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DANIELA CUNHA- MAMB- CADERNO TFGI

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Daniela Veiga Cunha
UNIFACS – Universidade Salvador
Salvador
2018
MAMB
Museu do Meio Ambiente
Daniela Veiga Cunha
UNIFACS – Universidade Salvador
Campus Tancredo Neves, Arquitetura e Urbanismo
MAMB:
Museu do Meio Ambiente
Salvador
2018
Daniela Veiga Cunha
MAMB:
Museu do Meio Ambiente
Salvador
2018
Trabalho de Conclusão de Curso, do
curso de Arquitetura e Urbanismo, da
Universidade Salvador, como requisito
para a obtenção do título de Bacharel
em Arquitetura e Urbanismo.
Orientador (a):professora Mabel
Zambuzzi.
Dedico este projeto a minha mãe, Anna Dalva, 
que sempre se dedicou a cuidar do Meio 
Ambiente.
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Lista de Figura
Figura 01: Lista dos oito objetivos do milênio que devem ser atingidos até 2015 pelos mais de 190 países-
membros da organização. 
Figura 02: Densenvolvimento- Tripé da Sustentanbilidade. MODIFICADO 
Figura 03: Lista dos oito objetivos do milênio que devem ser atingidos até 2015 pelos mais de 190 países-
membros da organização. 
Figura 04: Objetivos de desenvolvimento sustentável. 
Figura 05: Agenda pós 2015 dos ODM para os ODS. 
Figura 06: Vista aérea da Península de Itapagipe. 
Figura 07: Memorial de Irmã Duce
Figura 08: Solar Amado Bahia 
Figura 09: Igreja do Bonfim 
Figura 10: Igreja da Boa Viagem. 
Figura 11: Forte Monte Serrat. 
Figura 12: Ponta de Humaitá. 
Figura 13: Mapa de marcos visuais 
Figura 14: Limites do Bairro da Boa Viagem Fonte: O Caminho das Águas em Salvador. 
Figura 15: População Residente na PB-V Cidade Baixa. 
Figura 16: Mapa de Gabarito de Altura. 
Figura17: Levantamento de escolas da região. 
Figura 18: Gráfico V.3 - População Residente não alfabetizadaFonte: Painel de informações, Informs, CONDER. 
Figura 19: Gráfico V.1 - População Residente na PB-V Cidade Baixa. 
Figura 20: Zonas Especiais de Interesse Social. 
Figura 21: Classificação das UDHs. 
Figura 22: Companhia Empório Industrial do Norte e a Vila Operaria. 
Figura 23: A praça da vila operária.. 
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Lista de Figura
Figura 24: Frequência e Predominância de Ventos. 
Figura 25: Croqui de estudo climático. 
Figura26: Mapa de Zoneamento. 
Figura 27: Organização da área expositiva.
Figura 28: Área expositiva. 47
Figura 29: Integração entre os espaços externos e internos. 48
Figura 30: Plataforma de observação. 48
Figura 31: Contraste entre a madeira e o aço.48
Figura 32: Átrio de iluminação central. 49
Figura 33: Fachada de parede viva.49
RESUMO
7
O presente trabalho tem como objetivo criar um espaço
interativo social para sensibilizar as pessoas quanto a importância da
preservação ambiental, tendo como tema a Educação Ambiental. Após a
definição do tema, o objeto escolhido para sua abordagem foi um Museu. O
MAMB tem como público alvo jovens estudantes e as comunidades de Zeis
da Península Itapagipana, trazendo um programa lúdico que mistura teoria e
prática, através do programa expositivo e das oficinas com materiais
recicláveis. Para alcançar o objetivo final deste trabalho, foi traçado um
percurso metodológico divido em quatro etapas, desde a escolha do tema
até o projeto preliminar de arquitetura, que foram desenvolvidas durante a
concepção do Trabalho Final de Graduação I.
8
Trabalho de Final de Graduação
apresentado ao curso de Arquitetura e
Urbanismo da UNIFACS - Universidade
Salvador, como requisito para a
obtenção do título de Bacharel em
Arquitetura e Urbanismo.
Orientador (a): Mabel Zambuzzi.
10
Meio Ambiente
Sustentabilidade
Consciência
Ambiental
Responsabilidade
Ecológica
Fauna
Flora +
Reciclagem
INTRODUÇÃO:
Sumário
1.1 TEMA ...............................................................12
1.2 OBJETO ...........................................................13
1.3 PROBLEMA DE PESQUISA ..............................13
1.4 JUSTIFICATIVA .................................................13
1.5 OBJETIVO GERAL ...........................................15
1.6 OBEJETIVOS ESPECÍFICOS .............................15
1.7 METODOLOGIA ..............................................16
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
2. O COCEITOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL...... 18
3. O MARCO HISTÓRICO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS 
NO BRASIL E NO MUNDO.......................................19
PRÁTICAS PARA A SUSTENTABILIDADE
6. O Museu Como Espaço Educativo ------------34
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
4. SUSTENTABILIDADE........................................... 27
5. DESENVOLVIMENO SUSTENTÁVEL...................28
CONHECENDO O SÍTIO
7. A PENÍNSULA.................................................................36
8. O BAIRRO DA BOA VIAGEM.......................................39
9. MAPS DE SISTEMA VIÁRIO............................................40
10. GABARITO DE ALTURA................................................41
11. MAPA DAS ESCOLAS................................................ 42
12. CARACTERÍSTICAS 
POPULAÇÃO................................................................... 43
13. A COMPANHIA EMPÓRIO INDRUSTRIAL DO NOTE-45
14. ANÁLISE DE FATORES CLIMÁTICOS...........................46
15. LEGISLAÇÃO----------------------------------------------------48
PROJETOS DE REFERÊNCIA
16. MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL DE VALPARAÍSO--52
17. MUSEU ZHAO HUA XI SHI.........................................53
18. MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL DE XANGAI.........54
Sumário
DIRETRIZES PROJETUAIS
19. PROGRAMA DE NECESSIDADES............56
19. PRÉ-DIMENSIONAMENTO........................56
20. SETORIZAÇÃO...........................................60
21. FLUXOGRAMA..........................................62
22. CONCEITO E PARTIIDO............................64
23. APRESENTAÇÃO DO PROJETO...............65
24. MEMORIAL DESCRITIVO...........................66
25. REFERÊNCIAS ............................................67
26. GLOSSÁRIO...............................................69
1.1 TEMA
13
Segundo Mousinho (2003, p158)
Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva
para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em
linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma
consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões
ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade,
procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a
transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão
ética e política.
A sociedade contemporânea vivencia momento crítico referente à problemática das questões
ambientais decorrente do desenvolvimento socioeconômico global, totalmente dependente da utilização dos
recursos naturais. Fato facilmente observado e evidenciado ao longo de décadas, onde ecossistemas inteiros são
modificados, minando nossa biodiversidade, levando espécies da fauna e flora à extinção, e à iminência de escassez
dos recursos naturais tão necessários para suprir às necessidades da população dos seres humanos em nossa Biosfera.
Neste cenário trágico, a Educação Ambiental surge como uma ferramenta essencial, com o objetivo de
solucionar esta questão através da sensibilização para as questões sócio ambientais, principalmente no que tange à
importância da sustentabilidade dos ecossistemas e preservação da biodiversidade. Demonstrando através do
repasse de conhecimentos teóricos e práticos os aspectos e impactos ambientais das atividades antrópicas e como
remedia-los.
1. INTRODUÇÃO
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1.2 OBJETO
O objeto escolhido como ferramenta de execução do já exposto tema é um museu. O MAMB, Museu do
Meio Ambiente, surge como uma forma de sensibilizar a população sobre a importância de preservação dos
ecossistemas para a continuidade da vida , com qualidade, no Planeta Terra. Com o foco na sustentabilidade, o
museu visa ensinar a importância de se utilizar a natureza sem a degradar, e trará um projeto social com reciclagem,
onde mostra a população uma forma de ajudar o meio ambiente e gerar renda,onde o público alvo são jovens e
adultos, porém, inserindo as crianças como uma estratégia de também torna-las futuros multiplicadores ambientais.
1.3 PROBLEMA DE PESQUISA
De que forma a educação ambiental pode ser utilizada como ferramenta para minimizar as questões de 
Impactos Ambientais Negativos de nossa sociedade contemporânea?
1.4 JUSTIFICATIVA
A Educação Ambiental vai além de ensinar sobre como reciclar, falar sobre ecologia e conservação da
fauna e flora. Abrange trabalhar a inclusão de valores voltados à cidadania e ética socioambiental. Conciliando
teoria e prática, a Educação Ambiental possibilita a compreensão sobre o equilíbrio dos fatores abióticos necessário às
diversas formas de vida na Terra. Ou seja, as condições necessárias no Planeta Terra para a continuidade da vida e o
que podemos fazer para preservá-las. Dessa maneira, teoria e prática vão formando multiplicadores ambientais, numa
corrente social mundial que hoje vai aderindo a cada dia mais pessoas neste elo de compreensão sobre as questões
socioambientais decorrentes de nossas intervenções na natureza. Nesta corrente, população e governantes se unem
em prol do bem estar global.
