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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Campus de Araçatuba AYLA VITÓRIA FONSECA SALIS PLANEJAMENTO FORRAGEIRO BOVINOCULTURA DE LEITE Araçatuba 2020 AYLA VITÓRIA FONSECA SALIS RM: 201390566 Planejamento Forrageiro Bovinocultura de Leite Trabalho apresentado à Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, como parte dos requisitos para a obtenção de nota final na disciplina de Forragicultura. Orientador: Prof. Dr. Hamilton Caetano Co-orientador: Prof. Dr. Cecílio Viega Soares Filho Araçatuba 2020 Sumário 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 4 2. DADOS DA PROPRIEDADE.................................................................................................. 5 2.1. Infraestrutura .................................................................................................................... 5 2.2. Composição do Rebanho ................................................................................................ 5 2.3 Divisão .............................................................................................................................. 7 3. CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS ...................................................................................... 9 3.1. Condições Climáticas e Pluviosidade ............................................................................ 9 3.2 Análise do Solo ...............................................................................................................10 4. MANEJO DAS PASTAGENS ................................................................................................12 4.1. Preparo do Solo e Adubação .........................................................................................12 4.2. Forrageiras e Estabelecimento de Pastagens .............................................................18 4.3. Volumoso Suplementar (Silagem e Concentrado).......................................................23 4.4. Sistema de Pastejo .........................................................................................................28 4.6. Taxa de Lotação .............................................................................................................30 4.7. Adubação de Manutenção das Espécies Implantadas................................................32 5. MANEJO DOS ANIMAIS4 ......................................................................................................32 5.1. Alimentação do Rebanho e Desmame .........................................................................32 5.2. Reprodução .....................................................................................................................33 5.3. Manejo Sanitário .............................................................................................................34 6. CONSIDERAÇÕES ................................................................................................................35 NOTAS ....................................................................................................................................36 ANEXOS .................................................................................................................................37 Anexo I. Planta da Propriedade ................................................................................................37 Anexo II. Questionário para Análise de Solo. ..........................................................................38 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................39 1. INTRODUÇÃO Planejamento Forrageiro é um estudo/programação realizado afim de que o produtor disponha de forragens para ofertar aos seus animais o ano todo. O proprietário poderá visualizar sua atuação futura no longo prazo a partir de uma abordagem global, baseando-se em projeção de crescimento do rebanho, identificação de épocas críticas e produtividade da pastagem. Suas etapas consistem em analisar a propriedade, tipo de produção, quantidade e idade dos animais, disponibilidade de água e alimentos, solo e características, condições climáticas, e manejo atual em todas as áreas, podendo incluir um planejamento financeiro afim de reduzir gastos. O principal desafio encontrado é a estacionalidade de produção, uma vez que com ações antrópicas frequentes, as mudanças climáticas tornam-se mais imprevisíveis; portanto, é necessário encontrar forrageiras que ofertem no período chuvoso e alternativas de produção para o período seco. Tal planejamento assegura eficiência de produção (gerando rentabilidade) e desempenho animal, equilíbrio demanda/oferta, e redução da vulnerabilidade do pecuarista (em expressão popular “ser pego de calças curtas”). Em uma propriedade cuja produção é o gado leiteiro, faz-se necessário entender as condições exigidas pelas vacas, principalmente, as em lactação, bezerras(os) e novilhas(os), além de considerar mudanças na área de pastagem, alteração no número de animais, estação de monta e parição, e o período de cria, recria e engorda, pois esse tipo de gado apresenta alta sensibilidade por fatores genéticos (por exemplo, a raça Dexter manifesta gene letal recessivo “dd” que provoca deformidades na estrutura óssea, gerando o “bezerro-bulldog”) demandando maiores cuidados. No Brasil, a bovinocultura de leite representa uma atividade zootécnica tradicional, que impediu muitas famílias de ficarem sem recursos em épocas de economia e clima escassos; o país ocupa a quarta posição em produção leiteira mundial, avançando graças aos investimentos realizados nas áreas da genética bovina e qualidade de cria e alimentação do gado. Como alimento essencial e extremamente consumido, o leite manifesta nutrientes importantes como o Cálcio, Magnésio e Potássio, podendo ser consumido de duas formas: in natura ou como subprodutos processados (queijo, iogurtes, doces, e outros laticínios). 2. DADOS DA PROPRIEDADE 2.1. Infraestrutura A propriedade Quinta de Santa Catarina1, localizada em Natividade da Serra, município pertencente à Mesorregião do Vale do Paraíba Paulista, trabalha com bovinos de leite; apresenta 240 hectares (ha) de terra, sendo que 150 ha compõem a área útil de pasto formado por braquiárias, 400m2 são destinados à um lago do qual parte o sistema de irrigação por gotejamento, não apresenta capineira nem silagem para a seca e sua média de produção é de 8 litros de leite por vaca por dia, sendo que somente 50% das vacas estão em lactação; ademais, 10 funcionários trabalham para manter o bom andamento. 