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Efemérides 2021

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EFEMÉRIDES
 2020/2021
UFPR 
@medisinapse
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100 ANOS DO NASCIMENTO DO ESCRITOR ISAAC ASIMOV
100 ANOS DO NASCIMENTO DO ESCRITOR JOÃO C. MELO NETO
300 ANOS DA REVOLTA DE VILA RICA
205 ANOS DO FIM DO CONGRESSO DE VIENA
180 ANOS DO INÍCIO DO SEGUNDO REINADO (1840)
95 ANOS DO INÍCIO DA COLUNA PRESTES
30 ANOS DO PLANO COLLOR
20 ANOS DO SEQUESTRO DO ÔNIBUS 174
30 ANOS DA REUNIFICAÇÃO ALEMÃ
85 ANOS DA INTENTONA COMUNISTA
60 ANOS DA INAUGURAÇÃO DE BRASÍLIA
520 ANOS DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL
100 ANOS DO NASCIMENTO DE FEDERICO FELLINI. 
90 ANOS DA REALIZAÇÃO DA 1ª COPA DO MUNDO DE FUTEBOL
30 ANOS DA LIBERTAÇÃO DE NELSON MANDELA
30 ANOS DO FALECIMENTO DE KEITH HARING
150 ANOS DA GUERRA DO PARAGUAI
50 ANOS DA DATA DE NASCIMENTO DO CANTOR CHORÃO 
100 ANOS DA ESTREIA DO BRASIL NAS OLIMPÍADAS. 
30 ANOS DO LANÇAMENTO DO TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE NO
ESPAÇO PELA NASA, O PRIMEIRO DO GÊNERO.
80 ANOS DO POSICIONAMENTO DO BRASIL COMO ESTADO NEUTRO NA
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. 
50 ANOS DA CONQUISTA DO TRICAMPEONATO DA COPA DO MUNDO DA
FIFA, PELA SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL.
30 ANOS DA CRIAÇÃO DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
NO BRASIL (ECA)
50 ANOS DO FALECIMENTO DA CANTORA NORTE-AMERICANA JANIS
JOPLIN
200 ANOS DO NASCIMENTO DE FRIEDRICH ENGELS
100 ANOS DO NASCIMENTO DE CLARICE LISPECTOR, EM 1920
@medisinapse
E-book feito por @medisinapse 
 
100 ANOS DO NASCIMENTO DO ESCRITOR ISAAC ASIMOV 
Há 100 anos, nascia em Petrovich, na Rússia, o escritor e bioquímico Isaac Asimov (1920-1992). Autor 
de cerca de 500 livros entre romances, contos, ensaios e obras de divulgação científica, ele foi, ao lado de Arthur 
C. Clarke e Robert A. Heinlein, um dos três grandes nomes da chamada era de ouro da ficção científica, nos anos 
1950. Atual ainda hoje, o trabalho do russo-americano, que vem ganhando diversas reedições, previu dilemas 
cada vez mais relevantes em um mundo tecnológico como o nosso. 
Asimov nasceu em 2 de janeiro de 1992. Cinco anos depois, sua família se refugiou nos EUA. Ele escreveu 
seus primeiros contos no final da década de 1930 em revistas pulp – Astounding, de John W. Campbell, e Amazing 
stories, de Raymond A. Palmer. Desde o princípio de sua carreira, o autor já se destacava pela visão menos 
pessimista que imprimia a temáticas habituais na ficção científica. 
RESPONSÁVEL POR CRIAR AS TRÊS LEIS DA ROBÓTICA, Asimov não inventou os robôs. A ideia de 
seres autômatos já existia desde o século 19, em contos como O homem de areia (1816), de E.T.A Hoffman, The 
Bell-Tower (1855), de Herman Melville, e O feitiço e o feiticeiro (1899), de Ambrose Bierce. Durante o século 20, 
robôs foram explorados exaustivamente pela literatura e pelo cinema. Sobre essa tendência, Asimov escreveu: 
“Tornou-se muito comum, nas décadas de 1920 e 1930, retratar os robôs como inventos perigosos que 
invariavelmente destruiriam seus criadores. A moral dessas histórias apontava, repetidas vezes, que há coisas 
que o homem não deve saber. No entanto, mesmo quando era jovem, não conseguia acreditar que se o 
conhecimento oferecesse perigo, a solução seria a ignorância.” 
A defesa incondicional da ciência e da busca pelo conhecimento marcaram a carreira de Asimov. O que 
o tornava diferente de outros escritores que, na época, trataram de robôs foi dar a complexidade e as nuances 
que o assunto pedia. Em seu primeiro conto sobre o tema, Robbie (1940), os elementos já estavam todos lá: 
seitas antirrobôs protestam contra a existência dessas máquinas, ao mesmo tempo em que uma criança não 
consegue superar a perda de seu robô cuidador. Asimov destaca tanto os lados positivos quanto os negativos. 
Robbie é carinhoso com a protagonista, mas a insatisfação dos trabalhadores ao perder seus empregos é 
completamente justificada. 
"Não tenho medo de computadores. Tenho medo da falta deles" (Isaac Asimov) 
(Fonte: Estado de Minas) 
 
100 ANOS DO NASCIMENTO DO POETA E ESCRITOR JOÃO CABRAL DE 
MELO NETO 
Nascido em janeiro de 1920, no Recife, o escritor revolucionou a poesia no Brasil. Um dos principais 
nomes da poesia brasileira, João Cabral de Melo Neto completaria 100 anos em 2020. A data de nascimento do 
escritor é polêmica: apesar de constar na certidão que ele nasceu em 6 de janeiro, ele comemora o aniversário 
no dia 9 de janeiro, no Recife. Sua paixão pela literatura começou cedo, por influência da escola e da avó. 
Aos 21 anos, participou do Primeiro Congresso de Poesia na cidade e, no ano seguinte, publicou Pedra 
do sono, sua primeira coletânea de contos. Mudou-se na década de 1940 para o Rio de Janeiro, após tornar-se 
amigo do poeta Joaquim Cardoso e do pintor Vicente do Rego Monteiro. No mesmo período, João Cabral tornou-
se funcionário público e trabalhou no Departamento de Arregimentação e Seleção de Pessoal do Rio e ingressou 
na carreira da diplomacia. 
 
E-book feito por @medisinapse 
 
Modernismo 
Vale destacar que João Cabral fez parte da Geração de 45, um grupo de escritores brasileiros, tanto da 
prosa quanto da poesia, que participaram da Terceira Geração Modernista. Seus livros, principalmente os 
primeiros lançados, são marcados por uma poesia hermética. As poesias do escritor são caraterizadas por um 
rigor semântico nos versos, mostrando que ele era extremamente preocupado com a expressão exata dos textos. 
Alguns dos principais livros de João Cabral de Melo Neto. 
 
MORTE E VIDA SEVERINA 
Publicado pela primeira vez em 1956, esta é a obra ms popular e social do poeta. O livro narra a trajetória de 
Severino, que deixa o sertão nordestino em direção ao litoral em busca de melhores condições de vida. Ao longo 
do percurso, ele encontra outros nordestinos que passam pela mesma situação precária. 
 
MUSEU DE TUDO 
Museu de tudo é um livro que impressiona pela variedade temática. Em uma análise preliminar, foge ao estilo de 
João Cabral de Melo Neto: seus livros anteriores eram sempre pensados de uma forma integrada, coesa. Neste, 
por outro lado, o autor pernambucano seleciona 80 poemas aparentemente díspares, alguns escritos tempos 
atrás, e os agrupa neste “museu”. 
 
AGRESTES 
Neste livro, revisita os temas comuns em sua obra. João Cabral fala de Recife e Pernambuco, mesclados com 
certa nostalgia e com suas lembranças de infância; faz descrições da Espanha e, sobretudo, de Sevilha, onde 
sua poesia ganha um aspecto feminino, sensual; versa sobre autores consagrados, como Henry James, Murilo 
Mendes e Paul Valéry; descreve suas impressões como embaixador na África e na América Latina; e compõe 
poemas ligados à morte, muitas vezes com uma certa ironia que lhe é característica. 
 
https://www.estantevirtual.com.br/livros/joao-cabral-de-melo-neto/morte-e-vida-severina/2186478007?show_suggestion=0
https://www.estantevirtual.com.br/livros/joao-cabral-de-melo-neto/museu-de-tudo/28548766?show_suggestion=0
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POEMAS PARA LER NA ESCOLA 
Este livro faz parte de uma coleção que reúne textos sobre temas relacionados à juventude, como colégio, 
vestibular, infância, esporte e cinema. 
Fonte: https://blog.estantevirtual.com.br/2020/01/09/livros-de-joao-cabral-de-melo-neto/ 
 
300 ANOS DA REVOLTA DE VILA RICA 
A Revolta de Vila Rica é também conhecida como Revolta de Filipe dos Santos, em virtude de esse ser o nome 
do seu líder. Tratou-se de um movimento ocorrido em 1720 que almejava a mudança econômica e social do 
Brasil, a qual consistia especialmente na implantação do regime republicano para que o país pudesse se libertar 
da colônia portuguesa. 
Onde e Quando 
A rebelião aconteceu na cidade de Ouro Preto, que antes era antes chamada de Vila Rica e onde haviam grandes 
jazidas de ouro. Decorria o ano 1720 (século XVIII), no período conhecido como Ciclo do Ouro, visto o ouro ser o 
fruto da principal atividade econômica do Brasil. 
Vale ressaltar que 72 anos depois, mais precisamente em 1792, morria Tiradentes - o líder daInconfidência 
Mineira - principal movimento de tentativa de libertação colonial do Brasil. Em 1822, finalmente, é proclamada a 
Independência do Brasil. 
Causas 
A exploração define as causas do movimento que, em suma, almejava a queda da monarquia portuguesa, cujos 
privilégios eram mantidos graças aos seguintes abusos: 
“O quinto” 
20 % do ganho obtido com o ouro ou “o quinto”, como o imposto ficou conhecido, destinava-se à coroa portuguesa. 
A cobrança alta de impostos era um dos grandes propulsores da revolta popular. 
Criação da Casa de Fundição e Moeda 
Esse era o local onde a coroa portuguesa cobrava os impostos, bem como administrava e, logo, mantinha a 
exclusividade sobre todo o ouro encontrado no Brasil. Tanto os donos dos locais onde se situavam as minas não 
podiam vender nada que não passasse pela casa, como os comerciantes não podiam praticar o seu negócio sem 
garantir a parte do lucro à monarquia. 
https://blog.estantevirtual.com.br/2020/01/09/livros-de-joao-cabral-de-melo-neto/
https://www.estantevirtual.com.br/livros/joao-cabral-de-melo-neto/agrestes/1693494821?show_suggestion=0
E-book feito por @medisinapse 
 
A Revolta e seu Desfecho 
Após ter conseguido conquistar a população com os seus discursos, Filipe Santos - um fazendeiro português - 
tornou-se líder da rebelião. Os revoltosos chegaram a ocupar Vila Rica exigindo a extinção das Casas de 
Fundição. 
Dias depois, o governador Conde de Assumar tenta negociar com os revoltosos e, prometendo atender os seus 
pedidos, os acalma, mas apenas para ter a chance de os atacar. Assim, convocando 1500 soldados, prende os 
rebeldes. Filipe dos Santos é julgado e condenado à forca e no dia 15 de julho de 1720 é enforcado e tem o seu 
corpo esquartejado em praça pública. Antes de morrer, Filipe dos Santos teria dito a frase: “Jurei morrer pela 
liberdade. Cumpro minha palavra.”. Com a punição dos rebeldes e com a morte de seu líder, os objetivos não 
foram alcançados. 
 
