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Daniela Veiga Cunha UNIFACS – Universidade Salvador Salvador 2018 MAMB Museu do Meio Ambiente Daniela Veiga Cunha UNIFACS – Universidade Salvador Campus Tancredo Neves, Arquitetura e Urbanismo MAMB: Museu do Meio Ambiente Salvador 2018 Daniela Veiga Cunha MAMB: Museu do Meio Ambiente Salvador 2018 Trabalho de Conclusão de Curso, do curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Salvador, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientador (a):professora Mabel Zambuzzi. Dedico este projeto a minha mãe, Anna Dalva, que sempre se dedicou a cuidar do Meio Ambiente. 25 28 29 30 31 36 37 37 37 37 37 37 38 39 40 41 42 43 43 44 44 45 45 Lista de Figura Figura 01: Lista dos oito objetivos do milênio que devem ser atingidos até 2015 pelos mais de 190 países- membros da organização. Figura 02: Densenvolvimento- Tripé da Sustentanbilidade. MODIFICADO Figura 03: Lista dos oito objetivos do milênio que devem ser atingidos até 2015 pelos mais de 190 países- membros da organização. Figura 04: Objetivos de desenvolvimento sustentável. Figura 05: Agenda pós 2015 dos ODM para os ODS. Figura 06: Vista aérea da Península de Itapagipe. Figura 07: Memorial de Irmã Duce Figura 08: Solar Amado Bahia Figura 09: Igreja do Bonfim Figura 10: Igreja da Boa Viagem. Figura 11: Forte Monte Serrat. Figura 12: Ponta de Humaitá. Figura 13: Mapa de marcos visuais Figura 14: Limites do Bairro da Boa Viagem Fonte: O Caminho das Águas em Salvador. Figura 15: População Residente na PB-V Cidade Baixa. Figura 16: Mapa de Gabarito de Altura. Figura17: Levantamento de escolas da região. Figura 18: Gráfico V.3 - População Residente não alfabetizadaFonte: Painel de informações, Informs, CONDER. Figura 19: Gráfico V.1 - População Residente na PB-V Cidade Baixa. Figura 20: Zonas Especiais de Interesse Social. Figura 21: Classificação das UDHs. Figura 22: Companhia Empório Industrial do Norte e a Vila Operaria. Figura 23: A praça da vila operária.. 46 47 48 52 52 53 53 53 54 54 Lista de Figura Figura 24: Frequência e Predominância de Ventos. Figura 25: Croqui de estudo climático. Figura26: Mapa de Zoneamento. Figura 27: Organização da área expositiva. Figura 28: Área expositiva. 47 Figura 29: Integração entre os espaços externos e internos. 48 Figura 30: Plataforma de observação. 48 Figura 31: Contraste entre a madeira e o aço.48 Figura 32: Átrio de iluminação central. 49 Figura 33: Fachada de parede viva.49 RESUMO 7 O presente trabalho tem como objetivo criar um espaço interativo social para sensibilizar as pessoas quanto a importância da preservação ambiental, tendo como tema a Educação Ambiental. Após a definição do tema, o objeto escolhido para sua abordagem foi um Museu. O MAMB tem como público alvo jovens estudantes e as comunidades de Zeis da Península Itapagipana, trazendo um programa lúdico que mistura teoria e prática, através do programa expositivo e das oficinas com materiais recicláveis. Para alcançar o objetivo final deste trabalho, foi traçado um percurso metodológico divido em quatro etapas, desde a escolha do tema até o projeto preliminar de arquitetura, que foram desenvolvidas durante a concepção do Trabalho Final de Graduação I. 8 Trabalho de Final de Graduação apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIFACS - Universidade Salvador, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientador (a): Mabel Zambuzzi. 10 Meio Ambiente Sustentabilidade Consciência Ambiental Responsabilidade Ecológica Fauna Flora + Reciclagem INTRODUÇÃO: Sumário 1.1 TEMA ...............................................................12 1.2 OBJETO ...........................................................13 1.3 PROBLEMA DE PESQUISA ..............................13 1.4 JUSTIFICATIVA .................................................13 1.5 OBJETIVO GERAL ...........................................15 1.6 OBEJETIVOS ESPECÍFICOS .............................15 1.7 METODOLOGIA ..............................................16 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL 2. O COCEITOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL...... 18 3. O MARCO HISTÓRICO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS NO BRASIL E NO MUNDO.......................................19 PRÁTICAS PARA A SUSTENTABILIDADE 6. O Museu Como Espaço Educativo ------------34 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 4. SUSTENTABILIDADE........................................... 27 5. DESENVOLVIMENO SUSTENTÁVEL...................28 CONHECENDO O SÍTIO 7. A PENÍNSULA.................................................................36 8. O BAIRRO DA BOA VIAGEM.......................................39 9. MAPS DE SISTEMA VIÁRIO............................................40 10. GABARITO DE ALTURA................................................41 11. MAPA DAS ESCOLAS................................................ 42 12. CARACTERÍSTICAS POPULAÇÃO................................................................... 43 13. A COMPANHIA EMPÓRIO INDRUSTRIAL DO NOTE-45 14. ANÁLISE DE FATORES CLIMÁTICOS...........................46 15. LEGISLAÇÃO----------------------------------------------------48 PROJETOS DE REFERÊNCIA 16. MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL DE VALPARAÍSO--52 17. MUSEU ZHAO HUA XI SHI.........................................53 18. MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL DE XANGAI.........54 Sumário DIRETRIZES PROJETUAIS 19. PROGRAMA DE NECESSIDADES............56 19. PRÉ-DIMENSIONAMENTO........................56 20. SETORIZAÇÃO...........................................60 21. FLUXOGRAMA..........................................62 22. CONCEITO E PARTIIDO............................64 23. APRESENTAÇÃO DO PROJETO...............65 24. MEMORIAL DESCRITIVO...........................66 25. REFERÊNCIAS ............................................67 26. GLOSSÁRIO...............................................69 1.1 TEMA 13 Segundo Mousinho (2003, p158) Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política. A sociedade contemporânea vivencia momento crítico referente à problemática das questões ambientais decorrente do desenvolvimento socioeconômico global, totalmente dependente da utilização dos recursos naturais. Fato facilmente observado e evidenciado ao longo de décadas, onde ecossistemas inteiros são modificados, minando nossa biodiversidade, levando espécies da fauna e flora à extinção, e à iminência de escassez dos recursos naturais tão necessários para suprir às necessidades da população dos seres humanos em nossa Biosfera. Neste cenário trágico, a Educação Ambiental surge como uma ferramenta essencial, com o objetivo de solucionar esta questão através da sensibilização para as questões sócio ambientais, principalmente no que tange à importância da sustentabilidade dos ecossistemas e preservação da biodiversidade. Demonstrando através do repasse de conhecimentos teóricos e práticos os aspectos e impactos ambientais das atividades antrópicas e como remedia-los. 1. INTRODUÇÃO 14 1.2 OBJETO O objeto escolhido como ferramenta de execução do já exposto tema é um museu. O MAMB, Museu do Meio Ambiente, surge como uma forma de sensibilizar a população sobre a importância de preservação dos ecossistemas para a continuidade da vida , com qualidade, no Planeta Terra. Com o foco na sustentabilidade, o museu visa ensinar a importância de se utilizar a natureza sem a degradar, e trará um projeto social com reciclagem, onde mostra a população uma forma de ajudar o meio ambiente e gerar renda,onde o público alvo são jovens e adultos, porém, inserindo as crianças como uma estratégia de também torna-las futuros multiplicadores ambientais. 1.3 PROBLEMA DE PESQUISA De que forma a educação ambiental pode ser utilizada como ferramenta para minimizar as questões de Impactos Ambientais Negativos de nossa sociedade contemporânea? 1.4 JUSTIFICATIVA A Educação Ambiental vai além de ensinar sobre como reciclar, falar sobre ecologia e conservação da fauna e flora. Abrange trabalhar a inclusão de valores voltados à cidadania e ética socioambiental. Conciliando teoria e prática, a Educação Ambiental possibilita a compreensão sobre o equilíbrio dos fatores abióticos necessário às diversas formas de vida na Terra. Ou seja, as condições necessárias no Planeta Terra para a continuidade da vida e o que podemos fazer para preservá-las. Dessa maneira, teoria e prática vão formando multiplicadores ambientais, numa corrente social mundial que hoje vai aderindo a cada dia mais pessoas neste elo de compreensão sobre as questões socioambientais decorrentes de nossas intervenções na natureza. Nesta corrente, população e governantes se unem em prol do bem estar global. 