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Aqui no Brasil, legislação e programas governamentais chamam nossa atenção não só para o meio
ambiente natural e ameaça à biodiversidade, mas, para adquirirmos uma visão socioambiental. Nossa inercia vai
além da degradação, contaminação e poluição do solo, ar, e de nossos recursos hídricos, gestão dos resíduos sólidos
e dos lixões. A proposta de Educação Ambiental a ser aplicada no MAMB, está respaldada na Política Nacional de
Educação Ambiental aprovada em 1999 e regulamentada em 2002. Nesta, a Educação Ambiental é considerada
fundamental no processo educacional e instituída de forma obrigatória em todos os níveis de ensino e aprendizagem,
voltada ao público escolar ou toda comunidade.
De acordo com a Lei N° 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a
Política Nacional de Educação Ambiental, Art. 9º, a EA deve estar
presente e ser desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições
de ensino público e privado englobando: I – educação básica: a.
educação infantil; b. ensino fundamental e c. ensino médio II –
educação superior; III – educação especial; IV – educação
profissional; V – educação para jovens e adultos. (L EI N° 9.795, 1999,
Art. 9 ).
O projeto, objetiva realizar a sensibilização para as questões socioambientais, principalmente no que tange à
importância da sustentabilidade dos ecossistemas e preservação da biodiversidade, demonstrando através do
repasse de conhecimentos teóricos e práticos, os aspectos e impactos ambientais das atividades antrópicas e como
remedia-los. De acordo com o ProNEA, reverter esse quadro é uma grande desafio para a construção de um país
sustentável, ou seja, socialmente justo e ambientalmente seguro. Ainda é possível notar um distanciamento muito
grande entre a lei e sua efetiva aplicação, principalmente no referente às politicas institucionais e movimentos sociais.
É necessário uma articulação direta e coordenada entre todos os tipos de intervenção ambiental, incluindo a
educação ambiental, para a construção de uma sociedade sustentável como almejada. Dessa forma, se faz
imprescindível que as medidas políticas, jurídicas e técnico-científicas voltadas á proteção, recuperação e melhoria
socioambiental tenham relevância também no âmbito educativo.
16
1.5 OBJETIVO GERAL
Proporcionar, através de práticas da educação ambiental, meios de sensibilização que leve o indivíduo a
compreender a importância e necessidade da conservação e preservação de nosso meio ambiente e
biodiversidade. Favorecendo mudanças de atitudes e a formação de novos hábitos com relação à utilização dos
recursos naturais, instigando a reflexão sobre nossa responsabilidade ética com o planeta, e todas as formas de vida,
auxiliando assim na construção de valores condizentes à responsabilidade social e a cidadania, buscando uma
relação mais harmônica com o planeta.
1.6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Proporcionar ao público alvo ferramentas de educação ambiental que venham a 
contribuir no processo ensino-aprendizagem;
Difundir corretamente os conceitos sobre Meio Ambiente; 
Estimular práticas que levem a integração entre o público alvo e a comunidade 
onde está inserido
Estimular o público alvo a ser multiplicador dos conhecimentos sobre Meio 
Ambiente em sua comunidade
Ensinar a população de interesse social a gerar renda a partir da reciclagem.
17
1.7 METODOLOGIA
•Escolha do tema
•Escolha do objeto
PRIMEIRA ETAPA
•Pesquisas Teóricas
•Levantamentos 
Normativos
SEGUNDA ETAPA
• Análise do sítio 
•Projetos de 
referência
TERCEIRA ETAPA
•Desenvolvimento 
do projeto 
arquitetônico
QUARTA ETAPA
O projeto é dividido em quatro etapas. A primeira etapa é fundamentada a partir de pesquisas teóricas e
levantamentos normativos. Além disso foram analisadas as características do sítio para identificar os critérios de
disponibilidade do projeto. A partir da definição do tema, foi escolhido o objeto. Como o museu é voltado para a
educação ambiental e geração de renda por meio das oficinas com materiais reciclados, foram coletados dados
da população alvo, como a quantidade de escolas e as comunidades de Zeis, que poderiam se beneficiar com o
projeto.
A segunda parte é a execução do projeto arquitetônico em si. Este projeto tem a finalidade de despertar uma
consciência critica sobre as questões ambientais durante a visita ao museu, quando serão abordados temas como:
responsabilidade social e cidadania, reciclagem, ecossistemas, agricultura orgânica, desenvolvimento sustentável,
problemas ambientais.
PERCURSO METODOLÓGIO
18
A Educação Ambiental
19
• Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/1999, Art 1º.
Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade."
• Conferência Intergovernamental de Tbilisi (1977)
A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificações de conceitos, objetivando o
desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-
relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está
relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora da qualidade de
vida”
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, Art. 2°.
A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional da prática social, que deve imprimir
ao desenvolvimento individual um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos,
visando potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de prática social e de ética
ambiental.
• Conferência Sub-regional de Educação Ambiental para a Educação Secundária – Chosica/Peru (1976)
A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa tem a tomada de
consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza,
dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que
vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a
transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no
educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação.
2. CONCEITOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
20
3. O Marco Histórico das Questões Ambientais no Brasil e no Mundo
Eventos mundiais fizeram com que o Brasil iniciasse sua caminhada frente a criar e executar estratégias
para proteção de seus recursos naturais. Após catástrofes mundiais e vários encontros deseus líderes, a globalização
tornou compreensível, principalmente para as nações ainda em desenvolvimento, entender os perigos do
crescimento econômico sem que se leve em conta os impactos negativos que causamos nos diversos ecossistemas
terrestre e contra sua biodiversidade.
Em 1962, nos Estados Unidos , o livro “Primavera Silenciosa”, da autora e bióloga Rachel Carson é publicado para
alerta o mundo sobre efeitos nocivos do uso do DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetan), agrotóxico que matou uma
quantidade enorme de aves e também questiona os rumos da relação entre o homem e natureza.
Em 1965 , na Grã-Bretanha durante uma Conferência na Universidade de Keele o “termo Environmental
Education (Educação Ambiental). [...] A educação ambiental foi utilizado pela primeira vez, e deveria se tornar uma
parte essencial da educação de todos os cidadãos [...]” (DIAS, 2004, p.78).
Em 1968 o “Clube de Roma”, formado por trinta especialistas de várias áreas, apresenta ao mundo um relatório, fruto
de debates, denominado “Os limites do crescimento” no qual denunciam os impactos do desenvolvimento
desmedido, em que não houve preocupações com os recursos naturais e capacidade do planeta, e nem tampouco
com a humanidade e sua permanência no planeta. (DIAS, 2004).
Em 1971, no Brasil, surge em Porto Alegre um dos primeiros movimentos ambientalista, a Associação Gaúcha de
Proteção ao Ambiente Natural- (AGAPAN) que é a precursora dos primeiros levantes no país em favor do meio
ambiente (DIAS, 2004) - primeira organização não governamental ambientalista no Brasil, fundada em 27 de abril de
1971( mais velha que o Greenpeace, ONG gaúcha comemora 40 anos). Em pleno regime ditatorial e na contramão
da preocupação mundial com os recursos naturais, apresentava ao mundo dois grandes audaciosos projetos de
grande potencial degradador do meio ambiente, a elaboração do “Projeto Carajás e da Usina Hidrelétrica de
Tucurui”, preocupando os ambientalistas do país, e levou-os a se organizar contra esses projetos e outros que viessem
causar impactos ao meio ambiente.
21
Em 1972, na Suécia/Estocolmo, sob influência do relatório do "Clube de Roma" e das movimentações da década de
60, a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou, entre 5 e 16 de junho 1972, a Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente Humano, contou com a presença de 113 países, foi um marco para a evolução das
preocupações com questões socioambientais no Brasil e mundo referentes a poluição , e maior investimentos em
controle da poluição mundial. Nesta conferência é utilizado pela primeira vez o termo Ecodesenvolvimento, e
conceito de Desenvolvimento Sustentável, um novo olhar para as relações com o meio ambiente e o
desenvolvimento econômico.
Após a Conferência de Estocolmo, foi publicado o relatório “Os Limites do Crescimento”, constando temas ligado ao
“Crescimento Econômico e Meio Ambiente”, motivando o surgimento de políticas internacionais de gerenciamento
ambiental e sendo um marco para a política internacional em virtude do surgimento de políticas de gerenciamento
ambiental”, e agências ambientais em todo o mundo (DIAS, 2004). Devido a sua grande importância , desde então, 5
de junho tornou-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. Deste evento decorreram três importantes resultados:
1. Decidiu-se criar no mesmo ano de 1972 um organismo novo da própria ONU, específico para a área ambiental: o
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com sede em Nairobi, capital do Quênia.
2. 113 países assinaram a "Declaração da ONU sobre o Ambiente Humano", cujo artigo 19 diz: "É indispensável um
trabalho de educação em questões ambientais, visando tanto as gerações jovens, como os adultos, dispensando
a devida atenção aos setores menos privilegiados, para assentar as bases de uma opinião pública bem informada
e de uma conduta responsável dos indivíduos, das empresas e das comunidades, inspirada no sentido de sua
responsabilidade, relativamente à proteção e melhoramento do meio ambiente em toda a sua dimensão
humana".
3. Recomendou-se a criação do Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA), para ajudar a enfrentar a
ameaça de crise ambiental no planeta. Mas este programa só "saiu do papel" em 1975, depois que representantes
de 65 países se reuniram em Belgrado (ex-Iugoslávia, atual Sérvia) para formular os princípios orientadores, na
"Conferência de Belgrado.
Em 1973, o Brasil cria a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), em resposta a pressão sofrida durante a
Conferência de Estocolmo, com a finalidade de coordenar ações do governo referentes aos cuidados com o meio
ambiente e uso adequado dos recursos naturais (SÃO PAULO, 2003).