205 ANOS DO FIM DO CONGRESSO DE VIENA 
O Congresso de Viena ocorreu entre 11 de novembro de 1814 e 9 de junho de 1815 e reorganizou a Europa 
após as guerras napoleônicas. Além disso, foram tomadas decisões que atingiram o Brasil, como a entrega da 
Guiana para a França e a condenação do tráfico de pessoas escravizadas. O Congresso de Viena serviu para 
manter a Europa a salvo de grandes enfrentamentos até a Primeira Guerra Mundial, em 1914. 
 
Antecedentes do Congresso de Viena 
Diplomatas redesenham o mapa da Europa reunidos em Viena. Os governos da Áustria, Prússia, Rússia e Grã-
Bretanha assinaram o Tratado de Chaumont em março de 1814, logo após a derrota de Napoleão Bonaparte na 
Rússia. Em abril do mesmo ano, Bonaparte abdica do trono francês e parte para o exílio na ilha de Elba, na costa 
italiana. Posteriormente, a convite das potências vitoriosas, outros países aderiram ao tratado, como França, 
Suécia, Portugal e Espanha. O Tratado de Chaumont estabelecia que todos os governos deveriam enviar 
representantes para um encontro internacional que seria realizado em Viena. 
No entanto, neste meio tempo, Bonaparte escapa da ilha de Elba e tenta derrotar seus inimigos ao travar a Batalha 
de Waterloo. A estratégia falha e o antigo imperador abdica e é preso pelos britânicos. 
Santa Aliança 
Antes da realização do Congresso de Viena, o Imperador russo Alexandre I propôs a criação da Santa Aliança. 
Esta seria formada pela Prússia, Áustria e Rússia. Posteriormente, a Grã-Bretanha seria incorporada. Por isso, 
ficou decidido que estas quatro nações seriam as responsáveis pelas decisões sobre o futuro dos territórios que 
haviam sido conquistados por Napoleão Bonaparte. Diante a reação dos demais países, a abertura do Congresso 
de Viena, prevista para 24 de setembro, só ocorreu em 11 de novembro. 
Objetivos do Congresso de Viena 
As prioridades do Congresso de Viena foram acabar com os vestígios da Revolução Francesa e da Era 
Napoleônica. A intenção era redesenhar as fronteiras da França, Península Itálica e dos estados alemães, e 
restaurar a família Bourbon na França, Espanha e no Reino de Nápoles. Da mesma maneira foram debatidos 
temas como a abolição do tráfico de escravos e do uso da mão de obra escrava nas colônias americanas. 
E-book feito por @medisinapse 
 
 
180 ANOS DO INÍCIO DO SEGUNDO REINADO (1840) 
O Segundo Reinado é o período da história brasileira em que o país foi governado por D. Pedro II. Esse período 
estendeu-se de 1840, quando D. Pedro II foi coroado imperador após o Golpe da Maioridade, e encerrou-se em 
1889, quando a Proclamação da República colocou fim na monarquia do Brasil. Foi um período de grandes 
transformações no país e marcado por importantes conflitos, como a Guerra do Paraguai. 
 
A respeito do Segundo Reinado, podem ser destacadas as seguintes informações: 
• A coroação de D. Pedro II ocorreu por meio do Golpe da Maioridade, em 1840. 
• Os dois partidos que controlavam a política brasileira eram o Partido Liberal e o Partido Conservador. 
• O sistema político brasileiro ficou conhecido como “parlamentarismo às avessas”. 
• Na economia, o café estabeleceu-se como nosso principal produto, e, entre 1840 e 1860, aconteceu um período 
de prosperidade conhecido como Era Mauá. 
• A abolição da escravatura foi resultado de uma intensa mobilização popular e política aliada com a resistência 
realizada pelos escravos. Concretizou-se com a assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888. 
• A Guerra do Paraguai foi um divisor de águas na história do Segundo Reinado. Nesse conflito, o Brasil envolveu-
se em uma luta contra o Paraguai entre 1864-1870. 
• Os militares foram o grupo de maior envolvimento com a Proclamação da República no Brasil. A proclamação de 
fato foi realizada por José do Patrocínio em 15 de novembro de 1889. 
Contexto histórico 
O Segundo Reinado iniciou-se em 1840 por meio do Golpe da Maioridade. Por meio desse movimento, os 
políticos brasileiros, pela via dos liberais, anteciparam a maioridade de D. Pedro II para que ele pudesse assumir 
o trono. Isso aconteceu porque os liberais queriam recuperar o poder que estava nas mãos dos conservadores e 
porque acreditavam que a coroação do imperador colocaria fim em todos os conflitos que se passavam no país. 
Assim foi iniciado o Segundo Reinado, período que se estendeu por 49 anos e que pode ser dividido da seguinte 
maneira: 
• Consolidação (1840-1850): quando o imperador estava no poder e estabeleceu-o, a seu modo, sobre o país, 
colocando políticos e províncias rebeldes sob seu controle. 
• Auge (1850-1865): quando o poder do imperador era amplo e sua posição estava consolidada. 
• Declínio (1865-1889): quando surgem contestações contra a posição de D. Pedro II, e a economia do país não 
ia bem. 
 
Abolição da escravatura 
Durante o Segundo Reinado, a abolição da escravatura foi um dos temas centrais e alvo de debates acalorados 
nos meios políticos. O ponto de partida para que a abolição fosse decretada no Brasil foi a Lei Eusébio de Queirós, 
decretada em 1850 e que estipulava a proibição do tráfico negreiro no país. 
Com essa lei, a abolição era questão de tempo, uma vez que era o tráfico que mantinha o elevado número de 
escravos no Brasil. Iniciou-se aqui uma transição lenta e gradual, na qual o objetivo da elite econômica do país 
era postergar a abolição tanto quanto fosse possível. Durante esse período de transição, foram decretadas 
diversas leis, como a Lei de Terras, Lei do Ventre Livre e Lei dos Sexagenários. 
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/o-golpe-maioridade.htm
E-book feito por @medisinapse 
 
A abolição da escravatura aconteceu em 13 de maio de 1888, quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea. O 
fim da escravidão foi resultado de uma intensa mobilização popular e da ação dos escravos rebelando-se contra 
essa instituição. 
95 ANOS DO INÍCIO DA COLUNA PRESTES 
 
Noventa e cinco anos atrás, em 1925, encontravam-se no Paraná os remanescentesde dois levantes militares: 
de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Em São Paulo guarnições da Exército e da Força Pública se sublevaram 
em 1924, tomando o controle da região e tomando a cidade por 23 dias. No Rio Grande do Sul diversas guarnições 
se levantaram em solidariedade, instigadas à revolta pelo então capitão Luís Carlos Prestes. O objetivo: derrubar 
o presidente Artur Bernardes e instituir no Brasil uma série de medidas de cunho reformador. 
O movimento ficou conhecido como tenentismo graças ao papel da jovem oficialidade do Exército em suas fileiras 
e encontrou sua culminância na Coluna Prestes, episódio responsável por lançar à política nacional os nomes de 
suas lideranças, protagonistas da vida do país a partir de então. 
 
São Paulo foi alvo do bombardeio sistemático de bairros operários e populares, buscando aterrorizar a população 
e diminuir seu apoio aos rebeldes, que foram obrigados a abandonar a cidade e marchar rumo ao Paraná, onde 
ficaram encurralados. No Rio Grande do Sul as unidades sublevadas se uniram a diversos combatentes civis e 
suas lideranças locais, os caudilhos que se digladiavam em lutas locais desde muito tempo e agora se uniam aos 
militares rebelados. Em uma série de combates vitoriosos, os gaúchos rumaram ao encontro dos paulistas 
encurralados. 
Foi em Foz do Iguaçu que, mais que um encontro entre duas colunas, aconteceu uma incorporação dos paulistas 
à coluna gaúcha. As tropas de São Paulo encontravam-se cansadas, acumulavam derrotas e sua moral estava 
baixa. Muitos propunham abandonar a luta e atravessar a fronteira, deixando para trás o Brasil de Artur Bernardes. 
Já as tropas gaúchas vinham de uma série de vitórias, tinham o aspecto moral em alta e propunham uma marcha 
Brasil adentro que atraísse as tropas federais, possibilitando a tomada da capital e do poder. 
Apesar de um movimento eminentemente militar, a Coluna foi o episódio tenentista que mais encarnou 
características populares. A maioria de seus combatentes eram homens pobres do campo, analfabetos e sem 
contato com a política nacional. Os anos da Coluna foram formadores para todos, desde os soldados até seus 
comandantes. À medida em que marchavam Brasil adentro e tinham contato com a pobreza extrema que a 
população estava submetida, as injustiças do regime político, as desigualdades na divisão das terras e a opressão 
do povo do campo, os revolucionários começaram a entender que a simples substituição do presidente não seria 
suficiente para resolver os problemas do país. 
A Coluna percorreu 13 estados brasileiros totalizando 25 mil quilômetros. Derrotou 18 generais naquela que foi a 
maior marcha militar da história humana. Até hoje o Exército brasileiro custa a admitir a derrota sofrida e a Coluna 
Prestes segue escanteada pela história oficial.Anos mais tarde Prestes repetiria diversas vezes que a experiência 
daqueles anos foi essencial para abrir seus olhos aos problemas do povo brasileiro, mas apenas quando tornou-
se comunista ele pôde conceber uma alternativa real. Daqueles que lideraram a Coluna apenas Prestes escolheria 
o caminho do socialismo. Foi rechaçado pelos seus antigos companheiros, a maioria adepta ao que ficou 
conhecido como revolução de 30. 
 
