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CAPACITAÇÃO EM NR-20 Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis Módulo: INICIAÇÃO sobre INFLAMÁVEIS e COMBUSTÍVEIS. www.inbraep.com.br (47) 3349-2482 Copyright - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO DO CURSO ........................................................................................................4 2 INFLAMÁVEIS: CARACTERÍSTICAS, PROPRIEDADES, PERIGOS E RISCOS .............................5 2.1 Características e propriedades dos Inflamáveis .........................................................................5 2.1.1 Conceitos................................................................................................................................................6 2.2 Tipos de Inflamáveis ..................................................................................................................7 2.2.1 Petróleo ..................................................................................................................................................8 2.2.2 Biocombustível .....................................................................................................................................13 2.2.3 Gás Natural...........................................................................................................................................16 2.3 Perigos e Riscos dos Inflamáveis.............................................................................................19 2.3.1 Os perigos do GLP.................................................................................................................................21 3 CONTROLE COLETIVO E INDIVIDUAL PARA TRABALHOS COM INFLAMÁVEIS ......................22 3.1 Controle de Vazamento............................................................................................................22 3.1.1 Definição de Estratégias e Táticas de Intervenção...............................................................................22 3.1.2 Técnicas de Contenção e Confinamento ..............................................................................................25 3.1.3 Ações preventivas para contenção.......................................................................................................31 3.1.4 Equipamentos e Acessórios para contenção de Derramamento e Vazamento...................................33 3.2 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) .............................................................................35 3.2.1 Proteção Auditiva .................................................................................................................................36 3.2.2 Proteção respiratória............................................................................................................................38 3.2.3 Proteção dos olhos e face.....................................................................................................................40 3.2.4 Proteção da cabeça ..............................................................................................................................42 3.2.5 Proteção dos membros superiores.......................................................................................................44 3.2.6 Proteção de membros inferiores..........................................................................................................48 3.2.7 Proteção contra quedas com diferença de nível..................................................................................51 3.2.8 Proteção do Corpo Inteiro....................................................................................................................52 3.2.9 Proteção do Tronco ..............................................................................................................................54 3.3 Traje Mínimo Obrigatório..........................................................................................................54 4 FONTES DE IGNIÇÃO E SEU CONTROLE ...................................................................................56 4.1 Conceitos.................................................................................................................................56 4.2 Tipos de Fontes de Ignição ......................................................................................................56 4.2.1 Instalação e equipamentos elétricos....................................................................................................57 4.3 Formas de Prevenção e Controle.............................................................................................58 4.3.1 Identificação da Fonte de Ignição.........................................................................................................58 4.3.2 Prevenção Contra Incêndios.................................................................................................................59 5 PROCEDIMENTOS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA COM INFLAMÁVEIS.............................60 5.1 Definições Básicas...................................................................................................................60 Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 2 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br 5.2 Rotina de atendimento de emergência química – Processo “DECIDA” ....................................61 5.2.1 Detectar a presença do Produto Perigoso (D)......................................................................................62 5.2.2 Estimar o Dano Provável sem Intervenção (E) .....................................................................................62 5.2.3 Construir os Objetivos para o Atendimento (C) ...................................................................................63 5.2.4 Identificar as Opções para a Ação (I)....................................................................................................63 5.2.5 Desenvolver a Melhor Opção de Intervenção e de Proteção (D).........................................................64 5.2.6 Avaliar o Processo da Ação (A) .............................................................................................................64 5.3 Cenário Envolvendo Inflamáveis ..............................................................................................65 5.4 Ações nas Situações de Emergência.......................................................................................68 5.4.1 Emergência com Cilindros....................................................................................................................68 5.4.2 Vazamento de Combustíveis................................................................................................................70 5.4.3 Incêndio (Fogo).....................................................................................................................................70 5.4.3 Provocar Poluição.................................................................................................................................70 5.4.4 Envolvimento de Pessoas.....................................................................................................................71 5.5 Procedimentos para Emergência .............................................................................................71 6 REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................72Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 3 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br 1 APRESENTAÇÃO DO CURSO O curso de NR-20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS - INICIAÇÃO sobre INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS do INBRAEP deve ser realizado pelos trabalhadores que laboram em instalações classe I, II ou III, e adentram na área ou no local de extração, de produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis mas não mantêm contato direto com o processo ou processamento. O curso de NR-20 tem como objetivo atender as exigências da Norma Regulamentadora nº 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis, que estabelece requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes provenientes das diferentes atividades em contato com inflamáveis e líquidos combustíveis. A capacitação do trabalhador é fundamental para garantir que os trabalhos sejam executados com segurança, evitando-se assim muitos acidentes como explosões, intoxicações ou contaminações provenientes da execução de trabalhos com estas substâncias. Com a aplicação do Curso de Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis busca-se promover a combinação indivíduo – cargo - segurança, alicerçado no treinamento, na implantação de conceitos e medidas de prevenção de acidentes no trabalho. No entanto, é fundamental que os profissionais envolvidos nas atividades façam sempre uma minuciosa análise das condições de trabalhos que serão realizados, para que possam ser identificados quais os possíveis riscos envolvidos na execução destes, promovendo assim, serviços com qualidade e com total segurança para os profissionais e terceiros. Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 4 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br 2 INFLAMÁVEIS: CARACTERÍSTICAS, PROPRIEDADES, PERIGOS E RISCOS Há certos líquidos que apresentam a propriedade inflamável, gerando calor, sendo estes vinculados com os combustíveis como Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e outros gases inflamáveis. Para que se possa ter uma maior compreensão a respeito dos inflamáveis este item abordará as características, propriedades, perigos e riscos. 2.1 Características e propriedades dos Inflamáveis Líquidos inflamáveis são líquidos, misturas de líquidos ou líquidos contendo sólidos em solução ou em suspensão que produzem vapores inflamáveis a temperaturas de até 60,5ºC, em teste de vaso fechado, ou até 65,6ºC, em teste de vaso aberto, conforme normas brasileiras ou normas internacionalmente aceitas. O valor limite do ponto de fulgor dos líquidos inflamáveis, indicado no parágrafo anterior, pode ser alterado pela presença de impurezas. Na Relação de Produtos Perigosos só foram incluídos os produtos em estado quimicamente puros, cujos pontos de fulgor não excedem tais limites. Por esse motivo, a Relação de Produtos Perigosos deve ser utilizada com cautela, pois produtos que, por motivos comerciais, contenham outras substâncias ou impurezas podem não figurar na Relação, mas apresentar ponto de fulgor inferior ao do valor limite. A NR-20 faz as seguintes definições quanto os considerados inflamáveis e combustíveis: • Líquidos inflamáveis: são líquidos que possuem ponto de fulgor ≤60°C. • Gases Inflamáveis: gases que inflamam com o ar a 20°C e a uma pressão padrão de 101,3 quilopascais (kpa). Lembrando que o pascal é uma unidade padrão de pressão e tensão no Sistema Internacional de Unidades. Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 5 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br • Líquidos combustíveis: são líquidos com ponto de fulgor >60°C e ≤93°C. 2.1.1 Conceitos Quando se trabalha com gases, líquidos e, até mesmo, sólidos inflamáveis, é importante fixar alguns conceitos, para entender as diversas peculiaridades existentes entre eles. Os combustíveis podem ser classificados por meio do seu estado físico: Combustão: reação química de oxidação, exotérmica, favorecida por uma energia de iniciação, quando os componentes: combustível e oxidante se encontram em concentrações apropriadas. Combustíveis sólidos: a maioria dos combustíveis sólidos se transforma em vapor e somente então este reage com o oxigênio; Combustíveis líquidos: não possuem forma definida, assumindo a forma do recipiente em que estão armazenados, se derramados aumentam a proporção do incêndio a ser combatido; Combustíveis gasosos: não possuem volume definido, tendendo rapidamente a ocupar todo o recipiente em que estão contidos. Para queimarem é necessário que estejam em uma mistura ideal com o ar atmosférico. Se estiverem fora destes limites não queimarão. Cada gás ou vapor tem seus limites próprios. Faixa de inflamabilidade (faixa de explosividade): concentração do gás ou vapor inflamável, em mistura com o ar, situada entre o Limite Inferior de Explosividade (LIE) e o Limite Superior de Explosividade (LSE). Mistura pobre: mistura de gás ou vapor inflamável com o ar abaixo do LIE. Mistura rica: mistura de gás ou vapor inflamável com o ar acima do LSE. Voláteis: são aqueles que em temperatura ambiente são capazes de se inflamar (álcool, éter, benzina, querosene e a gasolina). Não Voláteis: são aqueles que, para desprenderem vapores capazes de se inflamarem, necessitam aquecimento acima da temperatura ambiente (óleo combustível, óleo lubrificante, etc). Há outros conceitos importantes, quando se trabalha com gases e líquidos inflamáveis e combustíveis, sendo estes: Pressão de vapor: a pressão a uma temperatura na qual um líquido que ocupa, parcialmente, um recipiente fechado tem interrompida a passagem de suas moléculas para a fase de vapor. É a pressão que o vapor exerce sobre seu líquido, de modo a não haver mais evaporação. Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 6 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br Ponto de fulgor: menor temperatura de um líquido ou sólido, na qual os vapores misturados ao ar atmosférico, e na presença de uma fonte de ignição, iniciam a reação de combustão. Ponto de combustão é a menor temperatura, poucos graus acima do ponto de fulgor, na qual a quantidade de vapores é suficiente para iniciar e manter a combustão (somente para líquidos e sólidos). Ponto de autoignição: é a menor temperatura na qual os gases ou vapores entram em combustão pela energia térmica acumulada (ondas de calor). Temperatura crítica: temperatura, característica de cada gás, acima da qual não existe fase líquida dentro do cilindro. 2.2 Tipos de Inflamáveis Há muitos tipos de inflamáveis, porém neste item serão trabalhados os principaistipos de inflamáveis subdivididos em dois grupos, sendo estes os que se podem destacar entre os derivados de petróleo, gás e biocombustível. Os derivados de petróleo compreendem uma gama variada de produtos. Aqui serão considerados os principais combustíveis presentes em veículos e máquinas, para gerar força motriz ou calor. Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 7 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br O biocombustível, que apesar de não ser derivado do petróleo é utilizado como combustível puro ou misturado à gasolina, ocupa seu lugar de importância no cenário energético do país. O gás natural, que vem ocupando posição de destaque no país. 2.2.1 Petróleo O petróleo é um tipo de óleo de extrema importância e está entre os combustíveis mais valiosos do mundo, sendo utilizado para os mais variados fins. Tem-se aqui no Brasil uma enorme reserva de petróleo e uma das maiores empresas voltadas a sua extração, a Petrobras. A quantidade de produtos derivados deste óleo é muito grande e alguns produtos que são consumidos são feitos por meio de algum processo envolvendo o petróleo e nem sempre se imagina que isso acontece. Abaixo serão apresentados os principais derivados do petróleo. 2.2.1.1 Gasolina Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 8 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br Combustível composto basicamente por hidrocarbonetos, obtido por meio do refino do petróleo, sendo que a formulação deste pode demandar a utilização de correntes nobres do processamento de petróleo, tais como naftas leves, craqueadas, reformadas, etc. • Gasolina tipo A: produzida pelas refinarias e entregue as companhias distribuidoras, constituindo-se basicamente de uma mistura de naftas, em uma proporção adequada para o enquadramento do produto na especificação prevista. É a gasolina pura, que serve como base para a que vai para os postos de revendedores. • Gasolina tipo C: é a gasolina comum que se encontra disponível no mercado, sendo preparada pelas distribuidoras, que adicionam álcool anidro a gasolina A, em uma porcentagem compreendida a 27%, percentual estabelecido desde 16 de março de 2015. • Gasolina Aditivada: Diferente da comum apenas por conter aditivos detergentes/dispersantes, adicionados pelas distribuidoras, é admitida pelo Departamento Nacional de Combustíveis (DNC) a adição de corantes, existindo cores diferentes, conforme a distribuidora. Os aditivos têm a função de impedir a formação de depósitos, mantendo limpos os bicos injetores e as válvulas do motor. • Gasolina Premium: Apresenta formulação especial, sendo obtida a partir de naftas de elevada octanagem, o que confere ao produto maior resistência à detonação (índice antidetonante – IAD). Foi disponibilizado no Brasil em 1997, mas já existia na Europa e Estados unidos, em que a indústria automobilística dispõe de motores de alto desempenho e que exigem do combustível a maior performance possível. O que a diferencia das demais gasolinas é a maior octanagem e menor teor de enxofre. A octanagem ou índice antidetonante é a capacidade de resistência da gasolina às exigências do motor, sem entrar em autoignição antes do momento programado, o que popularmente se chama “Batida de Pino”. Há na gasolina Premium uma porcentagem compreendida de 25% de mistura de álcool anidro, conforme Portaria MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) nº 75 e Resolução CIMA (Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool) nº 1/2015. Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 9 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br 2.2.1.2 Óleo Diesel É uma mistura de hidrocarbonetos que tem amplo emprego como combustível em motores a explosão, quer seja em ônibus, navios, locomotivas, tratores, etc., e também como fonte de calor. Existem quatro tipos específicos de óleo diesel, cuja característica principal reside no teor de enxofre contido na formulação, outros tipos já estão sendo desenvolvidos, com tecnologia mais limpa. Segue os principais tipos: • Óleo Diesel tipo A: É o óleo diesel utilizado em motores de ciclo diesel (ônibus, caminhões, carretas, veículos utilitários, e outros) e em instalações de aquecimento de pequeno porte. Este óleo se encontra disponível em todas as regiões do Brasil e caracteriza-se por possuir um teor de enxofre de, no máximo, 1,0%. • Óleo Diesel tipo B: Possui teor de enxofre em torno de 0,50% em massa. Está disponível em todo o Brasil, exceto nas grandes metrópoles, em que estão disponibilizados os tipos C e D. • Óleo Diesel tipo C: Neste tipo o teor de enxofre gira em torno de 0,30% no máximo. Está disponível nas regiões metropolitanas. • Óleo Diesel tipo D: É o óleo diesel marítimo. É produzido especialmente para a utilização em motores de embarcações marítimas. Difere do Diesel Tipo A por ter especificado o seu ponto de fulgor em, no máximo, 60ºC. • Óleo Diesel Marítimo: A característica principal deste tipo é o ponto de fulgor em torno de 60°C, sendo produzido exclusivamente para a utilização em motores de embarcações marítimas. • Óleo Diesel Padrão: Desenvolvido para atender as exigências específicas dos testes de avaliação de consumo e emissão de poluentes pelos motores a diesel, sendo utilizado pelos fabricantes de motores e pelos órgãos responsáveis pela homologação dos mesmos. Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 10 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br A Resolução da ANP nº 42 apresenta a seguinte nomenclatura para o óleo diesel rodoviário: "Art. 3º Fica estabelecido, para feitos desta Resolução, que os óleos diesel A e B deverão apresentar as seguintes nomenclaturas, conforme o teor máximo de enxofre: a) Óleo diesel A S10 e B S10: combustíveis com teor de enxofre, máximo, de 10 mg/kg. b) Óleo diesel A S500 e B S500: combustíveis com teor de enxofre, máximo, de 500 mg/kg. c) Óleo diesel A S1800 e B S1800: combustíveis com teor de enxofre, máximo, de 1800 mg/kg." 2.2.1.3 Querosene Além de combustível de aeronaves a jato e iluminação residencial, o querosene também pode ser empregado como solvente, como combustível de fogões portáteis e produto de limpeza. É importante ressaltar que esse combustível é inflamável, havendo a necessidade de armazená-lo em locais adequados. Outra característica do querosene é que ele é apolar, ou seja, não é solúvel em água. 2.2.1.4 Óleo Lubrificantes Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluiro Curso de NR-20 11 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br Para a lubrificação de qualquer elemento de máquina é preciso, em primeiro lugar, definir quais tipos de lubrificantes que serão aplicados. Nesse sentido, um parafuso pode ser lubrificado com diversos produtos como, por exemplo, com óleo, graxa, pasta de montagem com lubrificantes sólidos ou com lubrificante seco (verniz). Para facilitar a escolha mais adequada é preciso sempre saber em primeiro lugar, qual vai ser o ambiente no qual este parafuso será montado. Por exemplo, se este parafuso é usado em uma montagem de caldeira em que se têm altas temperaturas, um óleo mineral ou sintético jamais vai trazer resultados esperados devido existência de altas temperaturas do ambiente. Futuramente, na hora da desmontagem, na maioria dos casos, praticamente será impossível de soltar o parafuso sem quebrar. Neste caso, o tipo de lubrificante mais adequado seria uma pasta de montagem com lubrificantes sólidos ou um verniz lubrificante. O óleo da pasta evapora com as temperaturas elevadas e o lubrificante seco garante um filme de separação dos flancos de roscas evitando assim a soldagem. • Lubrificantes oleosos, líquidos e fluidos lubro-refrigerantes (emulsões) • Lubrificantes graxosos • Lubrificante pastoso • Lubrificante seco (pó ou verniz) 2.2.1.5 Resíduos • Coque • Asfalto Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 12 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br • Alcatrão • Breu • Ceras Todos estes são materiais utilizados para a fabricação de outros produtos compostos com vários anéis com 70 átomos de carbono ou mais em uma faixa de ebulição a mais de 600°C. 2.2.2 Biocombustível Os Biocombustíveis são combustíveis de origem biológica, que são fabricados a partir de vegetais, tais como: milho, soja, cana-de-açúcar, mamona, canola, babaçu, cânhamo, entre outros. O lixo orgânico também pode ser usado para a fabricação de biocombustível. Os biocombustíveis podem ser usados em veículos (carros, caminhões, tratores) integralmente ou misturados com combustíveis fósseis. Aqui no Brasil, por exemplo, o diesel é misturado com biocombustível. Na gasolina também é adicionado o etanol. A vantagem do uso dos biocombustíveis é a redução significativa da emissão de gases poluentes. Também é vantajoso, pois é uma fonte de energia renovável ao contrário dos combustíveis fósseis (óleo diesel, gasolina querosene, carvão mineral). Por outro lado, a produção de biocombustíveis tem diminuído a produção de alimentos no mundo. Buscando lucros maiores, muitos agricultores preferem produzir milho, soja, canola e cana de-açúcar para transformar em biocombustível. Os principais biocombustíveis são: etanol (produzido a partir da cana-de-açúcar e milho), biogás (produzido a partir da biomassa), bioetanol, bioéter, biodiesel, entre outros. Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 13 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br 2.2.2.1 Etanol O álcool é um combustível ecologicamente correto também denominado de etanol e não afeta a camada de ozônio já que é obtido, principalmente no Brasil, a partir da cana-de-açúcar que ajuda na redução do gás carbônico da atmosfera por meio da fotossíntese nos canaviais. Além disso, o plantio e cultivo da cana-de-açúcar aumentam a umidade do ar e a retenção das águas da chuva. Seguindo recomendações específicas, pode ser misturado ao diesel e à gasolina, como também pode ser utilizado sem aditivos, sem que com isso o motor sofra danos. O tempo de preservação do etanol no tanque combustível, sem que o mesmo perca suas características, depende das condições de armazenagem e temperatura. O etanol pode absorver umidade do ar ou evaporar, o que ocasiona alteração no teor alcoólico e na massa específica. Entretanto, o produto deve ser submetido a uma análise técnica para recertificação antes de qualquer providência. O etanol tem como principais características a não derivação do petróleo, obtenção a partir da fermentação da cana-de-açúcar, sendo incolor e pode ser utilizado em qualquer veículo cujo motor aceite este combustível. Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 14 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br 2.2.2.2 Biodiesel O biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis como óleos vegetais e gorduras animais. Este biocombustível pode ser produzido no Brasil a partir de diferentes espécies oleaginosas, como: a mamona, o dendê, a canola, o girassol, o amendoim, a soja e o algodão, além de matérias-primas de origem animal como o sebo bovino e gordura suína. Utilizado isoladamente, este tipo de biocombustível também pode ser misturado ao diesel. Desde 2010, todo o diesel comercializado no Brasil contém uma mistura de 5% de biodiesel. É comercializado também a borra (ou goma), a glicerina e o ácido graxo, subprodutos derivados provenientes do processo industrial. 