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Fases do desenvolvimento embrionário Os blastômeros são separados em duas partes: Trofoblasto e Embrioblasto. Fecundação: União de um espermatozoide com um ovócito secundário, que ocorre normalmente na ampola da tuba uterina formando o zigoto. Clivagem do Zigoto: Consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um rápido aumento no número de células 12 a 32 blastômero: mórula Formação e Implantação do Blastocisto 1. O trofoblasto começa a se diferenciar em duas camadas: Citotrofoblasto e Sincicitrofoblasto. No final da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada endometrial na parte póstero-superior do útero. Primeira semana Término da implantação do blastocisto (10° dia); Formação do disco embrionário bilaminar - epiblasto e hipoblasto; Formação de estruturas extra-embrionárias: a cavidade amniótica, o âmnio, o saco vitelino, o pedúnculo de conexão e o saco coriônico. Surgem espaços celômicos isolados no interior do mesoderma extra-embrionário que fundem- se para formar o celoma extra-embrionário O celoma extra-embrionário divide o mesoderma extra-embrionário em duas camadas: Mesoderma somático extra- embrionário e o Mesoderma esplâncnico extra-embrionário, Córion: Formado pelo mesoderma somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto. Segunda semana Caracteriza-se por: - Aparecimento da linha primitiva; - Formação da notocorda; - Formação do disco trilaminar Gastrulação: Formação das camadas germinativas O disco embrionário bilaminar é convertido em disco embrionário trilaminar: Ectoderma, Mesoderma e Endoderma. Formação da Linha Primitiva Formação do processo notocordal Formação do Alantóide Neurulação: Formação do tubo neural Desenvolvimento dos somitos Desenvolvimento do celoma intra-embrionário Desenvolvimento do sistema cardiovascular Terceira semana Dobramentos do embrião no plano mediano: Pregas cefálica e caudal. Dobramento Lateral no Plano Horizontal: Pregas laterais O período de organogênese ocorre da quarta à oitava semana do desenvolvimento embrionário. Ao final da oitava semana, o funcionamento da maioria dos principais sistemas de órgãos é mínimo, com exceção do sistema cardiovascular. No término desse período, o embrião terá aspecto humano. Dobramentos do embrião Derivados dos folhetos germinativos: Ectoderma, Mesoderma e Endoderma Estágios de Carnegie Quarta a oitava semana Resumo Luiza Gonçalves Fases do desenvolvimento embrionário Passagem do espermatozoide através da corona radiata do ovócito (reação acrossômica) Penetração na zona pelúcida Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide Término da segunda divisão meiótica do ovócito Formação do pronúcleo masculino Lise da membrana do pronúcleo Trofoblasto (Camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta) e o Embrioblasto (Grupo de blastômeros localizados centralmente que dará origem ao embrião). Passa a ser chamado de blastocisto. Citotrofoblasto (Camada interna de células) Sincicitrofoblasto (Camada externa de células, altamente invasivo, se adere a partir do pólo embrionário, liberando enzimas que possibilita a implantação do blastocisto no endométrio do útero, responsável pela produção do hormônio hCG que mantém a atividade hormonal no corpo lúteo durante a gravidez e forma a base para os testes de gravidez ). - Fecundação: União de um espermatozoide com um ovócito secundário, que ocorre normalmente na ampola da tuba uterina formando o zigoto. Fases: 1. 2. 3. 4. 5. 6. - Clivagem do Zigoto: Consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um rápido aumento no número de células 12 a 32 blastômero: mórula - Formação e Implantação do Blastocisto A mórula alcança o útero cerca de quatro dias após a fecundação e o fluido da cavidade uterina passa através da zona pelúcida para formar a cavidade blastocística. Os blastômeros são separados em duas partes: 1. 2. 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial por ação de enzimas proteolíticas (metaloproteinases). O trofoblasto começa a se diferenciar em duas camadas: 1. 2. No final da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada endometrial na parte póstero-superior do útero. Primeira semana Término da implantação do blastocisto (10° dia); Formação do disco embrionário bilaminar - epiblasto e hipoblasto; Formação de estruturas extra-embrionárias: a cavidade amniótica, o âmnio, o saco vitelino, o pedúnculo de conexão e o saco coriônico. Epiblasto: Camada celular espessa e colunar, que desenvolve rapidamente à cavidade amniótica. Hipoblasto: Camada celular delgada e cubóide, que forma o saco vitelino. Mesoderma somático extra-embrionário, que reveste o trofoblasto e o âmnio. Mesoderma esplâncnico extra-embrionário, que envolve o saco vitelino. Córion: Formado pelo mesoderma somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto. Caracteriza-se por: Formação da cavidade amniótica, do disco embrionário e do saco vitelino Ocorrem mudanças no embrioblasto que resultam na formação de uma placa bilaminar, o disco embrionário, formado por duas camadas: 1. 