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VACINAS

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Manipulação da Resposta Imune: Via utilização de Vacinas
● O maior feito para a saúde pública dos últimos 100 anos foram o saneamento básico e o nascimento da vacinação, os quais reduziram as mortes por doenças infecciosas no mundo todo. 
 ● O nascimento da imunologia data da do sucesso das vacinas de Edward Jenner; contra a Varíola (1796) e Louis Pasteur; contra a raiva (1880). E o maior triunfo da imunologia com a erradicação global da varíola em 1980.
● Jannes descobriu que a infecção por um análogo bovino da varíola, a vacínia (latim: vaca) que causava a varíola bovina, fornecia imunidade protetora contra a varíola humana, sem risco de doença significativa e sem chances de morte para os indivíduos. Importante a observação da varíola infectando as vacas/gados. 
Uso de teste nos indivíduos, primeiro em um garoto de 10 anos, inoculava aqueles antígenos, pois a pessoa não desenvolvia a doença apesar daquele inoculo ter sido retirado de gado. Depois inoculou a própria varíola humana que causa doença e assim o menino que já havia sido testado com a bovina, não desenvolveu a doença. Então provou que a varíola mais branda, garantiu alguma proteção ao indivíduo, pois mesmo tendo contato depois com a varíola mais severa, ele não adquiriu a doença. 
Mostrando assim o princípio da vacina, a gente inocula de forma branda ou morta o agente, sendo ele viral ou não, ele irá “despertar” o sistema imune, há um reconhecimento do material e assim cria a resposta imunológica – proteção. Há células de memória, plasmócitos desenvolvendo células B de defesa para a produção de anticorpos, gerando memória imunológica de vida longa, que é o que nos confere proteção para futuras infecções. 
- Várias doenças foram prevenidas devido ao surgimento e fortalecimento da vacina, outras foram até erradicadas.
- Leitura do quadro – a linha do tempo e comentários que estão presentes no quadro.
- Construção de vacinas em tempo recorde para prevenção do COVID - 19, para salvar a população. 
As vacinas irão sempre estimular o sistema imune, a reconhecer a proteína S que está presente no vírus (SARS-COV 2) na superfície, usará ela para entrar nas células de nosso organismo através da ACE-2 (angiotensina 2). As vacinas estão estimulando o nosso organismo a produzir essa proteína S, e ai quando essa proteína S é produzida o sistema imune reconhece essa proteína que faz parte da composição do vírus. E então quando entrarmos em contato com o vírus de fato terá anticorpos neutralizantes que irão reconhecer a proteína S do vírus não permitindo que ele infecte e entre nas células do organismo Bloqueio humoral. Haverá bloqueio celular também pelas células TCD8 citotóxica que irá reconhecer a proteína S e dá tiros letais. As células TH1 help também irão auxiliar outras células a combater o vírus. 
O desenvolvimento das vacinas no Século XX, seguiu dois caminhos empíricos:
● Procura por organismos ATENUADOS (NÃO ESTÁ MORTO, ESTA COMBATIDO PODENDO SER FEITO DE FORMA QUIMICA OU ATRAVÉS DE OUTRAS CELULAS PARA QUE OS MICROORGANISMOS CRESÇAM – DIFERENTES DAS DO NOSSO CORPO, E ELES IRÃO SE ADAPTAR PARA VIVER NAQUELA CÉLULA). E quando eles forem introduzidos no nosso organismo ele não terá virulência para estar nas nossas células, ele se modificou para viver em outro tipo celular, então por isso ele encontra-se atenuado. 
● Produção de vacinas com organismos MORTOS Purificação de Componentes dos organismos, que fossem tão efetivos quanto os organismos vivos.
● Atualmente as vacinas são consideradas tão seguras que a maioria das imunizações feitas em crianças contra o vírus do SARAMPO, CAXUMBA e POLIOMIELITE são feitas com VÍRUS VIVOS ATENUADOS. E vacinas contra o tétano e coqueluche, com toxinas inativas ou toxoides preparados a partir destas bactérias, com os microrganismos MORTOS.
Etapas de desenvolvimento das vacinas
1- Fase em laboratório: Se identifica em laboratório o vírus e o que faz com que ele infecte as células humanas. Para que conheça o patógeno e criar ferramentas que bloqueiam a infecção e a entrada do vírus em nossas células - testes que conhece os microrganismos testes em laboratório.