30 ANOS DO PLANO COLLOR 
E-book feito por @medisinapse 
 
Com a inflação galopando dia após dia, era necessário a estruturação de um plano eficiente e estruturado para 
reestabelecer a economia no país. Zélia Cardoso de Mello, Ministra da Fazenda do então governo, encabeçou o 
projeto econômico mais ambicioso das últimas décadas à época. 
Após 30 anos sem votos diretos, a população pode acompanhar ao vivo via TV, no dia 16 de março de 1990, o 
lançamento do combo econômico proposto pela então equipe econômica. No auditório do Ministério da Fazenda, 
diversos jornalistas acompanhavam o pronunciamento da ministra. E ele veio. 
“Não temos mais alternativas. O Brasil não aceita mais derrotas. Agora, é vencer ou vencer. Que Deus nos ajude” 
– salientou Collor na coletiva. O pacote – batizado de Brasil Novo e popularizado como Plano Collor – constituía, 
além de uma estabilização econômica, a criação de um imposto sobre operações financeiras (IOF), a troca da 
moeda cruzado novo para cruzeiro, a extinção de estatais, a demissão de mais de 80 mil funcionários públicos 
de diversas autarquias, aumento de tarifas sobre serviços públicos (como gás, luz e água) e o congelamento de 
salários por 45 dias. 
 Mas, de todas as medidas apresentadas, uma foi o estopim para acender o alerta de catarse em todos os 
cidadãos. A medida de confisco de todas as poupanças creditadas até o momento por um período de 18 meses 
deixou todos os presentes na coletiva e os mais de 140 milhões de brasileiros em choque. Sonhos, projetos, 
empresas: tudo foi por água abaixo. 
Na época, estima-se que o Banco Central deixou retido por 18 meses mais de 80% de todo o dinheiro aplicado 
em cadernetas de poupança, contas correntes e também no overnight – termo que se refere a aplicações em 
ações onde a compra e revenda é feita em torno de um dia útil -, chegando a um valor de mais de US$ 100 
bilhões, o equivalente a 30% do PIB naquele momento. 
A fúria muito além da casa-grande 
Após a data de 19 de março, três dias após o lançamento do plano, milhares de correntistas se aglomeraram em 
longas filas na frente de bancos e caixas eletrônicos com o objetivo de sacar o que restava de suas contas, ou 
tentar buscar empréstimos para cobrir as dívidas que viriam do momento em diante. 
A procura por dinheiro foi tão grande a falta de cédulas foi registrada em diversas agências pelo país. Milhões de 
brasileiros assustados, sem saber ao certo o que estava acontecendo ou o que estava por vir, tentaram de todas 
as formas garantir ao mínimo as compras daquele mês. Muitas famílias, com o pouco de dinheiro que 
conseguiram sacar, foram correndo ao supermercado com o pavor do desabastecimento; muitos preferiram sacar 
as sobras e guardar em casa; outros foram tirar satisfações com os gerentes de seus bancos. 
Pessoas físicas e jurídicas só conseguiam sacar o máximo de 50 mil cruzados novos – o equivalente a pouco 
mais de 8 mil reais em valores atuais. O restante seria devolvido somente a partir de 16 de setembro de 1991, 
dezoito meses depois, em 12 parcelas iguais, acrescidas de correção monetária e de juros de 6% ao ano. 
O desalento não era apenas das grandes massas. Uma parcela da sociedade maior economicamente favorecidas 
também viram o dinheiro sumir de suas contas-corrente. Com o único valor disponível para saque, muitos sonhos 
foram encerrados naquele instante. Milhares de famílias que vinham há anos guardando dinheiro para custear os 
estudos de seus filhos tiveram que aguardar o tempo para tentar iniciar tudo de novo. Milhares de jovens 
trancaram suas faculdades; pais encerraram a compra de imóveis ou veículos aos seus filhos; agricultores tiveram 
E-book feito por @medisinapse 
 
que adiar a plantação de produtos por conta da falta de dinheiro para custear a produção. Tudo isso pelo simples 
fato de não terem acesso a suas poupanças. O clima era quase ditatorial. 
No mesmo período, há registros online da constatação de um aumento na ocorrência de doenças psiquiátricas e 
nervosas como resultado das medidas, que culminaram em infartos, hipertensões, AVC e até suicídio. Em uma 
entrevista recente ao UOL, indagado sobre a taxa de suicídios ter aumentado na época, Fernando Collor 
minimizou: “Não tenho conhecimento de aumento das taxas de suicídio, que possa ser associado às medidas 
econômicas. Falências podem ter havido, mas são parte da dinâmica natural de uma economia competitiva”. 
Os bastidores do plano 
A ministra Zélia Cardoso não foi a única a gerir e apresentar o Plano Collor naquela coletiva de imprensa. O 
secretário especial de Política Econômica Antônio Kandir; Eduardo Modiano, presidente do BNDES na época; e 
Ibraim Eris, presidente do Banco Central, tambémfizeram parte da composição e apresentação do plano. 
Trinta anos depois, em entrevista ao UOL, Zélia falou sobre o tema. Indagada se estava arrependida, Zélia 
afirmou: Se pudesse voltar atrás com as informações que tinha naquele momento, não mudaria nada. Trinta anos 
depois, provavelmente, não teria tomado algumas medidas e teria tomado outras”, avaliou a ex-ministra. 
O pós-plano 
Conforme pesquisas do Datafolha, em 1990, o pacote de medidas havia aprovação de cerca de 81% dos 
entrevistados. À medida em que o tempo passava, a popularidade do plano foi decaindo. Em 1990, 71% de 
aprovação; em 1991, 23%. 
Logo que foi aplicado, o plano surtiu efeito na economia brasileira. De 84%, a inflação despencou para apenas 
3%. No entanto, foi momentâneo: em junho do mesmo ano, subiu para 9%; e em julho, chegou a 12%. 
Pouco menos de um ano depois, a ministra Zélia Mello lançou um segundo plano: o Collor II. Porém, não surtiu 
efeito. Um ano e meio depois, em 10 de maio de 1991, Zélia acaba se tornando ex-ministra, sendo substituída 
pelo economista Marcílio Marques Moreira. 
O impeachment 
O governo Collor teve um desfecho trágico. Por ser acusado de liderar um esquema de corrupção, o ex-presidente 
sofreu um processo de impeachment em 1992, sendo afastado do cargo. Em seu lugar, assume Itamar Franco, 
seu vice. 
Depois de renunciar ao cargo, em 29 de dezembro de 1992, Collor teve seus direitos políticos cassados por oito 
anos. Após cumprir a punição, o ex-presidente consegue se eleger ao Senado por Alagoas, cargo que assume 
até os dias atuais. 
Os caçadores de marajás do presente 
“Caçador de marajás”: era assim como Fernando Collor era intitulado durante sua campanha eleitoral. Com a 
proposta de exterminar a corrupção e promover o bem-estar econômico do país, foi eleito ao cargo. Nos dias 
atuais, o cenário não é diferente. 
E-book feito por @medisinapse 
 
Após o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, em 2016, o Brasil pode reestabelecer a ordem 
conservadora novamente ao poder. Com as eleições de 2018, o país polarizado e guerras ideológicas, Jair 
Bolsonaro ascendeu ao poder com os mesmos objetivos: eliminar a corrupção e trazer de volta a riqueza aos 
cofres do governo. Em meio a uma pandemia, crises governamentais intermináveis e uma redução considerável 
nos investimentos públicos, os novos caçadores de marajás estão presentes em nosso território, e mais fortes 
que nunca. 
20 ANOS DO SEQUESTRO DO ÔNIBUS 174 
 
O ano era 2000 e o país inteiro parou para acompanhar o desenrolar do sequestro do ônibus 174, no Rio de 
Janeiro, em 12 de Junho, em transmissão ao vivo pela TV aberta. O caso virou mais um dramático exemplo da 
violência urbana no Brasil. 
O Ônibus 174 fazia a linha Gávea – Central do Brasil e foi rendido pelo jovem Sandro Nascimento, de 22 anos. 
Em um dos pontos, Sandro que vestia uma bermuda, camiseta e trazia consigo um revólver 38, entrou no ônibus 
e pulou a catraca. Armado, ele tomou o ônibus e fez os passageiros de reféns. 
Após pouco mais de vinte minutos do anúncio do sequestro, um dos passageiros conseguiu pedir ajuda para uma 
viatura que passava pela rua. Pouco tempo depois, o coletivo foi interceptado pela polícia. O motorista, cobrador 
e alguns passageiros conseguiram escapar. 
Cercado por viaturas, o coletivo ficou parado na Avenida Jardim Botânico em momentos de grande angústia para 
os dez passageiros que permaneceram no interior do ônibus. Prendendo a atenção do país, o sequestro que 
começou às 14h20 durou a tarde toda e teve desfecho por volta das 19h. A estimativa de audiência televisiva na 
época foi de 35 milhões de brasileiros que viram ao vivo um triste episódio da violência urbana gerada no seio da 
exclusão social. 
O final do sequestro foi trágico. Após negociação policial fracassada, Sandro Nascimento tentou sair do ônibus 
usando como refém e “escudo” a passageira Geísa Firmo Gonçalves, de 21 anos, professora e grávida de dois 
meses. Em um sinal de despreparo da equipe policial que conduzia a operação, Geísa morre vítima de quatro 
tiros – o primeiro deles disparado pela polícia e os três últimos por Sandro. Após os disparos, Sandro é levado 
até a viatura, onde morre asfixiado. 
Sandro Nascimento para além do ônibus 174: uma vida marcada pela violência e exclusão 
Para entender o sequestro do ônibus 174 e a história de Sandro Nascimento é preciso lembrar de outro trágico 
episódio da violência urbana: a chacina da Candelária. Em 23 de Julho de 1993, em frente à Igreja da Candelária, 
no centro do Rio de Janeiro, policiais fora de serviço mataram oito crianças e jovens em situação de rua que 
dormiam sob a marquise da igreja. Um dos sobreviventes foi Sandro do Nascimento, na época com 15 anos. 
A violência policial era uma estratégia de Estado. “A letalidade da polícia era estimulada por políticas como a 
chamada ‘gratificação faroeste’, espécie de prêmio financeiro por bravura que era medido inclusive pelo número 
de pessoas mortas, e por declarações públicas de autoridades que contribuíam para naturalizar as execuções 
extrajudiciais. Ao invés de orientar a polícia para proteger e preservar a vida, o estado reforçou o entendimento 
de que o papel da polícia era matar. Algo que perdura até os dias de hoje”, afirma Jurema Werneck, diretora 
executiva da Anistia Internacional. 
Esse não foi o único episódio de extrema violência na vida do menino. Aos 6 anos, sua mãe foi assassinada a 
facadas. Sua vida foi marcada pela infância na rua, uso de drogas, prática de pequenos furtos, passagens em 
instituições para jovens infratores e após a maioridade, a prisão. 
https://anistia.org.br/noticias/chacina-da-candelaria-25-anos-lembramos-dessa-historia-para-que-ela-nao-se-repita/
https://anistia.org.br/noticias/chacina-da-candelaria-25-anos-lembramos-dessa-historia-para-que-ela-nao-se-repita/
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O professor Roberto avalia que durante toda a vida Sandro não teve acesso a condições de vivenciar uma 
realidade diferente, o que o levou a uma condição de vulnerabilidade social. 
 