2. Aparece um pequeno espaço no embrioblasto, a cavidade amniótica. Células do hipoblasto migram para formar a membrana exocelômica que reveste a superfície interna do citotrofoblasto. Logo se modifica para formar o saco vitelino primitivo . As células do endoderma do saco vitelino formam o mesoderma extra-embrionário , que circunda o âmnio e o saco vitelino. Assim, há formação do âmnio, disco bilaminar e saco vitelino. Surgem espaços celômicos isolados no interior do mesoderma extra-embrionário que fundem-se para formar o celoma extra-embrionário, que envolve o âmnio e o saco vitelino. O celoma extra-embrionário divide o mesoderma extra-embrionário em duas camadas: 1. 2. Segunda semana Luiza Gonçalves Ectoderma: Origina a epiderme, sistema nervoso central e periférico e outros; Mesoderma: Origina as camadas musculares lisas, tecidos conjuntivos, e é fonte de células do sangue e da medula óssea, esqueleto, músculos estriados e dos órgãos reprodutores e excretor; Endoderma: Origina os revestimentos epiteliais das passagens respiratórias e trato gastrointestinal, incluindo glândulas associadas. Caracteriza-se por: - Aparecimento da linha primitiva; - Formação da notocorda; - Formação do disco trilaminar Gastrulação: Formação das camadas germinativas O disco embrionário bilaminar é convertido em disco embrionário trilaminar 1. 2. 3. Formação da Linha Primitiva No início a linha primitiva surge na extremidade caudal do embrião. Na sua extremidade cefálica surge o nó primitivo, com uma pequena depressão no centro chamado fosseta primitiva e ao longo da linha forma-se o sulco primitivo. O aparecimento da linha primitiva torna possível identificar o eixo embrionário. Após esse processo, ocorre a invaginação de células do epiblasto que dão origem as três camadas germinativas do embrião: o mesênquima ou mesoblasto, que origina os tecidos de sustentação e conjuntivos do corpo, um pouco forma o mesoderma intra-embrionário e outras deslocam o hipoblasto e formam endoderma intra-embrionáiro. Formação do processo notocordal Células mesenquimais migram cefalicamente do nó e da fosseta primitiva formando um cordão celular mediano o processo notocordal. Esse processo adquire o canal notocordal e cresce até alcançar a placa precordal, área de células endodérmicas firmemente aderidas a ectoderma. Estas camadas fundidas formam a membrana bucofaríngea (boca). Caudalmente a linha primitiva há uma área circular também com disco bilaminar, a membrana cloacal (ânus). A notocorda surge pela transformação do bastão celular do processo notocordal. A placa notocordal se dobra e forma a notocorda. A notocorda define o eixo do embrião; É base para formação do esqueleto axial; Futuro local dos corpos vertebrais. Terceira semana Formação do Alantóide O alantóide é um anexo embrionário que surge por volta do 16° diana parede caudal do saco vitelino. Durante a maior parte do desenvolvimento, o alantóide persiste como uma linha que se estende da bexiga urinária até a região umbilical, chamada de úraco. Neurulação: Formação do tubo neural A formação da placa neural é induzida pela notocorda em desenvolvimento. Por volta do 18° dia, a placa neural se invagina ao longo do eixo central, formando o sulco neural mediano, com pregas neurais em cada lado. No fim da terceira semana, as pregas neurais começam a aproximar- se e a se fundir, formando o tubo neural, primórdio do SNC. Este logo se separa do ectoderma da superfície, se diferencia e forma a epiderme da pele. Concomitante ao processo de fusão das pregas, as células da crista neural migram e formam uma massa entre o ectoderma e o tubo neural, a crista neural. Logo, a crista se separa em duas partes, direita e esquerda, e origina os gânglios espinhais e os gânglios do sistema autônomo e as meninges. Desenvolvimento dos somitos Durante a formação da notocorda e do tubo neural, o mesoderma intra-embrionário se divide em: mesoderma paraxial, intermediário e lateral. Próximo ao fim da 3° semana de gestação, o mesoderma paraxial diferencia-se e forma os somitos. Vão dar origem à maior parte do esqueleto axial e músculos associados, assim como a derme da pele adjacente. Desenvolvimento do celoma intra-embrionário No interior do mesoderma lateral e cardiogênico surgem espaços celômicos que se unem e formam o celoma intra-embrionário, dividindo o mesoderma lateral em duas camadas: Desenvolvimento do sistema cardiovascular No inicio da 3°semana começa a angiogênese no mesoderma extra-embrionário do saco vitelino, do pedículo do embrião e do córion. A formação dos vasos sanguíneos inicia-se com a agregação dos angioblastos, ilhotas sanguíneas. Pequenas cavidades vão se formando dentro das ilhotas, os angioblatos