15 Aqui no Brasil, legislação e programas governamentais chamam nossa atenção não só para o meio ambiente natural e ameaça à biodiversidade, mas, para adquirirmos uma visão socioambiental. Nossa inercia vai além da degradação, contaminação e poluição do solo, ar, e de nossos recursos hídricos, gestão dos resíduos sólidos e dos lixões. A proposta de Educação Ambiental a ser aplicada no MAMB, está respaldada na Política Nacional de Educação Ambiental aprovada em 1999 e regulamentada em 2002. Nesta, a Educação Ambiental é considerada fundamental no processo educacional e instituída de forma obrigatória em todos os níveis de ensino e aprendizagem, voltada ao público escolar ou toda comunidade. De acordo com a Lei N° 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, Art. 9º, a EA deve estar presente e ser desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino público e privado englobando: I – educação básica: a. educação infantil; b. ensino fundamental e c. ensino médio II – educação superior; III – educação especial; IV – educação profissional; V – educação para jovens e adultos. (L EI N° 9.795, 1999, Art. 9 ). O projeto, objetiva realizar a sensibilização para as questões socioambientais, principalmente no que tange à importância da sustentabilidade dos ecossistemas e preservação da biodiversidade, demonstrando através do repasse de conhecimentos teóricos e práticos, os aspectos e impactos ambientais das atividades antrópicas e como remedia-los. De acordo com o ProNEA, reverter esse quadro é uma grande desafio para a construção de um país sustentável, ou seja, socialmente justo e ambientalmente seguro. Ainda é possível notar um distanciamento muito grande entre a lei e sua efetiva aplicação, principalmente no referente às politicas institucionais e movimentos sociais. É necessário uma articulação direta e coordenada entre todos os tipos de intervenção ambiental, incluindo a educação ambiental, para a construção de uma sociedade sustentável como almejada. Dessa forma, se faz imprescindível que as medidas políticas, jurídicas e técnico-científicas voltadas á proteção, recuperação e melhoria socioambiental tenham relevância também no âmbito educativo. 16 1.5 OBJETIVO GERAL Proporcionar, através de práticas da educação ambiental, meios de sensibilização que leve o indivíduo a compreender a importância e necessidade da conservação e preservação de nosso meio ambiente e biodiversidade. Favorecendo mudanças de atitudes e a formação de novos hábitos com relação à utilização dos recursos naturais, instigando a reflexão sobre nossa responsabilidade ética com o planeta, e todas as formas de vida, auxiliando assim na construção de valores condizentes à responsabilidade social e a cidadania, buscando uma relação mais harmônica com o planeta. 1.6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Proporcionar ao público alvo ferramentas de educação ambiental que venham a contribuir no processo ensino-aprendizagem; Difundir corretamente os conceitos sobre Meio Ambiente; Estimular práticas que levem a integração entre o público alvo e a comunidade onde está inserido Estimular o público alvo a ser multiplicador dos conhecimentos sobre Meio Ambiente em sua comunidade Ensinar a população de interesse social a gerar renda a partir da reciclagem. 17 1.7 METODOLOGIA •Escolha do tema •Escolha do objeto PRIMEIRA ETAPA •Pesquisas Teóricas •Levantamentos Normativos SEGUNDA ETAPA • Análise do sítio •Projetos de referência TERCEIRA ETAPA •Desenvolvimento do projeto arquitetônico QUARTA ETAPA O projeto é dividido em quatro etapas. A primeira etapa é fundamentada a partir de pesquisas teóricas e levantamentos normativos. Além disso foram analisadas as características do sítio para identificar os critérios de disponibilidade do projeto. A partir da definição do tema, foi escolhido o objeto. Como o museu é voltado para a educação ambiental e geração de renda por meio das oficinas com materiais reciclados, foram coletados dados da população alvo, como a quantidade de escolas e as comunidades de Zeis, que poderiam se beneficiar com o projeto. A segunda parte é a execução do projeto arquitetônico em si. Este projeto tem a finalidade de despertar uma consciência critica sobre as questões ambientais durante a visita ao museu, quando serão abordados temas como: responsabilidade social e cidadania, reciclagem, ecossistemas, agricultura orgânica, desenvolvimento sustentável, problemas ambientais. PERCURSO METODOLÓGIO 18 A Educação Ambiental 19 • Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/1999, Art 1º. Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade." • Conferência Intergovernamental de Tbilisi (1977) A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificações de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter- relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora da qualidade de vida” • Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, Art. 2°. A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de prática social e de ética ambiental. • Conferência Sub-regional de Educação Ambiental para a Educação Secundária – Chosica/Peru (1976) A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa tem a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação. 2. CONCEITOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 20 3. O Marco Histórico das Questões Ambientais no Brasil e no Mundo Eventos mundiais fizeram com que o Brasil iniciasse sua caminhada frente a criar e executar estratégias para proteção de seus recursos naturais. Após catástrofes mundiais e vários encontros deseus líderes, a globalização tornou compreensível, principalmente para as nações ainda em desenvolvimento, entender os perigos do crescimento econômico sem que se leve em conta os impactos negativos que causamos nos diversos ecossistemas terrestre e contra sua biodiversidade. Em 1962, nos Estados Unidos , o livro “Primavera Silenciosa”, da autora e bióloga Rachel Carson é publicado para alerta o mundo sobre efeitos nocivos do uso do DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetan), agrotóxico que matou uma quantidade enorme de aves e também questiona os rumos da relação entre o homem e natureza. Em 1965 , na Grã-Bretanha durante uma Conferência na Universidade de Keele o “termo Environmental Education (Educação Ambiental). [...] A educação ambiental foi utilizado pela primeira vez, e deveria se tornar uma parte essencial da educação de todos os cidadãos [...]” (DIAS, 2004, p.78). Em 1968 o “Clube de Roma”, formado por trinta especialistas de várias áreas, apresenta ao mundo um relatório, fruto de debates, denominado “Os limites do crescimento” no qual denunciam os impactos do desenvolvimento desmedido, em que não houve preocupações com os recursos naturais e capacidade do planeta, e nem tampouco com a humanidade e sua permanência no planeta. (DIAS, 2004). Em 1971, no Brasil, surge em Porto Alegre um dos primeiros movimentos ambientalista, a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural- (AGAPAN) que é a precursora dos primeiros levantes no país em favor do meio ambiente (DIAS, 2004) - primeira organização não governamental ambientalista no Brasil, fundada em 27 de abril de 1971( mais velha que o Greenpeace, ONG gaúcha comemora 40 anos). Em pleno regime ditatorial e na contramão da preocupação mundial com os recursos naturais, apresentava ao mundo dois grandes audaciosos projetos de grande potencial degradador do meio ambiente, a elaboração do “Projeto Carajás e da Usina Hidrelétrica de Tucurui”, preocupando os ambientalistas do país, e levou-os a se organizar contra esses projetos e outros que viessem causar impactos ao meio ambiente. 21 Em 1972, na Suécia/Estocolmo, sob influência do relatório do "Clube de Roma" e das movimentações da década de 60, a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou, entre 5 e 16 de junho 1972, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, contou com a presença de 113 países, foi um marco para a evolução das preocupações com questões socioambientais no Brasil e mundo referentes a poluição , e maior investimentos em controle da poluição mundial. Nesta conferência é utilizado pela primeira vez o termo Ecodesenvolvimento, e conceito de Desenvolvimento Sustentável, um novo olhar para as relações com o meio ambiente e o desenvolvimento econômico. Após a Conferência de Estocolmo, foi publicado o relatório “Os Limites do Crescimento”, constando temas ligado ao “Crescimento Econômico e Meio Ambiente”, motivando o surgimento de políticas internacionais de gerenciamento ambiental e sendo um marco para a política internacional em virtude do surgimento de políticas de gerenciamento ambiental”, e agências ambientais em todo o mundo (DIAS, 2004). Devido a sua grande importância , desde então, 5 de junho tornou-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. Deste evento decorreram três importantes resultados: 1. Decidiu-se criar no mesmo ano de 1972 um organismo novo da própria ONU, específico para a área ambiental: o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com sede em Nairobi, capital do Quênia. 2. 