 
30 ANOS DA REUNIFICAÇÃO ALEMÃ 
A reunificação da Alemanha, aconteceu em 3 de outubro de 1990 quando o território da antiga República 
Democrática da Alemanha (RDA ou Alemanha Oriental) foi incorporado à República Federal da Alemanha (RFA 
ou Alemanha Ocidental). 
A Alemanha foi dividida entre os principais vencedores da Segunda Guerra. 
Posteriormente, as duas Alemanhas conseguiram recuperar-se das enormes perdas materiais que haviam sofrido 
durante o conflito. 
Porém, nos anos 70, já se podia notar uma diferença importante entre elas: enquanto a Alemanha Oriental 
(comunista) era apenas mais um país desenvolvido, a Alemanha Ocidental (capitalista) tinha se tornado uns 
países mais ricos do mundo, com uma indústria avançada e uma moeda forte. Na década seguinte, essa diferença 
acentuou-se, gerando enorme descontentamento entre os alemães orientais. Em 1989, eclodiu em Berlim Oriental 
uma série de manifestações populares exigindo melhoria da qualidade de vida e, sobretudo, a democratização 
do regime. Algum tempo depois, começaram as negociações entre os governos das duas Alemanhas visando a 
reunificação do país. Em 3 de outubro de 1990, entrou em vigor o acordo que oficializava a unificação política da 
Alemanha. 
 
85 ANOS DA INTENTONA COMUNISTA 
A Intentona Comunista (Levante Comunista ou Revolta Vermelha de 35) foi um levante político-militar ocorrido, 
inicialmente em Natal, Rio Grande do Norte, entre 23 e 27 de novembro de 1935, durante o governo de Getúlio 
Vargas, a qual foi reprimida rapidamente pelas forças nacionais. 
Com apoio da URSS (bloco comunista mundial), a revolta, que ocorreu dentro de alguns quartéis do país, se 
espalhou rapidamente pelos estados do Maranhão, Pernambuco e Rio de Janeiro. 
Após sua repercussão, Getúlio declara a Aliança Nacional Libertadora (ANL) e o Partido Comunista Brasileiro 
(PCB) perigosos para o governo, impondoassim, a prisão de seus líderes, o que levou a ilegalidade das 
organizações. Depois disso, Luís Carlos Prestes permaneceu preso durante 9 anos, até a saída de Getúlio do 
poder, em 1945. 
Principais objetivos da Intentona Comunista 
• Implementar o comunismo no país; 
• Derrubar o governo autoritário de Vargas; 
• Realizar medidas sociais, políticas, econômicas mais efetivas; 
• Acabar com o sistema oligárquico vigente. 
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O movimento comunista, oposto à Ação Integralista Brasileira (AIB), de cunho fascista e de estrema direita, foi 
liderado pelo capitão do exército Luís Carlos Prestes (1898-1990). Ele era o líder da Coluna Prestes (1924-1927), 
fundador do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Presidente da Aliança Nacional Libertadora (ANL), ambas 
organizações contra o governo de Getúlio. 
A Intentona Comunista recebeu influência da primeira guerra mundial, visto que opunha algumas vertentes 
ideológicas: 
• o fascismo, disseminado pelos ideais da Ação Integralista Nacional; 
• o comunismo, marcado pelas frentes anti-fascistas do Partido Comunista Brasileiro, fundado em 1922, vinculado 
à Internacional Comunista (IC) ou Comintern; 
• a Aliança Nacional Libertadora, fundada em 1935. 
Durante esses dias, o movimento contou com baixa adesão popular e militar e, se o intuito era acabar com o 
governo de Vargas, as consequências demostraram o contrário. Isso porque resultou num maior autoritarismo do 
governo, caça aos comunistas, prisão de líderes, suspensão dos direitos civis, dentre outras medidas expressas 
dois anos depois na Constituição de 1937. 
 
60 ANOS DA INAUGURAÇÃO DE BRASÍLIA 
A Construção de Brasília ocorreu entre os anos de 1956 a 1960. A mudança da capital do Brasil, do Rio de 
Janeiro para o Planalto Central, requereu uma enorme quantidade de recursos financeiros, materiais e humanos. 
O presidente Juscelino Kubitschek, no entanto, usou-a como propaganda nacionalista e modernista, a fim de 
exaltar seu governo. 
Brasília, além de capital do Brasil, também é a sede do Distrito Federal. A ideia de transferir a capital do Brasil 
para o interior já estava prevista na Constituição de 1891. Em 1892, o belga Louis Cruls, assinalou um território 
no Planalto Central, entre nascentes de rios que seria ideal para a construção do novo centro político. 
Também havia a profecia de são João Bosco, apontando para espaço compreendido entre os paralelos 15 e 20 
como o lugar do nascimento de uma nova civilização. 
O fato é que JK buscava um lugar afastado do Rio de Janeiro e no meio do deserto por motivos geopolíticos: 
• a capital não estaria tão vulnerável em caso de guerra, 
• a pressão popular sobre o governo seria menor, 
• a nova capital iria contribuir para a ocupação do interior brasileiro. 
Desta maneira, a construção de Brasília estava integrada no Plano de Metas proposto pelo presidente durante a 
campanha eleitoral. 
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Contexto Histórico 
A Europa e os Estados Unidos viviam um período de recuperação econômica após a Segunda Guerra Mundial. 
Os ventos do otimismo chegavam ao Brasil, com investimentos na indústria de transformação.A década de 50 
ainda traria o primeiro título em Copa do Mundo ao Brasil, em 58. Igualmente, a bossa nova passa a ser a música 
nacional e a trilha sonora desta época. 
Construção de Brasília 
Apesar das críticas, de políticos como Carlos Lacerda, a oposição aprovou o plano e deu carta branca a JK para 
fazê-lo. O projeto para a nova cidade foi escolhido através de concurso público. O plano vencedor foi o do arquiteto 
carioca Lúcio Costa, enquanto Oscar Niemeyer seria o responsável pelo projeto dos edifícios. 
Assim começou a mobilização de materiais, trabalhadores e recursos para erguer a cidade no deserto. Todas 
essas ações eram comandadas pela empresa NOVACAP, presidida por Israel Pinheiro. A estrutura principal de 
Brasília, o chamado Plano Piloto, ficou pronta em apenas quatro anos. Calcula-se que a cidade tenha atraído 
cerca de 60.000 operários vindos de todo o Brasil. Esses trabalhadores ficaram conhecidos como “candangos”. 
Para abrigá-los foram construídos barracões com estruturas mínimas de comodidade. Em 1957, o entorno de 
Brasília já contava com mais de 12.000 habitantes. 
Ainda com muito por fazer, a nova capital foi inaugurada em 21 de abril de 1960 em meio a uma grande festa. 
Nos anos seguintes, ministérios, embaixadas e demais órgãos políticos deixariam o Rio de Janeiro e se 
instalariam definitivamente na nova capital brasileira 
 
520 ANOS DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL 
A chegada dos portugueses ao Brasil foi um dos maiores momentos das grandes navegações, processo iniciado 
pelos portugueses no século XV. As grandes navegações são como conhecemos as expedições exploratórias, 
organizadas pelos portugueses, no Oceano Atlântico ao longo desse século. Isso só foi possível graças a uma 
série de fatores. 
 
Primeiro, a unificação territorial. O território nacional de Portugal foi consolidado em 1249, quando o rei d. Afonso 
III conseguiu conquistar definitivamente Algarve (região sul de Portugal) dos mouros. Outro fator importante foi 
a estabilidade política que o país experimentou a partir do final do século XIV. 
Entre 1383 e 1385, aconteceu no país a Revolução de Avis, responsável por colocar João, mestre de Avis no 
trono de Portugal. Com essa revolução, a dinastia Borgonha teve fim, e a nova dinastia — a de Avis — iniciou-
se. Portugal experimentou uma grande estabilidade política que possibilitou ao país vivenciar um desenvolvimento 
comercial e tecnológico, o que incluiu o desenvolvimento náutico. 
 
Além disso, a localização geográfica de Portugal garantia acesso fácil às correntes marítimas do Oceano 
Atlântico, e o desenvolvimento comercial de Lisboa tornava a cidade um centro importante. Por fim, a necessidade 
para encontrar uma nova rota para o Oriente — já que a usual, que passava por Constantinopla, havia 
sido fechada em 1453 — reforçou a exploração dos oceanos pelos portugueses. 
 
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CURIOSIDADES 
• O pagamento de Pedro Álvares Cabral foi de 10 mil cruzados (o equivalente a 35 quilos de ouro). Ele também 
poderia comprar e vender 30 toneladas de pimenta e 10 caixas de outra especiaria. Um marinheiro comum, por 
sua vez, ganhava 10 cruzados mensalmente, além de 10 quintais de pimenta|7|. 
• Pedro Álvares Cabral tinha 1,90 m de altura. 
• Era comum que, nessas expedições marítimas da Idade Moderna, prostitutas fossem levadas escondidas nas 
embarcações. 
• O escorbuto (doença causada pela falta de vitamina C) era uma das doenças que mais afetavam os marinheiros 
no período das grandes navegações. 
• Ainda não se sabe o que houve com a nau de Vasco Ataíde (uma das 13 naus da expedição de Cabral), mas 
acredita-se que tenha naufragado durante uma tempestade. 
• O primeiro nome dado ao Brasil foi Ilha de Vera Cruz, e depois passou a chamar-se Terra de Santa Cruz. 
• Outro nome pelo qual o Brasil foi chamado, à época, foi Terra dos Papagaios, em decorrência da quantidade de 
papagaios que havia aqui. 
• Pero Vaz de Caminha, quando relatou o achamento do Brasil para o rei português, acreditou que as novas terras 
eram, na verdade, uma ilha. 
• A ilha de Fernando de Noronha tem esse nome em referência a Fernão de Loronha, fidalgo português que recebeu 
a ilha como capitania do rei de Portugal, em 1504. 
• Estima-se que, quando da chegada dos portugueses, aproximadamente, sete milhões de indígenas viviam no 
território brasileiro. 
• Quando a expedição de Cabral partiu do Brasil, em 2 de maio de 1500, dois grumetes desertores e dois 
degredados foram deixados no território com os nativos. 
• Antes de chamar-se Pedro Álvares Cabral, o nome do líder da expedição portuguesa era Pedro Álvares Gouveia. 
A troca de nome deu-se com o abandono do sobrenome de sua mãe, d. Isabel Gouveia, e a adesão do sobrenome 
de seu pai, Fernão Cabral.RESUMO 
• A chegada dos portugueses ao Brasil foi parte do processo das grandes navegações. 
• Pedro Álvares Cabral foi o líder de uma expedição composta por 13 embarcações e cerca de 1200 homens. 
• O primeiro ponto do Brasil avistado pelos portugueses foi a região do Monte Pascoal, na Bahia, no dia 22 de abril 
de 1500. 
• A primeira missa, aqui realizada, ocorreu no dia 26 de abril de 1500, e no dia 1º de maio a expedição partiu para 
a Índia. 
• O primeiro nome do Brasil, como consta na carta de Pero Vaz de Caminha, foi Ilha de Vera Cruz. 
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100 ANOS DO NASCIMENTO DE FEDERICO FELLINI. 
 