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Em 1977, A Conferência Internacional de Tbilisi sobre EA no período de 14 a 26 de Outubro, foi pioneira para alavancar a
Educação Ambiental, pois, durante a mesma, foi recomendado que se criasse o Programa Internacional de Educação
Ambiental (PIEA), para enfrentar a ameaça de crise ambiental no planeta. Uma das consequências deste encontro foi a
criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com sede em Nairóbi (Kenya) 2009. Neste programa
foram verificados os objetivos, funções, estratégias, características e sugestões para uma melhoria do ensino relacionado à
temática ambiental. Com relação ao documento, é importante destacar alguns pontos em que a EA deveria fundamentar-se
que seria na ciência e tecnologia para consciência e adequada apreensão dos problemas ambientais, e que a mesma
deveria ser aplicada tanto para educação formal como informal (BEZERRA, 2007).
Em 1981, no Brasil, entra em vigor a Lei 6.938 (31/08/1981) que institui a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), pautada
na preservação e recuperação da qualidade ambiental, e garantir o necessário ao desenvolvimento socioeconômico. No
Artigo 2º , inciso X, inclui a educação ambiental , determinando que deve haver “educação ambiental a todos os níveis de
ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio
ambiente”. Também foi a responsável por constituir o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e o Cadastro de Defesa
Ambiental (BRASIL, 1981).
Em 1989 , no Brasil, é criado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, Lei nº 11.516,
2007), e dá como extinta a Secretaria Especial do Meio Ambiente -SEMA, órgão subordinado ao Ministério do Interior, instituída
pelo Decreto nº 73.030, de 30 de outubro de 1973;
Em 1992, no Brasil, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), Rio 92, também
conhecida como Cúpula da Terra, reuniu 179 líderes mundiais para debater formas de Desenvolvimento Sustentável(DS) para o
século XXI, tratando de questões específicas como mudanças climáticas, a proteção da biodiversidade entre outras (PHILIPPI
JUNIOR et al., 2004). Desta Conferência foi lançada a Agenda 21 Global, considerada o principal registro lançado na Rio 92, e
onde o conceito de Desenvolvimento Sustentável (DS) se disseminou por todo o mundo (KOHLER; PHILIPPI JUNIOR, 2005).
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, 179 países participantes da Rio 92 acordaram e assinaram a Agenda 21 Global, um
programa de ação baseado num documento de 40 capítulos, que constitui a mais abrangente tentativa já realizada de
promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, denominado “desenvolvimento sustentável”. O termo
“Agenda 21” foi usado no sentido de intenções, desejo de mudança para esse novo modelo de desenvolvimento para o
século XXI...A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades
sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência
econômica.
Ainda segundo o Ministério do Meio Ambiente, a Agenda 21 Brasileira é um instrumento de planejamento participativo para o
desenvolvimento sustentável do país, resultado de uma vasta consulta à população brasileira. Foi coordenadopela Comissão
de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS); construído a partir das diretrizes da Agenda 21 Global; e
entregue à sociedade, por fim, em 2002.
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• Os temas fundamentais da Agenda 21 estão tratados em 41 capítulos organizados em um preâmbulo e quatro 
seções:
1.Preámbulo
Seção I. Dimensões sociais e econômicas
2.Cooperação internacional para acelerar o desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento das políticas internas 
conexas
3.Luta contra a pobreza
4.Evolução das modalidades de consumo
5.Dinâmica demográfica e sustentabilidade
6.Proteção e fomento da saúde humana
7.Fomento do desenvolvimento sustentável dos recursos humanos
8.Integração do meio ambiente e o desenvolvimento na tomada de decisões
Seção II. Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento
9.Proteção da atmosfera
10.Enfoque integrado do planejamento e da ordenação dos recursos das terras
11.Luta contra o desmatamento
12.Ordenação dos ecossistemas frágeis: luta contra a desertificação e a seca
13.Ordenação dos ecossistemas frágeis: desenvolvimento sustentável das zonas montanhosas
14.Fomento da agricultura e do desenvolvimento rural sustentável
15.Conservação da diversidade biológica
16.Gestão ecologicamente racional da biotecnologia
17.Proteção dos oceanos e dos mares de todo tipo, incluídos os mares fechados e semi-fechados e as zonas costeiras, e o uso 
racional e o desenvolvimento de seus recursos vivos
18.Proteção da qualidade dos recursos de água doce: aplicação de critérios integrados para o aproveitamento, ordenação e 
uso dos recursos de água doce
19.Gestão ecologicamente racional dos produtos químicos tóxicos, incluída a prevenção do tráfico internacional ilícito de 
produtos tóxicos e perigosos
20.Gestão ecologicamente racional dos rejeitos perigosos, incluída a prevenção do tráfico internacional ilícito de rejeitos 
perigosos
21.Gestão ecologicamente racional dos rejeitos sólidos e questões relacionadas com as matérias fecais
22.Gestão inócua e ecologicamente racional dos rejeitos radioativos
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• Os temas fundamentais da Agenda 21 estão tratados em 41 capítulos organizados em um preâmbulo e quatro 
seções:
1.Preámbulo ( continuação)
Seção III. Fortalecimento do papel dos grupos principais
23.Preâmbulo
24.Medidas mundiais em favor da mulher para atingir um desenvolvimento sustentável e equitativo
25.A infância e a juventude no desenvolvimento sustentável
26.Reconhecimento e fortalecimento do papel das populações indígenas e suas comunidades
27.Fortalecimento do papel das organizações não-governamentais associadas na busca de um desenvolvimento sustentável
28.Iniciativs das autoridades locais em apoio ao Programa 21
29.Fortalecimento do papel dos trabalhadores e seus sindicatos
30.Fortalecimento do papel do comércio e da indústria
31.A comunidade científica e tecnológica
32.Fortalecimento do papel dos agricultores
Seção IV. Meios de execução
33.Recursos e mecanismos de financiamento
34.Transferência de tecnologia ecologicamente racional, cooperação e aumento da capacidade
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Agenda 21 Brasileira – A agenda 21 brasileira contou com a participação da população em várias conferências que
mapearam as necessidades e desejos das comunidades através das Agendas locais que aconteceram em todo país.
Plataforma das 21 ações prioritárias :
Objetivo 1- Produção e consumo sustentáveis contra a cultura do desperdício ;
Objetivo 2- Ecoeficiência e responsabilidade social das empresas ;
Objetivo 3 - Retomada do planejamento estratégico, infra-estrutura e integração regional ;
Objetivo 4 - Energia renovável e a biomassa ;
Objetivo 5 - Informação e conhecimento para o desenvolvimento sustentável; Inclusão social para uma sociedade solidária;
Objetivo 6- Educação permanente para o trabalho e a vida ;
Objetivo 7 - Promover a saúde e evitar a doença, democratizando o SUS ;
Objetivo 8- Inclusão social e distribuição de renda; Objetivo 9- Universalizar o saneamento ambiental protegendo o ambiente
e a saúde, Estratégia para a sustentabilidade urbana e rural ;
Objetivo 10 - Gestão do espaço urbano e a autoridade metropolitana;
Objetivo 11 - Desenvolvimento sustentável do Brasil rural ;
Objetivo 12- Promoção da agricultura sustentável ;
Objetivo 13- Promover a Agenda 21 Local e o desenvolvimento integrado e sustentável ;
Objetivo 14- Implantar o transporte de massa e a mobilidade sustentável ; Recursos naturais estratégicos: água,
biodiversidade e florestas ;
Objetivo 15 - Preservar a quantidade e melhorar a qualidade da água nas bacias hidrográficas ;
Objetivo 16 - Política florestal, controle do desmatamento e corredores de biodiversidade ; Governança e ética para a
promoção da sustentabilidade ;
Objetivo 17- Descentralização e o pacto federativo: parcerias, consórcios e o poder local ;
Objetivo 18- Modernização do Estado: gestão ambiental e instrumentos econômicos ;
Objetivo 19- Relações internacionais e governança global para o desenvolvimento sustentável ;
Objetivo 20- Cultura cívica e novas identidades na sociedade da comunicação ;
Objetivo 21- Pedagogia da sustentabilidade: ética e solidariedade, 4 - Meios de implementação: mecanismos institucionais e
instrumentos, 5 - Conflitos de interesses e o desenvolvimento sustentável ,6 - Do Rio a Johanesburgo: os avanços da última
década no Brasil ,7- Um novo pacto social: a concretização da Agenda 21
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• Em 1997, nos Estados Unidos, Rio+5, cinco anos após a Rio 92, a ONU promoveu um congresso, A 19ª Sessão
Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas, mais conhecida como Rio+5 foi um congresso realizado em
Nova Iorque, entre 23 e 27 de junho de 1997, onde se procurou identificar e avaliar as principais dificuldades de
implementação da Agenda 21, criar parcerias politicas internacionais relacionadas às negociações ambientais.
Este encontro favoreceu também parcerias em prol do Protocolo de Kyoto. Infelizmente, quanto aos avanços da
Agenda 21, não houve grandes progressos, muito estava por se realizar.