113 países assinaram a "Declaração da ONU sobre o Ambiente Humano", cujo artigo 19 diz: "É indispensável um trabalho de educação em questões ambientais, visando tanto as gerações jovens, como os adultos, dispensando a devida atenção aos setores menos privilegiados, para assentar as bases de uma opinião pública bem informada e de uma conduta responsável dos indivíduos, das empresas e das comunidades, inspirada no sentido de sua responsabilidade, relativamente à proteção e melhoramento do meio ambiente em toda a sua dimensão humana". 3. Recomendou-se a criação do Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA), para ajudar a enfrentar a ameaça de crise ambiental no planeta. Mas este programa só "saiu do papel" em 1975, depois que representantes de 65 países se reuniram em Belgrado (ex-Iugoslávia, atual Sérvia) para formular os princípios orientadores, na "Conferência de Belgrado. Em 1973, o Brasil cria a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), em resposta a pressão sofrida durante a Conferência de Estocolmo, com a finalidade de coordenar ações do governo referentes aos cuidados com o meio ambiente e uso adequado dos recursos naturais (SÃO PAULO, 2003). 22 Em 1977, A Conferência Internacional de Tbilisi sobre EA no período de 14 a 26 de Outubro, foi pioneira para alavancar a Educação Ambiental, pois, durante a mesma, foi recomendado que se criasse o Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA), para enfrentar a ameaça de crise ambiental no planeta. Uma das consequências deste encontro foi a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com sede em Nairóbi (Kenya) 2009. Neste programa foram verificados os objetivos, funções, estratégias, características e sugestões para uma melhoria do ensino relacionado à temática ambiental. Com relação ao documento, é importante destacar alguns pontos em que a EA deveria fundamentar-se que seria na ciência e tecnologia para consciência e adequada apreensão dos problemas ambientais, e que a mesma deveria ser aplicada tanto para educação formal como informal (BEZERRA, 2007). Em 1981, no Brasil, entra em vigor a Lei 6.938 (31/08/1981) que institui a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), pautada na preservação e recuperação da qualidade ambiental, e garantir o necessário ao desenvolvimento socioeconômico. No Artigo 2º , inciso X, inclui a educação ambiental , determinando que deve haver “educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente”. Também foi a responsável por constituir o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e o Cadastro de Defesa Ambiental (BRASIL, 1981). Em 1989 , no Brasil, é criado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, Lei nº 11.516, 2007), e dá como extinta a Secretaria Especial do Meio Ambiente -SEMA, órgão subordinado ao Ministério do Interior, instituída pelo Decreto nº 73.030, de 30 de outubro de 1973; Em 1992, no Brasil, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), Rio 92, também conhecida como Cúpula da Terra, reuniu 179 líderes mundiais para debater formas de Desenvolvimento Sustentável(DS) para o século XXI, tratando de questões específicas como mudanças climáticas, a proteção da biodiversidade entre outras (PHILIPPI JUNIOR et al., 2004). Desta Conferência foi lançada a Agenda 21 Global, considerada o principal registro lançado na Rio 92, e onde o conceito de Desenvolvimento Sustentável (DS) se disseminou por todo o mundo (KOHLER; PHILIPPI JUNIOR, 2005). Segundo o Ministério do Meio Ambiente, 179 países participantes da Rio 92 acordaram e assinaram a Agenda 21 Global, um programa de ação baseado num documento de 40 capítulos, que constitui a mais abrangente tentativa já realizada de promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, denominado “desenvolvimento sustentável”. O termo “Agenda 21” foi usado no sentido de intenções, desejo de mudança para esse novo modelo de desenvolvimento para o século XXI...A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Ainda segundo o Ministério do Meio Ambiente, a Agenda 21 Brasileira é um instrumento de planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável do país, resultado de uma vasta consulta à população brasileira. Foi coordenadopela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS); construído a partir das diretrizes da Agenda 21 Global; e entregue à sociedade, por fim, em 2002. 23 • Os temas fundamentais da Agenda 21 estão tratados em 41 capítulos organizados em um preâmbulo e quatro seções: 1.Preámbulo Seção I. Dimensões sociais e econômicas 2.Cooperação internacional para acelerar o desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento das políticas internas conexas 3.Luta contra a pobreza 4.Evolução das modalidades de consumo 5.Dinâmica demográfica e sustentabilidade 6.Proteção e fomento da saúde humana 7.Fomento do desenvolvimento sustentável dos recursos humanos 8.Integração do meio ambiente e o desenvolvimento na tomada de decisões Seção II. Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento 9.Proteção da atmosfera 10.Enfoque integrado do planejamento e da ordenação dos recursos das terras 11.Luta contra o desmatamento 12.Ordenação dos ecossistemas frágeis: luta contra a desertificação e a seca 13.Ordenação dos ecossistemas frágeis: desenvolvimento sustentável das zonas montanhosas 14.Fomento da agricultura e do desenvolvimento rural sustentável 15.Conservação da diversidade biológica 16.Gestão ecologicamente racional da biotecnologia 17.Proteção dos oceanos e dos mares de todo tipo, incluídos os mares fechados e semi-fechados e as zonas costeiras, e o uso racional e o desenvolvimento de seus recursos vivos 18.Proteção da qualidade dos recursos de água doce: aplicação de critérios integrados para o aproveitamento, ordenação e uso dos recursos de água doce 19.Gestão ecologicamente racional dos produtos químicos tóxicos, incluída a prevenção do tráfico internacional ilícito de produtos tóxicos e perigosos 20.Gestão ecologicamente racional dos rejeitos perigosos, incluída a prevenção do tráfico internacional ilícito de rejeitos perigosos 21.Gestão ecologicamente racional dos rejeitos sólidos e questões relacionadas com as matérias fecais 22.Gestão inócua e ecologicamente racional dos rejeitos radioativos 24 • Os temas fundamentais da Agenda 21 estão tratados em 41 capítulos organizados em um preâmbulo e quatro seções: 1.Preámbulo ( continuação) Seção III. Fortalecimento do papel dos grupos principais 23.Preâmbulo 24.Medidas mundiais em favor da mulher para atingir um desenvolvimento sustentável e equitativo 25.A infância e a juventude no desenvolvimento sustentável 26.Reconhecimento e fortalecimento do papel das populações indígenas e suas comunidades 27.Fortalecimento do papel das organizações não-governamentais associadas na busca de um desenvolvimento sustentável 28.Iniciativs das autoridades locais em apoio ao Programa 21 29.Fortalecimento do papel dos trabalhadores e seus sindicatos 30.Fortalecimento do papel do comércio e da indústria 31.A comunidade científica e tecnológica 32.Fortalecimento do papel dos agricultores Seção IV. Meios de execução 33.Recursos e mecanismos de financiamento 34.Transferência de tecnologia ecologicamente racional, cooperação e aumento da capacidade 25 Agenda 21 Brasileira – A agenda 21 brasileira contou com a participação da população em várias conferências que mapearam as necessidades e desejos das comunidades através das Agendas locais que aconteceram em todo país. Plataforma das 21 ações prioritárias : Objetivo 1- Produção e consumo sustentáveis contra a cultura do desperdício ; Objetivo 2- Ecoeficiência e responsabilidade social das empresas ; Objetivo 3 - Retomada do planejamento estratégico, infra-estrutura e integração regional ; Objetivo 4 - Energia renovável e a biomassa ; Objetivo 5 - Informação e conhecimento para o desenvolvimento sustentável; Inclusão social para uma sociedade solidária; Objetivo 6- Educação permanente para o trabalho e a vida ; Objetivo 7 - Promover a saúde e evitar a doença, democratizando o SUS ; Objetivo 8- Inclusão social e distribuição de renda; Objetivo 9- Universalizar o saneamento ambiental protegendo o ambiente e a saúde, Estratégia para a sustentabilidade urbana e rural ; Objetivo 10 - Gestão do espaço urbano e a autoridade metropolitana; Objetivo 11 - Desenvolvimento sustentável do Brasil rural ; Objetivo 12- Promoção da agricultura sustentável ; Objetivo 13- Promover a Agenda 21 Local e o desenvolvimento integrado e sustentável ; Objetivo 14- Implantar o transporte de massa e a mobilidade sustentável ; Recursos naturais estratégicos: água, biodiversidade e florestas ; Objetivo 15 - Preservar a quantidade e melhorar a qualidade da água nas bacias hidrográficas ; Objetivo 16 - Política florestal, controle do desmatamento e corredores de biodiversidade ; Governança e ética para a promoção da sustentabilidade ; Objetivo 17- Descentralização e o pacto federativo: parcerias, consórcios e o poder local ; Objetivo 