – Ocorre até o segundo ano de vida.
Tardia – Surge após o segundo ano de vida.
26
Metodologias e principais aplicações da imunologia clínica na bacteriologia 
Técnicas imunológicas também podem ser utilizadas no diagnóstico de bactérias, como nos casos de tuberculose e infecção por Streptococcus.
27
Tuberculose
Doença infectocontagiosa
Causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch;
Transmitido por via aéreas; 
É diagnosticada por testes bacteriológicos: baciloscopia e cultura, e de imagem (RX do tórax);
Outros ensaios imunoenzimáticos podem ser utilizados :
Teste de tuberculínico; 
Testes imunoenzimáticos 
28
Teste tuberculínico 
É um teste diagnótico de infecção latente da tuberculose que se baseia em uma reação de hipersensibilidade cutânea após aplicação de tuberculina PPD po via intradérmica, em que a leitura é relizada entre 48 e 72 horas após a aplicação, podendo ser estendida até 96 horas;
Tuberculina – é um filtrado de cultivo de sete cepas selecionadas do bacilo da tuberculose esterelizado e concentrado. 
29
Teste tuberculínico 
A inoculação do antígeno provoca uma reação entre antígeno e anticorpo, seguida de uma resposta dependente da reatividade celular de linfócitos T sensibilizados, que, após a reexposição a antígenos do bacilo, tornam-se ativados, expressando-se no local de aplicação da tuberculina. 
Causam eritema e edema no local da derme, em casos positivos, com pico entre 48 e 72 horas após a administração do PPD. 
30
Leitura da prova tuberculínica 
31
Testes imunoenzimáticos
A técnica de ELISA para a detecção de anticorpos IgG permite detectar a presença desses anticorpos contra antígenos microbacterianos; 
Modo de especificidade da técnica depende da qualidade do antígeno utilizado; 
A técnica Elisa pode ser utilizada para detecção IgM em amostras de soro do paciente.
O diagnóstico de tuberculose é principalmente realizado pela técnica de baciloscopia.
32
Testes imunonzimáticos
Os estreptococcus são cocos gram-positivos esféricos, organizado em cadeias ou pares , que podem causar diversas infecções.
A infecção de estreptococcus pode ser diagnosticada com o uso de técnicas imunológicas, como:
Reação de intumescimento capsular (Quellung); 
Teste da contraimunoeletroforese; 
ASLO.
33
Referências 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Diagnóstico de sífilis. Brasília: Ministério da Saúde, 2014a. Disponível em: https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/22192/mod_resource/ content/2/S%C3%ADfilis%20-%20Manual%20Aula%201_SEM.pdf. Acesso em: 26 out. 2020.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Técnicas de aplicação e leitura da prova tuberculínica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014b. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/tecnicas_aplicacao_leitura_prova_tuberculinica.pdf. Acesso em: 26 out. 2020.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais. Manual técnico para o diagnóstico da sífilis. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
34
Referências 
BROOKS, G. F. et al. Microbiologia médica de Jawetz, Melnick & Adelberg. 26. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. 
CARNEIRO, D. O.; COSTA, M. S. F. Características e patogenicidade da salmonella enterica: uma revisão de literatura. Visão Acadêmica, Curitiba, v. 21, n. 1, p. 72–79, 2020. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/71940/40704. Acesso em: 26 out. 2020.
 FERNANDES, B. R. et al. Diagnóstico diferencial das meningites. Revista Médica de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 18, n. 3, supl. 4, p. S68–S71, 2008.
 GEERTS, I. et al. The clinical-diagnostic role of antistreptolysin O antibodies. Acta Clinica Belgica, [s. l.], v. 66, n. 6, p. 410–415, 2011.
35
Referências
HOFFMAN, B. L. et al. Ginecologia de Williams. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. LACERDA, M.; MOURAÑO, M. P.; MAGELA, A. Rotinas da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas. Manaus: Governo do Estado Amazonas, 2003. LEVINSON, W. Microbiologia médica e imunologia. 13. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. MONTEIRO, A. M. Comparação de testes sorológicos para o diagnóstico da tuberculose. 2010. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) – Curso de Mestrado em Saúde Pública, Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Osvaldo Cruz, Ministério da Saúde, Rio de Janeiro, 2010.
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Estudar é conhecer mundos diferentes.
Autor Desconhecido
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