• Em 2002 , em Johanesburgo, acontece o encontro denominado Rio + 10, evento mundial , reuniu entre os dias 26
de agosto e 4 de setembro de 2002 , líderes mundiais com o objetivo avaliar a situação do meio ambiente global
em função das medidas adotadas na CNUMAD (92), propostas na Agenda 21. Segundo Kohlere Philippi
Junior,(2005), a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+10) centrou suas discussões em três temas
principais: em torno dos compromissos governamentais para reduzir a pobreza e proteger o meio ambiente em
países pobres, implantar a Agenda 21 e transferir recursos e tecnologia; reuniões paralelas para discutir a proposta
de conversão da matriz energética para 10% de fontes renováveis e políticas de proteção da diversidade
biológica; e reuniões e eventos paralelos promovidos pelas ONGS para discutir temas como pobreza, meio
ambiente, questões de gênero e direitos humanos.
• Em 2012 , no Brasil, segundo o PNUD/ Nações Unidas, A Conferência Rio + 20, possibilitou um amplo processo de
participação social, principalmente na Cúpula dos Povos, coordenada pela SG/PR, reunindo representantes da
sociedade civil nacional e internacional e contou com a presença de mais de 30 mil participantes por dia,
estimulando o diálogo e a participação social qualificada.
Deste encontro surge Os Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio (ODMs), oito objetivos internacionais de
desenvolvimento para o ano de 2015, onde os 191 Estados
membros da ONU na época e pelo menos 22 organizações
internacionais, se comprometeram em empenhar-se para
concretiza-los: Erradicar a pobreza extrema e a fome; Alcançar
o ensino primário universal; Promover a igualdade de gênero e
empoderar as mulheres; Reduzir a mortalidade infantil;
Melhorar a saúde materna; Combater o HIV/AIDS, a malária e
outras doenças; Garantir a sustentabilidade ambiental;
Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento.
Figura 01: Lista dos oito objetivos do milênio que devem ser 
atingidosaté 2015 pelos mais de 190 países-membros da 
organização. Fonte: pensamentoverde. Ano: 2013.
27
Desenvolvimento
Sustentável
28
4. Sustentabilidade
Da observação das atividades antrópicas e os diferentes impactos ambientais, tanto positivos , quanto negativos, ao
longo destas décadas, estamos caminhando para o tão sonhado Desenvolvimento Sustentável, que nada mais é, do
que viver em harmonia com a natureza, podendo extrair seus recursos naturais com a certeza de que contaremos
com os mesmos para a garantia da perpetuação das diferentes formas de vida na Terra.
No mais recente compromisso assinado por líderes mundiais, vemos a esperança de que o acordo assinado possa se
tornar realidade em pouco tempo. Vertentes como equidade social, educação, igualdade de gêneros, controle de
pragas e doenças, indústria da transformação, inovação, infraestrutura, trabalho, crescimento econômico, paz e
justiça, mudanças climáticas, dentre outros, são metas em que lideres mundiais estão veementemente empenhados
em sua concretização.
Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS sucedem ao ciclo dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio –
ODM (2000 a 2015), que a partir do cumprimento das metas tornou o Brasil referência mundial e um dos principais
interlocutores na fase de negociação dos ODS, na ONU. O protagonismo internacional do Brasil nos ODS proporcionou
ao país assento no Grupo de Alto Nível da ONU, que acompanha a implementação mundial da Agenda 2030
Segundo a ONU, em uma entrevista realizada em 2015, a então assessora especial do secretário-geral sobre o 
Plano de Desenvolvimento Pós-2015, Amina J. Mohammed, disse que um dos principais pontos do relatório é “a 
esperança e a oportunidade que temos diante de nós (…). Essa é a geração que pode fazer o que precisa fazer 
para vencer muitos dos atuais desafios. Então, se há alguma coisa que nós podemos tirar desse relatório, é que 
até 2030 podemos acabar com a pobreza, podemos transformar vidas e podemos encontrar formas de proteger 
o planeta enquanto fazemos isso”.
29
O conceito trabalhado desde a
década de 60, logo após a
publicação do estudo “Limites do
Crescimento”, em abril de 1968, por
especialistas do Clube de Roma, na
Itália, em que enfatizaram as
preocupações com o crescente
consumo no mundo e os recursos
limitados dos ecossistemas, e o
futuro do Planeta Terra.
Em 1987, o Relatório Brundtland ,
documento intitulado Nosso Futuro
Comum (Our Common Future),
publicado descreve o conceito que
muito utilizamos até os dias de hoje
sobre o desenvolvimento
sustentável :
“O desenvolvimento que satisfaz as
necessidades presentes, sem
comprometer a capacidade das
gerações futuras de suprir suas
próprias necessidades.”
5. Desenvolvimento Sustentável
Para alcançar o Desenvolvimento Sustentável, 
os três pilares devem coexistir e interagir entre si 
de forma harmoniosa.
Figura 02: Densenvolvimento- Tripé da Sustentanbilidade. MODIFICADO
Fonte: Obvious Lounge. Ano: 2013.
Cuidado do Planeta
Proteção Ambiental;
Recursos Renováveis e 
coeficiência;
Gestão de Resíduos ;
Gestão dos Riscos;
Prosperidade
Resultado Econômico
Direitos dos Acionistas
Competividade
Relação entre clientes e 
fornecedores
Dignidade Humana
Direitos Humanos ;
Direitos dos trabalhadores;
Envolvimento com 
comunidade ;
Transparência;
Postura Ética;
30
Os 8 ODM
Os Objetivos de Desenvolvimento do 
Milénio 
Os ODM foram adotados com a 
proposta de promover uma 
abordagem global e uma estratégia 
coordenada pela promoção da 
dignidade humana e enfrentamento, 
simultâneo, de mazelas como 
pobreza, fome, doenças, 
analfabetismo, degradação 
ambiental e discriminação contra as 
mulheres.
ONU estabeleceu 8 metas a serem 
cumpridas.
Os Objetivos do Milénio não foram 
atingidos em todos os países, 
sendo possível destacar os seus 
benefícios e limitações.
Figura 03: Lista dos oito objetivos do milênio que devem ser atingidos até 2015 pelos mais de 190 países-membros da 
organização. Fonte: pensamentoverde. Ano: 2013.
31
Sustentabilidade: os 17 ODS
A nova agenda global de desenvolvimento
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram aprovados no dia 25 de setembro de 2015, na ONU, por
193 países e sua implementação teve início no dia 1°de janeiro de 2016. A nova Agenda de Desenvolvimento, ou
Agenda 2030, exigirá um compromisso global ainda maior e o desenvolvimento de ações e políticas nacionais mais
fortes e focadas no alcance dos 17 objetivos e 169 metas.
Como os Objetivos do Milénio 
não foram atingidos até 2015,
Os países participantes 
estenderam e seccionaram os 8 
ODM.
Foi criada a AGENDA 2030, com 
17 ODS – Objetivos de 
desenvolvimento Sustentável, 
cuja meta principal e erradicar a 
fome no planeta Terra.
Figura 04: Objetivos de desenvolvimento sustentável. Fonte: secretariadegoverno . Ano: 2016.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS
fazem parte de um Protocolo Internacional da
Assembleia Geral das Organizações das Nações Unidas -
ONU, em que 193 Estados Membros das Nações Unidas
assinaram um documento , inclusive o Brasil,
“Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável”, no qual define a
estratégia mundial para os próximos 13 anos para que se
alcance as metas traçadas desde a Rio 92, almejada
nos 8 ODM .
Segundo o Governo Brasileiro, A Agenda 2030 representa
uma ferramenta orientadora para planejamento de
ações e políticas públicas perenes, capazes de levar o
Brasil ao efetivo alcance do desenvolvimento
sustentável. Em busca do equilíbrio entre a prosperidade
humana com a proteção do planeta, seus principais
alvos são: i) acabar com a pobreza e a fome; ii) lutar
contra as desigualdades; e iii) combater mudanças
climáticas.
32
Sustentabilidade: AGENDA 21
Figura 05: Agenda pós 2015 dos ODM para os ODS. Fonte: spactoglobal . Ano: 2015.
Evolução do conceito...
33
Responsabilidade Socioambiental e Cidadania
O caminho para o Desenvolvimento efetivamente
Sustentável é longo, difícil e oneroso, mas é a única
solução para a sobrevivência da espécie humana neste
planeta. E implica, fundamentalmente, em uma
mudança ainda mais difícil e sutil: a da mentalidade de
um povo que se acostumou com as armadilhas de um
processo colonialista, escravagista, extrativista e
estúpido. Sem mudar mentalidades, sem transformar
políticas públicas norteadoras de um futuro desejável,
jamais sobreviveremos ao século XXI.
Cidades Sustentáveis
Buscar um melhor ordenamento do ambiente
urbano primando pela qualidade de vida da
população é trabalhar por uma cidade
sustentável. Melhorar a mobilidade urbana, a
poluição sonora e atmosférica, o descarte de
resíduos sólidos, eficiência energética,
economia de água, entre outros aspectos,
contribuem para tornar uma cidade
sustentável.
O conceito de sustentabilidade evoluiu, não fica amarrado apenas em
paradigmas de desenvolvimento econômico ou ambiental, permeia sobre o
comportamento dos seres humanos , perpassando de cidade sustentável
para cidades sustentáveis... Ecossistemas urbanos: Meta global da
sustentabilidade para o planeta.
34
Práticas para a Sustentabilidade
Sites www.pactoglobal.org.br
35
6. O Museu Como Espaço Educativo
A preocupação educacional nos museus esteve presente desde a sua criação; contudo, é no século
XX que esse aspecto ganha destaque, especialmente no que se refere às exposições e demais ações educativas
realizadas (Marandino; Ianelli, 2012).