Federico Fellini (1920-1993) foi um cineasta italiano, considerado um mestre na arte de fazer filmes. Fellini 
é o mais premiado diretor da história da Academia de Artes Cênicas dos EUA (realizadora dos prêmios Oscar). 
Seu filme mais conhecido é La Dolce Vita, e ele é considerado um dos cineastas mais influentes da história do 
cinema. 
Federico Fellini nasceu em Rimini, Itália, no dia 20 de janeiro de 1920. Filho de Urbano Fellini, um 
vendedor viajante e de Ida BarbiCarreira de cineastaani era o mais velho de três irmãos. Com dons para escrever 
e desenhar decidiu seguir a carreira de caricaturista. Com 18 anos foi para Florença onde trabalhou como 
caricaturista e publicou seu primeiro desenho no “Semanário 420”. No ano seguinte, Fellini mudou-se para Roma 
onde se dedicou à caricatura e ao jornalismo satírico. Escreveu e desenhou para a revista de humor "Marc 
Aurelio". Ainda em 1939, regressou para Rimini e em seguida voltou para Roma onde se matriculou na 
Universidade de Direito de Roma, a pedido de seus pais, mas não frequentou as aulas. De volta à revista Marc 
Aurelio, ingressou no conselho editorial, junto com Ettore Scola, Cesare Zavattini, e Bernardino Zapponi, futuro 
roteirista de Fellini. 
Carreira de cineasta 
Depois de escrever pequenos roteiros e piadas para comediantes de rádio, entrou para o cinema como assistente 
dos diretores Roberto Rossellini, Pietro Germi e Alberto Lattuada, quando adquiriu conhecimento da técnica da 
produção audiovisual. Em 1943 casa-se com Giulietta Masina, que estrelou em vários de seus filmes. Em 1945 
colaborou com o roteiro de “Roma, Cidade Aberta”, de Roberto Rossellini.Sua estreia no cinema se deu por trás 
das câmeras em regime de codireção ao lado de Alberto Lattuada, no filme “Mulheres e Luzes” (1950), sobre uma 
trupe do teatro ambulante. 
Com “Abismo de Um Sonho” (1952), Fellini fez sua primeira direção. No filme ele aborda um tema recorrente em 
sua filmografia: a oposição da realidade e sonho. 
(Fonte: https://www.ebiografia.com/frederico_fellini/) 
 
90 ANOS DA REALIZAÇÃO DA PRIMEIRA COPA DO MUNDO DE FUTEBOL 
DA HISTÓRIA, PELA FIFA. 
A Copa do Mundo surgiu como uma competição alternativa ao torneio de futebol dos Jogos Olímpicos, 
organizado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional). O Mundial foi idealizado pelo então presidente da Fifa, Jules 
Rimet, mas coube ao seu fiel escudeiro, o francês Henri Delaunay, apresentar em Amsterdã a proposta de criação 
do torneio, que inicialmente seria batizado de "Copa Mundial de Nações". Votaram a favor do Mundial 23 países, 
incluindo o Brasil, que foi representado na reunião por Nabuco de Abreu. Apenas Dinamarca, Estônia, Finlândia, 
Noruega e Suécia foram contrárias ao Mundial. A Alemanha optou por se abster. Definida que a primeira Copa 
do Mundo seria disputada em 1930, faltava escolher o país-sede. Uruguai, Hungria, Itália, Holanda, Espanha e 
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Suécia apresentaram as suas candidaturas. Favoritos, os sul-americanos foram escolhidos durante o 18.º 
Congresso da Fifa, em 1929, em Barcelona, sobretudo por causa do aporte financeiro oferecido à entidade, até 
então amadora, praticamente sem recursos. 
O Uruguai se comprometeu a cobrir todos os custos do torneio, incluindo viagem e hospedagem das 
equipes participantes, e ainda assumiria um possível déficit que a Copa pudesse apresentar à Fifa. E mais: as 
partidas teriam cobrança de ingresso e os países receberiam parte da arrecadação da bilheteria. Bicampeão 
olímpico (1924 e 1928), o Uruguai era uma potência no esporte, queria usar o Mundial para comemorar o 100.º 
aniversário de sua independência, em 1930, e aproveitou a festa para construir o estádio Centenário, com 
capacidade para 100 mil pessoas. Apesar do esforço dos uruguaios e de todos os países filiados à Fifa terem 
sido convidados por Jules Rimet, apenas quatro seleções da Europa participaram do Mundial de 1930: França, 
Bélgica, Romênia e a antiga Iugoslávia. Por causa da longa viagem de navio à América do Sul, os clubes europeus 
teriam de ficar sem os seus melhores jogadores por pelo menos dois meses. Vale destacar ainda que a Europa 
enfrentava os efeitos da Grande Depressão Econômica, que teve início em 1929 nos Estados Unidos e atingiu 
fortemente países como Alemanha, Holanda, França, Itália e Inglaterra. 
A Copa do Mundo, então, foi disputada por apenas 13 seleções: Argentina, Bélgica, Bolívia, Brasil, Chile, 
Estados Unidos, França, Iugoslávia, México, Paraguai, Peru, Romênia e o anfitrião Uruguai. Mesmo assim, o 
torneio deu início a uma nova era no mundo do futebol, principalmente no aspecto financeiro. 
Fonte: esportes.r7.com 
30 ANOS DA LIBERTAÇÃO DE NELSON MANDELA, DEPOIS DE 27 ANOS PRESO. 
 
 
No dia 11 de fevereiro de 1990, o símbolo da luta da população negra contra o racismo na África do Sul era 
libertado, após passar 27 anos na prisão por seu engajamento contra o apartheid. 
 
Todos reconheceram que a África do Sul estava diante de uma virada histórica quando o então chefe de governo, 
Frederik Willem de Klerk, anunciou, em 1990, a libertação de Nelson Mandela. Símbolo da luta da população 
negra contra o racismo, ele se tornara, ao longo dos 27 anos que passou na cadeia, o prisioneiro mais famoso do 
mundo e foi libertado em 11 de fevereiro daquele ano. 
Nelson Rolihlahla Dalibhunga Mandela nasceu em 18 de julho de 1918. Seu pai era chefe da tribo Thembu, do 
povo xhosa. Nelson Mandela começou a estudar Direito na universidade para negros de Fort Hare, mas foi 
expulso por liderar uma greve estudantil. Em Joanesburgo, estagiou num escritório de advocacia e fez um curso 
de Direito por correspondência. Em 1942, graduou-se pela Universidade de Pretória. 
 
https://www.dw.com/pt-br/1990-liberta%C3%A7%C3%A3o-de-nelson-mandela/a-438304
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Mandela ingressa no ANC 
Já nos tempos de estudante, Mandela era engajado politicamente e ingressou cedo no Congresso Nacional 
Africano (ANC). A associação se empenhava em reivindicar direitos e melhorar a qualidade de vida da maioria 
negra oprimida pelos brancos na África do Sul – a princípio, através de contatos com lideranças políticas e cartas 
com pedidos de apoio; mais tarde, organizando greves e manifestações. 
 
Em 1952, Mandela abriu o primeiro escritório de advocacia para negros de Joanesburgo, uma ousadia tremenda, 
num país em que o regime diminuía a cada dia os direitos da população de cor. A situação política interna escalou 
de tal maneira que, em 1960, a polícia abriu fogo contra os que participavam de uma grande manifestação em 
Shaperville. Saldo da violência: 69 mortos e centenas de feridos. O governo decretou estado de exceção e 
mandou prender vários militantes, entre os quais Nelson Mandela. 
 
De prisão em prisão 
O ANC e outros partidos e associações que criticavam o regime foram proibidos. Em dezembro de 1961, Mandela 
ajudou a criar a ala militante Lança da Nação, tornando-se o primeiro comandante da organização clandestina 
especializada em sabotagens. Em 1962, saiu escondido do país para pedir apoio, principalmente financeiro, à 
sua causa. 
Ao retornar à África do Sul, ainda no mesmo ano, foi preso e condenado a cinco anos de prisão por participar da 
organização de protestos. Em outubro de 1963, Mandela e outrossete réus foram condenados à prisão perpétua, 
acusados de terem organizado 150 atos de sabotagem. Até 1981, ele esteve na temida prisão de Robben Island, 
perto da Cidade do Cabo. Mais tarde foi transferido para o presídio de alta segurança de Pollsmoor. 
Depois de se tratar de uma tuberculose durante algumas semanas numa clínica, Mandela passou a viver numa 
casa, no pátio de outra prisão perto da Cidade do Cabo. Nos 27 anos em que ficou preso, a resistência dos negros 
sul-africanos contra o apartheid foi se tornando cada vez mais violenta. A comunidade internacional também 
aumentou a pressão contra o governo sul-africano através de sanções e boicotes. 
 
Início das reformas na África do Sul 
Ao assumir o governo em 1989, Frederik de Klerk reconheceu que reformas eram inevitáveis, para que o país 
não submergisse na guerra civil e no caos. Em fevereiro de 1990, cancelou a interdição do ANC, revogou algumas 
leis racistas e libertou Nelson Mandela. Os anos seguintes ainda foram bastante confusos, com a minoria branca 
tentando manter a supremacia, semeando a discórdia entre os grupos negros. 
Até que, nas primeiras eleições democráticas em 1994, o ANC recebeu 60% dos votos e Nelson Mandela foi 
eleito presidente da África do Sul, cargo que ocupou até 1999. Em 1993, ele e Frederik de Klerk receberam o 
Prêmio Nobel da Paz "por seu engajamento em prol da conciliação e por sua coragem e integridade". Mandela 
morreu aos 95 anos em 5 de dezembro de 2013. 
 