18- Modernização do Estado: gestão ambiental e instrumentos econômicos ; Objetivo 19- Relações internacionais e governança global para o desenvolvimento sustentável ; Objetivo 20- Cultura cívica e novas identidades na sociedade da comunicação ; Objetivo 21- Pedagogia da sustentabilidade: ética e solidariedade, 4 - Meios de implementação: mecanismos institucionais e instrumentos, 5 - Conflitos de interesses e o desenvolvimento sustentável ,6 - Do Rio a Johanesburgo: os avanços da última década no Brasil ,7- Um novo pacto social: a concretização da Agenda 21 26 • Em 1997, nos Estados Unidos, Rio+5, cinco anos após a Rio 92, a ONU promoveu um congresso, A 19ª Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas, mais conhecida como Rio+5 foi um congresso realizado em Nova Iorque, entre 23 e 27 de junho de 1997, onde se procurou identificar e avaliar as principais dificuldades de implementação da Agenda 21, criar parcerias politicas internacionais relacionadas às negociações ambientais. Este encontro favoreceu também parcerias em prol do Protocolo de Kyoto. Infelizmente, quanto aos avanços da Agenda 21, não houve grandes progressos, muito estava por se realizar. • Em 2002 , em Johanesburgo, acontece o encontro denominado Rio + 10, evento mundial , reuniu entre os dias 26 de agosto e 4 de setembro de 2002 , líderes mundiais com o objetivo avaliar a situação do meio ambiente global em função das medidas adotadas na CNUMAD (92), propostas na Agenda 21. Segundo Kohlere Philippi Junior,(2005), a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+10) centrou suas discussões em três temas principais: em torno dos compromissos governamentais para reduzir a pobreza e proteger o meio ambiente em países pobres, implantar a Agenda 21 e transferir recursos e tecnologia; reuniões paralelas para discutir a proposta de conversão da matriz energética para 10% de fontes renováveis e políticas de proteção da diversidade biológica; e reuniões e eventos paralelos promovidos pelas ONGS para discutir temas como pobreza, meio ambiente, questões de gênero e direitos humanos. • Em 2012 , no Brasil, segundo o PNUD/ Nações Unidas, A Conferência Rio + 20, possibilitou um amplo processo de participação social, principalmente na Cúpula dos Povos, coordenada pela SG/PR, reunindo representantes da sociedade civil nacional e internacional e contou com a presença de mais de 30 mil participantes por dia, estimulando o diálogo e a participação social qualificada. Deste encontro surge Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), oito objetivos internacionais de desenvolvimento para o ano de 2015, onde os 191 Estados membros da ONU na época e pelo menos 22 organizações internacionais, se comprometeram em empenhar-se para concretiza-los: Erradicar a pobreza extrema e a fome; Alcançar o ensino primário universal; Promover a igualdade de gênero e empoderar as mulheres; Reduzir a mortalidade infantil; Melhorar a saúde materna; Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças; Garantir a sustentabilidade ambiental; Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento. Figura 01: Lista dos oito objetivos do milênio que devem ser atingidosaté 2015 pelos mais de 190 países-membros da organização. Fonte: pensamentoverde. Ano: 2013. 27 Desenvolvimento Sustentável 28 4. Sustentabilidade Da observação das atividades antrópicas e os diferentes impactos ambientais, tanto positivos , quanto negativos, ao longo destas décadas, estamos caminhando para o tão sonhado Desenvolvimento Sustentável, que nada mais é, do que viver em harmonia com a natureza, podendo extrair seus recursos naturais com a certeza de que contaremos com os mesmos para a garantia da perpetuação das diferentes formas de vida na Terra. No mais recente compromisso assinado por líderes mundiais, vemos a esperança de que o acordo assinado possa se tornar realidade em pouco tempo. Vertentes como equidade social, educação, igualdade de gêneros, controle de pragas e doenças, indústria da transformação, inovação, infraestrutura, trabalho, crescimento econômico, paz e justiça, mudanças climáticas, dentre outros, são metas em que lideres mundiais estão veementemente empenhados em sua concretização. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS sucedem ao ciclo dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM (2000 a 2015), que a partir do cumprimento das metas tornou o Brasil referência mundial e um dos principais interlocutores na fase de negociação dos ODS, na ONU. O protagonismo internacional do Brasil nos ODS proporcionou ao país assento no Grupo de Alto Nível da ONU, que acompanha a implementação mundial da Agenda 2030 Segundo a ONU, em uma entrevista realizada em 2015, a então assessora especial do secretário-geral sobre o Plano de Desenvolvimento Pós-2015, Amina J. Mohammed, disse que um dos principais pontos do relatório é “a esperança e a oportunidade que temos diante de nós (…). Essa é a geração que pode fazer o que precisa fazer para vencer muitos dos atuais desafios. Então, se há alguma coisa que nós podemos tirar desse relatório, é que até 2030 podemos acabar com a pobreza, podemos transformar vidas e podemos encontrar formas de proteger o planeta enquanto fazemos isso”. 29 O conceito trabalhado desde a década de 60, logo após a publicação do estudo “Limites do Crescimento”, em abril de 1968, por especialistas do Clube de Roma, na Itália, em que enfatizaram as preocupações com o crescente consumo no mundo e os recursos limitados dos ecossistemas, e o futuro do Planeta Terra. Em 1987, o Relatório Brundtland , documento intitulado Nosso Futuro Comum (Our Common Future), publicado descreve o conceito que muito utilizamos até os dias de hoje sobre o desenvolvimento sustentável : “O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.” 5. Desenvolvimento Sustentável Para alcançar o Desenvolvimento Sustentável, os três pilares devem coexistir e interagir entre si de forma harmoniosa. Figura 02: Densenvolvimento- Tripé da Sustentanbilidade. MODIFICADO Fonte: Obvious Lounge. Ano: 2013. Cuidado do Planeta Proteção Ambiental; Recursos Renováveis e coeficiência; Gestão de Resíduos ; Gestão dos Riscos; Prosperidade Resultado Econômico Direitos dos Acionistas Competividade Relação entre clientes e fornecedores Dignidade Humana Direitos Humanos ; Direitos dos trabalhadores; Envolvimento com comunidade ; Transparência; Postura Ética; 30 Os 8 ODM Os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio Os ODM foram adotados com a proposta de promover uma abordagem global e uma estratégia coordenada pela promoção da dignidade humana e enfrentamento, simultâneo, de mazelas como pobreza, fome, doenças, analfabetismo, degradação ambiental e discriminação contra as mulheres. ONU estabeleceu 8 metas a serem cumpridas. Os Objetivos do Milénio não foram atingidos em todos os países, sendo possível destacar os seus benefícios e limitações. Figura 03: Lista dos oito objetivos do milênio que devem ser atingidos até 2015 pelos mais de 190 países-membros da organização. Fonte: pensamentoverde. Ano: 2013. 31 Sustentabilidade: os 17 ODS A nova agenda global de desenvolvimento Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram aprovados no dia 25 de setembro de 2015, na ONU, por 193 países e sua implementação teve início no dia 1°de janeiro de 2016. A nova Agenda de Desenvolvimento, ou Agenda 2030, exigirá um compromisso global ainda maior e o desenvolvimento de ações e políticas nacionais mais fortes e focadas no alcance dos 17 objetivos e 169 metas. Como os Objetivos do Milénio não foram atingidos até 2015, Os países participantes estenderam e seccionaram os 8 ODM. Foi criada a AGENDA 2030, com 17 ODS – Objetivos de desenvolvimento Sustentável, cuja meta principal e erradicar a fome no planeta Terra. Figura 04: Objetivos de desenvolvimento sustentável. Fonte: secretariadegoverno . Ano: 2016. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS fazem parte de um Protocolo Internacional da Assembleia Geral das Organizações das Nações Unidas - ONU, em que 193 Estados Membros das Nações Unidas assinaram um documento , inclusive o Brasil, “Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, no qual define a estratégia mundial para os próximos 13 anos para que se alcance as metas traçadas desde a Rio 92, almejada nos 8 ODM . Segundo o Governo Brasileiro, A Agenda 2030 representa uma ferramenta orientadora para planejamento de ações e políticas públicas perenes, capazes de levar o Brasil ao efetivo alcance do desenvolvimento sustentável. Em busca do equilíbrio entre a prosperidade humana com a proteção do planeta, seus principais alvos são: i) acabar com a pobreza e a fome; ii) lutar contra as desigualdades; e iii) combater mudanças climáticas. 32 Sustentabilidade: AGENDA 21 Figura 05: Agenda pós 2015 dos ODM para os ODS. Fonte: spactoglobal . Ano: 2015. Evolução do conceito... 