A educação no museu segundo pode ser definida como um “Conjunto de valores, de conceitos, de saberes e de
práticas que têm como fim o desenvolvimento do visitante; como um trabalho de aculturação, ela apoia-se
notadamente sobre a pedagogia, o desenvolvimento, o florescimento e a aprendizagem de novos saberes.
A educação, em um contexto mais especificamente museológico, está ligada à mobilização de saberes
relacionados com o museu, visando ao desenvolvimentoe ao florescimento dos indivíduos, principalmente por
meio da integração desses saberes, bem como pelo desenvolvimento de novas sensibilidades e pela realização de
novas experiências “(Desvallées; Mairesse, 2013: P:38-39).
Desta forma, os museus têm sido considerados lugares privilegiados para promover a cultura científica: são locais
públicos, abertos, com vários espaços diversificados (sala de exposições, auditórios, ateliês, laboratórios, bibliotecas,
cafeterias), frequentemente com ligações estritas a universidades e centros de investigação, que albergam
coleções que podem ser expostas e utilizadas de diferentes modos, pontos de encontro ideais para cientistas e
leigos (Delicado, 2004). Recursos audiovisuais, laboratórios, entre outros, são reconhecidas formas de estimular o
aprendizado, mas nem sempre são recursos disponíveis na escola. Os museus e centros de ciências, além de
estimular a curiosidade dos visitantes, oferecem a oportunidade de suprir, ao menos em parte, algumas das
carências da escola (Vieira; Bianconi; Dias, 2005).
Museus para uma sociedade sustentável foi o tema lançado pelo ICOM (Conselho Internacional de Museus) para o
Dia Internacional de Museus, comemorado no dia 18 de maio de 2015. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Museus,
durante a 13ª edição da Semana Nacional de Museus, resolve aderir à proposta temática do ICOM, e enfatizar o
importante papel dos museus no processo de fomento à sustentabilidade por meio de suas boas práticas de
atuação, e pela conscientização do público sobre a necessidade de uma sociedade mais cooperativa e solidária,
cita a responsabilidade contemporânea dos museus perante a sustentabilidade, ao trazer essa causa para
discussão, vem fomentar em toda a sociedade uma maior conscientização da ação do homem sobre nosso
planeta e reforçar a necessidade urgente de alinhar nosso modelo econômico e social à perspectiva da
continuidade e inovação.
36
Conhecendo o Sítio
37
7. A Península
Situada na face leste da Baia de Todos os
Santos e pertencente a bacia de drenagem natural de
Itapagipe, a Península de Itapagipe possui uma área
de 9,979 km², e uma população 159.050 habitantes,
correspondendo a 6,51% da população da cidade de
Salvador. De acordo com livro Caminho das Águas,
são pertencentes à península os seguintes bairros: Boa
Viagem, Bonfim, Calçada, Caminho de Areia, Jardim
Cruzeiro/Vila Ruy Barbosa, Lobato, Mangueira, Mares,
Massaranduba, Monte Serrat, Ribeira, Roma, Santa
Luzia e Uruguai.
A ocupação dessa área começou no século XVI,
como local de veraneio para famílias de alta renda,
porém a sua urbanização só teve inicio no século XVIII.
Entre o final do XIX e meados do século XX começou o
processo de industrialização na península, e as
atividades de pesca e vilegiaturas ficaram em segundo
plano, transformando-a em um subúrbio industrial.
Foram instaladas na península industrias dos mais
diversos tipos, sendo assim criado o primeiro Centro
Industrial Baiano, como foi reconhecido pelo Escritório
de Planejamento Urbano da Cidade de Salvador.
O grande número de fábricas que foram instaladas na
região geraram uma série de problemas ambientais.
Um ponto relevante é a contaminação das águas por
mercúrio, proveniente de uma antiga indústria, a
Companhia Química do Recôncavo – CQR. A Enseada
dos Tainheiros é o local de maior contaminação por
metais pesados e esgotos da Baia de Todos os Santos.
As fábricas que se destacaram foram: a Souza Cruz
(tabco0, a Chadler ( chocolate), a Fratelli Vita e a
Crush ( refrigerantes) e a Alfred(roupas).
Outra questão ambiental preocupante é a pesca
predatória, embora seja uma pratica proibida, com o
uso de bombas, que põe em risco tanto as espécies
marinhas quanto as edificações, pois abala as
estruturas das mesmas.
Figura 06: Vista aérea da Península de Itapagipe
Fonte: (Nilton, Ano: 2015)
38
A Península Itapagipana é detentora de muitos dos pontos turísticos da cidade de Salvador, com
elementos da arquitetura militar, religiosa e civil. Dentre eles, merecem destaque o Memorial de Irmã Dulce, o Solar
Amado Bahia, a Igreja do Bonfim, a Igreja de Boa Viagem, o Forte do Monte Serrat e a Ponta de Humaitá.
Figura 08: Solar Amado 
Bahia Fonte: Voz da Bahia. Ano: 2015
Figura 07: Memorial de Irmã Duce
Fonte: irmadulce Ano: 2016
Titulo: Igreja do Bonfim..
Figura 09: Igreja do Bonfim
Fonte: Fabio Marconi.Ano: 2016
Figura 10: Igreja da Boa Viagem.
Fonte: Salvador Cultura.Ano: 2016
Figura 11: Forte Monte Serrat
Fonte: Jornal Grande Bahia.Ano: 2016
Figura 12: Ponta de Humaitá
Fonte: Costa. Ano: 2016
39
O mapa abaixo mostra a localização de cada marco histórico na Península de Itapagipe. Dentro do
bairro de Boa Viagem nos encontramos dois deles, a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem e o Santuário de Irmã
Dulce.
Figura 13: Mapa de marcos visuais 
Fonte: Produção pessoal
Legenda
Solar Amado Bahia
Igreja do Bonfim
Ponta de Humaitá
Forte do Monte Serrat
Igreja da Boa Viagem
Santuário de Irmã Dulce
40
8. O Bairro da Boa Viagem
O bairro de Boa Viagem se formou no entorno da
Igreja de nossa Senhora da Boa Viagem, fundada
entre 1712 e 1714, de estilo barroco português. Teve
como os primeiros moradores índios catequizados,
pescadores e marinheiros. Como passavam muito
tempo no mar, começaram a buscar a proteção no
Senhor dos Navegantes, surgindo ai principal festa
popular do bairro, a travessia marítima de Bom Jesus
dos Navegantes.
O bairro é delimitado pelas vias: Avenida Dendezeiros,
Rua Imperatriz e a Avenida Luiz Tarquínio. É ocupado
por uma Zona Predominantemente Residencial(ZPR-3)
de uso uni e multiresidencial, tendo pequenos
comércios para atender a vida local, como mercados,
restaurantes, bares, escolas e farmácias.
Juntamente com o Monte Serrat, Bonfim,
Massaranduba, Ribeira, Itapagipe e Mares faz parte da
Segunda Região Administrativa de Salvador. Possui um
gabarito de altura de vinte e quatro metros, com
exceção da área de bora marítima, onde o gabarito
máximo permitido é de doze metros de altura.
Titulo: Limites do Bairro da Boa Viagem
Figura 14: Limites do Bairro da Boa Viagem
Fonte: O Caminho das Águas em Salvador.
9. Sistema Viário
O terreno está localizado na Avenida Luiz Tarquínio, que é uma via local, sem fluxo intenso, e possui
uma quantidade de pontos de ônibus suficiente para atender a demanda. Nas sua proximidades
existe a Avenida Dendezeiros, que é uma via coletora, e o encontro entre a Avenida Fernandes da
Cunha e a Avenida Caminho de Areia, vias arteriais.
Figura 15: População Residente na PB-V Cidade Baixa.
Fonte: Base Google/edição feita pelo autor.
41
Legenda
Via Arterial
Via Coletora
Local do Terreno
Ponto de ônibus
existente
Via Local
10.Gabarito de Altura
De acordo com o Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano de Salvador, o
gabarito de altura do local onde está
sitiado o terreno é de 12m.
Figura 16: Mapa de Gabarito de Altura.
Fonte: Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador. Ano: 2016
42
Legenda
Legenda
11. Mapa de escolas
O mapa mostra as escolas situadas na
Península de Itapagipe, tanto públicas
quanto particulares. O Colégio Estadual
Luiz Tarquínio e o Colégio da Polícia Militar
Luiz Tarquínio são os únicos dentro do
bairro de Boa Viagem.
Figura17: Levantamento de escolas da região
Fonte: Produção pessoal.
43
44
12. Características Populacionais
O bairro de Boa Viagem está incluso na
Prefeitura Bairro V Cidade Baixa. A PB-V é responsável
por 14 bairros: Calçada, Mares, Santa Luzia, Lobato,
Uruguai, Caminho de Areia, Roma, Vila Ruy
Barbosa/Jardim Cruzeiro, Massaranduba, Mangueira,
Bonfim, Boa Viagem, Monte Serrat, Ribeira. Segundo
dados do IBGE, o bairro da Boa Viagem é o menos
populoso da PB-V, com 2.322 habitantes ( gráfico V.1),.
Figura 19: População Residente na PB-V Cidade Baixa.
Fonte: Painel de informações, Informs, CONDER.
O índice de analfabetismo na população residente
diminuiu de 1991 a 2010, embora aindaexista uma alta
taxa taxas de analfabetos acima dos 15 anos em
alguns bairros ( gráfico V.3). No ano de 200 os chefes
de família tinham de 4 a 7 anos de estudo 9 conforme
tabela V).