(Fonte: https://www.dw.com/pt-br/1990-liberta%C3%A7%C3%A3o-de-nelson-mandela/a-438304) 
 
30 ANOS DO FALECIMENTO DE KEITH HARING 
Artista plástico norte-americano, e um dos mais conhecidos ativistas na luta pela conscientização sobre a AIDS. 
Filho mais velho de uma família religiosa, Keith Haring veio a quebrar diversos tabus dentro de seu lar e na 
sociedade americana dos anos 80. Ativista, grafiteiro e gay, Haring fez parte da famosa cena da arte de rua de 
seu tempo, ao lado de grandes artistas e amigos como Jean-Michel Basquiat. Seu trabalho, altamente pop – tanto 
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no sentido estético quanto literal – trouxe importantes temas à vista da opinião pública. O mural Crack is Wack, de 
1986, pintado diretamente na parede de uma quadra de handebol de um parquinho em Nova Iorque, alertava, por 
exemplo, a juventude sobre os perigos do uso de crack, que começava a chegar a níveis alarmantes na cidade. 
 
Mural Crack is Wack, 1986. Foto: Keith Haring Foundation. 
Haring transformou sua arte em um caso de branding perfeito. Contribuiu ativamente à identidade visual da Nova 
Iorque dos anos 80, trazendo frescor e juventude às belas artes e alinhando o pensamento das pessoas comuns 
aos grandes críticos. 
 
Fragmento da réplica de mural de Keith Haring em Barcelona, originalmente de 1989. “Todos juntos podemos parar a AIDS”. 
Seu trabalho, altamente pop – tanto no sentido estético quanto literal – trouxe importantes temas à vista da opinião 
pública.Mesmo quando abordava temas mais pesados, como os estigmas ligados à AIDS ou o próprio 
mural Crack is Wack, seus arquétipos e estilo icônicos ainda se mantinham acessíveis. Seus últimos anos 
de vida ficaram conhecidos por uma concentração de produções relacionadas ao combate e à prevenção do vírus 
HIV, que mais tarde viria a matá-lo. Apesar do falecimento precoce aos 31 anos de idade, Keith Haring deixou 
para trás não apenas um legado marcado pelo ativismo social e a democratização da arte, como também uma 
instituição filantrópica atuante até hoje. A Keith Haring Foundation auxilia financeiramente crianças carentes e dá 
suporte a infectados pelo vírus HIV, além de fazer um excelente trabalho de preservar a memória do artista. 
 
Fonte: http://www.aescotilha.com.br/artes-visuais/visualidades/ha-28-anos-morria-keith-haring/ 
 
150 ANOS DA GUERRA DO PARAGUAI 
A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul no século 19. 
Rivalidades platinas e a formação de Estados nacionais deflagraram o confronto, que destruiu a economia e a 
população paraguaias. 
É também chamada Guerra da Tríplice Aliança (Guerra de la Triple Alianza) na Argentina e Uruguai e de Guerra 
Grande, no Paraguai. A Guerra do Paraguai durou seis anos. Teve seu início em dezembro de 1864 e só chegou 
ao fim no ano de 1870, com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora. 
http://www.aescotilha.com.br/artes-visuais/visualidades/ha-28-anos-morria-keith-haring/
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OBS: A Batalha do Riachuelo foi um dos mais sangrentos episódios da Guerra do Paraguai. 
Causas 
Desde sua independência, os governantes paraguaios afastaram o país dos conflitos armados na região Platina. 
A política isolacionista paraguaia, porém, chegou ao fim com o governo do ditador Francisco Solano López. 
Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado com o Uruguai. Havia organizado tropas, invadido e 
deposto o governo uruguaio do ditador Aguirre, que era líder do Partido Blanco e aliado de Solano López. O 
ditador paraguaio se opôs à invasão brasileira do Uruguai, porque contrariava seus interesses. 
Como retaliação, o governo paraguaio aprisionou no porto de Assunção o navio brasileiro Marquês de Olinda, e 
em seguida atacou a cidade de Dourados, em Mato Grosso. Foi o estopim da guerra. Em maio de 1865, o 
Paraguai também fez várias incursões armadas em território argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande 
do Sul. Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo 
militar chamado de Tríplice Aliança. 
Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso, era um país 
independente das nações europeias. Para a Inglaterra, um exemplo que não deveria ser seguido pelos demais 
países latino-americanos, que eram totalmente dependentes do império inglês. Foi por isso, que os ingleses 
ficaram ao lado dos países da tríplice aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante 
para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina. Após este 
conflito, o Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento econômico, pelo 
contrário, passa atualmente por dificuldades políticas e econômicas. 
 
50 ANOS DA DATA DE NASCIMENTO DO CANTOR E ESCRITOR CHORÃO 
(ALEXANDRE MAGNO ABRÃO), DA BANDA CHARLIE BROWN JR. 
 
Em todas as suas novas criações, Charlie Brown Jr. não parou de fazer hits. Com canções que agradavam 
os jovens do início dos anos 2000, perpetuou e reuniu admiradores por quase duas décadas. Com lançamentos 
quase um atrás do outro, vieram “Nadando com os Tubarões”, “100% Charlie Brown Jr.”, “Bocas Ordinárias”, 
“Tâmo Aí na Atividade”, “Imunidade Musical”, “Ritmo, Ritual e Responsa”, “Camisa 10” e, por fim, “La Família 
013”. As letras sempre traziam as inseguranças, os medos e os sentimentos tão típicos da juventude. “Ainda vejo 
o mundo com os olhos de criança que só quer brincar e não tanta responsa. Mas a vida cobra sério e realmente 
não dá pra fugir. Livre pra poder sorrir, livre pra poder buscar o meu lugar ao sol”. Foi essa constante vivência 
das dores do mundo perpassada em todas as músicas, que sempre exprimiu a inquietação em Chorão. 
Chorão ficou conhecido pelo temperamento ambíguo — tinha comportamentos explosivos e, ao mesmo 
tempo, empáticos em relação ao outro. A simpatia e o carisma são traços que podem ser vistos em centenas de 
vídeos na internet. A dualidade e a pressão que colocava em si mesmo, presentes em todos os momentos, levou 
o cantor ao vício de drogas, como relatam os integrantes e a ex-esposa em diversas entrevistas. No dia 6 de 
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março de 2013, a vida pesada cobrou seu peso e se encerrou. Seis meses depois, a família Charlie Brown ficou 
órfã de novo, com a morte de Champignon. A história, no entanto, está eternizadanas músicas que deixou 
em vida com a banda. Quase com um pressentimento do que viria a acontecer, a última canção lançada foi Meu 
Novo Mundo. “ 
100 ANOS DA ESTREIA DO BRASIL NAS OLIMPÍADAS 
A trajetória do Brasil em Jogos Olímpicos foi iniciada em Antuérpia-1920. Logo de cara, conquistamos nossas 
três primeiras medalhas, de um total de 129 hoje. E foi em 2 de agosto de 1920, há exatos 100 anos, que Afrânio 
Costa e a equipe brasileira garantiram duas dessas conquistas no tiro esportivo. Assim, para celebrar o 
centenário, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) preparou série de conteúdos especiais nesta semana. 
Na pistola de tiro livre, Afrânio, atirador do Fluminense, ficou com a medalha de prata. Horas depois, a equipe 
brasileira formada ainda por Guilherme Paraense, Sebastião Wolf, Dario Barbosa e Fernando Soledade 
conquistaram o bronze na disputa por países, faturando, então, a segunda medalha da história do Brasil. 
As primeiras medalhas foram no tiro esportivo, em Antuérpia-1920 (Divulgação/COB) 
E no dia seguinte, o Brasil fechou a conta com o ouro de Guilherme Paraense na prova de tiro rápido, se tornando, 
assim, o primeiro campeão olímpico do país. Um desempenho memorável para uma delegação de apenas 21 
atletas. 
https://www.olimpiadatododia.com.br/olimpiada/255913-brasil-completa-100-anos-de-historia-nos-jogos-olimpicos/ 
 
30 ANOS DO LANÇAMENTO DO TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE NO 
ESPAÇO PELA NASA, O PRIMEIRO DO GÊNERO. 
Em 24 de abril de 1990, foi lançada uma nova fase na observação espacial e nas buscas por respostas sobre a 
criação da vida. Da base da NASA na Ilha Merritt, o telescópio Hubble foi ao espaço com o ônibus espacial 
Discovery. Medindo mais de 13 metros de comprimento e quatro de largura, o equipamento é responsável pelas 
imagens mais nítidas e importantes que temos do universo. 
Mesmo com um espelho relativamente pequeno — de 2,4 metros de diâmetro — o telescópio consegue captar 
imagens melhores do que seus similares de mais de oito metros aqui na Terra. Isso se deve à atmosfera. “É 
como se você estivesse observando de dentro de uma piscina. O que acontece é a refração. Quanto mais ar, 
mais refração, mais desvio da luz e a imagem fica deformada. Sem a atmosfera [ele está a 570 quilômetros da 
Terra], não há deformação, fica uma imagem pura”, explica Ednilson Oliveira, pós-graduado em astrofísica pela 
USP. 
A primeira missão do satélite foi averiguar uma lei proposta pelo astrofísico que lhe cedeu o nome, Edwin Hubble. 
Sua teoria de que o universo se expande a uma certa taxa de crescimento nunca foi comprovada pelos 
pesquisadores na Terra. Porém, analisando Cefeidas (estrelas com luz variável), Hubble constatou que sim, o 
universo está crescendo! Voando a mais de 28 mil quilômetros por hora — esse cara consegue dar 14 voltas na 
Terra em um dia — e pesando 12 toneladas, logo no início ele já precisou de reparo. Por causa de um erro nos 
cálculos, seu espelho tinha uma deformação menor que um fio de cabelo, mas que era suficiente para deixar as 
https://www.olimpiadatododia.com.br/olimpiada/255913-brasil-completa-100-anos-de-historia-nos-jogos-olimpicos/
https://www.nasa.gov/content/goddard/hubble-360-degree-virtual-tour
E-book feito por @medisinapse 
 
imagens fora de foco. Assim, em 1993, um ônibus espacial foi até ele para que fosse instalada uma outra lente 
que corrigisse o erro. Aliás, ele já passou por cinco missões de reparo, o que prolongou sua vida útil em muitos 
anos. 
Mais de 1 milhão de fotos foram tiradas por Hubble nesses 30 anos, resultando em muita história e mais de 15 
mil artigos científicos. Um fato curioso é que suas imagens não são coloridas. “Ele traz informação de 
cada frame da foto do comprimento de onda, e, por meio dessa informação, é feito um tratamento que a colore”, 
explica Monteiro. Com as imagens, os limites do universo observável são estudados, e, quanto mais longe vemos, 
maior é a viagem no tempo. Por causa da distância, a luz das estrelas e corpos celestes demora para chegar na 
Terra, então o que vemos são objetos do passado. Hoje, conseguimos observar até o primeiro ou segundo bilhão 
dos 13,6 bilhões de anos de idade que os modelos atuais propõem para o universo. Telescópio espacial James 
Webb, previsto para ser lançado em 2021, será ainda mais avançado que Hubble. Muitas previsões já foram 
feitas quanto ao lançamento do James Webb. A primeira era para 2007, mas depois de muitos adiamentos por 
problemas técnicos e com a duplicação de seu custo — que hoje beira os US$10 bilhões — a ida dele ao espaço 
deve ficar apenas para 2021. E a pandemia de coronavírus pode esticar esse prazo ainda mais, já que muitos 
pesquisadores estão tendo que deixar os laboratórios temporariamente. 
 