2.2. Composição do Rebanho O rebanho é composto por 80 vacas mestiças da raça Girolando, com peso médio vivo de 480Kg, 30 novilhas pesando 10 arrobas cada, 1 touro de 20 arrobas e 20 bezerras de 0-12 meses com peso médio vivo de 200Kg. Tabela 1. Composição do Rebanho Fonte: própria O gado Girolando ou Girholando é uma hibridação entre as raças Gir e Holandesa, aliando rusticidade e docilidade à alta produtividade e facilidade de manejo. O registro histórico do aparecimento da raça data por volta das décadas de 40 e 50. Atualmente, o Ministério da Agricultura e associações representativas estabeleceram normas genéticas para o cruzamento (5/8 Holandesa + 3/8 Gir-Bi Mestiço), convertendo-o em prioridade nacional. Através da heterose (cruzamento entre animais geneticamente distantes), obteve-se um fenótipo soberano cujas qualidades resultaram em alta e econômica produção leiteira, ótima produção vitalícia e uma progênie numerosa. Em2013, a média de produção de leite pelas vacas Girolando foi igual a 5 061 Kg por período de lactação, sendo superior quando comparada à média de vacas Jersey (4 500 Kg). No Brasil, essa raça é responsável por, aproximadamente, 80% do leite produzido, devido aos grupos e fatores genéticos, anatômicos e fisiológicos como “produtividade, precocidade, longevidade, fertilidade, capacidade de adaptação aos diferentes climas e sistemas de produção, úbere avantajado, tetos grandes, boa capacidade termorreguladora e ruminal, aprumos e pés fortes, e alta capacidade de conversão alimentar” (SILVA et al., 2015; RUAS, 2004). “Animais resultantes do cruzamento de Holandês x Gir são mais leves e com maior vida útil no rebanho, apresentando maior produção de leite por dia de vida útil” (MADALENA e TEODORO, 2004). Figura 1. Vaca Girolando com seu nono bezerro. Fonte: Globo Rural 2.3 Divisão Segundo a Embrapa, a infraestrutura de uma propriedade de produção leiteira considera recursos produtivos como terra, capital e mão de obra, requerendo características próprias para a implantação do sistema, dimensionando o rebanho a ser explorado, estabelecendo metas agronômicas, zootécnicas e econômicas, além de preconizar a tecnologia para manejo animal e produção de alimentos. Considerando que a propriedade conta com 200 hectares de terra, sendo 150 destinados à área útil de pastagens, a estrutura mínima necessária exige: CENTRO DE MANEJO: local de alimentação e ordenha. Deve-se utilizar 200m2 por vaca. CURRAL: destinado à suplementação alimentar por volumoso ou concentrado, com divisões por grupo de produção, exigindo 4-8m2 por vaca. SALA DE ORDENHA: deve ser rotativa (grupos de vacas entram e saem) e o número será estabelecido de acordo com o número de vacas do rebanho e sistema de ordenha; recomenda-se usar grupos de 8 vacas para cada 40m2, dispostos em baias do tipo espinha-de-peixe. BRETE/TRONCO COLETIVO: encaminha o gado ao tronco de contenção, além de possibilitar ações do manejo sanitário. Cada tronco apresenta 240cm de altura x 75 cm de largura x 280 cm de comprimento (6,72m2/brete). LAVA-PÉS: utilizado para banhar as patas dos animais afim de evitar acúmulo de sujeira, essencialmente na sala de ordenha; deve conter um comprimento de 5-6m por 2m de largura. PREDILÚVIO: área destinada ao uso ocasional quando da incidência de lesões no casco ou como área preventiva. EMBARCADOURO: instalação para embarcar os animais rapidamente, sem que haja atropelos; precedido de uma seringa ou colocado após o tronco-porteira de apartação. BEZERREIRO: colocado em piquetes individuais para bezerros de até 70 dias; cada bezerro necessita de 4m2 de espaço. MATERNIDADE: destinada ao manejo de contato da mãe com o bezerro nas primeiras horas após o nascimento. Cada baia deve conter aproximadamente 16m2. SEDE: local destinado para escritório da propriedade. CASAS DE FUNCIONÁRIOS: cada casa deve conter um espaço de até 80m2 para moradia de cada funcionário com ou sem sua família. DEPÓSITO/CELEIRO: local destinado para guardar insumos e equipamentos da propriedade. Diante do exposto, destina-se cada área conforme a tabela a seguir e o Anexo I. Tabela 2. Metragens da estrutura mínima necessária. Fonte: própria 3. CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS 3.1. Condições Climáticas e Pluviosidade Localizado a uma altitude de 720 metros, o pacato município de Natividade da Serra conta com uma extensão territorial de 833 Km2, cuja zona fisiográfica do Alto Paraíba está à margem esquerda do Rio do Peixe, em uma planície cercada por montanhas; encontra-se com a Serra do Mar e está entre os Rios Paraitinga e Paraibuna; pertencente ainda à microbacia hidrográfica do Rio da Prata, Rio Pedregulho e Córrego da Marmelada. Aproximadamente 80% de sua topografia é montanhosa, 77% de várzeas, 15% é ondulada e 5% é plana, sendo assim, a vegetação é composta por áreas de floresta madura, pastagens/vegetação não- florestal de Melinis minutiflora (Capim Gordura) abandonadas e por espécies de Baccharis, plantios de eucalipto e florestas secundárias. Apresenta clima temperado com inverno seco; a temperatura varia entre 17-18°C e os índices pluviométricos apontam uma precipitação2 de 1 400mm anuais, sendo que no período de chuvas, a precipitação é de 960mm, enquanto o período seco apresenta 440mm (SILVA e FISH, 2019). Figura 2. Intensidade de chuvas3, em mm/h Fonte: Atlas Pluviométrico do Brasil 3.2 Análise do Solo Análise de solo, segundo a Embrapa, é “o principal instrumento para o diagnóstico da fertilidade do solo, permitindo a recomendação das quantidades de adubos e calcário necessárias para obter rendimentos elevados”, isso é, analisar e corrigir afim de que a produção de forrageiras atinja seu ponto máximo. A mesma empresa elaborou um manual denominado “Procedimentos para Coleta de Amostras”, no qual tem-se cinco etapas fundamentais, sendo elas: PLANO DE AMOSTRAGEM: separar a propriedade em glebas (porções menores iguais a 20ha) de solo uniformes quanto à posição no relevo; identificar cor, textura, vegetação e manejo anteriores. De cada gleba deverá ser retirada uma amostra composta formada por amostras simples de 15 a 20 locais aleatórios percorridos em ziguezague à gleba uniforme, conforme a figura 1. Figura 3. Ziguezague na gleba uniforme. Fonte: Embrapa Clima Temperado, Manual Análise de Solo LOCAL DE AMOSTRAGEM: deve-se limpar a superfície do local de amostragem, retirando quaisquer vegetações, galhos e pedras remanescentes, porém sem remover a camada superficial do solo. AMOSTRA SIMPLES: recomenda-se abrir uma cova em forma de cunha de 17-20 cm de profundidade, retirar toda a terra de dentro e deixa-la ao lado. Através do auxílio de uma pá, deve-se cortar uma fatia, com 2-5 cm de espessura, de um dos lados da cova. Essa fatia deverá ficar sobre a pá e ser cortada em três partes de forma que as bordas laterais sejam descartadas; a fatia restante (porção central) é colocada em um balde plástico limpo (figura 2). A amostra também pode ser retirada usando-se um trado (holandês, de rosca ou calador), para isso, em cada local de amostragem, o trado (figura 3) será inserido com uma profundidade de 17- 20 cm sendo retirado do solo sem torção; a terra contida deverá ser colocada em um balde limpo. Figura 4. Amostra simples sendo acondicionada em um balde limpo. Fonte: Embrapa Clima Temperado, Manual Análise de Solo Figura 5. Trado Holandês, Trado de Rosca e Trado Calador. Fonte: Embrapa Clima Temperador, Manual Análise de Solo AMOSTRA COMPOSTA: misturar, dentro do balde, a terra proveniente dos diferentes locais de amostragem, retirando cerca de 500 gramas de terra. PREPARO E IDENTIFICAÇÃO: recomenda-se que a amostra composta seque à sombra e em local ventilado. Na sequência, dever ser colocada em um saco plástico limpo, a boca deverá ser amarrada e etiquetada com um cartão contendo nome e endereço completos e a identificação da gleba de onde fora retirada a amostra. Levar a um laboratório de Nutrição Vegetal ou de Fertilidade do Solo. Ademais, fora elaborado um questionário (Anexo II) para os proprietários enviarem em conjunto com as amostras retiradas, facilitando a identificação de resíduos químicos ou ausência de quaisquer métodos de adubação e correção. Deve-se evitar áreas mal drenadas, locais de formigueiros e outras pragas agrícolas, assim como locais de deposição de estercos; a frequência de amostragem varia de 2 em 2 anos ou 3 em 3 anos para cada cultivo, há necessidade de maiores frequências para hortaliças e culturas de alto valor econômico. Acerca do município de Natividade da Serra, fora realizado um estudo no litoral norte e serra do mar de São Paulo, evidenciando que “a formação rochosa predominante é o embasamento cristalinodo período Pré-Cambriano com predominância de rochas metamórficas (gnaisses) e rochas graníticas (IPT 2000). O solo da maior parte da região amostrada é composto por Inceptsol, que na classificação do Sistema Brasileiro é conhecido como Cambissolo. Apresenta elevado teor de areia (mais de 50%), baixo pH, baixa concentração de fósforo, baixa soma de bases e alta saturação de alumínio” (VIEIRA et al., 2011). 4. MANEJO DAS PASTAGENS 4.1. Preparo do Solo e Adubação O principal questionamento dos produtores no Brasil é se vale a pena considerar uma reforma ou recuperação de pastagens, pois a realidade são solos degradados, com presença de pragas e lixiviações, tendo como desafio aliar exigência e resposta de adubação ao sistema de produção, avaliando o custo das práticas, capital disponível e viabilidade econômica. Entretanto, práticas de calagem e adubação quando negligenciadas alteram a produtividade das forrageiras, pois “quando da ausência de algum elemento, a planta não completa seu ciclo de vida, ou quando determinado elemento faz parte de alguma substância ou reação bioquímica essencial para a vida do vegetal, o mesmo pode ser considerado essencial ou indispensável à planta (RAJI, 1991 e TOMÉ JR., 1997)”. Fisiologicamente, todos os elementos químicos são essenciais e considerados nutrientes; para plantas “superiores” esses são: Carbono (C), Hidrogênio (H), Oxigênio (O), Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg), Enxofre (S), Cobre (Cu), Ferro (Fe), Manganês (Mn), Zinco (Zn), Cloro (Cl), Boro (B) e Molibdênio (Mo). “Os demais elementos, denominados nutrientes minerais, em geral precisam estar presentes no solo, mais especificamente, na solução do solo, para que a produção agrícola se realize” (RAJI, 1991). A classificação de macro e micronutrientes consiste na quantidade absorvida pela planta, isto é, macronutrientes apresentam-se na proporção de g.Kg-1, enquanto os micronutrientes pertencem a ordem de grandeza mg.Kg-1 de massa seca (MS); é necessário avaliar a extração de nutrientes (em Kg/ha). Dentre muitos estudos realizados, um evidencia que os capins absorvem, respectivamente, 214 Kg/ha, 20- 45 Kg/ha, 491-593 Kg/ha, 106 Kg/ha e 98 Kg/ha, de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg) (HAAG e DECHEN, 1985). Portanto, a correta adubação interfere nas condições químicas do solo, qualidade da planta forrageira (pelo aumento do teor de proteína bruta – PB -, minerais e digestibilidade in vitro da matéria seca – DIVMS), formação e manutenção considerando o custo-benefício para o consequente aumento de produção pela relação folha-colmo. Somente a reciclagem não é suficiente para fornecer os nutrientes requeridos pelas plantas, pois, em média, K+Ca+N+S+Mg+P apresentam 31% de recuperação através de fezes e urina (WILLIANS e HAYNES, 1995). Para auxiliar no processo de correção e adubação, utiliza-se a “Técnica do Funil” onde são realizadas primeiro as práticas corretivas (Calagem, Gessagem, Fosfatagem e Potassagem), depois as adubações (Implantação e Manutenção) e por último são regulados os micronutrientes, buscando, assim, elevar o potencial de resposta com uma boa relação custo-benefício. Figura 6. Técnica do Funil Fonte: própria Segundo os resultados da amostra de solo coletada na Quinta de Santa Catarina, deve-se realizar, primeiramente, a calagem, afim de neutralizar o alumínio tóxico (Al3+), o ferro (Fe) e o manganês (Mn), fornecendo cálcio (Ca) e magnésio (Mg), elevando o pH do solo - diminuindo sua acidez e aumentando a disponibilidade fósforo (P). Os benefícios da calagem incluem o aumento da disponibilidade e aproveitamento do fósforo, potássio (K), enxofre (S) e molibdênio (Mo) além do melhoramento da estrutura do solo; o método mais utilizado na região onde a propriedade se encontra é a Elevação da Saturação por Bases. O cálculo da necessidade de calagem é feito com a fórmula: NC = ((V2-V1) * CTC) / (10 * PRNT), onde NC significa Necessidade de Calagem (em t/ha), V2, saturação por bases desejada (em %), V1, saturação por bases atual (em %), CTC, capacidade de troca catiônica potencial (Mmolc/dm3) e PRNT, poder relativo de neutralização total (em %). O Boletim Técnico 100 (IAC), 1996, recomenda que a calagem seja realizada de acordo com o agrupamento das plantas forrageiras utilizadas, portanto, o V2 para as áreas de plantio dos capins Aruana, Tanzânia-1 e Tifton-85, e das leguminosas Guandu e Milho deve ser igual a 70%; além de ser aplicado 60 dias antes do plantio/semeadura (portanto, para que a pastagem seja implantada em outubro, deve-se aplicar o calcário no mês de agosto). Tendo como base os índices da Tabela 4, obtidos a partir do relatório de análise de solo, pode-se calcular a quantidade necessária de calagem para cada área de produção. Figura 7. Relatório de Análise de Solo Fonte: própria Figura 8. Cálculo da necessidade de calagem Fonte: própria Com intuito de diminuir gastos, para selecionar o calcário mais barato e eficiente, utiliza-se a forma: FC = (PC + PF) / PRNT, onde FC corresponde ao fator custo, PC, ao preço do calcário, PF, ao preço do frete e PRNT ao poder relativo de neutralização total. A necessidade de gessagem (NG), para Werner et al, 1996, é dada conforme a quantidade de argila presente no solo (em g/Kg) multiplicado pela constante 5; seus objetivos são fornecer cálcio (Ca) e enxofre (S), além de ajudar a imobilizar o alumínio tóxico para o crescimento de raízes e servir como condicionador de sub- superfície, isso é, carrear o cálcio e o magnésio para camadas mais profundas, melhorando a