2.2.2.3 Biogás O biogás é o gás produzido a partir da decomposição da matéria orgânica (resíduos orgânicos) por bactérias. Na geração de eletricidade, a partir do biogás, ocorre a conversão da Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 15 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br energia química do gás em energia mecânica por meio de um processo controlado de combustão, e essa energia mecânica ativa um gerador que produz energia elétrica. O biogás também pode ser usado em caldeiras por meio de sua queima direta para a cogeração de energia. 2.2.3 Gás Natural O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos, dentre os quais se destacam o metano, o etano e o propano, resultantes da degradação de matéria orgânica por bactérias anaeróbias e pela elevação da temperatura e pressão da crosta terrestre. O gás natural pode estar ligado ou não ao petróleo, visto que o acúmulo de gás natural ocorre em rochas porosas no subsolo, muitas vezes vem associado ao petróleo, isto é, dissolvido ou formando uma capa de gás livre, acima do reservatório de óleo. O gás natural é muito versátil quanto a aplicação. O insumo pode ser utilizado em quatro vertentes distintas, que englobam os campos de aplicação do gás natural. São estas vertentes: • Alimentação direta: combustível para atendimento térmico direto residencial, comercial ou industrial, para geração de potência de acionamento em termelétricas ou processos industriais e como carburante para o transporte, proporcionando a menor valorização possível; • Aplicação siderúrgica: usado como redutor siderúrgico no processamento de minérios; Curso NR-20 Segurançae Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 16 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br • Produção de combustíveis sintéticos: utilizados como matéria-prima nos processos de produção de combustíveis sintéticos como: gasolina, nafta, óleos lubrificantes, diesel, e outros com qualidade superior aos processos oriundos do petróleo. • Produção de produtos petroquímicos: usado como matéria-prima para a produção de eteno, propeno, buteno, polietileno que, por sua vez, servem de insumo para fabricação de fibras sintéticas, borrachas sintéticas, plástico, com expressivas vantagens em termos de qualidade e redução de impactos ambientais. 2.2.3.1 Gás Domiciliar No uso em residências, o gás natural é chamado de gás domiciliar. É um mercado em franca expansão, especialmente, nos grandes centros urbanos de todo o País. As companhias distribuidoras estaduais têm planos de grande ampliação de redes, e o aumento do consumo de gás domiciliar demanda investimento expressivo em conversões e em recebimento e adaptações nas residências. 2.2.3.2 Gás Industrial Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 17 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br Utilizado como combustível, o gás natural proporciona uma combustão limpa, isenta de agentes poluidores, ideal para processos que exigem a queima em contato com o produto final, como, por exemplo, a indústria de cerâmica e a fabricação de vidro e cimento. O gás natural também pode ser utilizado como redutor siderúrgico na fabricação de aço e, de formas variadas, como matéria-prima: na indústria petroquímica, principalmente para a produção de metanol, e na indústria de fertilizantes, para a produção de amônia e ureia. 2.2.3.3 Termelétricas A utilização de turbinas a gás para a geração de eletricidade, combinada com a recuperação de calor para a produção de calor é conhecida como cogeração. Esse processo vem sendo utilizado para indústrias do mundo inteiro em função da garantia de economia e de segurança operacional. 2.2.3.4 Gás Veicular Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 18 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br O gás natural veicular surge como uma alternativa eficaz para reduzir a dependência do petróleo, além de ser uma fonte menos agressiva ao meio ambiente. A utilização desse combustível reduz em 65% a emissão de gases poluentes (sobretudo o dióxido de carbono) responsáveis pela intensificação do efeito estufa. Outro aspecto positivo do gás natural veicular (GNV) é com relação à economia financeira, visto que seu custo é inferior ao da gasolina e do álcool, além de apresentar rendimento superior: um metro cúbico de gás natural veicular (GNV) é suficiente para um automóvel percorrer treze quilômetros, enquanto um carro a álcool percorre, aproximadamente, sete quilômetros com um litro do combustível. Para receber o gás natural veicular (GNV), o automóvel deve ser adaptado. É essencial que essa conversão ocorra em locais autorizados e especializados, garantindo, assim, segurança. O valor desse procedimento não é barato, entretanto, o retorno é rápido, visto que o gás natural veicular (GNV) é muito mais rentável se comparado aos outros combustíveis. O gás natural veicular (GNV) deve ser armazenado em um cilindro adequado para receber tal combustível e visando garantir a segurança do consumidor, esse cilindro é submetido a um processo de tratamento denominado têmpera, no qual é aquecido em altas temperaturas e recebe algumas substâncias para reforçar a resistência. O gás natural veicular (GNV) é considerado um combustível extremamente eficaz na busca por alternativas menos agressivas à natureza. Entre os aspectos positivos estão: não é tóxico, tem valor inferior ao da gasolina e do álcool, não possui impurezas, emite menos poluentes, etc. 2.3 Perigos e Riscos dos Inflamáveis No meio ambiente de trabalho são enfrentados diversos perigos e riscos, mas nos trabalhos com inflamáveis os mesmo aumentam consideravelmente. O perigo é uma situação com o potencial de criar danos, tais como: ferimentos ou lesões pessoais, danos para a propriedade, instalação, equipamentos, ambiente ou perdas econômicas. Já Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 19 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br os riscos em combinação - “Probabilidade” - de ocorrência de uma situação potencialmente perigosa e da sua “Gravidade”. Os inflamáveis e seus vapores podem criar riscos à saúde, tanto por contato como por inalação dos vapores tóxicos. Muitos vapores tóxicos produzem irritações devido à ação solvente sobre a oleosidade natural da pele e dos tecidos. Em quase todos os casos existe um risco de intoxicação. A magnitude do risco certamente dependerá da concentração do vapor. Alguns vapores inflamáveis são mais pesados que o ar e se dirigem para os fossos, aberturas de tanques, lugares fechados e pisos rebaixados, contaminando o ar local e criando uma atmosfera tóxica e explosiva. Nos recipientes fechados pode ocorrer o problema da falta de oxigênio como, por exemplo, em um tanque que tenha estado fechado por muito tempo, no qual a formação de óxidos consumiu oxigênio. Antes de entrar em um tanque nessas condições, o mesmo deverá ser ventilado e medições devem ser feitas, tendo-se assim a certeza de que não há uma atmosfera tóxica ou explosiva ou com deficiência de oxigênio. Sempre que existir produtos inflamáveis, em condições ideais para produzir uma mistura de vapores ou gases com o ar, existirá risco de incêndio ou explosão, cuja severidade dependerá dos fatores agravantes. É importante destacar que nem todas as misturas de vapor ou gás com o ar podem ser inflamadas, ou seja, misturas muito ricas, ou muito pobres em combustível não podem ser inflamadas, visto que existe uma faixa (limites: inferior e superior de inflamabilidade) que é característico para cada produto, a qual determina as margens de periculosidade. Uma mistura dentro dos limites de inflamabilidade necessita apenas de um elemento para que se produza um incêndio ou explosão: a fonte de ignição (faíscas, centelhas, chamas abertas, pontos quentes, eletricidade estática, etc.). Assim sendo, na presença de produtos inflamáveis é de fundamental importância o controle das referidas Fontes de Ignição. Nesse sentido, os perigos causados por produtos inflamáveis: • Queimam com facilidade; • Podem produzir atmosferas explosivas em locais com deficiência de ventilação; • Um derrame de líquido inflamável pode gerar um incêndio que irá se movimentar, acompanhando o desnível existente no piso; • Incêndios em líquidos, normalmente, são mais difíceis de serem combatidos do que em materiais sólidos,visto que é necessário extinguir o fogo em toda superfície atingida; Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 20 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br • A projeção violenta do agente extintor sobre um líquido inflamado pode provocar respingos ou transbordamento, cuja consequência poderá ser a propagação do incêndio; • Em caso de gases, quando não é possível cortar o suprimento, o vazamento seguirá gerando maiores volumes de mistura inflamável que, fatalmente, encontrará uma fonte de ignição em proximidade, provocando uma explosão. Um produto inflamável poderá oferecer maior ou menor risco dependendo de: • Ponto de fulgor, por exemplo: a gasolina é mais perigosa que o álcool por ter um ponto de fulgor mais baixo; • Quantidade e o tipo de armazenamento (tanques ou recipientes); • Superfície de contato com a atmosfera, no caso de líquidos e volume possível de mistura com o ar, no caso dos gases; • Natureza do próprio produto (poder calorífico, volatilidade e toxicidade dos produtos de combustão); • Possibilidade de vazamento ou transbordamento; • Manipulação (transferência, pulverização, condições de ventilação do local, etc.); • Materiais e instalações existentes nas proximidades. 