No caso do COVID 19 descobriu-se a proteína S que o vírus reconhece para entrar na célula do hospedeiro, uma vez identificado o mecanismo que o vírus utiliza se produz a vacina, na qual aquela proteína/molécula seja o componente principal da vacina, para que seu sistema imune reconheça e crie uma resposta contra ele. E então uma vez infectado pelo vírus, você irá bloquear/neutralizar a proliferação do vírus.
2- Teste em animais: Depois se inicia a fase de testes em animais, a vacina é produzida em pequenas escalas para verificar a eficácia, usa-se cobaias como os camundongos, ratos, coelhos e macacos até chegar na utilização em seres humanos. A partir dos resultados, ocorre a etapa seguinte.
3- Fase em humanos: Testes em humanos, chamados de testes clínicos, é dividido em fases, tendo 3 fases:
Na qual vai aumentando o grupo de pessoas testadas. Se verificou que no rato, camundongos e coelhos houve uma eficácia e não houve efeitos colaterais fortes. Inicia a combinação de grupos de indivíduos para serem testados e assim, aumenta o grupo até chegar em grupos de indivíduos mais expostos aos vírus, estudo dos efeitos colaterais e eficácia da vacina e o quanto ela protege.
Nesses testes, há necessidade do grupo controle que será aqueles que não irão receber o imunizante e sim um veículo placebo. O principal teste nesse processo é o duplo cego, onde nem os médicos e nem os pacientes sabem o que está sendo utilizado. Esses tipos de estudos são os mais fidedignos, porque não houve nenhum “jeitinho” do ser humano, por isso estes estudos são muito respeitados.
4- Por fim, há uma regulamentação feita pela ANVISA que cuida de todos os estudos feitos, desde os testes para fins clínicos, analisando todos os métodos e etapas e quais efeitos de reação da vacina e o público que foi testado, sendo homens, mulheres e crianças. A agencia regulamentadora pode liberar ou não a vacina.
5- Após essa fase de regulamentação, há a fase de produção em larga escala da vacina para ser utilizada.
● Vacinas: Uma preparação biológica capaz de estimular uma resposta imune específica contra um determinado antígeno (porção do microrganismo que o sistema adaptativo reconhece). Esse antígeno tem o epitopo imunodominante, que no caso do SARS-COV 2 é a proteína S, sendo ela o foco da resposta imune para nos proteger.
TIPOS DE IMUNIZAÇÃO:
PASSIVA Com transferência de anticorpos pré formados, em um organismo receptor. Com o objetivo de fornecer uma proteção transitória e rápida. 
● Ex: transferência de antissoro (picada de cobra, insetos), ou de maneira natural, através da placenta da mãe para o feto. Ou através do colostro do leite materno. SEM MEMÓRIA IMUNOLÓGICA -> passa para o indivíduo o receptor imunológico, sendo ele os anticorpos ou células que são isoladas de um indivíduo que faz crescer e reintroduz no individuo ou para outro.
Ex: aleitamento materno (transfere IgA através do leite para proteger o RN), só tendo a resposta de meia vida daquele anticorpo sendo por meses e depois termina, por isso se chama passiva – não haverá memória imunológica, nem plasmócitos, produtores de anticorpos. Apenas o anticorpo.
EX2: O soro antiofídico para venenos de cobra peçonhentas, escorpião, aranhas.
ATIVA Envolve a participação de antígeno, que estimula a resposta imune do próprio hospedeiro. Provocando a criação da imunidade protetora e a MEMÓRIA IMUNOLÓGICA, imunização propriamente dita.
Estimula o próprio organismo a produzir os efetores imunológicos gerando memória imunológica e plasmócitos de vida longa, que são as células B produtoras de anticorpos.
Ex: Vacinas com organismos vivos atenuados, Vacinas com organismos inativados/mortos, etc...
Existem várias exigências para uma vacina ser efetiva e ser utilizada: 
● Para uma vacinação bem sucedida deve-se saber a natureza do organismo infectante:
- PARA ORGANISMOS EXTRACELULARES Os anticorpos são perfeitos para uma resposta imune adaptativasendo eles produzidos em longa escala, pois os anticorpos vão neutralizar esses microrganismos quando estão nessa fase extracelular, não estão dentro de uma célula do corpo As respostas imunes a agentes infecciosos geralmente envolve anticorpos e células dirigidos contra múltiplos epítopos, e apenas alguns conferem proteção Por tanto uma vacina efetiva deve gerar anticorpos e células T dirigidas aos epítopos corretos do antígeno infeccioso. Esta proposta é usada nas técnicas novas de vacinação.