distribuição do solo e o desenvolvimento do sistema radicular. Figura 9. Cálculo da necessidade de gessagem Fonte: própria Após a gessagem, é a vez da adubação fosfata que promoverá o enraizamento e perfilhamento, persistência da pastagem, boa produção de forragem e aumento da produção animal. A aplicação deste tipo de adubação deve ser realizada no momento da manutenção e no estabelecimento da pastagem, onde o adubo Superfosfato Simples (P2O5) é espalhado em uma lona, as sementes são jogadas por cima e mistura-se com uma pá para incorporar; segundo o relatório, o teor de fósforo P no solo é igual a 6 Mg/dm3 e o Boletim Técnico 100 (IAC) (1996) informa que para as forrageiras do grupo I são recomendados, para cada hectare, 100 Kg de P2O5 na implantação e 50 Kg na manutenção. O pacote de Superfosfato simples apresenta um teor de 18% de P2O5. Portanto são necessários 555 Kg de Superfosfato Simples por hectare para a correção. Figura 10. Cálculo da necessidade de Superfosfato Simples. Fonte: própria Em sequência à formação do pasto, é realizada a adubação potássica, pois o potássio (K) é necessário na translocação de carboidratos, fotossíntese, ativação enzimática, abertura e fechamento dos estômatos da planta, bem como no auxílio à maior síntese de amido e proteínas. Recomenda-se que sua aplicação seja realizada após 30-45 dias da formação. A principal fonte utilizada é o Cloreto de potássio (KCl) que apresenta teor de 60% de K2O. O relatório indica que o teor de K no solo é igual a 0,07, portanto são necessários 100 Kg de Cloreto de potássio por hectare para a adubação. Figura 11. Cálculo da necessidade Cloreto de Potássio. Fonte: própria Como última, realiza-se a adução nitrogenada, cujos efeitos dependem do tamanho do sistema radicular, quantidade de nitrogênio disponível no solo, taxa de mineralização, forma de aplicação do fertilizante, quantidade de radiação incidente, temperatura, disponibilidade hídrica e densidade e distribuição das plantas. Os benefícios desse tipo de adubação são o estímulo do crescimento vegetativo da planta, aumento do perfilhamento das gramíneas, melhora do valor nutritivo e consumo da forragem, além do aumentoda produção de sementes. O nível recomendado de aplicação é determinado pela exploração, iniciando- se com aplicações de 50 Kg por hectare por ano, parceladas em 4 ou 5 aplicações, cuja melhor época de aplicação é a primavera-verão. A maioria dos capins tropicais apresenta uma resposta de produção de 10-16 Kg de leite, por exemplo, o capim Tanzânia-1, utilizado na Quinta de Santa Catarina, adubado com 200 Kg de Nitrogênio/hectare/ano permite uma taxa de lotação máxima igual a 6 vacas por hectare, produzindo em média 13 Kg de leite por vaca. Por fim, a correção dos micronutrientes é feita com fórmulas prontas disponíveis no mercado como a Fte BR – 12 e 16, a qual requer a utilização de 30- 40 Kg por hectare. Em leguminosas são usados, principal e primordialmente, o Molibdênio (fixação de nitrogênio pelos nódulos), Boro (desenvolvimento de raízes; tamanho e número dos nódulos), Zinco e Cobre (crescimento dos nódulos) e Ferro e Manganês (síntese de clorofila). 4.2. Forrageiras e Estabelecimento de Pastagens Plantas forrageiras são plantas inteiras ou partes delas que servem como alimento aos animais domésticos e silvestres; as forragens são usadas principalmente para pastejo, fenação, silagem e capineira, portanto, “o sucesso na implantação e persistência de uma pastagem depende da escolha de uma forrageira adaptada ao ambiente e do manejo a que será submetida” (PEREIRA, 2000). “A pastagem é um ecossistema formado por componentes bióticos e abióticos cujo equilíbrio depende de sua sustentabilidade” (NABINGER, 1996). Os componentes abióticos apresentam um grau maior de influência na produção e eficácia das forrageiras, uma vez que representam fatores como regime pluviométrico, temperatura, luminosidade, umidade relativa do ar, drenagem de água, solo e fertilidade, e acidez. Uma boa planta forrageira apresenta características ideais como alta relação folha-colmo, facilidade em estabelecer e dominar, bom crescimento durante o ano, perenidade (produção durante muitos anos), sementes férteis em abundância e de fácil colheita, boa palatabilidade, curto período entre semeadura e pastejo, capacidade de recuperação rápida, ausência de princípios tóxicos, alto valor nutritivo e resistência à extremos climáticos, pragas, doenças, fogo e abalos mecânicos. Sendo assim, os princípios básicos para o estabelecimento e manejo das pastagens são: área foliar remanescente (tecido fotossintético), carboidratos não-estruturais (usados como reserva no caso de supressão da fotossíntese), sobrevivência do meristema apical após desfolha/eliminação (maior capacidade de produção dos perfilhos laterais) e o número de folhas por perfilho, pois as variáveis ambientais – temperatura, luz, nitrogênio e água - interferem nas características morfogenéticas, estruturais do pasto e ecofisiológicas da comunidade de plantas. Afirma-se, ainda, que a diminuição do perfilhamento indica estresse hídrico, elevação da temperatura do ambiente, autossombreamento ou diminuição da luz por estacionalidade, desfolha parcial, nutrição mineral ou erros no manejo do pastejo. A estacionalidade influi na produção de forrageiras cerca de 80-85% durante o período chuvoso e 20-15% durante o outono inverno, necessitando suplementação volumosa; considerando-se que a propriedade apresenta vacas em lactação, bezerras, novilhas e um touro, sugere-se a troca da atual forrageira (Braquiária) para os capins Cynodon spp. cv. – Tifton 85 e Panicum maximum cv. – Tanzânia-1; além do uso de Panicum maximum cv. – Aruana que serve tanto para a alimentação de bovinos adultos quanto para bezerros em fase de desmame (considerando que há 20 bezerras de 0 a 12 meses na mesma fase citada). Tabela 3. Características principais dos capins Aruana, Tanzânia-1, Tifton 85. Fonte: própria O estabelecimento das pastagens é realizado através da semeadura ou do plantio de mudas, a depender da espécie ou cultivar, cujo objetivo é a obtenção de uma adequada população inicial de plantas. Seu sucesso depende de fatores como escolha da espécie mais adaptada e adequada para a pastagem, condições de solo, clima da propriedade e semeadura/plantio correto. A semeadura escolhida é de plantio convencional que exige um solo bem preparado (correção, adubação e eliminação de pastagens pré-existentes). O preparo convencional é feito através da aração com arado de disco ou aiveca (preparo primário) e gradagem (preparo secundário); como o solo da propriedade é arenoso (leve), a aiveca ideal é a pulverizadora, com característica curta, larga, de grande curvatura e baixa facilidade de penetração. A semeadura só deverá ser realizada quando o solo apresentar teor de umidade suficiente e temperatura elevada para permitir a germinação de sementes, sendo o período ideal de setembro a março evitando o “período