33 Responsabilidade Socioambiental e Cidadania O caminho para o Desenvolvimento efetivamente Sustentável é longo, difícil e oneroso, mas é a única solução para a sobrevivência da espécie humana neste planeta. E implica, fundamentalmente, em uma mudança ainda mais difícil e sutil: a da mentalidade de um povo que se acostumou com as armadilhas de um processo colonialista, escravagista, extrativista e estúpido. Sem mudar mentalidades, sem transformar políticas públicas norteadoras de um futuro desejável, jamais sobreviveremos ao século XXI. Cidades Sustentáveis Buscar um melhor ordenamento do ambiente urbano primando pela qualidade de vida da população é trabalhar por uma cidade sustentável. Melhorar a mobilidade urbana, a poluição sonora e atmosférica, o descarte de resíduos sólidos, eficiência energética, economia de água, entre outros aspectos, contribuem para tornar uma cidade sustentável. O conceito de sustentabilidade evoluiu, não fica amarrado apenas em paradigmas de desenvolvimento econômico ou ambiental, permeia sobre o comportamento dos seres humanos , perpassando de cidade sustentável para cidades sustentáveis... Ecossistemas urbanos: Meta global da sustentabilidade para o planeta. 34 Práticas para a Sustentabilidade Sites www.pactoglobal.org.br 35 6. O Museu Como Espaço Educativo A preocupação educacional nos museus esteve presente desde a sua criação; contudo, é no século XX que esse aspecto ganha destaque, especialmente no que se refere às exposições e demais ações educativas realizadas (Marandino; Ianelli, 2012). A educação no museu segundo pode ser definida como um “Conjunto de valores, de conceitos, de saberes e de práticas que têm como fim o desenvolvimento do visitante; como um trabalho de aculturação, ela apoia-se notadamente sobre a pedagogia, o desenvolvimento, o florescimento e a aprendizagem de novos saberes. A educação, em um contexto mais especificamente museológico, está ligada à mobilização de saberes relacionados com o museu, visando ao desenvolvimentoe ao florescimento dos indivíduos, principalmente por meio da integração desses saberes, bem como pelo desenvolvimento de novas sensibilidades e pela realização de novas experiências “(Desvallées; Mairesse, 2013: P:38-39). Desta forma, os museus têm sido considerados lugares privilegiados para promover a cultura científica: são locais públicos, abertos, com vários espaços diversificados (sala de exposições, auditórios, ateliês, laboratórios, bibliotecas, cafeterias), frequentemente com ligações estritas a universidades e centros de investigação, que albergam coleções que podem ser expostas e utilizadas de diferentes modos, pontos de encontro ideais para cientistas e leigos (Delicado, 2004). Recursos audiovisuais, laboratórios, entre outros, são reconhecidas formas de estimular o aprendizado, mas nem sempre são recursos disponíveis na escola. Os museus e centros de ciências, além de estimular a curiosidade dos visitantes, oferecem a oportunidade de suprir, ao menos em parte, algumas das carências da escola (Vieira; Bianconi; Dias, 2005). Museus para uma sociedade sustentável foi o tema lançado pelo ICOM (Conselho Internacional de Museus) para o Dia Internacional de Museus, comemorado no dia 18 de maio de 2015. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Museus, durante a 13ª edição da Semana Nacional de Museus, resolve aderir à proposta temática do ICOM, e enfatizar o importante papel dos museus no processo de fomento à sustentabilidade por meio de suas boas práticas de atuação, e pela conscientização do público sobre a necessidade de uma sociedade mais cooperativa e solidária, cita a responsabilidade contemporânea dos museus perante a sustentabilidade, ao trazer essa causa para discussão, vem fomentar em toda a sociedade uma maior conscientização da ação do homem sobre nosso planeta e reforçar a necessidade urgente de alinhar nosso modelo econômico e social à perspectiva da continuidade e inovação. 36 Conhecendo o Sítio 37 7. A Península Situada na face leste da Baia de Todos os Santos e pertencente a bacia de drenagem natural de Itapagipe, a Península de Itapagipe possui uma área de 9,979 km², e uma população 159.050 habitantes, correspondendo a 6,51% da população da cidade de Salvador. De acordo com livro Caminho das Águas, são pertencentes à península os seguintes bairros: Boa Viagem, Bonfim, Calçada, Caminho de Areia, Jardim Cruzeiro/Vila Ruy Barbosa, Lobato, Mangueira, Mares, Massaranduba, Monte Serrat, Ribeira, Roma, Santa Luzia e Uruguai. A ocupação dessa área começou no século XVI, como local de veraneio para famílias de alta renda, porém a sua urbanização só teve inicio no século XVIII. Entre o final do XIX e meados do século XX começou o processo de industrialização na península, e as atividades de pesca e vilegiaturas ficaram em segundo plano, transformando-a em um subúrbio industrial. Foram instaladas na península industrias dos mais diversos tipos, sendo assim criado o primeiro Centro Industrial Baiano, como foi reconhecido pelo Escritório de Planejamento Urbano da Cidade de Salvador. O grande número de fábricas que foram instaladas na região geraram uma série de problemas ambientais. Um ponto relevante é a contaminação das águas por mercúrio, proveniente de uma antiga indústria, a Companhia Química do Recôncavo – CQR. A Enseada dos Tainheiros é o local de maior contaminação por metais pesados e esgotos da Baia de Todos os Santos. As fábricas que se destacaram foram: a Souza Cruz (tabco0, a Chadler ( chocolate), a Fratelli Vita e a Crush ( refrigerantes) e a Alfred(roupas). Outra questão ambiental preocupante é a pesca predatória, embora seja uma pratica proibida, com o uso de bombas, que põe em risco tanto as espécies marinhas quanto as edificações, pois abala as estruturas das mesmas. Figura 06: Vista aérea da Península de Itapagipe Fonte: (Nilton, Ano: 2015) 38 A Península Itapagipana é detentora de muitos dos pontos turísticos da cidade de Salvador, com elementos da arquitetura militar, religiosa e civil. Dentre eles, merecem destaque o Memorial de Irmã Dulce, o Solar Amado Bahia, a Igreja do Bonfim, a Igreja de Boa Viagem, o Forte do Monte Serrat e a Ponta de Humaitá. Figura 08: Solar Amado Bahia Fonte: Voz da Bahia. Ano: 2015 Figura 07: Memorial de Irmã Duce Fonte: irmadulce Ano: 2016 Titulo: Igreja do Bonfim.. Figura 09: Igreja do Bonfim Fonte: Fabio Marconi.Ano: 2016 Figura 10: Igreja da Boa Viagem. Fonte: Salvador Cultura.Ano: 2016 Figura 11: Forte Monte Serrat Fonte: Jornal Grande Bahia.Ano: 2016 Figura 12: Ponta de Humaitá Fonte: Costa. Ano: 2016 39 O mapa abaixo mostra a localização de cada marco histórico na Península de Itapagipe. Dentro do bairro de Boa Viagem nos encontramos dois deles, a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem e o Santuário de Irmã Dulce. Figura 13: Mapa de marcos visuais Fonte: Produção pessoal Legenda Solar Amado Bahia Igreja do Bonfim Ponta de Humaitá Forte do Monte Serrat Igreja da Boa Viagem Santuário de Irmã Dulce 40 8. O Bairro da Boa Viagem O bairro de Boa Viagem se formou no entorno da Igreja de nossa Senhora da Boa Viagem, fundada entre 1712 e 1714, de estilo barroco português. Teve como os primeiros moradores índios catequizados, pescadores e marinheiros. Como passavam muito tempo no mar, começaram a buscar a proteção no Senhor dos Navegantes, surgindo ai principal festa popular do bairro, a travessia marítima de Bom Jesus dos Navegantes. O bairro é delimitado pelas vias: Avenida Dendezeiros, Rua Imperatriz e a Avenida Luiz Tarquínio. É ocupado por uma Zona Predominantemente Residencial(ZPR-3) de uso uni e multiresidencial, tendo pequenos comércios para atender a vida local, como mercados, restaurantes, bares, escolas e farmácias. Juntamente com o Monte Serrat, Bonfim, Massaranduba, Ribeira, Itapagipe e Mares faz parte da Segunda Região Administrativa de Salvador. Possui um gabarito de altura de vinte e quatro metros, com exceção da área de bora marítima, onde o gabarito máximo permitido é de doze metros de altura. Titulo: Limites do Bairro da Boa Viagem Figura 14: Limites do Bairro da Boa Viagem Fonte: O Caminho das Águas em Salvador. 9. Sistema Viário O terreno está localizado na Avenida Luiz Tarquínio, que é uma via local, sem fluxo intenso, e possui uma quantidade de pontos de ônibus suficiente para atender a demanda. Nas sua proximidades existe a Avenida Dendezeiros, que é uma via coletora, e o encontro entre a Avenida Fernandes da Cunha e a Avenida Caminho de Areia, vias arteriais. Figura 15: População Residente na PB-V Cidade Baixa. Fonte: Base Google/edição feita pelo autor. 41 Legenda Via Arterial Via Coletora Local do Terreno Ponto de ônibus existente Via Local 10.Gabarito de Altura De acordo com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador, o gabarito de altura do local onde está sitiado o terreno é de 12m. Figura 16: Mapa de Gabarito de Altura. Fonte: Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador. Ano: 2016 42 Legenda Legenda 11. Mapa de escolas O mapa mostra as escolas situadas na Península de Itapagipe, tanto públicas quanto particulares. O Colégio Estadual Luiz Tarquínio e o Colégio da Polícia Militar Luiz Tarquínio são os únicos dentro do bairro de Boa Viagem. Figura17: Levantamento de escolas da região Fonte: Produção pessoal. 