se achatam e originam o endotélio primitivo. Essas cavidades se unem formando redes de canais endoteliais. O coração e os grandes vasos provêm de células mesenquimais da área cardiogênica. Durante a 3° semana os tubos endocárdicos se fundem, originando o tubo cardíaco primitivo. No fim da 3° semana o sangue já circula e desenvolve-se o primórdio de uma circulação uteroplacentária. Luiza Gonçalves Dobramentos do embrião no plano mediano: Pregas cefálica e caudal. O período de organogênese ocorre da quarta à oitava semana do desenvolvimento embrionário. Ao final da oitava semana, o funcionamento da maioria dos principais sistemas de órgãos é mínimo, com exceção do sistema cardiovascular. No término desse período, o embrião terá aspecto humano. Dobramentos do embrião: A velocidade de crescimento lateral do embrião não acompanha a velocidade de crescimento longitudinal, ocasionando o seu dobramento. Os dobramentos levarão à transformação de um disco trilaminar plano em um embrião praticamente cilíndrico. O dobramento ocorre nos planos mediano e horizontal e é decorrente do rápido crescimento do embrião, particularmente do encéfalo e da medula espinhal. Prega cefálica O encéfalo em desenvolvimento cresce para dentro da cavidade amniótica. Posteriormente, o prosencéfalo projeta-se cefalicamente, e ultrapassa a membrana bucofaríngea (ou orofaríngea), recobrindo o coração em desenvolvimento. Concomitantemente, o septo transverso, Coração Primitivo, celoma pericárdico e membrana bucofaríngea se deslocam para a superfície ventral do embrião. Durante o dobramento longitudinal, a parte dorsal do endoderma do saco vitelínico é incorporada ao embrião com o intestino anterior (primórdio do segmento inicial do sistema digestório). A prega cefálica também influencia a disposição do celoma embrionário já que o celoma pericárdico fica em posição caudal em relação ao coração e cefálica, ao Septo Transverso. Nesse estágio, o celoma intra-embrionário se comunica com o celoma extra-embrionário. Prega caudal Resulta do crescimento da parte distal do tubo neural. A medida que o embrião cresce, a região caudal projeta-se sobre a membrana cloacal. Durante esse dobramento, parte do Endoderma é incorporado como intestino posterior, cuja porção terminal dilata-se para formar a cloaca. Após o dobramento, o pedículo de fixação, primórdio do cordão umbilical, fica preso à superfície ventral do embrião, enquanto a Alantóide é parcialmente incorporada. Quarta a oitava semana Dobramento Lateral no Plano Horizontal Ectoderma: sistema nervoso central e periférico; epitélios sensoriais do olho, da orelha e do nariz; epiderme e anexos (unhas e pelos); glândulas mamárias; hipófise; glândulas subcutâneas; esmalte dos dentes; gânglios espinhais, autônomos e cranianos; bainha dos nervos do sistema nervoso periférico; meninges do encéfalo e da medula espinhal. Mesoderma: tecido conjuntivo; cartilagem; ossos; músculos estriados e lisos; coração; vasos sanguíneos e linfáticos; rins; ovários, testículos; ductos genitais; membranas pericárdica, pleural e peritonial; baço e córtex das adrenais. Endoderma: revestimento epitelial dos tratos respiratório e gastrointestinal; tonsilas; tireóide e paratireóides; timo, fígado e pâncreas; revestimento epitelial da bexiga e maior parte da uretra; revestimento epitelial da cavidade do tímpano, antro timpânico e da tuba auditiva. Pregas laterais Resulta do crescimento rápido da medula espinhal e dos somitos, formando as pregas laterais direita e esquerda, cujo crescimento desloca o disco embrionário ventralmente, formando um embrião praticamente cilíndrico. Conforme as paredes abdominais se formam, parte do endoderma é incorporada como intestino médio. Após o dobramento, a conexão fica reduzida a um canal vitelino ou ducto vitelino. Quando as pregas do embrião fundem-se ao longo da linha média ventral, forma-se o celoma intra-embrionário. Os dobramentos do embrião são responsáveis pela arquitetura anatômica das membranas serosas no indivíduo. O embrião formado será “um tubo dentro de um tubo” no qual o tubo ectodérmico externo forma a pele, e o tudo endodérmico interno formam o intestino. Preenchendo o espaço entre esses dois tubos está a mesoderme. Derivados dos folhetos germinativos 1. 2. 3. 3) Estágios de Carnegie: A classifcação de Carnegie é um sistema padronizado de 23 estágios usados para fornecer uma cronologia unificada de desenvolvimento de vertebrados. Os estágios são delineados pelo desenvolvimento de estruturas e não pelo tamanho ou número de dias de desenvolvimento. Luiza Gonçalves https://www.famema.br/ensino/embriologia/sistemacardiovascularcoracao.php https://www.famema.br/ensino/embriologia/sistemacardiovascularcoracao.php https://www.famema.br/ensino/embriologia/primeirassemanas1.php https://www.famema.br/ensino/embriologia/primeirassemanas1.php
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