Fonte: https://revistaesquinas.casperlibero.edu.br/educacao/tecnologia-e-ciencia/hubble-completa-30-anos-no-espaco-hoje/ 
80 ANOS DO POSICIONAMENTO DO BRASIL COMO ESTADO NEUTRO NA 
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. 
Durou pouco mais de dois anos a neutralidade brasileira na Segunda Guerra Mundial. O governo 
brasileiro já pensava na possibilidade de eclosão da guerra européia no decorrer de 1939, de modo que 
em junho deste ano o Conselho de Segurança Nacional já se manifestara unanimemente pela 
neutralidade, caso ela ocorresse. Quando se declarou a guerra entre Alemanha, França e Inglaterra a 
partir da invasão da Polônia em setembro de 1939, o governo brasileiro decretou a neutralidade do país 
em relação ao conflito, decisão que foi corroborada em plano continental pelos representantes das 
nações americanas presentes à Conferência do Panamá no mesmo mês de setembro. Nessa 
conferência, os representantes brasileiros insistiram na necessidade de estabelecer o princípio da 
neutralidade do mar territorial, a fim de afastar a possibilidade de atos de guerra próximos ao litoral, 
princípio aceito pela conferência. 
Não era fácil manter a neutralidade tanto pela luta ideológica interna que opunha liberais a 
simpatizantes do fascismo, como pela rivalidade latente entre Alemanha e Estados Unidos no plano 
continental, tanto em termos comerciais, como políticos e ideológicos. Os Estados Unidos apoiavam 
discretamente a causa anglo-francesa, apesar de serem oficialmente neutros. E o Brasil mantinha um 
comércio crescente com a Alemanha, sob vigilância e pressão contrária dos Estados Unidos. A política 
do governo Getúlio Vargas consistia em manter os laços comerciais com a Alemanha e os Estados 
Unidos e manter-se eqüidistante no plano político. 
Mas a eclosão da guerra européia produziu um imediato bloqueio marítimo britânico contra a 
navegação alemã, cujo efeito principal foi o de tirar a América Latina do alcance das linhas comerciais 
alemãs. No caso do comércio exterior brasileiro, o bloqueio britânico acabou por beneficiar os Estados 
https://hubblesite.org/mission-and-telescope/mission-timeline
E-book feito por @medisinapse 
 
Unidos, que substituíram os alemães como fornecedores de produtos manufaturados. Apesar disso, a 
influência política alemã no Brasil continuava forte, graças às vitórias que seus exércitos iam alcançando 
sobre a aliança anglo-francesa. Além disso, em 1940 os britânicos apreenderam ou ameaçaram 
apreender navios brasileiros carregados de armas compradas à Alemanha antes do início da guerra, o 
que criou um forte sentimento antibritânico no Brasil. 
A liberação dos carregamentos se deu pela intermediação do governo dos Estados Unidos, que 
procurou a partir de 1939 solidificar uma aliança política com as demais nações do continente para agir 
também como grande potência no plano internacional. Assim, o governo Roosevelt, ao mesmo tempo 
que se mantinha neutro, ampliava a ajuda à Grã-Bretanha e dava ênfase à unidade pan-americana, o 
que, em última análise, significava um esforço para eliminar a influência do Eixo na América Latina, em 
especial no Brasil, considerado uma área vital pelos estrategistas norte-americanos. 
A rivalidadelatente entre Estados Unidos e Alemanha tornava difícil a manutenção da 
neutralidade no continente. De 1939 a 1942 os Estados Unidos puseram em ação uma fortíssima ação 
ideológica (consubstanciada no pan-americanismo), militar (no caso brasileiro, expressa no estudo 
conjunto de formas de cooperação e na tentativa norte-americana de obter bases no Nordeste brasileiro 
e licença para o estacionamento de suas tropas naquelas bases) e política (patente nos esforços das 
conferências pan-americanas para criar mecanismos de consulta e de aliança formal). 
Ao mesmo tempo que resistia às solicitações norte-americanas, o governo brasileiro estava 
decidido a instalar uma usina siderúrgica sob controle estatal e a reaparelhar econômica e militarmente 
o país. Agitando a bandeira da colaboração com a Alemanha em 1940, ele obteve a assistência 
econômica norte-americana para instalar a siderurgia. Durante os últimos meses de 1941 e os primeiros 
de 1942, procedeu a delicadas negociações com o governo Roosevelt para obter o reequipamento 
militar e econômico desejado. Em fins de 1941 já se tornara evidente que os Estados Unidos interviriam 
no confronto, mas o ataque japonês à base de Pearl Harbor deu-lhe a vantagem de aparecer como o 
país atacado. Quando os chanceleres dos países americanos se reuniram em sua II Reunião de 
Consultas no Rio de Janeiro, no início de 1942, as negociações entre o presidente Vargas e o presidente 
Roosevelt chegaram a bom termo: o governo brasileiro romperia relações com o Eixo, apesar das 
pressões contrárias tanto interna como externamente, e, por seu lado, o governo dos Estados Unidos 
trataria de reequipar econômica e militarmente o Brasil. Rompia-se nesse momento a neutralidade 
brasileira frente ao conflito mundial. 
 
Fonte: FGV 
 
50 ANOS DA CONQUISTA DO TRICAMPEONATO DA COPA DO MUNDO 
DA FIFA, PELA SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL. 
Há 50 anos, o time comandado por Zagallo goleava a Itália por 4 a 1 na decisão e se consolidava como uma das 
grandes seleções de todos os tempos. Melhor jogador da história do futebol e também daquela Copa do Mundo, 
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Pelé protagonizou lances marcantes durante o torneio, como a cabeçada para a “defesa do século” do goleiro 
inglês Gordon Banks. 
Félix; Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gérson, Jairzinho e Rivellino; Pelé e Tostão. 
Essa foi a escalação do Brasil na final, uma equipe recheada de craques, que comprovou sua qualidade nos 
gramados mexicanos. Diante dos italianos, Pelé, Gérson, Jairzinho e Carlos Alberto marcaram os gols que deram 
à seleção canarinho o tricampeonato, em um Estádio Azteca lotado, com mais de 107 mil torcedores. 
Há 50 anos, Celso Stein, na época com dez anos de idade, vibrava com toda a vizinhança o terceiro título 
conquistado pelo Brasil na Copa do Mundo. “Eu morava com os pais no interior de Salvador do Sul, em Linha 
Comprida. Lembro que, naquele dia, praticamente toda a vila foi lá em casa. Meu pai havia comprado um televisor 
telefunken, preto e branco, claro. Todo mundo teve que caber lá, na sala de estar, na área da frente. Devia ter 
mais de 30 pessoas assistindo a esse jogo”, recorda. 
A Copa do Mundo de 1970 foi a primeira a ser transmitida pela TV, ao vivo, via satélite, e em cores. Mas naquela 
época, poucas pessoas de Salvador do Sul tinham um aparelho, relembra Celso Stein. “Meu pai era o segundo 
morador da localidade que tinha televisor, e o outro acompanhava só notícias. Era muita alegria, muita torcida. 
Algo inédito, porque as outras copas ninguém conseguia assistir, e em 70 era possível”, ressalta. 
O futebol mudou – e muito – de 50 anos para cá, tanto é que todos os atletas brasileiros convocados atuavam no 
País. Stein lamenta que a paixão demonstrada pelos atletas daquela época tenha sido substituída pelas cifras 
milionárias que envolvem o jogo atualmente. “Naquela Copa (1970), era o Brasil em campo, uma demonstração 
de patriotismo e de fervor. Não era apenas a seleção, era a pátria. Hoje tudo é dinheiro. Parece que são 
convocados os jogadores que ganham mais, não necessariamente os melhores. O patrocinador quer ser visto, 
manda no próprio jogo. Hoje não há mais paixão”, observa. 
Fonte: https://jornalibia.com.br/esporte/tricampeonato-mundial-da-selecao-brasileira-completa-50-anos/ 
 
30 ANOS DA CRIAÇÃO DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
NO BRASIL (ECA) 
O Estatuto da Criança e do Adolescente estabeleceu a Doutrina da Proteção Integral, reconhecendo toda criança 
e todo adolescente como sujeitos de direitos e garantias fundamentais, em situação de absoluta prioridade e 
condições específicas de desenvolvimento físico, psicológico e social. 
Antes do estatuto, a Constituição Brasileira não estabelecia direitos específicos para crianças e adolescentes. O 
que existia era o Código de Menores, documento legal para a população menor de 18 anos que visava 
especialmente a questão de menores em situação de vulnerabilidade social. Entenda algumas mudanças 
importantes que o Estatuto da Criança e do Adolescente trouxe: 
Acesso à Educação, Saúde e Lazer 
E-book feito por @medisinapse 
 