- PARA ORGANISMOS INTRACELULARES Importante que a vacina estimule uma resposta efetiva de células T CD8, é essencial para dar tiro letais exatamente onde há reservatórios seja ele qual for As respostas imunes a agentes infecciosos geralmente envolve anticorpos e células dirigidos contra múltiplos epítopos, e apenas alguns conferem proteção. Mais um exemplo do SARS-COV 2, o indivíduo que entra em contato com o vírus e o sistema imune dele reconheceu o vírus integralmente e assim, gera memória imune e resposta para vários epitopos dos vírus, gerando anticorpos neutralizantes para a proteína S, para a proteína nuclear (M) e vai gerar anticorpos para vários epitopos. Quando você entra em contato direto com o microrganismo na sua forma selvagem, você gera respostas imune para vários epitopos, como a proteína S, M. Porém o vírus utiliza a S para entrar no organismo. Então é importante neutralizar a proteína S através da vacina (“então o indivíduo que entrou em contato não está protegido”, ele também está protegido mas a proteção acaba podendo ser um pouco menor, porque dirige uma proteção a várias partes do vírus, ao passo que a parte do vírus importante para neutralizar é a proteína S) Por tanto uma vacina efetiva deve gerar anticorpos e células T dirigidas aos epítopos corretos do antígeno infeccioso. Esta proposta é usada nas técnicas novas de vacinação. TODAS AS VACINAS NO COVID ESTÃO SENDO UTILIZADAS CONTRA A PROTEINA S, faz com que o sistema imune crie memória e os plasmócitos secretores da IgG contra elas. 
Ao entrar em contato com o vírus e ficou doente, também terá respostas contra a proteína S, mas não só contra elas e também contra a M e outras. Haverá uma quimera de proteção. Já com a vacina, terá uma proteção/resposta exata e pontual sobre a proteína S, dirigindo as respostas exatas sobre ela, todos os esforços imune. Se você já teve contato com o vírus, ficou doente e foi vacinado, você terá ainda mais proteção imunológica. 
- Leitura do quadro.
- Toda resposta imune adaptativa a um determinado patógeno, vai gerar memória. Cada vez encontrando o patógeno, a memória vai ficando mais eficaz contra ele. 
- Muitas vezes não se sabe até quanto tempo o organismo irá guardar células de memória, estudos em andamento. Geralmente dura 10 anos a memória das vacinas, são memórias longas, salvo algumas vacinas que tem que ficar fazendo o reforço vacinal.
- Tem que ter um “guarda-chuva” grande de proteção, uma imunidade grupal, para que o determinado microrganismo não circule no meio das populações. Pois se circula menos a chance de contaminar as pessoas será menor. E se a maioria da população tiver vacinada, menos o vírus vai circular.
- Deixa de usar o microrganismo na forma integral e usa uma proteína, algo que estimule uma resposta imune mas sem causar doença e efeitos colaterais ao indivíduo. Uso de proteínas que irá proteger da mesma forma.
Vacinas Conjugadas: Técnicas para Aumentar a Imunogenicidade das Vacinas 
- Há vacinas que devem ser conjugadas com outras moléculas para que ela se torne efetiva, e assim desempenham seu papel na proteção dos indivíduos. 
● É sabido que uma vacina para ser completamente efetiva, não pode ser constituída apenas de um único produto isolado do microrganismo. Pois muitas das vezes, este único produto não é capaz de ativar todas as células necessárias para uma resposta imune eficaz. 
● Muitas das vezes é necessário ativar mais de um tipo celular para iniciar uma resposta imune. Necessidade da presença de macrófagos, citocinas e células dendriticas para que haja ativação das células TCD4, assim como CD8 e células B.
● Uma estratégia é por exemplo conjugar quimicamente os polissacarídeos bacterianos com proteínas carreadoras, que podem ser reconhecidas pelas Células T antígeno-específicas. Se você só tem polissacarídeos como antígenos daquele microrganismo, as células T não reconheceram, porém se você conjuga com alguma proteína, as células T identificam e reconhecem o peptídeo proteico para auxiliar células B, a produzirem anticorpos.
● Ex: antígenos proteicos (toxoide Tetânico) são ligados a antígenos polissacarídicos da bactéria Haemophilus influenzae tipo b, permitindo que as células T auxiliem as células B polissacarídeo-específicas.