tardio” e dias de chuva muito intensa. A quantidade ideal de sementes é calculada através de seu Valor Cultural (VC) e a Taxa de Semeadura varia em função da espécie a ser implantada, qualidade das sementes e método da implantação. Para forrageiras com sementes maiores o ideal são 15-20 plântulas/m2 (plantas menores) e para forrageiras com sementes menores, 40-50 plântulas/m2; para leguminosas, a recomendação de plantação é em Kg de sementes por hectare, pois possuem um VC igual a 90%. Uma ótima condição de plantio requer solo analisado, corrigido e bem preparado, uso de adubos no plantio, equipamentos em boas condições, uso de rolo compactador, boas condições de umidade, boa topografia e solo não erodido além de conservado. Para a implantação de pastagens consorciadas é importante aumentar a taxa de semeadura da leguminosa e diminuir a da gramínea. Outro ponto a considerar é a profundidade da semeadura/plantio, pois ela determina o grau de contato entre a semente e a umidade do solo; em solos arenosos recomenda-se uma semeadura mais profunda. Diante de tais informações, faz-se necessário saber que: o Cynodon spp. cv. – Tifton 85 foi desenvolvido no departamento de agricultura dos Estados Unidos em conjunto com a Universidade da Geórgia; lançado em 1922, e considerado a melhor hibridação dos tiftons - resultado do cruzamento entre Tifton-68 e Cynodon Dactylon (P1 290884). Como características principais, apresenta: perenidade, crescimento estolonífero, grande massa foliar, rizomas grossos, maior resistência à seca, geadas, fogo e pastejo intensivo. O plantio é ideal em solos arenosos, mistos e argilosos (não alagados) devidamente corrigidos e adubados; pode ser plantado a lanço (4-5 toneladas de mudas por hectare), em sulcos (2,5 toneladas de mudas por hectare) ou em covas (3 toneladas de mudas por hectare), ocorrendo somente em solos bem molhados por chuva ou irrigação a uma profundidade de 10-15 cm em solos arenosos, 5-10 cm em solos argilosos; no plantio em sulcos ou covas, deve haver um espaçamento médio de 1 metro entre linhas e 20 cm entre ramas, sendo necessário compactar simultaneamente com os pés ou algum compactador. O Panicum maximum cv. – Tanzânia-1 é uma alternativa para áreas de solo com maior fertilidade, lançado pela Embrapa em 1990 e importado da África desde 1984. Essa cultivar substituiu, principalmente, o capim colonião (Panicum maximum Jacq.), por apresentar facilidade de manejo em função do menor porte; com isso, os recursos naturais do solo suportam utilização de acordo com sua potencialidade através de diferentes estratégias de manejo do rebanho e redução do risco como resultado da diversificação de pastagens. Suas principais características são a substituição da braquiária em processo de degradação, perenidade, boa resistência à seca e às cigarrinhas das pastagens, maior produção foliar com ganho de peso do gado, crescimento cespitoso, excelente palatabilidade e boa consorciação com todas as leguminosas. A semeadura deve ser realizada a lanço ou de20-40 cm, entre linhas, com compactação das sementes, a uma profundidade de 0,5-1 cm. A germinação ocorre entre 7-28 dias a depender das condições climáticas do local da propriedade; o tempo necessário para o uso é de 90-120 dias após a emergência. E por fim, o capim Panicum maximum cv. – Aruana, introduzido no Instituto de Zootecnia de Nova Odessa, em 1974, através de sementes trazidas da África, selecionada por técnicos da Seção de Agronomia de Plantas Forrageiras, fora lançado comercialmente em 1995. Apresenta alta exigência de fertilidade do solo, boa tolerância à sombra, média tolerância à seca e baixa tolerância a solos encharcados, possui alta digestibilidade (65% DIVMS), hábito de crescimento cespitoso e perenidade. O plantio deve ser feito em solos leves, friáveis, bem drenados e profundos, com semeadura no início do período chuvoso (em outubro), realizada a lanço, em linhas, aérea ou em covas, com uma quantidade de 10-15 Kg por hectare dependendo do valor cultural das sementes. O manejo de formação ocorre, normalmente, entre 60-90 dias após a emergência das plântulas, onde é possível fazer um primeiro pastejo leve. Quando a densidade das plantas for muito baixa, uma tática viável é entrar com os animais logo após a produção de sementes pela pastagem. Tabela 4. Produção de cada forrageira em Kg de MS/ha/dia. Fonte: própria Tabela 5. Ingestão diária e total de forragem por categoria animal e exigência no período. Obs.: o consumo por cabeça é calculado considerando que 1 Unidade Animal (UA) equivale a 450Kg do Peso Vivo (PV) e que cada animal consome 6% de seu PV. Fonte: própria Tabela 6. Capacidade produtiva das forrageiras em MS/ha/dia, considerando perda de forragem igual a 40%. Fonte: própria 4.3. Volumoso Suplementar (Silagem e Concentrado) Através de pesquisas realizadas na área de nutrição animal, comprovou-se que o gado Girholando possui alta exigência energética, em ordem de importância: energia, proteínas, minerais e vitaminas. Buscando extrair o potencial produtivo, faz-se necessário complementar a alimentação, principalmente das vacas em lactação, com um “volumoso suplementar” composto por suplemento mais silagem, isso é, aliar as forrageiras (Tifton-85 + Tanzânia-1) à uma silagem + concentrado (0,5% de Ureia na matéria verde (MV) da silagem e 1Kg/vaca/dia de Farelo de Algodão). Pode-se considerar o uso, ainda, de leguminosas consorciadas com o pasto ou usadas diretamente como silagem. Os benefícios da utilização de leguminosas são o aumento no aporte de nitrogênio para o ecossistema da pastagem, aumento da oferta de forragem em determinadas épocas do ano, melhora do valor nutritivo, redução da variação anual de oferta de forragem, recuperação de áreas degradadas e favorecimento da atividade biológica do solo em pastos consorciados (CARVALHO e PIRES, 2008). O Guandu implantado em faixas em pastagens degradadas por Brachiaria decumbens tem atuado positivamente sobre a descompactação do solo, devido ao vigoroso sistema radicular. As características fundamentais e produção do milho e do guandu encontram-se nas tabelas a seguir. Tabela 7. Características principais do Milho e Guandu. Fonte: própria Tabela 8. Produção do Milho e Guandu em Kg de MS/ha/dia. Fonte: própria “Silagem é a forragem verde, suculenta, conservada por meio de um processo de fermentação anaeróbica. [...] é um alimento volumoso, usado principalmente para bovinos. Na época da seca ela pode substituir o pasto. Na engorda em confinamento ela é usada junto com grãos e farelos” (CARDOSO e SILVA, 1995). O processo de corte da forragem ou leguminosa, picagem, transporte, carregamento e descarregamento, compactação e vedação do silo é denominado ensilagem. Para uma boa produção, a organização é essencial: realizar manutenções e revisões nas máquinas, fazer parcerias ou terceirizar, separar anteriormente equipamentos e materiais a serem utilizados, verificar o estado das facas