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RESUMO CARDIOVASCULAR - FELIPE

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SEMIOLOGIA – Felipe C 
EXAME CARDIOVASCULAR 
 
Primeiramente é importante saber os principais pulsos periféricos do corpo. São 
eles: Axial, braquial, femoral, poplíteo, pedioso, radial, tibial posterior. 
 
PULSOS: 
 
O exame cardiovascular inicia com a inspeção, anamnese. Posteriormente 
verifica-se os pulsos periféricos, radiais, femoral, carótida e observação das veias 
jugulares. 
 
Deve-se palpar os pulsos bilateralmente. Procurar detalhadamente o pulso 
radial com as polpas digitais. 
 
Manobra de osler, é para verificar a pressão sem o esteto, pelo método 
palpatório. Manobra de osler positiva até quando consegue-se apalpar o pulso. 
Tal manobra consiste em inflar o manguito até que ultrapasse a pressão sistólica. 
 
Caso a artéria braquial ou radial do membro em que está sendo insuflado o 
manguito permaneça palpável, considera-se Osler positivo. Se não for mais 
palpada, significa que colapsou e, portanto, considera-se Osler negativo. 
 
Verificar também os capitares, com a Perfusão capilar dos dedos. Pulsação da 
artéria carótida pode ser visível, mais visíveis quando apresentam alterações da 
pressão arterial diferencial. Sistólica alta e diastólica baixa, pulsações são 
chamadas de danças das artérias 
 
A pulsação carotídea verifica-se no alguma da mandíbula, verifica-se o estado 
da parede arterial, amplitude do pulso e presença de frêmitos. Sempre 
bilateralmente 
 
Na ausculta da carótida, pode -se perceber sopros da própria artéria ou 
irradiada da aorta. 
 
Palpação e ausculta deve ser feito nas duas carótidas, bilateralmente. Desde a 
área supra clavicular, até o ângulo da mandíbula. 
 
**Após a palpação dos pulsos, deve-se verificar a pressão arterial do paciente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA – Felipe C 
EXAME DAS VEIAS JUGULARES: 
 
Ao examinar as veias jugulares poderemos ver o ingurgitamento (excesso de 
líquido) e o pulso venoso. 
 
Em condições normais, as veias jugulares tornam-se túrgidas em paciente em 
decúbito dorsal. 
 
Quando o paciente fica em posição semi-sentado, sentado ou em pé, as veias 
colabam, ficando visível o pulso venoso na raia do pescoço. 
 
Chamamos de ingurgitamento jugular quando as veias permanecem túrgidas 
mesmo em pacientes sentados ou recostado a 45graus 
 
A Estase jugular refere-se ao ingurgitamento das veias jugulares. É um dado 
importante que deve ser avaliado em pacientes portadores de insuficiência 
cardíaca. 
 
A insuficiência ventricular direita provoca um aumento da pressão venosa, 
ocasionando inchaço pelo corpo (pernas, abdômen), ingurgitamento das veias 
do pescoço (estase jugular) e em casos mais graves hipotensão com 
bradicardia. 
 
Normalmente, quando uma pessoa se encontra em decúbito dorsal, as veias 
jugulares apresentam-se ingurgitadas, contudo, quando a cabeceira da cama 
está elevada, estas ficam colapsadas. 
 
As veias jugulares refletem o tónus venoso, a volemia, e a pressão auricular 
direita. 
 
Por este motivo, o ingurgitamento das mesmas sugere aumento da pressão 
venosa, que pode ser causada por insuficiência cardíaca direita, sobrecarga 
do volume circulatório, obstrução da veia cava superior, ou regurgitação da 
tricúspide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA – Felipe C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME DO CORAÇÃO: 
 
Inclui a inspeção, palpação e ausculta. 
 
