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PROFILAXIA E TRATAMENTO HPP

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HEMORRAGIA PÓS-PARTO
MEDIDAS PREVENTIVAS DA HPP
A hemorragia pós-parto constitui uma emergência obstétrica e sua incidência varia de 5 a 15% nos nascimentos em todo o mundo. Além de causar a maioria das mortes evitáveis, produz um numero significativo de casos de extrema morbidade materna (MME) ou “quase morte” representados pela necessidade de histerectomias, transfusão de hemoderivados, coagulopatias, choque hipovolêmico e anemia grave que podem terminar em dano permanente para as mulheres.
A maioria dos casos de HPP pode ser prevenida e controlada, em qualquer local onde ocorra o parto, desde que haja condições para colocar em prática as evidencias atuais sobre a prevenção e controle dessa morbidade
Embora a incidência de HP seja variável, estima-se que seja a causa de 1 a cada 4 mortes maternas
É a maior causa de mortalidade materna evitável, sendo responsável por 25% a 30% dos óbitos. 
DEFINIÇÃO
Perda sanguínea acima de 500ml após parto vaginal ou acima de 1000ml após parto cesariana nas primeiras 24h ou qualquer perda de sangue pelo trato genital capaz de causar instabilidade hemodinâmica.
CLASSIFICAÇÃO
Primária: Ocorre nas primeiras 24h após o parto. As causas mais comuns são atonia uterina, acretismo placentário ou restos intracavitários, inversão uterina, lacerações e hematomas no trajeto do canal do parto e os distúrbios de coagulação congênitos ou adquiridos. 
Secundária: ocorre após 24h, mas até 6 semanas após o parto. É mais rara e apresenta causas mais especificas, tais como: infecção puerperal, doença trofoblástica gestacional, retenção de tecidos placentários, distúrbios hereditários de coagulação.
MNEMÔNICO DOS “4 TS”
FATORES DE RISCO
MANEJO ATIVO D 3º PERÍODO
Porque? 
· O manejo ativo do 3° período reduz: risco de sangramentos >500ml; a necessidade de uterotônicos para tratar HPP; a necessidade de transfusão; o tempo para dequitação placentária.
· O manejo ativo previne >60% dos casos de HPP
· Prevenção farmacológica da HPP 
OCITOCINA
· Ocitocina é o principal componente da prevenção da HPP
· Tem menos efeitos colaterais do que os derivados de Ergot
· É mais eficaz que o misoprostol em prevenir a HPP
· Há diversos protocolos que colocam a ocitocina profilática, mas todo elencam 10UI intramuscular de ocitocina. 
Quando administrar ocitocina? 
A) Após o desprendimento do ombro
B) Imediatamente após o nascimento
C) Em qualquer um dos dois momentos, pois não há diferença entre a taxa de HPP
! Logo a rotina é logo após o nascimento (confirmado a ausência de outro feto -gemelaridade)
· 10 UI intramuscular, após o nascimento
· Via endovenosa é uma opção, especialmente nas cesarianas, MAS em 5UI. Não se deve realizar infusão endovenosa rápida (<30s) – recomenda-se associar a dose de manutenção em bomba de infusão contínua. 
OUTRA OPÇÕES FARMACOLÓGICAS
MISOPROSTOL:
· 600ug via oral, é uma opção profilática, nos locais sem ocitocina
· O misoprostol é capaz de reduzir a HPP grave e transfusões quando comparado ao placebo, contudo a ocitocina ainda é mais eficaz e com menos efeitos colaterais. 
TRAÇÃO CONTROLADA DO CORDÃO
Manobra de Brand-Andrews objetiva evitar a inversão uterina 
A manobra mantém a posição uterina (o movimento da mão é no sentido sínfise púbica para a cicatriz umbilical)
Tração controlada do cordão EXIGE PROFISSIONAL TREINADO
NÃO REALIZE MASSAGEM DE FUNDO UTERINO ENQUANTO SE DEQUITA A PLACENTA!
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL
Classificação:
Clampeamento precoce: Realizado com < 60 após o nascimento. (não é recomendado, a menos que o neonato esteja asfixiando ou em risco de hipoxia)
Clampeamento oportuno (tardio): Após 1min até parada de pulsação do cordão (RECOMENDADO, não aumenta taxa de HPP, melhora reserva de ferro na infância ao 6mês, mas aumenta a taxa de icterícia)
VIGILÂNCIA UTERINA
Massagem gentil para monitoramento
· Deve ser realizada após a dequitação placentária
· Periodicidade 15’/15’ nas 2 primeiras horas
· Deve ser gentil para diminuir o desconforto materno
· Objetivo: vigilância do tônus uterino e sangramento puerperal
CONTATO PELE A PELE
· Liberação de ocitocina
· Sem evidencias cientificas sobre sua efetividade na prevenção de HPP
· Melhor do vínculo mãe-filho
· Política pública de saúde
DIAGNÓSTICO DA HPP
· Estimativa visual
· Estimativa por meio de pesagem de compressas
· Estimativa através do uso de dispositivos coletores
· Estimativa clinica através do índice de Choque (IC)
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA HPP
	Ocitocina
	IV
	5UI EV lento (3min)+ 
20UI a 40UI em 500ml SF a 0,9% a infusão 250ml/h. Manutenção: 125ml/h por 4h. 
Casos de atonia: continuar infusão até 24h a 67,5ml/h ou á 3UI/h
	Bomba de infusão contínuo
	 Ergometrina
	IM
	0,2g, repetir 20min.
Casos mais graves: mais 3 doses de 4/4h (Dose máx:1mg/24h)
	Não utilizar 
Hipertensão
Pré-eclâmpsia
	Misoprotstol
	Retal
Oral
	800 mcg
	Lembrar latência
	Ácido tranexamico
	IV
	1g, EV, lento. Respeitar velocidade máxima de infusão: 50mg/min 
Repetir após 30min S/N
	Uso em bomba de infusão
Tratamento farmacológico – OCITOCINA (1º LINHA)
Ação: atua em fibras musculares lisas, causando contração rítmica, constrição dos vasos locais e redução do fluxo sanguíneo no órgão. 
Inicio de ação: Endovenosa – 1min ; IM – 2 a 5min
Meia vida: 3 a 12 min
Efeitos colaterais:
· Náuseas e vômitos
· Vasodilatação, hipotensão
· Arritmias, vasoconstricção das artérias coronárias, taquicardias
· Retenção hídrica (em altas doses)
· Edema agudo de pulmão
Pacientes submetidos a indução ou que estiveram em trabalho de parto podem ser menos responsivas ao ocitócito
Uterotônicos de 2° linha mais precoce pode ser necessário após o TP
DERIVADOS DE ERGOT
AÇÃO: atua no musculo liso uterino, aumentando o tônus basal, a frequência e amplitude de contrações rítmicas
Ação: IM- 2 a 5min; Endovenoso – 30 a 60s
Pico de ação: 20min Meia vida: 30 min a 3h

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