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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE – CAMPUS FLORESTA 
LETRAS PORTUGUÊS 
SAMAIRA CAETANO RODRIGUES
MAPA CONCEITUAL
“Processos de produção textual – Luiz Antônio Marcuschi”
Cruzeiro do Sul – Acre
2021
SAMAIRA CAETANO RODRIGUES
MAPA CONCEITUAL
“Processos de produção textual – Luiz Antônio Marcuschi”
Trabalho apresentado como requisito para obtenção de nota na disciplina de Texto e Discurso, sob orientação da Profª Marinete Rodrigues da Silva.
Cruzeiro do Sul – Acre
2021
Noções de texto e linguística de texto
A linguística de texto (LT), sobre um ponto de vista mais técnico, pode ser definida como o estudo das operações linguísticas, discursivas e cognitivas reguladoras e controladoras da produção, construção e processamentos de textos escritos ou orais em contextos naturais de uso.
O texto é o resultado de uma ação linguística cujas fronteiras são em geral definidas por seus vínculos com o mundo na qual ele surge e funciona. Esse fenômeno não é apenas uma extensão da frase, mas uma entidade teoricamente nova.
Metodologicamente, lidamos, na LT, com o domínio empírico e não formal. Assim, a LT é uma perspectiva do trabalho orientada por danos autênticos, empíricos extraídos do desempenho real. Seu tema abrange:
Assim como a linguística teórica se de dica ao estudo do sistema virtual da língua, a linguística de texto dedica-se ao estudo da atualização desse sistema em situações concretas de uso.
A questão a qual devemos responder é: como e conde situar o texto nos estudos linguísticos, já que as definições de texto não fazem alusão a nenhum dos níveis linguísticos de análise? O texto está no nível do sistema ou é simplesmente um fenômeno do funcionamento do sistema? Aqui, as posições teóricas têm variado.
“O texto é um evento comunicativo em que converge ações linguísticas, sociais e cognitivas”. Em resumo, ela envolve tudo o que precisamos para dar conta da produção textual na perspectiva socio-discursiva. 
Constatavam-se que certas propriedades linguísticas de uma frase só eram explicáveis na sua relação com uma outra frase, o que exigia uma teoria que fosse além da linguística de frase.
O texto pode ser tido como um tecido estruturado, uma entidade significativa, uma entidade de significação e um artefato sócio-histórico. De certo modo, pode-se afirmar que o texto é uma (re)construção do mundo e não uma simples refração ou reflexo.
a) Coesão superficial (nível dos constituintes linguísticos);
b) Coerência conceitual (nível semântico, cognitivo, intersubjetivo e funcional);
c) Sistemas de pressuposições (implicações no nível pragmático da produção de sentido no plano das ações e intenções).
Em suma: o trabalho com a língua portuguesa, na perspectiva de uma LT, teria de se ocupar com algo mais do que o ensino e a aprendizagem de regras ou normas de boa formação de sequências linguísticas. Trata-se de um estudo em que se privilegia a variada produção e suas contextualizações na vida diária.
“É essencial tomar o texto como um evento comunicativo no qual convergem ações linguísticas, cognitivas e sociais”.
O texto é visto como um sistema de conexões entre vários elementos, tais como: sons, palavras, enunciados, significações, participantes, contextos, ações e etc.
O texto é construído numa orientação de multissistemas, ou seja, envolve tanto aspectos linguísticos como não linguísticos no seu processamento (imagem, música) e o texto se torna em geral multimodal.
 Essa forma de ver o texto representa uma redução do objeto e é fruto de um procedimento metodológico e epistemológico de identificar o objeto limitado aos seus aspectos centrais imanentes à linguagem.
Discurso = texto + condições de produção
Texto = discurso – condição de produção
Relacionando texto, discurso e gênero
O texto compõe-se de elementos que são multifuncionais sob vários aspectos, tais como: um som, uma palavra, uma significação, uma instrução e etc. e deve ser processado com estas multifuncionalidades.
O texto é um evento interativo e não se dá como um artefato monológico e solitário, sendo sempre um processo e uma coprodução (coautorais em vários níveis);
Não é interessante distinguir rigidamente entre texto e discurso, pois a tendência atual é ver um contínuo entre ambos com uma espécie de condicionamento mútuo. Também sua relação com o gênero deve ser bem entendida e não posta como se fosse algo muito diverso
 O gênero apresenta dois aspectos importantes: 
a) Gestão enunciativa (escolha dos planos de enunciação, modos discursivos e tipos textuais);
b) Composicionalidade (identificação de unidades ou subunidades textuais que dizem respeito à sequenciação e ao encadeamento e linearização textual).
Entre o discurso e o texto está o gênero, que é visto como prática social e prática textual – discursiva. Ele opera como a ponte entre o discurso como uma atividade mais universal e o texto enquanto a peça empírica particularizada e configurada numa determinada composição observável
O texto como “objeto de figura” sugere que se trata de uma configuração, ou seja, de uma esquematização que conduz a uma figura ou uma figuração. Não se trata de uma ordenação de enunciados em sequência e sim de uma configuração global. 