Inspeção e palpação são feitos juntos, pois os achados são mais significativos 
 
Perceber abaulamentos, ictus cordis, observar batimentos e abaulamentos 
visíveis 
 
No ictus cordis investiga-se a localização, extensão, mobilidade, intensidade e 
forma da impulsão, ritmo e frequência; 
 
A localização do ictus cordis varia de acordo com o biotipo do paciente 
 
 
Localização: 
 Normolíneo – 5° EICE na linha hemiclavicular – 90° 
 Brevelíneo – 4° EICE, na linha hemiclavicular – maior que 90° 
 Longilíneo – 6° EICE, na linha hemiclavicular – menor que 90° 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA – Felipe C 
Ictus cordis é a pulsação do ápice do ventrículo esquerdo do coração na 
parede torácica, permitindo a sua palpação em um espaço intercostal. Sua 
localização varia de acordo com o biótipo do indivíduo, como podemos 
observar, pode ser chamado também de pulso apical. 
 
O ictus pode estar invisível e impalpável por exemplo no paciente com enfisema 
pulmonar. Também pode estar visível fora do seu lugar de origem, como nos 
casos de dilatação ou hipertrofia do VE 
 
 
 
Para avaliar a sua extensão, verifica-se quantas polpas digitais são necessárias 
para cobri-lo. Em condições normais necessita de uma ou duas polpas digitais. 
 
Quando há grande dilatação, pode chegar a abarcar toda a palma da mão 
 
A intensidade da força do choque da ponta do VE, é avaliada pela palpação 
sobre a região do ictus 
 
Outros batimentos também podem ser observados no precórdio do paciente. 
São eles: retração sistólica, levantamento em massa do precórdio, choques 
valvares, cliques, pulsação epigástrico e pulsação supra-esternal 
 
O deslocamento do ictus cordis indica dilatação e/ou hipertrofia do VE, como 
na HAS e insuficiência aórtica. 
 
O decúbito lateral esquerdo aproxima o coração da parede torácica, tornando 
as características do ictus cordis mais abundantes. Sendo então um recurso 
importante em pacientes que não é possível observação ou palpação em 
decúbito dorsal. 
 
Classificação do Ictus Cordis (palpação): 
 Normal – Sente a pulsação com a ponta de dois dedos; 
 Globoso – Sente a pulsação com a ponta de quatro dedos (maior área); 
 Propulsivo – Sente a pulsação com a ponta de três dedos. 
 
O frêmito cardiovascular, são as sensações de vibrações produzidas pelo 
coração e os vasos 
 
Ao perceber um frêmito é necessário investigar, a sua localização, situação no 
ciclo cardíaco e a sua intensidade 
 
Localização deve ser baseada nos focos de ausculta 
 
SEMIOLOGIA – Felipe C 
Observa-se se o frêmito coincide ou não com o choque de ponta no precórdio. 
 
Só ocorre o frêmito na sístole ou diástole. 
 
 
AUSCULTA CARDÍACA: 
 
Para uma boa ausculta cardíaca é preciso: 
 Ambiente silencioso e posição confortável; 
 Paciente em decúbito dorsal. Outra posição rotineira é o paciente 
sentado com o tórax ligeiramente inclinado para frente. Outra posição é 
o paciente em decúbito lateral esquerdo com a mão esquerda na 
cabeça, mais adequado para a ausculta da valva mitral. 
 Tórax desnudo; 
 O profissional deve estar a direita do paciente; 
 No momento da ausculta é importante estar apalpando o pulso radial. 
 
Focos de ausculta: Ordem em que a ausculta deve ser realizada. 
 
1. Foco Mitral: Na altura do 5° EICE (corresponde ao ictus cordis), na linha 
hemiclavicular. 
 
2. Foco Pulmonar: Na altura do 2° EICE, junto ao esterno, na altura do ângulo 
de louis. Nesse foco que se tem condições ideais para os 
desdobramentos da segunda bulha. 
 
3. Foco Aórtico: Na altura do 2° EICD, justa esternal, na altura do ângulo de 
louis. Muitas vezes o melhor local para perceber os fenômenos acústicos 
de origem aórtico é a área compreendida entre o terceiro e quarto 
espaço intercostal esquerdo, que denomina foco aórtico acessório. 
 