Figura 18: População Residente não alfabetizada
Fonte: Painel de informações, Informs, CONDER.
45
A PB-V Cidade Baixa é composta por 16 Unidades de
Desenvolvimento Humano (UDH), segundo dados
publicados no Atlas de Desenvolvimento Humano
das Regiões Metropolitanas Brasileiras (PNuD; iPea;
fJP, 2014). A Figura V.5 apresenta a classe de IDHM
das UDHs desta prefeitura-bairro para os anos de
2000 e 2010, onde observa-se, neste último ano, a
predominância da classe alta. O bairro da Boa
Viagem evoluiu da faixa de IDH médio para IDH alto.
Figura 20: Zonas Especiais de Interesse Social.
Fonte: Painel de informações, Informs, CONDER.
Figura 21: Classificação das UDHs.
Fonte: Painel de informações, Informs, CONDER.
46
13.A Companhia Empório Industrial do Norte 
Foi com a criação da Companhia Empório
Industrial do Norte, uma das três industrias têxteis
criadas em 1891, que o bairro de Boa Viagem ganhou
notoriedade. A Empório foi a maior indústria têxtil
baiana, com maior número de teares, operários e
maior produção de tecidos crus. O seu fundador, Luiz
Tarquínio, ficou conhecido como o “ Mauá Baiano”,
pelo seu espírito empreendedor e pela noção de
realidade industrial e economia que ele possuía.
Estando a frente do seu tempo, foi influenciado por
ideais europeus desde o inicio do século XIX.
A fábrica foi construída em uma área de 21.600m²,
com estrutura em ferro pré-fabricada da Europa e
alvenaria. Abrigava no térreo todo a parte de
maquinário e serviços e no pavimento superior ficava a
parte administrativa e o almoxarifado. O responsáveis
pela construção da fábrica foram os engenheiros
August Weillemann e Augusto Frederico de Lacerda
Juntamente a vila, Luiz Tarquínio inaugurou a primeira
vila operária do país. A Vila Operária da Boa Viagem
possuía toda infraestrutura para abrigar os
trabalhadores da fábrica. Contava com escolas,
armazéns, creches, consultório médico e biblioteca,
além da praça com dois coretos que integrava a área
comum da vila.
Titulo: Companhia Empório Industrial do Norte e a Vila Operaria.
Figura 22: Companhia Empório Industrial do Norte e a 
Vila Operaria
Fonte: UEFS – Universidade Federal de Feira de Santana.
Figura 23: A praça da vila operária.
Fonte: UEFS – Universidade Federal de Feira de Santana.
47
14.Análise de fatores climáticos 
A qualidade termodinâmica de uma espaço é
determinada pela análise de fatores naturais, como a topografia, e o
entorno, como vias e edificações existentes, para considerar a
implantação, as aberturas e os vazios.
A ventilação e insolação estão relacionados com a orientação do
traçado urbano, indicando a melhor disposição da edificação no
lote e a melhor orientação para suas aberturas, principalmente em
uma cidade de clima quente e úmido como Salvador.
A cidade avança sobre o Oceano Atlântico, e essa condição
implica numa intensa radiação solar com média de 219,6 horas de
sol por mês, com um ar com temperatura média de 25,5ºC no verão,
e uma umidade relativa do ar de 80%, sendo maior nas madrugadas
devido a brisa marítima.
Um análise feita utilizando o aplicativo SOL-AR mostra que a
Frequência de Ocorrência de Ventos na cidade de Salvador vem da
direção Sudeste e Sul. No verão a incidência principal vem da
direção Leste. A menor incidência de ventos é da direção Sudoeste,
principalmente no outono.
Já a análise de Ventos Predominantes mostra que a predominância
de ventos alísios está em todas as direções, de Nordeste a Sudoeste.
Mas visto que Salvador não possui condições climáticas bem
definidas, as épocas mais importantes para a região são a Primavera
e o Verão, com predominância de velocidade nas direções Leste e
Sudeste, com variação de 6m/s. A pior ventilação vem do Norte, a
1m/s, no verão.
Figura 24: Frequência e Predominância de Ventos.
Fonte: SOL-AR.Ano: 2018.
48
O sol começa a incidir na
Península de Itapagipe as 7:30 da
manhã e permanece nas ruas até o por
do sol, por volta das 17:00h, nascendo a
leste e se pondo a oeste. A Avenida Luiz
Tarquínio está localizada de Nordeste à
Sudeste. O poente tem maior
incidência no lado esquerdo, visto que
é borda marítima e sofre influencia da
radiação refletida pela água,
contribuindo para aumentar a
temperatura do ar e a sua umidade,
devido a evaporação da água. A rua
foi orientada de acordo com a própria
morfologia da topografia, o que
favorece os ventos e possibilita menor
insolação.
Nascente
Poente
Maior incidência de ventos
Oceano Atlântico
Figura 25: Croqui de estudo climático
Fonte: Produção pessoal.
49
15. Legislação
A Boa Viagem, é definido como uma Zona Predominantemente 
Residencial 2.
LEGENDA:
LOUOS– Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo de 
Salvador.
Figura26:Mapa de Zoneamento. Fonte: Sucom, 2016
MAPA: ZONEAMENTO
50
Legislação
Art. 274. São diretrizes para a Borda da Baía de Todos os Santos:
I - valorização e aproveitamento do potencial turístico e de lazer da Baía de Todos os Santos, com estímulo ao
desenvolvimento de atividades náuticas e aquelas de apoio, bem como à implantação de complexos ou
empreendimentos de entretenimento e lazer, e atividades voltadas para a cultura, o esporte e o turismo, como
hotéis, marinas, restaurantes, museus e teatros, resguardando as características da paisagem e as funções urbanas
predominantes em cada trecho;
II - valorização e requalificação dos espaços e equipamentos de uso público e tratamento específico para o uso e
a ocupação nas áreas de entorno dos monumentos arquitetônicos e históricos contidos em cada trecho da Orla da
Baía;
III - regularização fundiária – urbanística e jurídico-legal – dos assentamentos precários urbanizáveis e
reassentamento das áreas não urbanizáveis, especialmente nos casos de encostas íngremes e instáveis, nas áreas
de influência das marés, em áreas inundáveis e de preservação permanente.
51
Legislação
I - preservação da paisagem da Península de Itapagipe, assegurando a visualização de marcos importantes para a
imagem da Cidade de Salvador, a exemplo da Colina do Bomfim, das praias da Boa Viagem, da Penha e da
Ribeira e da Ponta de Humaitá;
II - aproveitamento do potencial náutico da Península de Itapagipe, mediante incentivo para implantação de
marinas, atracadouros e equipamentos de apoio à s atividades relacionadas à economia do mar;
III - implementação de programas para a instalação de centros de cultura e de entretenimento nas antigas
estruturas industriais existentes, a exemplo de complexos esportivos e centros educacionais, funcionando como
elementos de atratividade integrados aos circuitos de turismo e lazer;
IV - recuperação e conservação da qualidade ambiental da Enseada dos Tainheiros;
V - regularização fundiária – urbanística e jurídico-legal – dos assentamentos precários urbanizáveis e
reassentamento das áreas não urbanizáveis, principalmente aqueles em áreas de influência das marés;
VI - tratamento urbanístico e paisagístico da linha férrea existente, privilegiando as funções de lazer, turismo e
moradia, evitando a desvalorização das áreas adjacentes aos corredores.
• A legislação citada acima, prevê o incentivo de projetos que estimulam a cultura neste trecho, assim como o
MAMB, que pretende levar este tipo de entretenimento ao bairro da Boa Viagem e adjacentes.
§2º São diretrizes específicas para o Trecho 2 – Enseada dos Tainheiros até a Calçada:
52
Projetos de Referência
53
16. Museu de História Natural de Valparaíso
O Museu de História Natural de Valparaíso
está localizado em Condrell 1546, em Valparaíso, no
Chile. O projeto data o ano de 2014, possui uma área
de 900m2, e é do escritório de arquitetura SUMO
arquitectura y diseño.
O percurso do museu simula um corte transversal na
região de Valparaíso, de forma que o visitante faça um
passeiopor toda a biodiversidade da região. O traço
passa desde as fossas submarinas, onde não existe a
vida humana, até a altura dos cumes do Aconcágua,
mostrando desde microrganismos, até as plantas e
animais, de pequeno e grande porte.
O museu busca apoio no lúdico para atrair o público, a
exemplo da sala das sementes, onde você entra em
uma própria semente para descobrir a diferença sobre
cada tipo. O museu também faz uso da tecnologia,
através da realidade virtual, representando organismos
e animais. Um fato interessante é a inexistência de
qualquer tipo se ser vivo dentro das instalações do
edifício, toda exposição utiliza replicas em escala real
para suprir a necessidade de representação física de
plantas e animais.
Figura 27: Oraganização da área expositiva.c
Fonte: Archdaily. Ano: 2014
Figura 28: Área expositiva.
Fonte: Archdaily. Ano: 2014
Relevante para o projeto
54
17. Museu Zhao Hua Xi Shi
Localizado em Pequin, na China, o museu
Zhao Hua Xi Shi possui uma área de 2500m²,´e foi
projetado pelo IAPA Desing Consultants. O Yin Ma
Chuan da Grande Muralha significa “ Felicidade da
Mãe Terra” e é o primeiro centro cultural ao pé da
Grande Muralha. O museu tem ênfase exclusiva na
proteção do meio ambiente e a cultura da arte.