O discurso como “objeto do dizer” é visto como “prática linguística codificada, associada a uma prática social (socioinstitucional) historicamente situada”. É uma enunciação em que entra os participantes e a situação sócio-histórica de enunciação.
Em outros termos, não diremos jamais que um texto ou um discurso é composto de frases. A própria existência de frases tipográficas – como os parágrafos, os períodos, as sequências e os textos – resulta de escolhas instrucionais plurideterminadas
A textualidade e sua inserção situacional e sociocultural
As relações ditas contextuais se dão entre os próprios elementos internos como ocorre, por exemplo, com boa parte das anáforas, particularmente as correferências. Contudo, a situacionalidade e inserção cultural, não há como interpretar o texto.
Se por um lado, o texto se ancora no contexto situacional com a decisão por um gênero que produz determinado discurso, e por isso não é uma realidade virtual, por outro lado, ele concerne as relações semânticas que se dão entre os elementos no interior do próprio texto. Portanto: um texto tem relações situacionais e contextuais.
Assim chegamos às relações ditas contextuais. Estas relações se estabelecem entre o texto e sua situacionalidade ou inserção cultural, social, histórica e cognitiva (o que envolve os conhecimentos individuais e coletivos). Não se pode produzir nem entender um texto considerando apenas a linguagem.
Critérios de textualização: visão geral
Os critérios da textualidade, devem ser tomados com algumas ressalvas. Primeiro, porque não se podem dividir os aspectos da textualidade de forma tão estanque e categórica. Alguns dos critérios são redundantes e se recobrem.
Um texto, enquanto unidade comunicativa deve obedecer a um conjunto de critérios de textualização (esquematização e figuração), já que ele não é um conjunto aleatório de frases, nem é uma sequência em qualquer ordem.
 Coesão: Os processos de coesão dão conta da estruturação da sequência [superficial] do texto (seja por recursos conectivos ou referenciais); não são simplesmente princípios sintáticos. Constituem os padrões formais para transmitir conhecimentos e sentidos.
Em suma, o que se pode fornecer são condições de acesso e não condições de boa formação textual. “a análise textual não pode consistir num alargamento linear de análises gramaticais a objetos de investigaçãomais amplos, tais como textos”.
Os fatores que regem a conexão referencial (realizada por aspectos mais especificamente semânticos) em especial no nível da contextualidade, geralmente conhecidos como coesão, formam parte dos critérios tidos como constitutivos da textualidade.
Segundo, porque tal como já foi lembrado, não se deve concentrar a visão de texto na primazia do código nem na primazia da forma. Terceiro, porque não se pode ver nesses critérios algo assim como princípios de boa formação textual, pois isto seria equivocado, já que um texto não se pauta pela boa formação tal como a frase, por exemplo.
Coerência: A coerência subsume os procedimentos pelos quais os elementos do conhecimento são ativados, tais como conexão conceitual. A coerência representa a análise do esforço para a continuidade da experiência humana.
Formas de coesão referencial
1. Formas remissivas referenciais: são todos os elementos linguísticos que estabelecem referências a partir de suas possibilidades referidoras.
2. Formas remissivas não referenciais: trata-se de formas que não tem autonomia referencial.
Relações de coerência são relações de sentido e se estabelecem de várias maneiras. Por exemplo, na sequência de dois enunciados, sendo que um deles pode ser tomado como causa e outro como consequência.
A coerência, diz respeito ao modo como os componentes do universo textual, ou seja, os conceitos e relações subjacentes ao texto de superfície são mutuamente acessíveis e relevantes entre si, entrando numa configuração veiculadora de sentidos.
A coerência não se dá como um movimento sucessivo de enunciado para enunciado e numa relação de elemento para elemento. Ela é uma função que em muitos casos se dá globalmente e tem uma realização holística.
É importante frisar que a coerência é um aspecto frizante da textualidade e não resultante dela. É assim que a coerência está muito mais na mente do leitor e no ponto de vista do receptor do texto que no interior das formas textuais.
 Informatividade: Este critério é o mais óbvio de todos, pois se um texto é coerente é porque desenvolve algum tópico, ou seja, refere conteúdos. O essencial desses princípios é postular que num texto deve ser possível distinguir entre o que ele quer transmitir e o que é possível extrair dele, e o que não é pretendido.
Situacionalidade: Refere-se ao fato de relacionarmos o evento textual a situação (social, cultural, ambiental etc.) em que ele ocorre. Não só serve para interpretar e relacionar o texto ao seu contexto interpretativo, mas também para orientar a própria produção.
Intertextualidade: Este critério subsume as relações entre um lado do texto e os outros textos relevantes encontrados em experiências anteriores, com ou sem mediação. Há hoje um consenso quanto ao fato de se admitir que todos os textos comungam com outros textos.
Aceitabilidade: Diz respeito à atitude do receptor do texto, que recebe o texto como uma configuração aceitável tendo-o como coerente e coeso, ou seja, interpretável e significativo.
Intencionalidade: O critério da intencionalidade, centrado basicamente no produtor do texto, considera a intenção do autor como fator relevante para a textualização. 
Referências Bibliográficas: 
Marcuschi, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão/ Luiz Antônio Marcuschi. São Paulo: Parábola Editorial, 2008, p.296.

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