O ECA estabelece direitos fundamentais e inalienáveis a crianças e adolescentes brasileiros, entre eles: o direito 
à Educação, a Saúde e ao Lazer. Toda criança e todo adolescente têm, por lei, o direito a um ensino de qualidade 
e gratuito, a assistência médica e odontológica prioritárias e o direito de brincar, praticar esportes e se divertir. 
Proteção contra a violência 
O Estatuto da Criança e do Adolescente também prevê a proteção de crianças e adolescentes contra qualquer 
tipo de violência, seja física, psicológica ou sexual. A criação do ECA proibiu a prática de castigos físicos, 
tratamento degradante e maus-tratos contra crianças e adolescentes. 
Proibição do trabalho infantil 
Também previsto no ECA, a proibição do trabalho infantil passa a ser considerada. A única exceção é dada aos 
aprendizes, que, por lei, podem exercer este papel a partir dos 14 anos, combinando capacitação na instituição 
formadora e empresa. 
Criação do Conselho Tutelar 
Os conselhos tutelares, hoje existentes em quase todos os municípios brasileiros, estão previstos no Estatuto da 
Criança e do Adolescente. Órgão municipal e autônomo, o conselho tutelar tem a função de fiscalizar e fazer 
cumprir os direitos de meninas e meninos previstos na lei. Antes do Estatuto da Criança e do Adolescente, a lei 
brasileira não mencionava mecanismos de proteção de meninas e meninos contra situações de abuso e 
exploração sexual. Veja o que o ECA diz sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes: 
O artigo 130 do ECA protege crianças e adolescentes de abusos sexuais dentro de suas casas, afastando 
deles o seu agressor e definindo penalidades específicas para quem praticar esse crime contra crianças e 
adolescentes. Já o artigo 241 do ECA protege crianças e adolescentes contra a venda ou exposição de 
conteúdo pornográfico envolvendo sua imagem – incluído anos depois pela Lei nº 9.975/00, o artigo 244-A 
torna crime qualquer ato de submeter crianças ou adolescentes à exploração sexual. 
O ECA é um marco extremamente importante para a proteção dos direitos de crianças e adolescentes, 
estabelecendo que é responsabilidade do Estado, da sociedade e da família garantir uma infância e adolescência 
dignas, protegidas e livres e qualquer tipo de violência. É, antes de mais nada, a superação de uma ausência de 
direitos, assegurando um novo tratamento de questões relacionadas à proteção de crianças e adolescentes, 
elevando esse público à categoria de sujeitos de direitos em situação de absoluta prioridade. 
50 ANOS DO FALECIMENTO DA CANTORA NORTE-AMERICANA JANIS 
JOPLIN, DEVIDO A UMA OVERDOSE ACIDENTAL. 
Durante os anos 1960, grande parte das aspirantes a cantoras desejavam ser Janis Joplin. Dona de uma voz 
insubstituível e de uma personalidade cativante, a artista conquistavaa todos com seu talento. Considerada a 
Rainha do Rock, Janis fez história em dois diferentes momentos de sua carreira. No primeiro deles, emocionou 
fãs como vocalista da Big Brother and the Holding Company e, depois, como artista solo, revolucionou o cenário 
musical. 
https://www.childhood.org.br/o-que-e-trabalho-infantil
https://www.childhood.org.br/conquistas-do-eca-criacao-do-conselho-tutelar
E-book feito por @medisinapse 
 
Na Revista Rolling Stone, é citada como um dos 100 maiores artistas de todos os tempos. Cantora, compositora 
e multi-instrumentista, a jovem conquistou seu espaço no mundo dos holofotes e deixou o mundo todo de queixo 
caído. Ao final de 1970, fez as manchetes internacionais mais uma vez, ao entrar para o Clube dos 27. Vítimas 
de uso excessivo de álcool e drogas, artistas como Jimi Hendrix, Kurt Cobain e Amy Winehouse são 
considerados membros do grupo melancólico. 
Nascida e criada na pequena cidade de Port Arthur, no Texas, Estados Unidos, Janis Lyn Joplin sempre amou 
os palcos. Filha de pais conservadores e religiosos, entretanto, as únicas letras que ela cantava eram as do coro 
da igreja. Sem ter para onde fugir, Janis escutava seus artistas favoritos, verdadeiros expoentes do blues norte-
americano, escondida dos pais. Em 1960, entrou para o curso de artes visuais na Universidade do Texas, onde 
passou a morar em uma república. Uma vez apresentada ao universo dos shows e do rock, Janis lembrou das 
características que faziam Aretha Franklin e Billie Holiday singulares. Inspirando-se nelas, tornou-se um dos 
maiores ícones do rock psicodélico. Entre quatro paredes, no entanto, a vida não era tão colorida quanto os 
casacos de pele que Janis usava. Acometida por depressão e bulimia desde a escola — onde sofreu bullying 
durante anos — a artista carregava a melancolia para onde fosse. 
Uma vida de tristezas 
Quase no final da década de 1960, Janis estava no verdadeiro auge de sua carreira. Suas músicas estavam no 
topo das paradas, ela era desejada por diversas bandas e as coisas não poderiam estar melhores em sua vida 
profissional. Toda sua sorte no mundo da música, no entanto, não aparecia em suas relações amorosas. Cercada 
por polêmicas, a artista viu seu relacionamento com David George Niehaus acabar, em 1970. Na ocasião, o 
homem, que Janis conheceu em uma praia do litoral brasileiro, a flagrou com sua ex-
namorada, Cassandra. Traído, David terminou o namoro e tratou de esquecer a artista norte-americana. 
Sozinha, Janis entrou em uma depressão profunda e decidiu que não mais cederia aos seus vícios. Assim, 
separou-se de Cassandra, mulher que representava uma grande porta para o mundo das drogas e, 
principalmente, da heroína — o mais forte e duradouro vício da cantora. 
Um fim de tentativas 
Janis voltou a ter acompanhamento com especialistas, cuidou da saúde e começou a tomar metadona, um 
medicamento que a livrava da dependência da heroína. Assim, a cantora ficou por cerca de cinco meses fumando 
cigarros ou bebia ocasionalmente e de forma moderada. A recaída, todavia, veio em um hotel em Los Angeles, 
na Califórnia, onde Janis consumiu muita bebida e injetou doses altas de heroína em sua corrente sanguínea, 
em outubro de 1970. 
No dia seguinte, Janis faltou em uma gravação. Preocupado com seu desaparecimento, o empresário da artista 
foi até seu hotel. John Cooke arrombou a porta, apenas para encontrar a cantora morta, vítima de overdose de 
heroína e álcool aos 27 anos. Na autópsia, foi descoberto que Janis já não tomava metadona há um mês. 
Enquanto isso, cicatrizes de seringas de heroína podiam ser vistas em seus braços, sugerindo que ela havia 
voltado a usar a droga há, pelo menos, três semanas. O corpo da icônica cantora foi cremado e suas cinzas foram 
espalhadas no Oceano Pacífico. Como especificado em seu testamento, amigos e familiares de Janis deram uma 
festa no dia de sua morte, homenageando o último desejo da Rainha do Rock. 
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/clube-dos-27-7-estrelas-da-musica-que-nos-deixaram-cedo-demais.phtml
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/de-hendrix-biafra-fa-que-ganhou-a-vida-modelando-orgaos-genitais-de-grandes-nomes-do-rock.phtml
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/bulimia-drogas-e-depressao-a-comovente-trajetoria-da-socialite-brenda-frazier.phtml
E-book feito por @medisinapse 
 
200 ANOS DO NASCIMENTO DE FRIEDRICH ENGELS 
Friedrich Engels foi um escritor, jornalista, economista, filósofo e teórico político alemão. Engels escreveu, em 
parceria com Marx, o Manifesto comunista, e desenvolveu o materialismo histórico dialético, também com 
a parceria de Karl Marx. Foi um dos grandes teóricos do comunismo do século XIX, e teve como grande 
motivação para o estudo e contribuição a essa área a observação da condição dos operários em uma fábrica de 
sua família, em Manchester. 
Engels nasceu em 1820, na cidade de Barmen, na Alemanha, filho de um rico industrial alemão. Engels iniciou 
o chamado curso secundário, desenvolvendo seus interesses particulares pelo estudo da filosofia, do direito e da 
economia, mas não o concluiu. 
Ainda em Barmen, Engels começou a participar do grupo Jovens Hegelianos. O grupo havia sido fundado após 
a morte do célebre professor de filosofia Georg Wilhelm Friedrich Hegel, e visava produzir uma interpretação mais 
liberal e socialista dos escritos hegelianos. 
Em 1842, aos 22 anos de idade, Engels vai para Manchester, na Inglaterra, para assumir um posto de chefia 
em uma das fábricas do pai. Ao entrar em contato com os trabalhadores industriais ingleses, o filósofo fica 
tocado pela vida extremamente precária que eles levavam. Aí se inicia o seu trabalho intelectual de oposição ao 
capitalismo que resultou, mais tarde, em uma profícua parceria com Karl Marx. Em 1844, Engels retorna à 
Alemanha e, passando por Paris, conhece pessoalmente Marx. No fim de 1844, Marx e Engels escreveram o 
livro A sagrada família. Em 1845, Engels publicou A situação dos trabalhadores da Inglaterra. 
Em sua ida a Manchester, Engels conhece Mary Burns, com quem teve um relacionamento estável até a morte 
da mulher, em 1863. Ambos eram contra o casamento, pois consideravam-no uma instituição burguesa. Após a 
morte de Mary, Engels iniciou um relacionamento com a irmã dela, Lydia “Lizzie” Burns, também sem um 
casamento civil ou religioso e que durou até 1878, ano em que ela faleceu, aos 51 anos de idade. Desde seu 
ingresso no grupo dos Jovens Hegelianos, o filósofo estava em contato com os ideais socialistas. A sua estada 
em Manchester e seu trabalho nas fábricas do pai fê-lo perceber o quão grave era a situação dos trabalhadores 
industriais ingleses. Esse choque de realidade abriu os olhos de Engels para a necessidade de pensar-se em 
uma teoria social e aplicá-la a fim de reduzir as desigualdades sociais. 
Junto a Marx, Engels é considerado um teórico do socialismo científico, que estabelece uma distinção de classes 
sociais que deve ser superada para que haja justiça social. Karl Marx, o grande parceiro intelectual de Engels, 
contribuiu para o desenvolvimento do método materialista histórico dialético. 
 
• Socialismo de Friedrich Engels 
O socialismo criado por Marx e Engels era diferente de todas as ideias socialistas pensadas antes. A teoria desses 
filósofos visava transformar os ideais socialistas em uma teoria científica capaz de ser aplicada numa realidade 
prática. Para tanto, os pensadores criaram um método de análise social chamado de materialismo histórico 
dialético e estabeleceram a necessidade de uma revolução para que houvesse uma mudança efetiva na 
sociedade. 
Marx e Engels enxergaram no sistema capitalista uma injusta apropriação do trabalho dos operários por parte dos 
burgueses, sendo que apenas estes enriqueciam enquanto aqueles viviam na miséria. A saída apontada pelos 
filósofos era uma revolução que uniria a força de todos

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