da ensiladeira afiando-as todos os dias da colheita ou trocando-as quando necessário e, principalmente, trabalhar com equipe treinada para cortar, transportar e compactar simultaneamente. Para que a silagem seja boa é necessário uma excelente compactação, rápido enchimento e boa vedação do silo afim do processo fermentativo realizar-se corretamente evitando fermentações secundárias indesejáveis como o aparecimento de leveduras, fungos, bactérias aeróbias, enterobactérias e/ou clostrídeos, além da proteólise em excesso, pois culminarão em perda parcial ou total da silagem. A produção envolve os 3Ss: solo (obter controle total da produtividade por hectare, plantação e análise do solo), silagem (avaliar o valor nutritivo da alimentação – MS, % de PB, palatabilidade e digestibilidade) e silo (atentar-se à perda de matéria seca, avanço diário e temperatura do silo), ou seja, as etapas compreendem a preparação do solo (convencional ou plantio direto), correção e adubação, época certa de plantio, população adequada de plantas, boa escolha do híbrido ou cultivar, tratamento das sementes, plantio, cultivo e pulverizações. Fatores como idade (ponto correto de corte) em que a planta será ensilada, conteúdo de umidade da forragem, quantidade de carboidratos solúveis disponíveis, capacidade tampão da massa e natureza do processo fermentativo influem significativamente na qualidade que será obtida. O híbrido de milho escolhido para a propriedade é o de ciclo normal com 120 a 140 dias para atingir o ponto de corte - determinado pelo teor de matéria seca entre 30-35%, onde os grãos apresentam textura farinácea ou farinácea-dura; um critério muito utilizado é o da linha do leite, onde a colheita deve ser realizada quando a linha estiver em 1/3 (30%) até 2/3 (35%), representando os estágios 2 a 4; considerando que o teor sobe 1% ao dia, o período máximo para colheita total é de 5 dias. Figura 12. Estágios da linha do leite do milho Fonte: PDF Aula Ensilagem (2020) – Prof. Hamilton Caetano – UNESP FMVA Após o corte (que será de planta inteira) é preciso picar a forragem de milho em pedaços de 0,5 a 2,0 cm, depositar manual ou mecanicamente (com carreta basculante), compactar com tratores cujas rodas devem estar bem limpas, e vedar a última camada de forma abaulada acima da superfície para que as águas de chuva possam escorrer. Essa vedação deve ser feita com uma lona dupla-face (branca na parte externa e preta na parte interna) de 200 micras e com boa garantia e 4 a 12 metros de largura para que se possa enterrar cerca de 1m no solo para vedar completamente. Em cima da lona serão colocados terra, palha, madeira, pneus e/ou sacos de areia que garantirão a compactação superior – expulsão do ar - e vedação. A silagem poderá ser compactada em um silo ou em vários menores, entretanto, a largura mínima de cada um deverá ser igual ao dobro da bitola (distância entre as duas rodas do trator de compactação) e serão compactados longitudinalmente. Atualmente, os silos mais conhecidos são os horizontais do tipo trincheira, superfície, superfície com proteção lateral, e os verticais/cilíndricos como cisterna/poço, meia-encosta e torre. Quando o silo escolhido é o de superfície, é preciso compactar a rampa lateral também e em cruz (norte-sul e leste-oeste). No fundo de cada silo, é preciso uma certa declividade no lado da “boca de descarregamento” afim de que o chorume (umidade escorrida da silagem) seja escoado. O processo fermentativo inicia ainda durante o enchimento do silo no qual a forragem ainda tem contato com o oxigênio (fase aeróbica), em sequência à vedação completa e conseguinte ausência de oxigênio, ocorre o crescimento de bactérias lácticas homofermentativas e redução do pH (fase anaeróbica), por fim, quando da abertura do silo, há decomposição aeróbica secundária pela exposição ao oxigênioe o início da atividade de leveduras, bolores e bactérias que culminam na perda de silagem (fase aeróbica). Para melhorar as condições de fermentação e/ou valor nutritivo da silagem, podem ser usados algum tipo de aditivo, como a Ureia à 0,5%, que será espalhado em cima de cada camada de massa ensilada. Para a propriedade Quinta de Santa Catarina, o silo escolhido é do tipo trincheira que apresenta cerca de 20% de perdas, silagem com densidade igual a 600Kg/m3 e abertura após no mínimo 60 dias do início do processo fermentativo, com descarregamento em linha reta (fatias) cortada com instrumento bem afiado. Ao calcular a quantidade necessária de silagem para o rebanho completo, a ingestão diária é dada por 2% do peso vivo (PV) de cada animal, conforme a tabela abaixo: Tabela 9. Ingestão diária e total de silagem por categoria animal, exigência no período e perda de 20% da silagem. Fonte: própria Para esse tipo de silo, considera-se que a extração diária é igual a 250Kg/m2 ou 0,25t/m2; portanto a área do silo corresponde à divisão do consumo bruto diário pela extração diária, resultando em 15,6m2. Para dimensionar o silo, bem como seu volume e comprimento, utilizam-se as fórmulas matemáticas “área, comprimento e volume do trapézio”, com 25% de inclinação lateral (d%). Figura 13. Área (S), comprimento (C) e volume (V) do silo. Fonte: própria Dado o valor de C, é possível construir 4 silos menores, com 16,28m de comprimento cada afim de evitar possíveis danos e/ou perdas superiores a 20% da silagem. Figura 14. Silo trincheira menor em formato de trapézio com medidas. Fonte: própria O consumo diário líquido total é de 3,15 toneladas; para suprir os 155 dias de seca (outono-inverno) é necessário produzir 487,8 toneladas úteis ou 609,7 toneladas totais (necessidade real de produção). Serão construídos 4 silos menores para cumprir o período. Para calcular a fatia diária, precisa-se do volume diário, isso é, o valor bruto diário dividido pela densidade (3,9t/0,6t), que resulta em 6,5m3/dia. A fatia é a divisão do volume diário pela área do silo, portanto, cada uma deverá ter 0,42m ou 42cm. 4.4. Sistema de Pastejo Sistema de pastejo é a combinação entre animal-planta-solo e outros componentes ambientais; consiste em técnicas de manejo para controlar a alimentação do animal cujo método será escolhido entre: contínuo, diferido, com descanso, rotacionado ou combinado. A propriedade Quinta de Santa Catarina possui vacas em lactação e bezerras em desmame, portanto, o sistema de pastejo mais adequado às necessidades é o rotacionado/intermitente, no qual alternam-se os piquetes, que são usados por um tempo determinado de acordo com o tipo de produção; um ponto forte na escolha desse sistema é que ele desenvolve um pasto homogêneo e de qualidade, aumentando a taxa de lotação. Figura 15. Sistema de Pastejo Rotacionado. Fonte: própria Para definir o número de piquetes utiliza-se a fórmula: N = (PD/PO) + 1, onde N significa o número de piquetes, PD representa o período de descanso fisiológico da planta e PO, o período de ocupação pelo gado. Recomenda-se, para vacas em lactação, que