4. Foco Tricúspide: Situado na Base do apêndice xifoide, ligeiramente a 
esquerda. 
 
5. Foco Aórtico acessório: Geralmente localizado entre o 3° e o 4° EIC na 
linha paraesternal esquerda. 
 
 
SEMIOLOGIA – Felipe C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao auscultar o coração, os seguintes aspectos devem ser avaliados: bulhas 
cardíacas, ritmo e frequência cardíaca, ritmos tríplices, cliques ou estalidos, 
ruídos, atritos ou sopros. 
 
As outras áreas de ausculta cardíaca são: borda esternal esquerda, borda 
esternal direita, mesocardio( entre o foco mitral, tricúspide e aórtico acessório)regiões infra e supra claviculares direita e esquerda, regiões do pescoço e 
regiões escapulo vertebrais 
 
Diafragma é ideal para auscultar sons agudos e a campânula para sons graves. 
 
Pede-se que o paciente inspire profundamente ou faça ligeira apneia, durante 
a ausculta. 
Exame da aorta se faz com a inspeção, Palpação e ausculta. Procura-se 
abaulamentos pulsáteis, indicativos de aneurisma de aorta (no abdômen). 
Movimentos pulsáteis pode ser visto e palpado não fúrcula esternal. 
 
BULHAS CARDÍACAS: 
 
Os sons cardíacos, ou bulhas, são as vozes acústicas (som) geradas pelo 
impacto do sangue em diversas estruturas cardíacas e nos grandes vasos. 
 
1. Primeira bulha (B1): Som do fechamento das válvulas atrioventriculares, 
a valva mitral e tricúspide, o componente mitral antecedendo o 
tricúspide, marca o início da sístole. Coincide com o ictus cordis e o pulso 
carotídeo. É mais grave e tem duração um pouco maior que a 2ª bulha. 
O som pode ser representado por “TUM”. Em condições normais tem mais 
intensidade no foco mitral. 
 
2. Segunda bulha (B2): Som do fechamento das valvas semilunares, ou seja, 
valva aórtica e pulmonar. Ouve-se o componente aórtico em toda 
região precordial (principalmente foco aórtico), enquanto o ruído da 
pulmonar é auscultado em uma área limitada (foco pulmonar). Durante 
a expiração as duas valvas fecham dando origem ao som representado 
SEMIOLOGIA – Felipe C 
por “TA”. Na inspiração, devido ao prolongamento da sístole ventricular 
(maior afluxo de sangue), o componente pulmonar sofre um 
retardamento, sendo possível perceber os 2 componentes. Esse 
fenômeno é chamado de desdobramento fisiológico da 2ª bulha que 
pode ser auscultado como “TLA”. Corresponde a diástole cardíaca. 
 
BULHAS ATÍPICAS (Ritmo de galope) – B3 e B4 
 
As bulhas B3 e B4 são ruídos diastólicos e encontram-se entre a B1 e B2 
 
Nem sempre a B3 e a B4 são audíveis e quase sempre são patológicos 
 
A B3 se caracteriza pelo impacto de sangue na parede ventricular durante a 
diástole. Normalmente não era para se auscultar essa bulha, devido aos 
ventrículos possuírem complacência e acomodar o sangue durante a diástole. 
 
Terceira bulha (B3): é um ruído protodiastólico de baixa frequencia que se 
origina da vibração da parede ventricular distendida pela corrente sanguínea 
que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido. É mais 
audível na área mitral com o paciente em decúbito lateral esquerdo. Pode ser 
representada por “TU”. Choque de sangue no enchimento lento ventricular 
(sobrecarga de volume). 
 
Em alguns casos a B3 é fisiologicamente audível como em RN e Crianças. 
Devido a proximidade do coração com a parede torácica e a velocidade do 
enchimento ventricular. 
 
A B4 é provocada pelo impacto do sangue na parede ventricular durante a 
sístole atrial. A B4 na maioria das vezes é patológica. 
 
Quarta bulha (B4): ruído débil que ocorre no fim da diástole ou pré-sístole e pode 
ser ouvida mais raramente em crianças e adultos jovens normais. Sua gênese 
não está completamente esclarecida, mas acredita-se que seja originada pela 
brusca desaceleração do fluxo sanguíneo na contração atrial em encontro 
com o sangue no interior do ventrículo, no final da diástole. 
 