● Exemplos de vacinas conjugadas que são utilizadas: Haemophilus Influenza tipo b; Meningite sorogrupo C (bactéria Neisseria meningitidis); Vacina Pneumocócica contra o Streptococcus pneumoniae (Pneumococos)
Na imagem, há os carboidratos da Haemophilus influenza tipo b composta por muitos polissacarídeos e assim, conjuga com a toxoide tetânico (proteína), quando conjuga, a célula B vai reconhecer esse componente vacinal do polissacarídeo, promove fagocitose, vai processar o açúcar, carboidrato e a parte proteica. Tendo a parte proteica se ligando no MHC II. A célula B vai apresentar o antígeno do toxoide tetânico a célula T, essa por sua vez auxilia a célula B através das citocinas e moléculas coestimuladoras CD40L e CD40 na célula B que proporcionará a mudança de classe da célula B, porque ao ocorrer a ligação de ambas a enzima AID é ativada e auxilia na mudança de classe das células B. Se não tiver células T dificilmente haverá mudança de classe para as células B, para produzir anticorpos neutralizantes como os IgGs que são fundamentais. Então por isso que você conjuga para produzir assim, as células IgG e IgM, produzindo anticorpos altamente neutralizantes Pois só dessa forma há maturação de afinidade.
As células B ativadas podem produzir anticorpos altamente neutralizantes. Por isso importância a conjugação para a parede.
O que as células B mais reconhecem são os carboidratos, que é o que predomina no microrganismo, na sua parede principalmente. Se a vacina não conjugar com a proteína, se fosse só carboidrato, a célula T não iria reconhecer, nem ia ser apresentado, pois o MHC só ancora peptídeos.
VACINAS COM ADJUVANTES: 
● ADJUVANTES: DEFINIDOS COMO SUBSTÂNCIAS QUE AUMENTAM A IMUNOGENICIDADE DOS ANTÍGENOS. Antígenos purificados em geral não são fortemente imunogênicos por si mesmo, e a maioria das vacinas acelulares requer a adição de adjuvantes. Fazendo com que os antígenos cite uma resposta inflamatória ali no local em que está sendo injetado por exemplo (nas vacinas subcutâneas, intramuscular, intradérmica e assim por diante).
Esses adjuvantes irão aumentar a resposta inflamatória naqueles locais da vacina. Porque a inflamação é resultado de uma resposta imune local. Ainda assim, faz com que haja recrutamento de células para aquele local como macrófagos, células dendriticas, produção de citocinas que provocam vasodilatação, moléculas de adesão no local para a chegada dos leucócitos para que respondam ao antígeno vacinal e crie uma resposta adaptativa gerando memória imunológica. 
● Acredita-se que a maioria dos ADJUVANTES, se não todos, atuam ativando as APC, especialmente as células dendríticas, e muitos através do TLR, ESTIMULANDO A INFLAMAÇÃO.
Leitura do quadro.
- A liberação mais lenta do antígeno dá chance para o macrófago reconhecer os antígenos no local e fagocitar, e ele responder, gerando assim uma inflamação no local, uma resposta imune. 
-O último exemplo, se está o citosol o antígeno/peptídeo será quebrado pelo proteossoma, levando ao engajamento do MHC I, e por isso ativa as células T citotóxicas CD8.
Os Tipos de vacinas são agrupadas segundo a tecnologia envolvida: primeira, segunda e terceira gerações de vacinas.
● VACINAS DE PRIMEIRA GERAÇÃO: A maioria das vacinas antivirais atualmente em uso, são de vírusinativados (mortos) ou vírus vivos atenuados. 
● São muito eficazes pois ativam funções efetoras importantes, como as CD8+, através da apresentação de antígenos ligados ao MHC I. 
● Exemplos de vacinas atenuadas (vivos) em uso: poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola e varicela.
● Exemplo de vacina inativada (morto) em uso: Poliomielite injetável (VIP); Hepatite A; Raiva e vírus da influenza H1N1 (gripe) amplamente utilizada com vacinações anuais. Vacina CoronaVac contra o SARS-Cov-2.
- Há uma cautela no uso de vacinas de vírus vivo atenuados para grupos específicos- imunodeprimidos, imunosuprimidos: 
● Embora as linhagens de vírus atenuados contenham múltiplas mutações (esses vírus principalmente passam por meios diferentes para que sofra mutações diferentes das suas formas originais, selvagens) em genes que codificam várias de suas proteínas, é possível que uma cepa de vírus patogênico reapareça por meio de novas séries de mutações. 
● Ex. a cepa da vacina pólio Sabin tipo 3 difere em apenas 10 dos 7.429 nucleotídeos de uma cepa progenitora selvagem. Podendo em ocasiões muito raras ocorrer uma reversão para a forma neurovirulenta, causadora da paralisia.