43 44 12. Características Populacionais O bairro de Boa Viagem está incluso na Prefeitura Bairro V Cidade Baixa. A PB-V é responsável por 14 bairros: Calçada, Mares, Santa Luzia, Lobato, Uruguai, Caminho de Areia, Roma, Vila Ruy Barbosa/Jardim Cruzeiro, Massaranduba, Mangueira, Bonfim, Boa Viagem, Monte Serrat, Ribeira. Segundo dados do IBGE, o bairro da Boa Viagem é o menos populoso da PB-V, com 2.322 habitantes ( gráfico V.1),. Figura 19: População Residente na PB-V Cidade Baixa. Fonte: Painel de informações, Informs, CONDER. O índice de analfabetismo na população residente diminuiu de 1991 a 2010, embora aindaexista uma alta taxa taxas de analfabetos acima dos 15 anos em alguns bairros ( gráfico V.3). No ano de 200 os chefes de família tinham de 4 a 7 anos de estudo 9 conforme tabela V). Figura 18: População Residente não alfabetizada Fonte: Painel de informações, Informs, CONDER. 45 A PB-V Cidade Baixa é composta por 16 Unidades de Desenvolvimento Humano (UDH), segundo dados publicados no Atlas de Desenvolvimento Humano das Regiões Metropolitanas Brasileiras (PNuD; iPea; fJP, 2014). A Figura V.5 apresenta a classe de IDHM das UDHs desta prefeitura-bairro para os anos de 2000 e 2010, onde observa-se, neste último ano, a predominância da classe alta. O bairro da Boa Viagem evoluiu da faixa de IDH médio para IDH alto. Figura 20: Zonas Especiais de Interesse Social. Fonte: Painel de informações, Informs, CONDER. Figura 21: Classificação das UDHs. Fonte: Painel de informações, Informs, CONDER. 46 13.A Companhia Empório Industrial do Norte Foi com a criação da Companhia Empório Industrial do Norte, uma das três industrias têxteis criadas em 1891, que o bairro de Boa Viagem ganhou notoriedade. A Empório foi a maior indústria têxtil baiana, com maior número de teares, operários e maior produção de tecidos crus. O seu fundador, Luiz Tarquínio, ficou conhecido como o “ Mauá Baiano”, pelo seu espírito empreendedor e pela noção de realidade industrial e economia que ele possuía. Estando a frente do seu tempo, foi influenciado por ideais europeus desde o inicio do século XIX. A fábrica foi construída em uma área de 21.600m², com estrutura em ferro pré-fabricada da Europa e alvenaria. Abrigava no térreo todo a parte de maquinário e serviços e no pavimento superior ficava a parte administrativa e o almoxarifado. O responsáveis pela construção da fábrica foram os engenheiros August Weillemann e Augusto Frederico de Lacerda Juntamente a vila, Luiz Tarquínio inaugurou a primeira vila operária do país. A Vila Operária da Boa Viagem possuía toda infraestrutura para abrigar os trabalhadores da fábrica. Contava com escolas, armazéns, creches, consultório médico e biblioteca, além da praça com dois coretos que integrava a área comum da vila. Titulo: Companhia Empório Industrial do Norte e a Vila Operaria. Figura 22: Companhia Empório Industrial do Norte e a Vila Operaria Fonte: UEFS – Universidade Federal de Feira de Santana. Figura 23: A praça da vila operária. Fonte: UEFS – Universidade Federal de Feira de Santana. 47 14.Análise de fatores climáticos A qualidade termodinâmica de uma espaço é determinada pela análise de fatores naturais, como a topografia, e o entorno, como vias e edificações existentes, para considerar a implantação, as aberturas e os vazios. A ventilação e insolação estão relacionados com a orientação do traçado urbano, indicando a melhor disposição da edificação no lote e a melhor orientação para suas aberturas, principalmente em uma cidade de clima quente e úmido como Salvador. A cidade avança sobre o Oceano Atlântico, e essa condição implica numa intensa radiação solar com média de 219,6 horas de sol por mês, com um ar com temperatura média de 25,5ºC no verão, e uma umidade relativa do ar de 80%, sendo maior nas madrugadas devido a brisa marítima. Um análise feita utilizando o aplicativo SOL-AR mostra que a Frequência de Ocorrência de Ventos na cidade de Salvador vem da direção Sudeste e Sul. No verão a incidência principal vem da direção Leste. A menor incidência de ventos é da direção Sudoeste, principalmente no outono. Já a análise de Ventos Predominantes mostra que a predominância de ventos alísios está em todas as direções, de Nordeste a Sudoeste. Mas visto que Salvador não possui condições climáticas bem definidas, as épocas mais importantes para a região são a Primavera e o Verão, com predominância de velocidade nas direções Leste e Sudeste, com variação de 6m/s. A pior ventilação vem do Norte, a 1m/s, no verão. Figura 24: Frequência e Predominância de Ventos. Fonte: SOL-AR.Ano: 2018. 48 O sol começa a incidir na Península de Itapagipe as 7:30 da manhã e permanece nas ruas até o por do sol, por volta das 17:00h, nascendo a leste e se pondo a oeste. A Avenida Luiz Tarquínio está localizada de Nordeste à Sudeste. O poente tem maior incidência no lado esquerdo, visto que é borda marítima e sofre influencia da radiação refletida pela água, contribuindo para aumentar a temperatura do ar e a sua umidade, devido a evaporação da água. A rua foi orientada de acordo com a própria morfologia da topografia, o que favorece os ventos e possibilita menor insolação. Nascente Poente Maior incidência de ventos Oceano Atlântico Figura 25: Croqui de estudo climático Fonte: Produção pessoal. 49 15. Legislação A Boa Viagem, é definido como uma Zona Predominantemente Residencial 2. LEGENDA: LOUOS– Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo de Salvador. Figura26:Mapa de Zoneamento. Fonte: Sucom, 2016 MAPA: ZONEAMENTO 50 Legislação Art. 274. São diretrizes para a Borda da Baía de Todos os Santos: I - valorização e aproveitamento do potencial turístico e de lazer da Baía de Todos os Santos, com estímulo ao desenvolvimento de atividades náuticas e aquelas de apoio, bem como à implantação de complexos ou empreendimentos de entretenimento e lazer, e atividades voltadas para a cultura, o esporte e o turismo, como hotéis, marinas, restaurantes, museus e teatros, resguardando as características da paisagem e as funções urbanas predominantes em cada trecho; II - valorização e requalificação dos espaços e equipamentos de uso público e tratamento específico para o uso e a ocupação nas áreas de entorno dos monumentos arquitetônicos e históricos contidos em cada trecho da Orla da Baía; III - regularização fundiária – urbanística e jurídico-legal – dos assentamentos precários urbanizáveis e reassentamento das áreas não urbanizáveis, especialmente nos casos de encostas íngremes e instáveis, nas áreas de influência das marés, em áreas inundáveis e de preservação permanente. 51 Legislação I - preservação da paisagem da Península de Itapagipe, assegurando a visualização de marcos importantes para a imagem da Cidade de Salvador, a exemplo da Colina do Bomfim, das praias da Boa Viagem, da Penha e da Ribeira e da Ponta de Humaitá; II - aproveitamento do potencial náutico da Península de Itapagipe, mediante incentivo para implantação de marinas, atracadouros e equipamentos de apoio à s atividades relacionadas à economia do mar; III - implementação de programas para a instalação de centros de cultura e de entretenimento nas antigas estruturas industriais existentes, a exemplo de complexos esportivos e centros educacionais, funcionando como elementos de atratividade integrados aos circuitos de turismo e lazer; IV - recuperação e conservação da qualidade ambiental da Enseada dos Tainheiros; V - regularização fundiária – urbanística e jurídico-legal – dos assentamentos precários urbanizáveis e reassentamento das áreas não urbanizáveis, principalmente aqueles em áreas de influência das marés; VI - tratamento urbanístico e paisagístico da linha férrea existente, privilegiando as funções de lazer, turismo e moradia, evitando a desvalorização das áreas adjacentes aos corredores. • A legislação citada acima, prevê o incentivo de projetos que estimulam a cultura neste trecho, assim como o MAMB, que pretende levar este tipo de entretenimento ao bairro da Boa Viagem e adjacentes. §2º São diretrizes específicas para o Trecho 2 – Enseada dos Tainheiros até a Calçada: 52 Projetos de Referência 53 16. Museu de História Natural de Valparaíso O Museu de História Natural de Valparaíso está localizado em Condrell 1546, em Valparaíso, no Chile. O projeto data o ano de 2014, possui uma área de 900m2, e é do escritório de arquitetura SUMO arquitectura y diseño. O percurso do museu simula um corte transversal na região de Valparaíso, de forma que o visitante faça um passeiopor toda a biodiversidade da região. O traço passa desde as fossas submarinas, onde não existe a vida humana, até a altura dos cumes do Aconcágua, mostrando desde microrganismos, até as plantas e animais, de pequeno