2.3.1 Os perigos do GLP O transporte e o armazenamento do GLP não poluem o meio ambiente, mas o produto é facilmente inflamável e explosivo, podendo causar graves acidentes se não for armazenado e utilizado com segurança. O gás se inalado em grande quantidade poderá produzir efeito anestésico e poderá levar a morte. Os perigos do GLP são decorrentes das suas características físico-químicas que estão presentes em todo o seu ciclo de utilização, principalmente, no transporte e na utilização pelos consumidores finais. Em contato com o ar o GLP forma uma mistura explosiva que entra em ignição com muita facilidade causando acidentes, geralmente, com graves consequências para pessoas e instalações. Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 21 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br 3 CONTROLE COLETIVO E INDIVIDUAL PARA TRABALHOS COM INFLAMÁVEIS O controle coletivo e individual para trabalhos com combustíveis e inflamáveis é de extrema importância para evitar qualquer tipo de acidente com os recursos humanos e físicos. Abaixo serão apresentados alguns meios de controle coletivo e individual de vazamentos, derramamentos, incêndios, explosões e emissões fugitivas. 3.1 Controle de Vazamento Muitos problemas ambientais, que acarretam em poluição e/ou contaminação de recursos hídricos, envolvem o derramamento de derivados de petróleo, principalmente os causados por vazamentos em sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis que correspondem aos tanques subterrâneos e suas tubulações. Das causas mais comuns de acidentes ligados aos sistemas subterrâneos, destacam-se a corrosão, falhas no sistema devido à sobrecarga e defeitos na construção ou instalação.1 A maioria dos vazamentos de navios-tanque resulta de operações de rotina como carga, descarga e abastecimento. Estes vazamentos normalmente ocorrem em portos ou terminais. No caso de vazamentos e derramamentos de produtos químicos, providências imediatas devem ser tomadas para a identificação do produto, como a contenção do derramamento, sua neutralização por meio de absorventes específicos e a posterior limpeza da área afetada. Nunca se deve tentar neutralizar um vazamento ácido com uma base ou vice versa, pois a reação pode ser violenta, agravando a situação. Em situações de vazamento de produtos inflamáveis, alguns cuidados devem ser tomados com a finalidade de evitar a inflamação da mistura. Isso pode ser feito pela eliminação de toda fonte de ignição, como chamas, equipamentos aquecidos, dispositivos elétricos faiscantes, etc. No caso de produtos tóxicos, devem ser utilizados os Equipamentos de Proteção Individual - EPI adequados antes de adentrar a área contaminada. 3.1.1 Definição de Estratégias e Táticas de Intervenção Para determinar quais as estratégias e as táticas de intervenção que devem ser tomadas em uma emergência química, deve existir no local um coordenador de emergência. Ele irá procurar Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 22 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br identificar o que ocorreu, o que está ocorrendo e o que poderá ocorrer no futuro. A partir destas avaliações, poderão ser estabelecidas estratégias de intervenção para eliminar a situação de emergência. As estratégias a serem tomadas em uma emergência irão depender da situação e do tempo que já passou. Uma intervenção segura dependerá da capacidade da coordenação de emergência em realizar um diagnóstico adequado do cenário do acidente. Esta avaliação deve estar focalizada no passado, presente e futuro, conforme abaixo: a) Passado: Caso tenha ocorrido a ruptura dos recipientes, resultando em algum tipo de lesão ou fatalidade, as ações de intervenção serão muito limitadas. Por outro lado, se os containers estão em processo de fadiga será possível tomar algumas ações para reverter o processo. b) Presente: Entender os eventos iniciais antes da chegada da equipe de emergência irá ajudar a fazer uma avaliação dinâmica da situação atual e do que poderá ocorrer nos próximos 10 ou 15 minutos, de modo a estabelecer as ações de intervenção; c) Futuro: Quanto mais informações estiverem disponíveis, mais rápido pode ser feito o diagnóstico da situação presente, maior a capacidade de estabelecer ações consistentes, eficazes e seguras. Os seguintes aspectos devem ser considerados para reduzir as consequências: • Magnitude: controlar a quantidade de produto vazado ao menor nível possível. Colocar um cilindro de GLP na horizontal, por exemplo, irá eliminar e transformar um vazamento de líquido em gás; • Minimizar a Ocorrência: Usar os recursos preventivos para controlar a situação como, por exemplo, resfriar os vasos com água, minimizando a possibilidade de um estresse térmico; • Estimar o tempo: Realizar intervenção que possa dar uma ideia da duração do evento como, por exemplo, realizar o transbordo da carga; • Minimizar a área de impacto: controlar a extensão do acidente como, por exemplo, lançamento de água na forma de neblina para dispersar a nuvem de gás, colocar barreiras para parar um vazamento líquido; e • Isolar Local: deslocar o equipamento envolvido na emergência para um local mais seguro, limitando a área de risco como, por exemplo, deslocar um caminhão tanque ou mover um cilindro. Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 23 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br 3.1.1.1 Diferença entre Metas Estratégicase Objetivos Táticos A estratégia envolve um plano para gerenciamento dos recursos preventivos, sendo uma das responsabilidades principais do coordenador de emergência. Intervir em uma emergência química, sem avaliar previamente o comportamento do produto inflamável e combustível pode resultar em lesões ou morte de membros da equipe de emergência. Várias estratégias podem ser definidas durante a evolução do acidente como, por exemplo: a) Resgate; b) Ações de Proteção ao Público; c) Controle de Vazamento; d) Controle de Derramamento; e) Combate a Incêndio; f) Recuperação da área. Por outro lado, táticas são objetivos específicos definidos pela coordenação de emergência para alcançar as metas estratégicas, por exemplo, podem ser estabelecidos objetivos estratégicos de controle de vazamentos, que podem incluir absorção, construção de barreiras ou colocação de tambores. Os objetivos estratégicos de uma emergência química podem ser implementados em três diferentes modos operacionais: a) Ofensivo: visa interromper o vazamento rapidamente na fonte de origem; b) Defensivo: menos agressiva, pois não envolve a intervenção direta na fonte; c) Sem intervenção: implica apenas no isolamento da área sem nenhuma forma de intervenção. DIFERENÇA ENTRE ESTRATÉGIAS, TÁTICA E AÇÃO. Metas Estratégicas Coordenação Central de Emergência • Resgate; • Ações de Proteção; • Confinamento; • Contenção; • Extinção do Incêndio; • Recuperação de área impactada; • Ações de ofensivas, defensivas ou não intervenção. Objetivos Táticos Comando da Emergência • Contenção; • Neutralização; • Bloqueio; • Vácuo; • Limpeza com vapor. Ação Específica Nível Individual • Procedimentos específicos para aplicação de kit de emergência. Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 24 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br 3.1.2 Técnicas de Contenção e Confinamento Estratégias para controle de vazamentos e técnicas de confinamento são ações tomadas para manter uma área limitada ao produto vazado, sendo mais aplicada aos vazamentos de produtos líquidos ou sólidos, embora existam casos de aplicação para gases. Confinamento é uma ação defensiva para isolar o produto, que já escapou, na tentativa de mantê-lo dentro da área já impactada, impedindo que alcance outros locais. Este tipo de intervenção expõe a equipe de emergência química a riscos menores do que as táticas de contenção. Após as ações de confinamento é que serão tomadas outras medidas para recolher o produto e descontaminar o local, equipamentos e pessoas. Essas ações são realizadas em local distante do vazamento ou derramamento e são de natureza defensiva. Operações de confinamento apresentam as seguintes vantagens: a) Evitam uma exposição direta das pessoas; b) Não precisa de equipamentos especiais e caros; c) Podem ser realizadas pelos primeiros membros da equipe de emergência que chegam ao local. Pequenos diques podem ser construídos com equipamentos simples. Com a chegada dos especialistas, estes diques provisórios podem ser melhorados ou o produto recolhido para um destino adequado. Método de Confinamento Exemplo Diques ou represa Utilizar terra, areia ou argila para desviar o fluxo. Cavar valas ou trincheiras Cavar valas e trincheiras para canalizar o produto. Colocar barreira Usar barreiras absorventes para juntar e conter o produto Transferência Transferir o produto para outro recipiente, para tratamento ou descarte. Dispersão Usar espuma ou água em neblina para diminuir a concentração ou desviar gases e vapores 3.1.2.1Técnicas de Confinamento Existem várias táticas que podem ser usadas para alcançar o objetivo de controlar derramamentos de líquidos que podem incluir métodos físicos e químicos. Os principais métodos estão listados abaixo: Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 25 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br a) Absorção: consistem em recolher ou absorver o produto evitando assim ampliação da área contaminada; b) Adsorção: processo químico em que o produto perigoso a ser adsorvido interage com a superfície do material adsorvente sólido sem, no entanto, ser absorvido normalmente sendo utilizado o carvão ativado; c) Cobertura: método físico de aplicação temporária até que medidas mais eficazes sejam tomadas, podendo ser plástica, metálica ou pó químico entre outras; d) Represamento: o processo consiste na construção de barreiras sobre o fluxo de água para parar ou controlar o movimento dos contaminantes permitindo posterior coleta; e) Diques: método físico de confinamento em que barreiras são construídas no solo para interromper o movimento de produtos líquidos, sólidos, pastosos e outros; f) Diluição: método químico em que uma solução solúvel em água, normalmente corrosiva, é diluída pela adição de grandes volumes de água no derramamento; g) Bloqueio: método físico em que barreiras são dispostas no solo ou corpos de água para interromper intencionalmente o movimento do produto perigoso evitando a aumentar a extensão da área impactada; h) Dispersão: método químico em que agentes químicos e biológicos são usados para dispersar o produto na água; i) Retenção: método físico em que um determinado produto é mantido temporariamente em um local em que poderá ser absorvido, neutralizado, ou recolhido para uma disposição adequada; j) Eliminação de Emissão de Vapores: método físico para reduzir ou eliminar gases e vapores liberados. Não deve ser cometido o erro de concentrar todos os recursos em uma única tática. Deve-se ter em mente que todas as táticas de confinamento devem ser consideradas ações preliminares e que poderão falhar com a evolução do acidente no tempo, desde que não sejam eliminados os problemas na fonte. 3.1.2.2Técnicas de Contenção Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 26 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br As técnicas de contenção não devem ser complexas, pois normalmente são executadas com recursos limitados. Nestas situações, é recomendável manter um observador externo acompanhando as operações de modo a identificar possíveis erros que possam comprometer a eliminação do vazamento. Normalmente, as seguintes etapas são utilizadas para confinar o produto no seu recipiente. a) Isolar o vazamento, verificando a posição das válvulas de operação; b) Verificar a integridade física dos dispositivos de abertura: válvulas de segurança, disco de ruptura, bujões fusíveis, válvulas de transferência e de nível máximo, indicadores de nível, entre outros; c) Levantar os recipientes contendo líquido poderá contribuir para minimizar a quantidade de produto vazado, uma vez que vazamentos em fase líquida irão resultar em uma maior quantidade de gás ou vapor ambiente. d) Movimentar o recipiente posicionando o local do vazamento fora da fase líquida ou sólida; e e) Rodar o cilindro quando for o caso de um vazamento de gás liquefeito, de modo a eliminar o vazamento no estado líquido. Quando as técnicas não foremeficazes, as seguintes ações podem ser tentadas para eliminar o vazamento em um recipiente: a) Tamponar ou bloquear o ponto de vazamento; b) Reduzir a pressão do recipiente; c) Usar inundação por espuma; d) Neutralizar com produto químico; e e) Controle do vazamento ou eliminação no próprio local. Existem várias opções para se realizar uma intervenção de modo a alcançar as metas estratégicas de controle e de vazamento que podem incluir métodos químicos e físicos. Um resumo das principais técnicas está listado abaixo: a) Neutralização: método químico em que o produto perigoso é neutralizado através da aplicação de um segundo produto sobre o derramamento formando uma substância menos perigosa; Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 27 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br b) Uso de Recipiente: método físico em que o tambor, container ou vaso com vazamento é colocado dentro de outro recipiente de proteção de grande capacidade; c) Tamponamento: método físico que usa tampões compatíveis com o produto reduzindo temporariamente o vazamento ou derramamento proveniente de furos ou trincas. Os tampões podem ser de madeira, de alumínio, de ferro, de borracha, entre outros. • Tampão de expansão consiste em material flexível e duas arruelas atravessadas por um parafuso; • Cunhas de madeira ou espuma são dispositivos de vedação mais utilizados. Não deve ser usada madeira com ácido sulfúrico nem tão pouco, em recipientes de plástico, por não serem eficientes; • Parafusos de auto enroscamento com arruelas funcionam tanto em recipientes metálicos ou plásticos. Não devem ser apertados em demasia para não deformarem as roscas. d) Bandagem aplica o uso de material que requer preparação de uma mistura prévia, o que não é fácil fazer quando se está vestido em trajes encapsulados. Deve-se verificar a compatibilidade dos produtos de selagem. O material usado deve ser compatível com o produto vazado, podendo ser usado: fitas adesivas de alta resistência, material plástico, pastas de epóxi, entre outras. Para aplicar um dispositivo de bandagem e de tamponamento, os seguintes aspectos devem ser considerados: • Selecionar o tipo de dispositivo adequado ao tipo de fadiga; • Garantir a compatibilidade dos dispositivos com o produto vazado; • Utilizar equipamentos de proteção autônoma; • Manter o pessoal informado sobre as ferramentas a serem utilizadas; • Garantir que todas as ferramentas estarão disponíveis para a equipe de emergência. Devido à pressão do acidente é possível esquecimentos. Os tanques de transporte submetidos a pressões elevadas, por exemplo, podem arrebentar os tampões ou remendos, tornando muito difícil e arriscada a operação. Caso exista revestimento interno poderá ser necessário efetuar a transferência do produto para outro tanque, evitando assim, danos internos. Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 28 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br e) Redução ou bloqueio da pressão: método físico ou químico em que se torna possível reduzir ou bloquear a pressão interna de um recipiente, de modo a minimizar a possibilidade de ruptura. Essas técnicas são de alto risco, pois expõem a equipe de emergência ao produto químico. É possível um tanque não pressurizado aumentar a periculosidade da pressão em função de uma reação química, fadiga térmica ou sobre enchimento, resultando nos seguintes riscos: • Rupturas por pressão podem projetar pedaços dos recipientes a grandes distâncias. Isto pode ocorrer rapidamente e sem possibilidade de controle; • Deslocamento de ar comprimido pode matar rapidamente: a equipe de emergência ficará exposta, pois não é possível identificar a pressão operacional do recipiente sem se aproximar do mesmo. A alta pressão pode projetar capacetes de proteção, rasgar roupas de proteção ou danificar mangueiras de equipamentos de proteção autônoma. Altíssimas pressões acima de 300 bar podem rasgar e penetrar na pele, causando embolia, que é o bloqueio de um vaso sanguíneo devido à migração de um corpo estranho, podendo provocar a morte em minutos. Lembrando que bar é uma unidade de pressão e equivale a exatamente 100 000 Pascais, um pneu de carro, por exemplo, geralmente tem cerca de 2.2 bares. São exemplos de técnicas de redução de pressão ou bloqueio de pressão: • Fechar as válvulas: recipientes pressurizados vazam com frequência ao redor de válvulas e conexões. Na maioria dos casos, estes vazamentos poderão ser eliminados simplesmente mantendo bem fechada a válvula ou então colocando um plugue na saída da conexão. Vazamentos também podem ocorrer através de furos que podem ser parados por meio do fechamento de uma ou mais válvulas de operação; • Isolamentos de bombas e compressores: alguns tanques pressurizados podem ser descarregados por bomba ou compressor. A magnitude do vazamento pode ser reduzida ou eliminada significativamente, quando o equipamento é desligado; Os especialistas de operação devem ser consultados antes de qualquer parada de processo. Baixa ou ausência de pressão pode causar reações instáveis e perigosas. Desligar sistemas elétricos de bombas e compressores pode resultar na desativação de dispositivos de segurança: discos de ruptura, válvulas de segurança, lavadores de gases e outros. • Despressurização: liberação controlada do produto contido em um recipiente minimiza a possibilidade de uma explosão por sobre pressão. Este processo irá depender da natureza do Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 29 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br produto não tóxico, que pode ser liberado para o ambiente, enquanto produtos tóxicos e corrosivos devem ser direcionados para um lavador de gases ou tanque reserva de estocagem; • Queima: liberação com queima controlada de produto líquido ou gasoso para reduzir ou controlar a pressão interna do vaso. Queimadores são, normalmente, utilizados em processos fixos como refinarias, plataformas de petróleo como parte integrante do processo; • Soldagem de tampões: técnica usada para um bloqueio, no local de vazamento pelo lado de fora. Uma válvula pode ser acoplada drenando o produto para um local adequado e seguro. Esta técnica é normalmente usada em processos químicos e petroquímicos, devendo ser feita por pessoas altamente qualificadas; • Despressurização e queima: processo em que um explosivo é detonado no local do vazamento (trincas ou furos) resultando em uma despressurização rápida seguida de queima. Esta técnica deverá ser realizada somente por técnicos especializados nas seguintes situações: ✓ Tanque exposto a chamas, resultando na elevação da pressão interna com possíveis danos irreversíveis ao vaso; ✓ Danos que não permitem uma transferência segura, despressurização, ou uso de queimadores; ✓ Impedir que ocorra um novo descarrilamento; ✓ Danos ao tanque ou sistema de válvulas e conexões que não podem ser reparados ou que impedem o deslocamento paralocal seguro. • Solidificação: método químico em que o produto vazado se transforma em um material sólido, podendo ser confinado, removido e disposto adequadamente. Este processo pode ser usado para derramamento de líquidos corrosivos e hidrocarbonetos. Produtos comerciais podem ser usados para neutralizar ácidos, formando outros produtos. Existem adsorventes que solidificam produtos não solúveis, resultando em produtos que podem ser manuseados de forma mais segura que o produto original. • Vácuo: método físico em que o produto perigoso é retirado de um recipiente através do vácuo. Este processo é normalmente usado para derramamento de produto líquido de hidrocarbonetos, partículas sólidas, poeira de asbesto, que é uma fibra mineral natural, ou mercúrio. Uma vantagem do método é reduzir a quantidade de resíduos, tomando-se cuidado de garantir a compatibilidade do equipamento de vácuo com produto vazado. Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 30 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br 3.1.3 Ações preventivas para contenção A contenção é uma ação ofensiva e perigosa, porque a equipe de emergência ficará em contato direto com o produto e o recipiente danificado. A maioria dos acidentes com lesão, durante uma emergência química ocorre durante os trabalhos de contenção. Desta forma, podem surgir situações que tornam a operação mais arriscada do que naturalmente seria: a) Caso o produto esteja sendo liberado na forma gasosa ou em vapor, em que poderá ocorrer uma alteração na direção da nuvem envolvendo o container em que está sendo realizada a intervenção. b) Caso o produto esteja sendo liberado na forma líquida, uma alteração nas condições ambientais poderá transportá-lo para outros locais ou reagir perigosamente com água em caso de chuva. c) Ações defensivas aplicadas previamente podem não estar sendo eficazes, resultando em uma liberação do produto confinado. O processo de contenção utiliza materiais e acessórios para eliminar o vazamento tentando manter o produto dentro do recipiente danificado, de forma que se deve analisar, cuidadosamente, cada passo do procedimento antes de iniciá-lo. As operações de contenção envolvem técnicas de alto risco, pois colocam a equipe de emergência em contato direto com o recipiente avariado e o produto. Antes dos trabalhos, deve ser feito um diagnóstico prévio da situação, considerando os seguintes aspectos: a) Natureza do produto: propriedades físicas, incompatibilidade, reações perigosas com a água e ações para dispersar os gases e vapores inflamáveis ou tóxicos; b) Características do recipiente: localização, pressão, quantidade de produto, danos causados ao recipiente, incidência direta de chama, proximidade ao calor e outros produtos perigosos, probabilidade de falha, operação dos dispositivos de segurança; c) Diagnóstico da situação: resultados da intervenção inicial, evolução dos procedimentos de confinamento, condições e impactos ambientais prováveis; d) Fatores modificadores: local, hora, condições meteorológicas e as influências na dispersão dos gases e vapores. A ação de contenção deve ocorrer somente nos casos em que exista uma real possibilidade de êxito que justifique os riscos a serem tomados. É uma operação recomendada e necessária para Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 31 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br minimizar as consequências do acidente, evitando efeitos nocivos e transtornos a comunidade caso haja necessidade de um abandono do local. O processo de contenção bem sucedido protege locais em que o confinamento não teria o mesmo sucesso para limitar a área a ser descontaminada como, por exemplo, galerias de esgoto, rede de águas pluviais e o sistema hídrico. A tabela a seguir ilustra as diferenças entre os níveis de risco durante uma operação de contenção. Note que o risco para a tarefa será abaixo ou calculado, somente se todas as condições de controle listadas forem atendidas. O risco será inaceitável se pelo menos uma das condições listadas não for atendida. NÍVEL DE RISCO PARA TAREFAS DE CONTENÇÃO Risco Baixo Risco Calculado Risco Inaceitável Perigos e riscos Conhecidos Conhecidos ou muito conhecidos Desconhecidos Condições existentes, local e meteorológicas Estável, o riso para a equipe de emergência é previsível Possibilidade remota de mudanças que aumentem o risco Mudam rapidamente Qualificação das pessoas Adequado Adequado Inadequado ou deficiente EPI Adequado Adequado Inadequado Recursos disponíveis Apropriado Apropriados Inadequado ou insuficiente Possibilidades de êxito Boas Prováveis Pouca ou nenhuma A escolha do método de contenção deve envolver procedimentos com baixo risco para a equipe de emergência. Antes de realizar esta operação tem que ser verificada a existência de danos ao recipiente que comprometam a resistência, bem como inspecionar as válvulas e conexões para assegurar que o peso é compatível com os recursos disponíveis para o manuseio pretendido. Se o recipiente estiver danificado, é importante avaliar se o mesmo continua em condições físicas para conter o produto ainda existente em seu interior. Deve ser avaliada a possibilidade de reação do produto com o recipiente, comprometendo sua resistência ou aumentando o tamanho do furo devido força aplicada pelo produto sobre a área danificada. Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 32 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br 3.1.4 Equipamentos e Acessórios para contenção de Derramamento e Vazamento Como apresentado anteriormente, a interrupção de um vazamento poderá ser uma ação simples dependendo da situação da emergência. Muitas vezes, a interrupção do vazamento poderá ser o fechamento de uma válvula ou virar um tambor que esteja vazando. Em outros casos, o vazamento ou derramamento somente poderá ser eliminado com auxílio de equipamentos especiais relacionados abaixo: a) Batoques e Cunhas de Madeira deverão ser confeccionados com madeira macia, pois caso a madeira seja muito dura poderá rachar no momento do uso, além de apresentar pequena possibilidade de permeação. Nota: alguns produtos perigosos irão entrar em relação química com a madeira, portanto botoques e cunhas deste tipo apresentam utilização limitada; b) Batoques e Cunhas Reaproveitáveis: uma ampla série de batoques foi desenvolvida utilizando como material vedante a borracha sintética de Neoprene. Estes batoques apresentam desenhos variados e permitem uma rápida colocação, além de oferecerem excelente vedação prática. Muitos destes batoques são fornecidos em conjuntos. c) Batoque e Cunhas em Borracha Especial Inflável: Existem vários tipos de equipamentos pneumáticos usados para interromper derramamentos, apresentando a vantagem de poderem ser usados em situações em que o ponto de vazamento apresenta grandes dimensões, liberando grande quantidade de produto; d) Massa vedante em resinas epóxi: são massas compostas por dois elementos: A e B. Apresentamboa resistência a produto químico perigoso e são bastante versáteis, quando são consideradas pequenas áreas de vazamento. O detalhe principal é que já está disponível no mercado uma massa vedante que apresenta tempo de secagem inferior ao período de uma hora, sendo que normalmente o tempo de secagem deste tipo de material é de 12 horas. e) Bolsas Pneumáticas: estes equipamentos são muito versáteis e estão disponíveis em várias formas e tamanhos distintos que permitirão um estancamento da área do vazamento até que um transbordo adequado possa ser realizado. Entre os principais modelos, pode-se indicar: • Conjunto de bolsa inflável para tanques estáticos ou veiculares. Conjunto formado por: bolsa inflável com 1,5 bar, cintas especiais com mecanismo para tracionamento, controlador de enchimento com válvula de alívio, regulador de pressão de até 300 bar, mangueira com engates rápidos, bolsa de plástico resistente a produtos químicos e mantas de neoprene extra Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 33 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br macio para auxiliar no estancamento em situações em que possam estar presentes arestas cortantes e/ou deformações. Conjunto para estancar cortes, furos e rachaduras de porte razoável em tanques estáticos, tanques móveis, equipamentos dotado de válvula tipo globo que permite o transbordo controlado a partir do ponto de ruptura. • Bolsas infláveis hermetizadoras: confeccionadas em liga de elastômeros especiais com viton. Estão disponíveis em diversos diâmetros que permitem ser usadas em tubulações de 10 a 140 cm de diâmetro e pressão de 1,5 bar. As bolsas necessitam para a operação: controlador de enchimento com válvula de alívio e despressurização, regulador de pressão para até 300 bar com mangueira dotada de engate rápido. f) Cinta Reutilizável: conjunto formado por placa de poliuretano extra flexível e cintas de tração com catraca. Permite que um único operador realize estancamentos de maneira rápida e eficiente e esta cinta deve ser empregada para estancar furos, cortes e trincas em tambores, bombonas, tubulações e tanques estáticos e móveis. Fornecida em prática caixa de transporte. g) Bloqueadores reutilizáveis: feitos em poliuretano extra macio, estes bloqueadores podem ser de diferentes formas, e são utilizados para bloquear vazamentos de produtos perigosos. Por serem flexíveis, podem bloquear bocas de visitas, bueiros e ralos, independente das imperfeições da superfície. Apesar do custo elevado, apresentam longa vida útil e fácil descontaminação. h) Luvas Metálicas: para deter vazamentos em tubulações é necessário o emprego de equipamentos específicos como as luvas metálicas bi-partidas ou conjunto de chave especial e o conjunto de vedações para cilindros de alta pressão. i) Transbordo para recipientes intermediários: o transbordo consiste na operação de retirar o material químico de um reservatório para outro reservatório. Esta operação é comum em acidentes com produtos perigosos, em que o transbordo não possa ocorrer diretamente de um reservatório para outro, devido aos danos causados pelo próprio acidente. Em muitos casos são encontrados furos ou trincas que geram vazamentos do produto. Nestes casos é indicado o uso de recipientes intermediários para evitar a contaminação do ambiente. O uso destes recipientes intermediários irá garantir um transbordo eficaz e seguro. Os principais tanques para transbordo são os autossustentáveis, de armar e o inflável. j) Bomba tipo êmbolo: acionamento manual para a transferência de líquidos de recipientes danificados. A bomba é confeccionada em plástico resistente a produtos corrosivos. É Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 34 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br fornecida com mangueira de PVC para facilitar o transbordo para outros recipientes. Garante uma vazão de um galão para cada seis bombadas. k) Bomba duplo diafragma: disponível em diversos materiais resistentes a produtos inflamáveis e corrosivos, sendo acionada por ar comprimido, possui armação plástica que permite seu emprego em situações de emergências. Disponível em diferentes capacidades de vazão. l) Bomba Rotor Resistente a produtos químicos: para uso com produtos inflamáveis e corrosivos. É acionada por motor elétrico a prova de explosão. Montada em estrutura dotada de rodas que permite um fácil deslocamento, mesmo em terrenos desnivelados. Disponível em diferentes capacidades de vazão. Com os seguintes acessórios: mangueiras plásticas reforçadas para o transbordo rápido, mangotes com alta resistência química e mecânica. 3.2 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) Equipamento de Proteção Individual - EPI, é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. O uso deste tipo de equipamento só deverá ser feito quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade. Ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis, eficientes e suficientes para a atenuação dos riscos e não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho. Conforme dispõe a Norma Regulamentadora nº 6, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual (EPI) adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e c) para atender situações de emergência. É responsabilidade da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, no caso das empresas desobrigadas de manter o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade. Curso NR-20 Segurança e Saúde No Trabalho Com Inflamáveis E Combustíveis Copyright/2016 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-20 35 INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE Sua Segurança Começa Aqui Cursos e Treinamentos Profissionais www.inbraep.com.br Os equipamentos de proteção, além de essenciais à proteção do trabalhador, visam a manutenção da saúde física e a proteção deste contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho, podendo também proporcionar a redução de custos ao empregador. São muitos os casos de empregados que deixam de utilizar o EPI com desculpas de que não se acostumam ou que o equipamento o incomoda no exercício da função, isso torna o ambiente de trabalho insalubre e gera más consequências aos trabalhadores. Nestes casos, o empregador deve utilizar seu poder diretivo e obrigar o empregado a utilizar o equipamento sob pena de advertência e suspensão em um primeiro momento e, caso o trabalhador volte a se recusar a utilizar, poderá sofrer
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