● Cautela no uso de vacinas atenuadas em indivíduos com imunodeficiência (imunocomprometidos) e imunossuprimidos. 
• Ex: Não pode ser administrado vacina para a FEBRE AMARELA ATENUADA em: imunodeprimido grave, independentemente do risco de exposição; por exemplo portadores de doenças autoimunes, etc. Porque a rotina desses imunodeprimidos é em seu cotidiano utilizar medicamentos imunossupressores para seu tratamento, que baixa sua imunidade. 
● Uma forma alternativa seria o uso da tecnologia do DNA recombinante, como a tecnologia observada nas vacinas de segunda geração. Onde genes mutados são usados para substituir o gene selvagem, e um genoma viral reconstituído. -> faz com que o vírus gere mutações nas regiões de patogenicidade, regiões que causam a virulência daquele vírus que irá levar a doença no indivíduo.
● As vacinas de bactérias vivas atenuadas podem ser desenvolvidas pela seleção de mutantes não patogênicos.
 ● O exemplo mais importante de vacina bacteriana atenuada é a BCG (Bacillus CalmetteGuérin) isolado patogênico da Mycobacterium bovis. Eficaz na proteção contra tuberculose graves em crianças (miliar e meníngea). Chegando a níveis de proteção entre 50 e 80%. 
● Considerando-se que a tuberculose permaneça como um dos principais agentes de morte no mundo, existe a necessidade urgente para uma nova vacina.
A via de vacinação é um importante determinante de seu sucesso
● Via das mucosas: via importante para a administração de algumas vacinas. Muitos patógenos importantes infectam as superfícies mucosas ou penetram no corpo através delas, por exemplo: bactéria Bordella pertussis, rinovírus e vírus da gripe (respiratórios) e os Vibrio cholerae, Salmonella typhi, Escherichia coli e Shigella (entéricos). Entram pelas vias de mucosa oral, intestinal.
● A potência da abordagem de mucosas é ilustrada pela eficácia das vacinas de vírus da poliomielite vivo atenuado, consiste de três cepas atenuadas do vírus da poliomielite e é altamente imunogênica. Administrada oralmente.
Tipos de vacinas:
● VACINAS DE SEGUNDA GERAÇÃO: Uma nova via para o desenvolvimento de vacinas que não dependem da administração de organismo integral, morto ou atenuado, é através da identificação dos epítopos peptídicos que estimulem a resposta imune protetora das Células T. Irá direto ao alvo, já no SARS COV 2 sabe-se que o vírus usa a proteína S como alvo nas células do hospedeiro, então vamos lá e trabalhamos em cima da proteína S. Exemplo: a tecnologia do DNA recombinante, com a geração de peptídeos recombinantes e sintéticos. 
● Exemplos: o genoma inteiro do Plasmodium falciparium, principal causador da Malária fatal, tem sido sequenciado e serve como base para encontrar uma vacina efetiva, através da IDENTIFICAÇÃO DE PEPTÍDEOS PARA QUE SEJAM SINTETIZADOS SINTETICAMENTE. (E esta semana a OMS aprova a 1 vacina para Malária no mundo!!!!! Viva a ciência, a pesquisa!! 07/10/21) - não se sabe ainda se é uma vacina de segunda geração, mas já foi aprovada e será utilizada e salvará vidas. 40-50% já de aprovação/eficácia no uso.
 ● Exemplos: Vacinas recombinantes da Hepatite B e do HPV (papilomavírus humano), vacina do tétano com as toxinas inativadas.
 ● Exemplos mais recentes: Vacinas de vetores virais para o SARS-Cov-2 da AstraZeneca e Sputinik V--> Pega um vírus causador de gripe por exemplo em chipanzés e introduz nele a parte genética produtora da proteína S do SARS-COV 2, usa o vírus para que ele produza o antígeno de interesse. Introduz nos humanos, que não haverá reação no corpo de gripe (pois causa nos chimpanzés) e assim, o vírus produz a proteína S em grande quantidade, faz com que o sistema imune reconheça e dispare uma reposta imune, levando a produção de células de memória e plasmócitos produtores de anticorpos IgG neutralizantes, através dessa técnica de vetores virais. 
● Segunda geração de vacinas: A atenuação do microrganismo pode ser obtida de forma mais rápida e confiável pelo emprego de técnicas de DNA recombinante. 
● A vantagem dessa abordagem é que as mutações podem ser desenvolvidas sem a possibilidade do vírus fazer reversão para o tipo selvagem, que é praticamente impossível.