Nos seus espaços interiores e exteriores contrastam
pedra, aço, madeira e cânhamo. Sua estrutura
modular é conectada por galerias, pontes e
plataformas, que visão integrar o espaço interno e
externo, e criar um ambiente agradável. Os bambus
presentes nos tetos são tingidos localmente, e em
conjunto com as tabuas de madeira reciclada criam
uma estética que representa o patrimônio natural da
região.
Figura 29: Integração entre os espaços externos e internos.
Fonte: Archdaily.
Figura 30: Plataforma de observação.
Fonte: Archdaily.
Figura 31: Contraste entre a madeira e o aço.
Fonte: Archdaily.
Relevante para o projeto
55
18. Museu de História Natural de Xangai
O novo Museu de História Natural de
Xangai foi projetado pela arquiteto Ralph Johnson, e
foi inaugurado no ano de 2015. O museu possui uma
área de 44.517m², com mais de 10.000 artefatos dos
sete continentes em exposição. O edifício possui
inúmeros espaços de exposição, além de um teatro 4D.
O prédio responde ao sol, usando uma pele de vidro
inteligente que maximiza ou reduz a luz solar. A
temperatura do edifício é controlada por sistema
geotérmico, que que utiliza a energia da terra, e as
água pluvial do telhado jardim é armazenada na
lagoa, junto com as águas recicladas.
O átrio central possui mais de 30m de altura, e é
responsável pela distribuição de luz natural, filtrada por
uma parede vidro inspirada na formação celular de
plantas e animais. A parede viva a leste do museu
representa a vegetação da terra e a parede de pedra
ao norte, o movimento das placas tectônicas e os gran
canyons erodidos por rios.
Figura 32: Átrio de iluminação central.
Fonte: Archdaily. Ano: 2015
Figura 33: Fachada de parede viva
Fonte: Archdaily. Ano: 2015
Relevante para o projeto
56
Diretrizes Projetuais
57
19. Programa de Necessidades e Pré- dimensionamento
O programa de necessidades tem como objetivo principal reunir as informações sobre a futura edificação. Já o pré-
dimensionamento é uma estimativa inicial das áreas doa ambientes, baseado nas atividades que serão realizadas no
espaço.
MUSEU 
( ESPAÇO PÚBLICO 
CONTROLADO )
ENTRADA DE VISITANTES
Setor de entrada
Ponto de informação
Guarda Volumes
Espaço de convivência
Café / Bar
Loja
Sala de conferências
OBRAS E PEÇAS
Exposições permanentes
Exposições temporárias
Auditório
Administração
Direção
Catálogos
Edição
Biblioteca
ADMINISTRAÇÃO
( ESPAÇO FECHADO 
AO PÚBLICO )
RESTAURAÇÃO
Depósito
Reserva técnica
Restauro e conservação
58
MUSEU
Setor de entrada 1 Cabines de atendimento + balcão + 
bancos para espera
80
Ponto de Informação 1 Balcão de atendimento + armários 10
Guarda-Volumes 1 Balcão de atendimento + armários 7
Espaço de Convivência 1 Pátio interno de convivência
Café/Bar 1 Cozinha + balcão + mesas 70
Loja Balcão de atendimento + armários/ 
estantes/prateleiras
40
Exposições permanentes 700
Exposições temporárias
Auditório 1 Capacidade para 300 lugares 400
AMBIENTES QUANTIDADE ESPECIFICAÇÃO ÁREA (m²)
Administração
Recepção 1 Balcão de atendimento + espera 30
Secretária 1 Mesa de trabalho + armários 25
Direção Administrativa 1 Mesa de trabalho + armários 25
Recepção 1 Balcão de atendimento + espera 30
Secretária 1 Mesa de trabalho + armários 25
Direção Administrativa 1 Mesa de trabalho + armários 25
Departamento pessoal 1 Mesa de trabalho + armários 25
59
Administração
Departamento financeiro 1 Mesa de trabalho + armários 15
Departamento técnico 1 Mesa de trabalho + armários 15
Departamento de 
museologia
1 Mesa de trabalho + armários 14
Coordenação 2 Mesa de trabalho + armários 28
Laboratório de pesquisa 1 50
Laboratório de restauro 1 40
Sala de Reuniões 1 Mesa de trabalho + assentos + 
armários
25
Sala de funcionários 1 Mesa de trabalho + assentos 
Curadoria 1 14
Documentação 1 Mesas e computadores 15
Biblioteca 1 Capacidade para 60 pessoas + 
estantes
100
Sala de edição 1 Mesas e computadores 15
Espaço de convivência 1 Pátio interno de convivência
Central de segurança 1 Mesas e monitores de controle 17
60
Apoio e Serviços
Banheiro feminino 40
Banheiro masculino 40
Banheiros Acessíveis 5
Depósito (Geral) 1 15
Oficina 1 30
Almoxarifado 1 14
Reserva Técnica 45
Vestiários Previstos para os funcionários 40
Copa 1 Apoio para os funcionários 30
Casa de bombas 50
Reserva de incêndio 26
Reserva de água 26
Casa de lixo Coleta seletiva 11
Estacionamento Dimensões recomendadas por vaga: 
2,50 x 5,0 m
Carga e descarga 1 Dimensões recomendadas: 4,0 x 12,0 
m (Prevista para a área livre)
65
Gerador
Cabine técnica Controle de luz e som 12
DML Cada setor deverá apresentar, no 
mínimo, um DML.
6
Total 2,281
61
20.SETORIZAÇÃO
Legenda
Garagem
Escada emergência
Banheiros
Setor de educação
Setor Funcionários
Auditório
Biblioteca
Foyer
Área expositiva
Circulação
Circulação funcionários
Circulação vertical
Setor de entrada
62
Legenda
Monta cargas
Escada emergência
Banheiros
Setor de educação
Setor Funcionários
Circulação restrita
Biblioteca
Mirante
Área expositiva
Circulação
Circulação funcionários
Circulação vertical
Área gourmet
63
21. FLUXOGRAMA
PAVIMENTO TÉRREO
64
PAVIMENTO SUPERIOR
MESANINO
65
22. CONCEITO E PARTIDO
O conceito do Museu do Meio Ambiente é conscientização.
CONCIENTIZAR – TORNAR CONSCIENTE, INFORMAR, CLARIFICAR.
Figura 34: A tomada de consciência.
Fonte: https://lamenteesmaravillosa.com/la-toma-de-conciencia-para-
sanar/
O partido tende a aproximar a população, afim de conscientiza-los sobre a importância da
preservação do recursos naturais, partindo do pressuposto que é essencial para a vida humana. Os materiais
usados na conformação do MAMB, trazem o foco da sustentabilidade. O vidro na edificação consegue
integrar o meio externo ao interno, conseguindo valorizar a paisagem deslumbrante da Baia de Todos os
Santos. A madeira por sua vez, consegue transmitir a leveza em sua estrutura, assim como a natureza consegue
trazer equilíbrio e aconchego ao local.
23. APRESENTAÇÃO DO PROJETO
66
O MAMB surge como um espaço interativo voltado para as questões ambientais. Com o foco na Educação Ambiental
e na Sustentabilidade, o projeto mescla a aplicabilidade da educação ambiental com o espaço expositivo, com o
programa disposto em dois pavimentos com mezanino.
No Pavimento Térreo estão concentradas as atividades gratuitas, voltadas principalmente para a educação. Dispondo
de salas de aula, salas de oficinas, salas multimídia, uma sala de conferência, auditório e a área de exposição
temporária e dos produtos das oficinas. O Mezanino dispõe da biblioteca e área administrativa.
O Pavimento Superior concentra a área de exposições permanentesdo museu. A área expositiva oferece um passeio
pelos biomas brasileiros, a sala de vida marinha, exposição de fósseis e sala do futuro. Esta ultima fala especificamente
sobre os impactos causados pela destruição ambiental, mostrando o panorama futuro causado pelo descuido
ambiental.
Buscando diretrizes projetais na Sustentabilidade, uma série de soluções arquitetônicas foram tomadas. Todo museu faz
uso da iluminação e ventilação natural, com uso de perfis laminados que possibilitam a passagem de luz e vento. A
área expositiva conta também com uma claraboia um shed, que capita toda ventilação da borda marítima.
O projeto também busca a reutilização de materiais, como é o caso da utilização da madeira plástica nas esquadrias,
jardim vertical e deck da edificação.
A área externa é disposta de ambientes de convivência e integração do público com a natureza. Buscando uma
inclusão de todos, o jardim sensorial, traz a uma experiência de contato com a natureza baseada nos sentidos,
principalmente o tato, olfato e audição.
Trazendo a toma o histórico do sítio e a reutilização de materiais, a vila gourmet conta com o reuso dos contenderes
da antiga companhia do local, adaptados para quiosques.
67
Agenda 2. http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21.html– acesso em 
22/10/2018.
BRASIL, SALVADOR. LEI Nº 9.281, 2017. Institui normas relativas à execução de obras e serviços do 
Município do Salvador, e dá outras providências. Câmara Municipal, Bahia, SSA, p. 1-40.
BRASIL, SALVADOR. LEI Nº 9069/2016. Dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do
CARDOSO, Cecilia Rosana Carneiro. As fábricas na península de Itapagipe, maio de 2011. Arquitextos 
132.06. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.132/3894. Último acesso 
em agosto de 2018.