RITMO E FREQUÊNCIA CARDÍACA: 
 
Após reconhecer B1 e B2, o passo seguinte é determinar a o ritmo do coração 
e a frequência cardíaca (batimentos por minutos). 
 
Havendo apenas 2 bulhas, trata-se de ritmo binário ou em dois tempos (2T) (TUM 
TA TUM TA). 
 
Quando se torna audível um terceiro ruído, passa a ser ritmo tríplice ou em três 
tempos (3T) (TUM TA TU TUM TA TU) 
 
Ritmo em 2 tempos: TUM-TA; TUM-TA; TUM-TA 
Ritmo em 3 tempos: TUM-TA-TU; TUM-TA-TU. 
 
Frequência: conta-se os batimentos em um minuto. Em adultos, < 60: 
bradicardia, > 100: taquicardia. 
 
Ritmo cardíaco pode apresentar arritmias, sendo a principal encontrada na 
ausculta o ritmo de galope (PA-TA-TA), em que o ritmo cardíaco imita o som 
semelhante ao galopar de um cavalo devido a B3 patológica. 
SEMIOLOGIA – Felipe C 
 
 
CLIQUES E ESTALIDOS: 
 
Estalidos diastólicos: podem ocorrer nas estenoses das valvas mitral (ruído seco, 
agudo e de curta duração, representado por um “TEP”, audível no 3º ou 4º EIC 
e no foco mitral) e tricúspide. 
 
Estalidos protossistólicos: ruídos de ejeção, de alta frequência, agudos e 
intensos, produzidos na artéria pulmonar e na aorta. 
 
O estalido protossistólico pulmonar (presente na estenose pulmonar, 
hipertensão pulmonar grave) é mais audível no foco pulmonar e na borda 
esternal esquerda, diferenciando-se de B1 pelo timbre mais agudo. 
 
O protossistólico aórtico (presente na dilatação ou aneurismas de aorta, 
tetralogia de Fallot) é mais audível do 4º EIC esquerdo, borda esternal até a área 
mitral. 
 
SOPROS: 
 
Produzidos por vibrações decorrentes de alterações do fluxo sanguíneo, que em 
condições patológicas adota um caráter turbilhonar, deixando de ser laminar, 
surgindo ruídos denominados sopros. 
 
Os sopros podem surgir dos seguintes mecanismos: 
 Aumento da velocidade da corrente sanguínea (exercício físico, 
hipertireoidismo, febre); 
 Diminuição da viscosidade sanguínea (anemia); 
 Passagem do sangue por uma passagem estreita (estenoses); 
 Passagem do sangue por zona dilatada (aneurismas). 
 
Os seguintes aspectos do sopro devem ser avaliados: 
 Situação do sopro no ciclo cardíaco: sistólico, diastólico, sistodiastólicos 
ou contínuos; 
 Localização: qual foco de ausculta o sopro é mais audível 
 Irradiação: deslocar o estetoscópio em várias direções para identificar 
irradiação. 
 Intensidade: avaliação subjetiva, feita em graduação (+ a ++++) 
 Timbre e tonalidade: “qualidade do sopro”; pode ser suave, rude, 
musical, em jato, piante, ruflar. 
 
Uma das mais importantes aplicações da avaliação dos sopros cardíacos é na 
suspeita diagnóstica de acometimento valvar (estenose mitral ou aórtica, 
insuficiência mitral ou aórtica). Na tabela abaixo estão descritas as 
características dos sopros encontrados em cada condição: 
 
 Insuficiência aórtica - Sopro diastólico; melhor audível no foco aórtico 
acessório 
 Estenose aórtica - Sopro sistólico de ejeção; localizado no foco aórtico 
 Insuficiência mitral - Sopro sistólico de regurgitação no foco mitral 
 Estenose mitral - Sopro diastólico com estalido, melhor audível em 
decúbito lateral esquerdo

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