Aquelas atenuações, mutações feitas com microrganismos atenuados, para febre amarela, poliomielite, pode haver o retorno do genoma selvagem no vírus. A mutação que foi feita para que não haja doença no indivíduo pode ser perdida. Já com a tecnologia DNA recombinante, isso não acontece, não ocorre reversão, porque a alteração (se mexe) diretamente no material genético do microrganismo e irá fazer alterações nos genes de virulência que são causadores de doença no indivíduo ou naquele gene que permite que os microrganismos infecte as células do hospedeiro. Pode haver o gene de virulência mutável para que ele perca a virulência ou pode deletar essa sequência genômica que causa virulência no microrganismo, dessa forma há alteração no material genético e não há reversão, então você fica com o microrganismo sem causar doença efetiva no indivíduo. Porém ele preserva outras estruturas que podem ser reconhecidas no sistema imunológico e assim dispara uma memória e uma produção de anticorpos neutralizantes para nos proteger, caso encontre um dia o microrganismo em sua forma selvagem/ambiental.
● VACINAS DE TERCEIRA GERAÇÃO: São VACINAS DE DNA e mRNA: emprego de tecnologias mais sofisticadas e mais especificas. Há um RNAm e um DNA capaz de produzir o antígeno especifico que você quer que o sistema imune responda para o dia que você encontrar o microrganismo em sua forma integral o sistema imune esteja preparado para te proteger. A imunidade protetora pode ser induzida pela injeção muscular de DNA e mRNA que codifique antígenos microbianos e citocinas humanas. 
● Um DNA codificador de um imunógeno viral pode ser injetado via intramuscular, processado pelas células dendríticas que vão reconhecer o material, o que leva ao desenvolvimento de uma resposta via anticorpos e CTL citotóxicas. Permitindo ao hospedeiro combater o vírus integral em desafio posterior/futuro.
Um exemplo é a utilização da tecnologia de plasmídeo que é o material genético presente em bactérias, principalmente com DNA circular, que é diferente do DNA cromossomal, então faz o que, modifica esse plasmídeo e introduz nele aquele gene que você quer que ele produza, por exemplo o gene clonado para hemaglutinina da influenza em um plasmídeo, inocula nele o gene que produz a hemaglutinina, que está presente na influenza e ele passa a produzir hemaglutinina. É introduzido intramuscular essa injeção de plasmídeo no camundongo e assim vai produzir e passa a ter a hemaglutinina e o sistema imune dele vai detectar e a responder, produzindo anticorpos e células de memória. Se tem um desafio depois injetando o vírus da influenza, verá que o camundongo já está protegido, tendo os anticorpos que irão neutralizar a hemaglutinina queestá no vírus, não permitindo que ela infecte as células do hospedeiro. É possível ver os camundongos não-injetados (o grupo controle) tendo um título alto de vírus. Já aqueles que foram injetados com o DNA plasmidial não teve uma carga viral. 
● É uma resposta segura e eficaz, pois utiliza um único gene microbiano ou DNA codificador de peptídeos antigênicos, não apresentando risco de infecção ativa. Essa técnica é conhecida como vacinação de DNA. Testes clínicos em andamento para malária, gripe e HIV.
● Exemplos: VACINAS DE TERCEIRA GERAÇÃO, A VACINA DE mRNA contra o SARS-Cov-2 da Pfizer e da Moderna.
O RNAm que foi feito para produzir a proteína S que está presente em SARS, em laboratório gera esse RNAm que é envolto em uma membrana lipídica para que proteja pois é muito vulnerável/sensível e também essa capa degordura faz com que ele seja internalizado facilmente nas células do hospedeiro. Uma vez que essa capa lipídica protege e faz com que as células do hospedeiro se ligue nessa camada lipídica onde estão os RNAm. A célula do hospedeiro introduz o RNAm para a transcrição e nova formação de proteínas S que serão liberadas no meio e o sistema imune detecta. Essas proteínas terão resposta produzindo células de memória e anticorpos neutralizantes, células CD8+ citotóxicas, todo sistema imune estará atuando. Encontrando o vírus, um dia, em sua forma integral, cheio de proteínas S, e ai os anticorpos estarão neutralizando suas respostas, a ação dos vírus.
Vacinas de RNAm Levando a produção da proteína S viral Será identificada pelo sistema imune Gerado anticorpos neutralizantes contra essa proteína S Bloqueando a ação dos vírus Nos protegendo da infecção.
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