e grande porte. O museu busca apoio no lúdico para atrair o público, a exemplo da sala das sementes, onde você entra em uma própria semente para descobrir a diferença sobre cada tipo. O museu também faz uso da tecnologia, através da realidade virtual, representando organismos e animais. Um fato interessante é a inexistência de qualquer tipo se ser vivo dentro das instalações do edifício, toda exposição utiliza replicas em escala real para suprir a necessidade de representação física de plantas e animais. Figura 27: Oraganização da área expositiva.c Fonte: Archdaily. Ano: 2014 Figura 28: Área expositiva. Fonte: Archdaily. Ano: 2014 Relevante para o projeto 54 17. Museu Zhao Hua Xi Shi Localizado em Pequin, na China, o museu Zhao Hua Xi Shi possui uma área de 2500m²,´e foi projetado pelo IAPA Desing Consultants. O Yin Ma Chuan da Grande Muralha significa “ Felicidade da Mãe Terra” e é o primeiro centro cultural ao pé da Grande Muralha. O museu tem ênfase exclusiva na proteção do meio ambiente e a cultura da arte. Nos seus espaços interiores e exteriores contrastam pedra, aço, madeira e cânhamo. Sua estrutura modular é conectada por galerias, pontes e plataformas, que visão integrar o espaço interno e externo, e criar um ambiente agradável. Os bambus presentes nos tetos são tingidos localmente, e em conjunto com as tabuas de madeira reciclada criam uma estética que representa o patrimônio natural da região. Figura 29: Integração entre os espaços externos e internos. Fonte: Archdaily. Figura 30: Plataforma de observação. Fonte: Archdaily. Figura 31: Contraste entre a madeira e o aço. Fonte: Archdaily. Relevante para o projeto 55 18. Museu de História Natural de Xangai O novo Museu de História Natural de Xangai foi projetado pela arquiteto Ralph Johnson, e foi inaugurado no ano de 2015. O museu possui uma área de 44.517m², com mais de 10.000 artefatos dos sete continentes em exposição. O edifício possui inúmeros espaços de exposição, além de um teatro 4D. O prédio responde ao sol, usando uma pele de vidro inteligente que maximiza ou reduz a luz solar. A temperatura do edifício é controlada por sistema geotérmico, que que utiliza a energia da terra, e as água pluvial do telhado jardim é armazenada na lagoa, junto com as águas recicladas. O átrio central possui mais de 30m de altura, e é responsável pela distribuição de luz natural, filtrada por uma parede vidro inspirada na formação celular de plantas e animais. A parede viva a leste do museu representa a vegetação da terra e a parede de pedra ao norte, o movimento das placas tectônicas e os gran canyons erodidos por rios. Figura 32: Átrio de iluminação central. Fonte: Archdaily. Ano: 2015 Figura 33: Fachada de parede viva Fonte: Archdaily. Ano: 2015 Relevante para o projeto 56 Diretrizes Projetuais 57 19. Programa de Necessidades e Pré- dimensionamento O programa de necessidades tem como objetivo principal reunir as informações sobre a futura edificação. Já o pré- dimensionamento é uma estimativa inicial das áreas doa ambientes, baseado nas atividades que serão realizadas no espaço. MUSEU ( ESPAÇO PÚBLICO CONTROLADO ) ENTRADA DE VISITANTES Setor de entrada Ponto de informação Guarda Volumes Espaço de convivência Café / Bar Loja Sala de conferências OBRAS E PEÇAS Exposições permanentes Exposições temporárias Auditório Administração Direção Catálogos Edição Biblioteca ADMINISTRAÇÃO ( ESPAÇO FECHADO AO PÚBLICO ) RESTAURAÇÃO Depósito Reserva técnica Restauro e conservação 58 MUSEU Setor de entrada 1 Cabines de atendimento + balcão + bancos para espera 80 Ponto de Informação 1 Balcão de atendimento + armários 10 Guarda-Volumes 1 Balcão de atendimento + armários 7 Espaço de Convivência 1 Pátio interno de convivência Café/Bar 1 Cozinha + balcão + mesas 70 Loja Balcão de atendimento + armários/ estantes/prateleiras 40 Exposições permanentes 700 Exposições temporárias Auditório 1 Capacidade para 300 lugares 400 AMBIENTES QUANTIDADE ESPECIFICAÇÃO ÁREA (m²) Administração Recepção 1 Balcão de atendimento + espera 30 Secretária 1 Mesa de trabalho + armários 25 Direção Administrativa 1 Mesa de trabalho + armários 25 Recepção 1 Balcão de atendimento + espera 30 Secretária 1 Mesa de trabalho + armários 25 Direção Administrativa 1 Mesa de trabalho + armários 25 Departamento pessoal 1 Mesa de trabalho + armários 25 59 Administração Departamento financeiro 1 Mesa de trabalho + armários 15 Departamento técnico 1 Mesa de trabalho + armários 15 Departamento de museologia 1 Mesa de trabalho + armários 14 Coordenação 2 Mesa de trabalho + armários 28 Laboratório de pesquisa 1 50 Laboratório de restauro 1 40 Sala de Reuniões 1 Mesa de trabalho + assentos + armários 25 Sala de funcionários 1 Mesa de trabalho + assentos Curadoria 1 14 Documentação 1 Mesas e computadores 15 Biblioteca 1 Capacidade para 60 pessoas + estantes 100 Sala de edição 1 Mesas e computadores 15 Espaço de convivência 1 Pátio interno de convivência Central de segurança 1 Mesas e monitores de controle 17 60 Apoio e Serviços Banheiro feminino 40 Banheiro masculino 40 Banheiros Acessíveis 5 Depósito (Geral) 1 15 Oficina 1 30 Almoxarifado 1 14 Reserva Técnica 45 Vestiários Previstos para os funcionários 40 Copa 1 Apoio para os funcionários 30 Casa de bombas 50 Reserva de incêndio 26 Reserva de água 26 Casa de lixo Coleta seletiva 11 Estacionamento Dimensões recomendadas por vaga: 2,50 x 5,0 m Carga e descarga 1 Dimensões recomendadas: 4,0 x 12,0 m (Prevista para a área livre) 65 Gerador Cabine técnica Controle de luz e som 12 DML Cada setor deverá apresentar, no mínimo, um DML. 6 Total 2,281 61 20.SETORIZAÇÃO Legenda Garagem Escada emergência Banheiros Setor de educação Setor Funcionários Auditório Biblioteca Foyer Área expositiva Circulação Circulação funcionários Circulação vertical Setor de entrada 62 Legenda Monta cargas Escada emergência Banheiros Setor de educação Setor Funcionários Circulação restrita Biblioteca Mirante Área expositiva Circulação Circulação funcionários Circulação vertical Área gourmet 63 21. FLUXOGRAMA PAVIMENTO TÉRREO 64 PAVIMENTO SUPERIOR MESANINO 65 22. CONCEITO E PARTIDO O conceito do Museu do Meio Ambiente é conscientização. CONCIENTIZAR – TORNAR CONSCIENTE, INFORMAR, CLARIFICAR. Figura 34: A tomada de consciência. Fonte: https://lamenteesmaravillosa.com/la-toma-de-conciencia-para- sanar/ O partido tende a aproximar a população, afim de conscientiza-los sobre a importância da preservação do recursos naturais, partindo do pressuposto que é essencial para a vida humana. Os materiais usados na conformação do MAMB, trazem o foco da sustentabilidade. O vidro na edificação consegue integrar o meio externo ao interno, conseguindo valorizar a paisagem deslumbrante da Baia de Todos os Santos. A madeira por sua vez, consegue transmitir a leveza em sua estrutura, assim como a natureza consegue trazer equilíbrio e aconchego ao local. 23. APRESENTAÇÃO DO PROJETO 66 O MAMB surge como um espaço interativo voltado para as questões ambientais. Com o foco na Educação Ambiental e na Sustentabilidade, o projeto mescla a aplicabilidade da educação ambiental com o espaço expositivo, com o programa disposto em dois pavimentos com mezanino. No Pavimento Térreo estão concentradas as atividades gratuitas, voltadas principalmente para a educação. Dispondo de salas de aula, salas de oficinas, salas multimídia, uma sala de conferência, auditório e a área de exposição temporária e dos produtos das oficinas. O Mezanino dispõe da biblioteca e área administrativa. O Pavimento Superior concentra a área de exposições permanentesdo museu. A área expositiva oferece um passeio pelos biomas brasileiros, a sala de vida marinha, exposição de fósseis e sala do futuro. Esta ultima fala especificamente sobre os impactos causados pela destruição ambiental, mostrando o panorama futuro causado pelo descuido ambiental. Buscando diretrizes projetais na Sustentabilidade, uma série de soluções arquitetônicas foram tomadas. Todo museu faz uso da iluminação e ventilação natural, com uso de perfis laminados que possibilitam a passagem de luz e vento. A área expositiva conta também com uma claraboia um shed, que capita toda ventilação da borda marítima. O projeto também busca a reutilização de materiais, como é o caso da utilização da madeira plástica nas esquadrias, jardim vertical e deck da edificação. A área externa é disposta de ambientes de convivência e integração do público com a natureza. Buscando uma inclusão de todos, o jardim sensorial, traz a uma experiência de contato com a natureza baseada nos sentidos, principalmente o tato, olfato e audição. Trazendo a toma o histórico do sítio e a reutilização de materiais, a vila gourmet conta com o reuso dos contenderes da antiga companhia do local, adaptados para quiosques. 