CAVALCANTI,Lorena.http://www.sustentabilidades.com.br/index.php?option=com_content&view=articl
e&id=38:arquitetura-sustentavel-o-que-e-um-projeto-sustentável. Último acesso em setembro de 2018.
Clube de Roma . http://www.clubofrome.org/. Último acesso em setembro de 2018.
COHEN, Regina, et al., Acessibilidade a museus , caderno museológicos, vol. 2. Brasília, 2012.
CONDER, Companhia de Desenvolvimento do Estado da Bahia. Painel de Informações, Dados 
Socioeconômicos e Culturais. Salvador, agosto de 2016.
CONDER, Companhia de Desenvolvimento do Estado da Bahia. Painel de Informações, Dados 
Socioeconômicos e Culturais. Salvador, agosto de 2016.
DELAQUA, Victor. Museu Zhao Hua Xi Shi. Archdaily Brasil. Disponível em:
https://www.archdaily.com.br/br/869239/museu-zhao-hua-xi-shi-iapa-design-consultants. Último acesso
em setembro de 2018.
DELAQUA, Victor. Museu Zhao Hua Xi Shi. Archdaily Brasil. Disponível em: 
https://www.archdaily.com.br/br/869239/museu-zhao-hua-xi-shi-iapa-design-consultants. Último acesso 
em setembro de 2018.
25. Referências
68
FERREIRA, Ivonne- PNUD. os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio aos Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentáveis. Disponível em: http://www.secretariadegoverno.gov.br/noticias/2016/janeiro/dos-objetivos-de-
desenvolvimento-do-milenio-aos-objetivos-de-desenvolvimento-sustentáveis. 
INFORMS. Disponível em < http://www.informs.conder.ba.gov.br/ >. Último acesso em setembro de 2018.
MOUSINHO, P. Glossário. In: Trigueiro, A. (Coord.) Meio ambiente no século 21.Rio de Janeiro: Sextante. 
2003.http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-globa. Último acesso 
em setembro de 2018.
MOUSINHO, P. Glossário. In: Trigueiro, A. (Coord.) Meio ambiente no século 21.Rio de Janeiro: Sextante. 
2003.http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-globa. Último acesso 
em setembro de 2018.
Município de Salvador. Câmara Municipal, Bahia, SSA.
PACTO GLOBAL.www.pactoglobal.org.br. Último acesso em setembro de 2018.
PEDROTTI, Gabriel. Museu de História Natural de Valparaíso. Archdaily Brasil. Disponível em: 
https://www.archdaily.com.br/br/771555/museografia-museu-de-historia-natural-valparaiso-sumo-arquitectura-
y-diseno. Último acesso em agosto de 2018.
SANTOS ELISABETE, et all. O Caminho das Águas em Salvador, Bacias Hidrográficas, Bairros e Fontes, 2010
SOUZA, Eduardo. Museu de História Natural de Xangai. Archdaily Brasil. Disponível em: 
https://www.archdaily.com.br/br/766284/museu-de-historia-natural-de-xangai-perkins-plus-will. Último acesso 
em Setembro de 2018.
SOUZA, Eduardo. Museu de História Natural de Xangai. Archdaily Brasil. Disponível em: 
https://www.archdaily.com.br/br/766284/museu-de-historia-natural-de-xangai-perkins-plus-will. Último acesso 
em Setembro de 2018.
Referências
69
Glossário
Adubo orgânico e mineral. (1) Matéria que se mistura à terra para corrigir deficiências e aumentar a fertilidade. Os 
adubos orgânicos contribuem para aumentar de forma imediata o húmus do solo. Os adubos minerais completam e 
enriquecem as matérias nutritivas, como o potássio e o cálcio. (2) Adubo orgânico é considerado como restos de 
alimentos vegetais e esterco de animais que se misturam à terra para fertilizá-la.
Acessibilidade 
Ambiente Natural /Meio ambiente – O conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e 
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. 1. conjunto de elementos abióticos (energia solar, 
solo, água e ar) e bióticos (organismos vivos) que integram a fina camada da Terra chamada biosfera, sustentáculo e lar 
dos seres vivos.
Abiótico. (1) Condições físico-química do meio ambiente, como a luz, a temperatura, a água, o pH, a salinidade, as 
rochas, os minerais entre outros componentes. (2) Caracterizado pela ausência de vida. Lugar ou processo sem seres 
vivos. (GOODLAND, 1975). (3) Lugar ou processo sem seres vivos. Caracterizado pela ausência da vida. Que não tem ou 
não pentence à vida. Diz-se dos fatores químicos ou físicos naturais. Os fatores químicos incluem elementos inorgânicos 
básicos, como cálcio (Ca), oxigênio (O), carbono (C), fósforo (P), magnésio (Mg), entre outros, e compostos, como a 
água (H2O), o gás carbônico (CO2) etc. Os fatores físicos incluem umidade, vento, corrente marinha, temperatura, 
pressão, luminosidade, energia, velocidade, estado energético, momentum, massa, amplitude, freqüência, etc.. (3) Sem 
vida; aplicado às características físicas de um ecossistema. Por exemplo: elementos minerais, a umidade, a radiação 
solar e os gases.
Bacia hidrográfica – Toda a área drenada por um determinado curso d’água e seus tributários, delimitada pelos pontos 
mais altos do relevo. Esses pontos mais altos são chamados de divisores de águas
Biodiversidade – Termo que se refere à variedade de genótipos, espécies, populações, comunidades, ecossistemas e
processos ecológicos existentes em uma determinada região. Pode ser medida em diferentes níveis: genes, espécies,
níveis taxonômicos mais altos, comunidades e processos biológicos, ecossistemas, biomas, e em diferentes
escalas temporais e espaciais.
70
Glossário
Cidadania: qualidade ou condição de cidadão. JURÍDICO (TERMO), condição de pessoa que, como membro de um 
Estado, se acha no gozo de direitos que lhe permitem participar da vida política.
Contaminação : Introdução, no meio, de elementos em concentrações nocivas à saúde humana, tais como organismos
patogênicos, substâncias tóxicas ou radioativas.
Degradação: Ação ou efeito de degradar ou de se degradar. Depravação de ordem moral; aviltamento.
Ação de destruir ou estragar; destruição: degradação atmosférica. Processo ou desenvolvimento espontâneo que causa 
decomposição ou desgaste.
Ecologia: [Biologia] Ciência que se caracteriza pelo estudo das relações entre os seres vivos; estudo das relações dos seres 
vivos com o meio orgânico ou inorgânico (em que vivem).
Ecossistema – Unidade que, abrangendo o conjunto de seres vivos e todos os elementos que compõem determinado 
meio ambiente, é considerada um sistema funcional de relações interdependentesno qual ocorre uma constante 
reciclagem de matéria e um constante fluxo de energia.
Fatores Abióticos ou Meio abiótico : elementos do meio ambiente natural/ ecossistemas, que não possuem vida .
fatores , s.m.pl. Aqueles que fazem alguma coisa; agentes. Elementos que contribuem ou influenciam na obtenção de um 
resultado; condições,...abióticos- Abióticos é o plural de abiótico. Relativo à abiose. Em que não pode haver vida. Azóico.
Fatores Bióticoa ; elementos do meio ambiente natural/ecossistemas que possuem vida.Bióticos é o plural de biótico. 
Relativo à vida. Etimologia (origem da palavra biótico). Do grego biotikós.
71
Glossário
Fauna: sf, A vida animal, com exclusão da espécie humana. Conjunto das espécies animais de uma região, ambiente 
ou meio específico: fauna brasileira. Etimologia (origem da palavra fauna). Do latim Fauna.
Flora: sf, Conjunto das plantas que crescem numa região, país ou ambiente. Livro com a descrição das plantas de um 
país ou região, determinando e registrando suas espécies. Conjunto das plantas que florescem numa determinada 
época do ano ou num ambiente específico. Reunião das plantas que têm um propósito ou são usadas de uma 
maneira específica: flora medicinal.
Holística : adj, Que busca entender os fenômenos ou a realidade por completo, e não somente como resultado da 
união de suas partes; que analisa e entende algo por inteiro. [Medicina] Tratamento que analisa a pessoa como um 
todo, não somente como um conjunto de seus sintomas; medicina holística. [Filosofia] Relativo ao holismo, à filosofia 
que busca tudo abranger. Etimologia (origem da palavra holística). Feminino de holístico; de holista + ico.
Multiplicadores Ambientais: aquele que ajuda a criar ambiente favorável. Ambientais vem do verbo ambientar. Criar 
ambiente favorável. Adaptar-se, habituar-se, integrar-se... Multiplicadores é o plural de multiplicador. Que ou quem 
multiplica. Matemática Num produto, o fator que desempenha o papel de...
Poluição: sf, , Degradação do meio ambiente provocada pela ação do homem; deterioração das propriedades, 
químicas ou físicas, de um ecossistema, pelo acúmulo ou retirada de suas substâncias: poluição do ar.
[Figurado] Resultado da ação de sujar, de alterar, de modificar ou de prejudicar alguma coisa: poluição sonora.
Etimologia (origem da palavra poluição). Poluir + ção.
Reciclagem – Retorno ao sistema de produção de materiais descartados (papel, vidro, latas etc.) ou restantes de 
processos produtivos e de consumo, para destiná-los à fabricação de novos bens, com o objetivo de economizar 
recursos e energia
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Anexo: Fachadas
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