o último período citado seja igual a 1 dia; vacas secas, 2 dias; bezerras, novilhas e touro, 5 dias. Tabela 10. Período de Descanso. Fonte: própria Tabela 11. Número de Piquetes. Fonte: própria Pelas vacas em lactação precisarem de uma qualidade melhor de pasto e mais espaço, serão considerados 60m2 por cabeça, e para o touro, 120 m2. Os engenheiros agrônomos Dr. Moacyr Corsi e Lais Bellodi Arruda defendem que para um melhor manejo do rebanho, é ideal que se divida o gado em “lotes” contendo até 80 cabeças, porém para um melhor espaçamento das vacas, serão divididas em lotes de vacas lactantes e não lactantes (secas), conforme a tabela indicará. Tabela 12. Lotes e medida dos piquetes. Fonte: própria 4.6. Taxa de Lotação Taxa de Lotação (TL) é uma terminologia utilizada para expressar a relação entre número de animais por área expressa em cabeças por hectare ou quantidade de área por animal; por convenção, adotou-se o uso da Unidade Animal (UA = 450Kg de PV) como forma de padronização do efeito das diferentes categorias animais sobre o pasto, pois o uso do termo “cabeça” é demasiado relativo, amplo e variável; portanto, a TL para o período chuvoso e seco são calculadas a partir da fórmula: TL = (Produção em Kg de MS/ha/dia) / (Consumo por Cabeça em Kg de MS/ha/dia). Vide tabela subsequente. Tabela 13. Taxa de lotação do pasto com as forrageiras Aruana, Tanzânia-1 e Tifton- 85, para período chuvoso e seco. Fonte: própria Tabela 14. Ajuste na Taxa de Lotação (Pressão de Pastejo Ideal). Fonte: própria Para a alimentação das vacas secas, vacas em lactação, bezerras, novilhas e do touro, as taxas de lotação média e ajustada média são, respectivamente, cerca de 66,28% e 65,63% inferiores à quantidade de UA durante o período chuvoso, evidenciando a necessidade do uso do volumoso suplementar (silagem de milho + concentrado: 0,5% de Ureia na matéria verde da silagem e 1Kg/vaca/dia de Farelo de Algodão) para manter um ritmo de produção leiteira aproximadamente igual a 15Kg de leite/vaca/dia. Pode-se utilizar, também, a leguminosa Guandu como silagem. Considerando que os animais ingerem, no total, 2 832 Kg de MS por dia, são necessários 27,57 hectares produzindo 94Kg de MS/ha/dia dos capins Tanzânia-1 e Tifton-85 para o consumo das vacas, novilhas e do touro; e 7,5 hectares produzindo 32Kg de MS/ha/dia do capim Aruana para alimentação das bezerras. A cada 100Kg de milho tem-se 30Kg de silagem; pontuando que a produção de milho é de 44Kg por hectare/dia, obtém-se 13,2Kg de silagem por hectare/dia, portanto, para suprir a demanda de 609,7 toneladas (valor bruto) de silagem, para o período seco, são necessários 46,20 hectares. 4.7. Adubação de Manutenção das Espécies Implantadas Durante a utilização das pastagens é inevitável a perda de nutrientes e desgaste do solo, portanto, a recomendação da Embrapa é que sejam feitas reposições do nitrogênio, fósforo e potássio. As sugestões de adubação das principais forrageiras utilizadas em sistemas intensivos de produção leiteira a pasto são 1000 Kg/ha/ano para o Tifton-85 e 800 Kg/ha/ano para o Aruana e Tanzânia-1; utiliza-se a fórmula: 20-05-20, considerando uma taxa de lotação esperada de 4-7 UA. Em regiões onde a média da temperatura mínima for inferior a 16/18°C, não se recomenda irrigação durante o ano todo, pois as respostas da forrageira são reduzidas. Nesse caso, recomenda-se a irrigação estratégica a partir do mês de agosto, quando a temperatura do ar se eleva além de 18°C. 5. MANEJO DOS ANIMAIS4 5.1. Alimentação do Rebanho e Desmame As gramíneas destinadas à alimentação de vacas em lactação durante o período seco precisam ser irrigadas e adubadas periodicamente, principalmente com nitrogênio e potássio. Fêmeas não lactantes (vacas secas) também precisam de boas pastagens e acesso à mistura mineral e água ad libitum. Bezerros recém- nascidos permanecem com as progenitoras por 24 horas afim de ingerirem o colostro. No período entre seis e oito meses é feito o desmame, comumente abrupto, entretanto esse tipo de manejo causa estresse ao filhote e à mãe podendo diminuir o tempo de pastejo e descanso, prejudicar a produção leiteira, desenvolvimento corporal (peso) de ambos e causar situações de depressão (comportamentos alterados, vocalização excessiva e procura por longos períodos), que os tornam mais susceptíveis às doenças e parasitas. Para evitar essas complicações, recomenda-se o desmame gradual com apartação com contato visual, isso é, o produtor/pecuarista separa os bezerros e as vacas utilizando cercas com cocho de água comum entre ambos, permitindo contato visual. Outra técnica eficiente é a “desmamacontrolada” que consiste em programar a quantidade de vezes que o bezerro irá mamar na mãe. 5.2. Reprodução Para a produção leiteira, o ideal é que haja inseminação artificial com sêmen de reprodutor Holandês ou Gir testados e aprovados para a produção de leite. A detecção do cio é realizada por meio de um rufião ou visualmente pelos tratadores. Cada novilha poderá ser inseminada quando atingir 300 Kg de peso vivo; após 60 dias da inseminação é realizada a palpação retal para diagnóstico da gestação. Caso necessário, após três inseminações infrutíferas, a novilha deverá ser examinada e/ou tratada ou descartada. Para as vacas, a inseminação é realizada no primeiro cio subsequente ao parto (normalmente 60 dias depois); após duas inseminações negativas, passarão pelos mesmos processos das novilhas. A lactação é interrompida 60 dias antes do parto ou quando as vacas apresentarem produção inferior a 3 Kg de leite por dia, em dois controles consecutivos. O descarte de animais só ocorrerá mediante os seguintes casos: Figura 16. Critérios de descarte de animais. Fonte: Site Embrapa Gado de Leite – Reprodução 5.3. Manejo Sanitário UMBIGO: após o nascimento do bezerro, o cordão umbilical será cortado a uma altura de 4-5cm mergulhado em uma solução de iodo (repetindo o mergulho por dois ou três dias consecutivos). ECTOPARASITAS: o controle, quando em maior incidência, deverá ser realizado com pulverização individual. Mosca-dos-Chifres são controladas quando houver quantidade superior a 200 moscas por animal. Sarna, micoses e “bicheiras” são tratadas especificamente. VERMINOSES: são aplicados vermífugos de largo espectro dos 3 meses até a idade de reprodução; a primeira vermifugação ocorre no início do período seco, a segunda, no meio do período seco e a terceira no início do período chuvoso. VACINAÇÕES: ocorrem conforme as recomendações da figura 14. Ao introduzir animais no rebanho, todos devem apresentar exame negativo para brucelose e tuberculose, terem passado por exame clínico de esfera reprodutiva, vermifugação e isolamento por 30 dias. MEDIDAS GERAIS: lavagem diária e desinfecção semanal da sala de ordenha, lavagem em dias alternados e desinfecção semanal dos bezerreiros e remoção diária do esterco dos currais para a esterqueira. Figura 17. Recomendações para vacinação do rebanho. Fonte: Site Embrapa Gado de Leite – Manejo Sanitário 6. CONSIDERAÇÕES Reitera-se que a importância do planejamento forrageiro está em dimensionar a produção anual de forrageiras, bem como a necessidade ou não de suplementação durante o período seco, afim de que o produtor possa eliminar gastos e garantir a oferta de alimento completo e nutritivo para seu rebanho durante o ano agrícola; além de manejar a pastagem de acordo com as características do solo e clima nos quais a propriedade está inserida. Este planejamento dissertou acerca do uso dos capins Aruana, Tanzânia-1 e Tifton-85, e silagem de Milho, aliada ou não à leguminosa Guandu, com concentrado para alimentar um rebanho composto por vacas em lactação, vacas secas, bezerras, novilhas e um touro; cujo principal resultado é o aumento da produção leiteira de 8 para 15 Kg de leite por vaca por dia, totalizando 600 Kg de leite por dia (considerando somente 50% das vacas em lactação). NOTAS 1 - Nome exclusivo para fins didáticos, não apresenta qualquer verossimilhança com a realidade. 2 - Afim de facilitar os cálculos, será considerado o valor médio (1 400mm) do índice pluviométrico citado na pesquisa. 3 - Neste município existem somente pluviômetros, portanto, não existem registros contínuos das precipitações, sendo assim, as relações IDF (intensidade-duração- frequência) são estabelecidas a partir da desagregação das precipitações máximas diárias. A tabela apresenta intensidades, em mm/h, calculadas para várias durações e diferentes tempos de retorno. 4 - As informações desse capítulo foram escritas conforme recomendação da Embrapa Gado de Leite. ANEXOS Anexo I. Planta da Propriedade Anexo II. Questionário para Análise de Solo. INFORMAÇÕES GERAIS Nome: Identificação da amostra: Data de amostragem: Propriedade: Localidade (Vila, Distrito): Município: Endereço p/ correspondência: Fone: Fax: INFORMAÇÕES SOBRE A ÁREA AMOSTRADA Vegetação nativa: Relevo: O que plantou na última safra? Quanto colheu por hectare? O que plantou na penúltima safra? Quanto colheu por hectare? Quais adubos usou? Fórmula: _____________ _______ Kg/ha Fórmula: _____________ _______ Kg/ha Já usou calcário nessa área? Qual a dosagem utilizada? Já fez adubação orgânica ou verde na área? Qual a dosagem utilizada? O que vai plantar? OBSERVAÇÕES: REFERÊNCIAS APOSTILAS, BOLETINS E MANUAIS Análise de Solo – Procedimentos para Coleta de Amostras – Laboratório de Fertilidade do Solo Embrapa Clima Temperado – “https://www.embrapa.br/documen ts/1354346/17477991/Amostragem+solo/9d72a599-d653-4a4a-9d40-d17657f1f8f0#: ~:text=A%20an%C3%A1lise%20de%20solo%20%C3%A9,obter%20rendimentos%2 0elevados%20das%20culturas” Leguminosas Forrageiras de Clima Tropical e Temperado – “https://sites.usp.br/gefe pfzea/wp-content/uploads/sites/134/2014/05/Leguminosas.pdf” Boletim Técnico 19 – Produção Animal UNIBRASIL – A Raça Girolando: história, evolução e importância no cenário da pecuária leiteira nacional – “https://universidad ebrasil.edu.br/portal/_biblioteca/uploads/20190610152942.pdf” Comunicado Técnico 101 – Área do Piquete e Taxa de Lotação no Pastejo Rotacionado – “https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/569854/1/comt ec101.pdf” CNPGC Divulga - https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/139015/1/cnp gc-divulga-02.pdf PESQUISAS/PAPERS Atlas Pluviométrico do Brasil – “http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/bitstream/doc/21139/1/s p_natividade_da_serra_idf_desagregacao.pdf” Análise da Estrutura e Biomassa Florestal de Áreas de Colheita de Frutos de Juçara (Euterpe edulis Mart.) no Litoral Norte e Serra do Mar – SP – “https://www.scielo.br/s cielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-50982016000300773” Cenários Hidroclimáticos Futuros (2011-2040) para a Represa de Paraibuna, SP, Brasil: Subsídios para a Transposição entre Bacias Hidrográficas – “file:///C:/Users/s abin/Downloads/12944-Texto%20do%20artigo-76883-1-10-20190820.pdf” https://www.embrapa.br/documen%20ts/1354346/17477991/Amostragem+solo/9d72a599-d653-4a4a-9d40-d17657f1f8f0#: ~:text=A%20an%C3%A1lise%20de%20solo%20%C3%A9,obter%20rendimentos%20elevados%20das%20culturas https://www.embrapa.br/documen%20ts/1354346/17477991/Amostragem+solo/9d72a599-d653-4a4a-9d40-d17657f1f8f0#: ~:text=A%20an%C3%A1lise%20de%20solo%20%C3%A9,obter%20rendimentos%20elevados%20das%20culturas https://www.embrapa.br/documen%20ts/1354346/17477991/Amostragem+solo/9d72a599-d653-4a4a-9d40-d17657f1f8f0#: ~:text=A%20an%C3%A1lise%20de%20solo%20%C3%A9,obter%20rendimentos%20elevados%20das%20culturas https://www.embrapa.br/documen%20ts/1354346/17477991/Amostragem+solo/9d72a599-d653-4a4a-9d40-d17657f1f8f0#: ~:text=A%20an%C3%A1lise%20de%20solo%20%C3%A9,obter%20rendimentos%20elevados%20das%20culturas https://sites.usp.br/gefe%20pfzea/wp-content/uploads/sites/134/2014/05/Leguminosas.pdf https://sites.usp.br/gefe%20pfzea/wp-content/uploads/sites/134/2014/05/Leguminosas.pdf https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/569854/1/comt%20ec101.pdf https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/569854/1/comt%20ec101.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/139015/1/cnp%20gc-divulga-02.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/139015/1/cnp%20gc-divulga-02.pdf http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/bitstream/doc/21139/1/s%20p_natividade_da_serra_idf_desagregacao.pdf http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/bitstream/doc/21139/1/s%20p_natividade_da_serra_idf_desagregacao.pdfhttps://www.scielo.br/s%20cielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-50982016000300773 https://www.scielo.br/s%20cielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-50982016000300773 file:///C:/Users/s%20abin/Downloads/12944-Texto%20do%20artigo-76883-1-10-20190820.pdf file:///C:/Users/s%20abin/Downloads/12944-Texto%20do%20artigo-76883-1-10-20190820.pdf SITES Planejamento Forrageiro – “https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas /-/produto-servico/3634/planejamento-forrageiro#:~:text=O%20planejamento%20forr ageiro%20%C3%A9%20feito,per%C3%ADodos%20de%20falta%20de%20alimento s”. 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INTRODUÇÃO 2. DADOS DA PROPRIEDADE 1. 2. 2.1. Infraestrutura 2.2. Composição do Rebanho 2.3 Divisão 3. CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS 3. 3.1. Condições Climáticas e Pluviosidade 3.2 Análise do Solo 4. MANEJO DAS PASTAGENS 4. 4.1. Preparo do Solo e Adubação 4.2. Forrageiras e Estabelecimento de Pastagens 4.3. Volumoso Suplementar (Silagem e Concentrado) 4.4. Sistema de Pastejo 4.5. 4.6. Taxa de Lotação 4.7. Adubação de Manutenção das Espécies Implantadas 5. MANEJO DOS ANIMAIS4 5. 5.1. Alimentação do Rebanho e Desmame 5.2. Reprodução 5.3. Manejo Sanitário 6. CONSIDERAÇÕES NOTAS ANEXOS Anexo I. Planta da Propriedade Anexo II. Questionário para Análise de Solo. REFERÊNCIAS
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