67 Agenda 2. http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21.html– acesso em 22/10/2018. BRASIL, SALVADOR. LEI Nº 9.281, 2017. Institui normas relativas à execução de obras e serviços do Município do Salvador, e dá outras providências. Câmara Municipal, Bahia, SSA, p. 1-40. BRASIL, SALVADOR. LEI Nº 9069/2016. Dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do CARDOSO, Cecilia Rosana Carneiro. As fábricas na península de Itapagipe, maio de 2011. Arquitextos 132.06. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.132/3894. Último acesso em agosto de 2018. CAVALCANTI,Lorena.http://www.sustentabilidades.com.br/index.php?option=com_content&view=articl e&id=38:arquitetura-sustentavel-o-que-e-um-projeto-sustentável. Último acesso em setembro de 2018. Clube de Roma . http://www.clubofrome.org/. Último acesso em setembro de 2018. COHEN, Regina, et al., Acessibilidade a museus , caderno museológicos, vol. 2. Brasília, 2012. CONDER, Companhia de Desenvolvimento do Estado da Bahia. Painel de Informações, Dados Socioeconômicos e Culturais. Salvador, agosto de 2016. CONDER, Companhia de Desenvolvimento do Estado da Bahia. Painel de Informações, Dados Socioeconômicos e Culturais. Salvador, agosto de 2016. DELAQUA, Victor. Museu Zhao Hua Xi Shi. Archdaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/869239/museu-zhao-hua-xi-shi-iapa-design-consultants. Último acesso em setembro de 2018. DELAQUA, Victor. Museu Zhao Hua Xi Shi. Archdaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/869239/museu-zhao-hua-xi-shi-iapa-design-consultants. Último acesso em setembro de 2018. 25. Referências 68 FERREIRA, Ivonne- PNUD. os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis. Disponível em: http://www.secretariadegoverno.gov.br/noticias/2016/janeiro/dos-objetivos-de- desenvolvimento-do-milenio-aos-objetivos-de-desenvolvimento-sustentáveis. INFORMS. Disponível em < http://www.informs.conder.ba.gov.br/ >. Último acesso em setembro de 2018. MOUSINHO, P. Glossário. In: Trigueiro, A. (Coord.) Meio ambiente no século 21.Rio de Janeiro: Sextante. 2003.http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-globa. Último acesso em setembro de 2018. MOUSINHO, P. Glossário. In: Trigueiro, A. (Coord.) Meio ambiente no século 21.Rio de Janeiro: Sextante. 2003.http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-globa. Último acesso em setembro de 2018. Município de Salvador. Câmara Municipal, Bahia, SSA. PACTO GLOBAL.www.pactoglobal.org.br. Último acesso em setembro de 2018. PEDROTTI, Gabriel. Museu de História Natural de Valparaíso. Archdaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/771555/museografia-museu-de-historia-natural-valparaiso-sumo-arquitectura- y-diseno. Último acesso em agosto de 2018. SANTOS ELISABETE, et all. O Caminho das Águas em Salvador, Bacias Hidrográficas, Bairros e Fontes, 2010 SOUZA, Eduardo. Museu de História Natural de Xangai. Archdaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/766284/museu-de-historia-natural-de-xangai-perkins-plus-will. Último acesso em Setembro de 2018. SOUZA, Eduardo. Museu de História Natural de Xangai. Archdaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/766284/museu-de-historia-natural-de-xangai-perkins-plus-will. Último acesso em Setembro de 2018. Referências 69 Glossário Adubo orgânico e mineral. (1) Matéria que se mistura à terra para corrigir deficiências e aumentar a fertilidade. Os adubos orgânicos contribuem para aumentar de forma imediata o húmus do solo. Os adubos minerais completam e enriquecem as matérias nutritivas, como o potássio e o cálcio. (2) Adubo orgânico é considerado como restos de alimentos vegetais e esterco de animais que se misturam à terra para fertilizá-la. Acessibilidade Ambiente Natural /Meio ambiente – O conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. 1. conjunto de elementos abióticos (energia solar, solo, água e ar) e bióticos (organismos vivos) que integram a fina camada da Terra chamada biosfera, sustentáculo e lar dos seres vivos. Abiótico. (1) Condições físico-química do meio ambiente, como a luz, a temperatura, a água, o pH, a salinidade, as rochas, os minerais entre outros componentes. (2) Caracterizado pela ausência de vida. Lugar ou processo sem seres vivos. (GOODLAND, 1975). (3) Lugar ou processo sem seres vivos. Caracterizado pela ausência da vida. Que não tem ou não pentence à vida. Diz-se dos fatores químicos ou físicos naturais. Os fatores químicos incluem elementos inorgânicos básicos, como cálcio (Ca), oxigênio (O), carbono (C), fósforo (P), magnésio (Mg), entre outros, e compostos, como a água (H2O), o gás carbônico (CO2) etc. Os fatores físicos incluem umidade, vento, corrente marinha, temperatura, pressão, luminosidade, energia, velocidade, estado energético, momentum, massa, amplitude, freqüência, etc.. (3) Sem vida; aplicado às características físicas de um ecossistema. Por exemplo: elementos minerais, a umidade, a radiação solar e os gases. Bacia hidrográfica – Toda a área drenada por um determinado curso d’água e seus tributários, delimitada pelos pontos mais altos do relevo. Esses pontos mais altos são chamados de divisores de águas Biodiversidade – Termo que se refere à variedade de genótipos, espécies, populações, comunidades, ecossistemas e processos ecológicos existentes em uma determinada região. Pode ser medida em diferentes níveis: genes, espécies, níveis taxonômicos mais altos, comunidades e processos biológicos, ecossistemas, biomas, e em diferentes escalas temporais e espaciais. 70 Glossário Cidadania: qualidade ou condição de cidadão. JURÍDICO (TERMO), condição de pessoa que, como membro de um Estado, se acha no gozo de direitos que lhe permitem participar da vida política. Contaminação : Introdução, no meio, de elementos em concentrações nocivas à saúde humana, tais como organismos patogênicos, substâncias tóxicas ou radioativas. Degradação: Ação ou efeito de degradar ou de se degradar. Depravação de ordem moral; aviltamento. Ação de destruir ou estragar; destruição: degradação atmosférica. Processo ou desenvolvimento espontâneo que causa decomposição ou desgaste. Ecologia: [Biologia] Ciência que se caracteriza pelo estudo das relações entre os seres vivos; estudo das relações dos seres vivos com o meio orgânico ou inorgânico (em que vivem). Ecossistema – Unidade que, abrangendo o conjunto de seres vivos e todos os elementos que compõem determinado meio ambiente, é considerada um sistema funcional de relações interdependentesno qual ocorre uma constante reciclagem de matéria e um constante fluxo de energia. Fatores Abióticos ou Meio abiótico : elementos do meio ambiente natural/ ecossistemas, que não possuem vida . fatores , s.m.pl. Aqueles que fazem alguma coisa; agentes. Elementos que contribuem ou influenciam na obtenção de um resultado; condições,...abióticos- Abióticos é o plural de abiótico. Relativo à abiose. Em que não pode haver vida. Azóico. Fatores Bióticoa ; elementos do meio ambiente natural/ecossistemas que possuem vida.Bióticos é o plural de biótico. Relativo à vida. Etimologia (origem da palavra biótico). Do grego biotikós. 71 Glossário Fauna: sf, A vida animal, com exclusão da espécie humana. Conjunto das espécies animais de uma região, ambiente ou meio específico: fauna brasileira. Etimologia (origem da palavra fauna). Do latim Fauna. Flora: sf, Conjunto das plantas que crescem numa região, país ou ambiente. Livro com a descrição das plantas de um país ou região, determinando e registrando suas espécies. Conjunto das plantas que florescem numa determinada época do ano ou num ambiente específico. Reunião das plantas que têm um propósito ou são usadas de uma maneira específica: flora medicinal. Holística : adj, Que busca entender os fenômenos ou a realidade por completo, e não somente como resultado da união de suas partes; que analisa e entende algo por inteiro. [Medicina] Tratamento que analisa a pessoa como um todo, não somente como um conjunto de seus sintomas; medicina holística. [Filosofia] Relativo ao holismo, à filosofia que busca tudo abranger. Etimologia (origem da palavra holística). Feminino de holístico; de holista + ico. Multiplicadores Ambientais: aquele que ajuda a criar ambiente favorável. Ambientais vem do verbo ambientar. Criar ambiente favorável. Adaptar-se, habituar-se, integrar-se... Multiplicadores é o plural de multiplicador. Que ou quem multiplica. Matemática Num produto, o fator que desempenha o papel de... Poluição: sf, , Degradação do meio ambiente provocada pela ação do homem; deterioração das propriedades, químicas ou físicas, de um ecossistema, pelo acúmulo ou retirada de suas substâncias: poluição do ar. [Figurado] Resultado da ação de sujar, de alterar, de modificar ou de prejudicar alguma coisa: poluição sonora. Etimologia (origem da palavra poluição). Poluir + ção. Reciclagem – Retorno ao sistema de produção de materiais descartados (papel, vidro, latas etc.) ou restantes de processos produtivos e de consumo, para destiná-los à fabricação de novos bens, com o objetivo de economizar recursos e energia 72 Anexo: Fachadas 73 74 75 76
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