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Unidade 7 - Família ideal e família real

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UNIDADE 7 
FAMÍLIA IDEAL E FAMÍLIA REAL 
Rodrigo Rangel e Pereira 
 
 
 
 
 
Nesta unidade iremos estudar os seguintes temas: 
• O ideal e a construção do desejo 
• Mapas familiares e as implicações na chegada do novo filho 
• O perfil dos pais adotivos, sua história, características, expectativas 
• O perfil dos filhos adotivos, sua história, razão do acolhimento, características, 
expectativas 
• A relação dos acolhidos com seus irmãos e com seus amigos/colegas do 
acolhimento 
• Teoria do apego e a construção de vínculos (introdução) 
• O luto do ideal (dos pais e do filho) 
• Figuras substitutivas parentais na vida da criança 
• A criança/adolescente real 
• A família real 
 
 
 
 
A utilização e impressão dos materiais do curso somente serão permitidas para uso 
pessoal do estudante, visando facilitar o aprendizado dos temas tratados, sendo 
proibida sua reprodução e distribuição sem prévia autorização da EJEF.
 
 
Neste módulo, trataremos das expectativas idealizadas de famílias e crianças e 
adolescentes versus a realidade muito diferente na qual se tornará a família real. Isso é 
o que geralmente acontece nas famílias, sejam elas formadas por filhos biológicos ou 
adotivos, por isso sempre ouvimos que todo filho precisa ser adotado, seja ele filho 
consanguíneo ou filho pelas vias da adoção. 
Os nossos ideais não encontram correspondência nas relações familiares reais 
que viveremos, nem no casal/companheiro, nem nas crianças que vêm muitas vezes de 
realidades difíceis, de muitos traumas devido a abusos, negligências e violências desde 
suas famílias de origem, passando por instituições de acolhimento, casas, lares ou 
famílias acolhedoras. Veremos como trabalhar e negociar essas expectativas dentro de 
cada indivíduo e suas possibilidades reais dentro dos sistemas familiares. 
 
A construção do ideal 
 
As idealizações que temos a respeito de família e filiação são construídas ao 
longo das nossas histórias, quer tenhamos consciência delas ou não, elas sempre 
existirão, em maior ou menor grau. 
As idealizações podem acontecer em várias áreas da nossa vida, devido a 
projetarmos muitas expectativas, que nem sempre serão alcançadas. Idealizamos 
nossos estudos e nosso trabalho, por exemplo. Ao escolhermos uma profissão de que 
gostamos, e mesmo dentro dessa premissa, no desenrolar do trabalho, enfrentamos 
várias etapas ou processos que, por vezes, não esperávamos, que são “chatos” de 
fazer, outros são cansativos, mas fazem parte do trabalho que amamos fazer. Até 
mesmo com nossos cônjuges/parceiros, quando namoramos, esperamos sempre 
determinados comportamentos, atitudes, que aconteciam mais na fase do namoro, mas 
que, no dia a dia, perdem força, diminuem de intensidade, mas, sim, nós escolhemos 
aquela pessoa, que é também um ser em constante mudança, e precisamos continuar 
a amar, mesmo quando essa pessoa se torna bem diferente daquela inicialmente 
idealizada no namoro. 
Por isso dizemos que o amor não é um sentimento, o amor precisa ser uma 
decisão. Precisamos entender que a paixão, em determinadas etapas, pode diminuir ou 
até ser extinta, não importa, não podemos nos deixar guiar pelos nossos sentimentos 
efêmeros ou sensações passageiras, na relação de pais/mães e filhos. Esse conceito 
não apenas evita e bloqueia as terríveis devoluções, mas nos dá musculatura emocional 
 
 
e fundamento intelectual para superar o “IDEAL” e aceitar e amar com toda intensidade 
o “REAL”, agindo com convicção e intencionalmente para aperfeiçoar o “REAL”. 
 
Mapas familiares 
 
Identificar os valores e princípios familiares que construíram os nossos ideais é 
um ótimo primeiro exercício para uma melhor percepção de quão forte é a ligação das 
nossas ações com esses valores e princípios inerentes a cada pessoa, que a psicologia 
trata como “Mapas familiares”. Esses mapas familiares decodificados, lidos, 
reconhecidos, decifrados e devidamente identificados traduzirão e emitirão o que 
trataremos como vozes familiares. 
Trarão muitos ganhos para cada indivíduo e/ou casal/parceiros que estão 
postulando identificar cada valor para cada área de sua vida, seja a área de afetividade, 
trabalho, área de relacionamento familiar (que pode ser desmembrada em vários 
aspectos), área financeira, área sexual, área profissional, etc. Citamos esses apenas 
como exemplos e não pretendemos aqui esgotar todas as inúmeras possibilidades 
desses exercícios, que podem e devem ser feitos nas várias etapas do ciclo familiar, 
tais como chegada da criança, início das atividades escolares, chegada de um irmão, 
início da adolescência, saída de um filho para estudar fora, mudança de cidade, saída 
de um filho para casar, etc. 
À medida que cada indivíduo consegue ir identificando esses motivos, começa 
a entender as fontes das aspirações e é daí que partem as motivações (o que motiva 
as nossas ações). 
Com esse mapa familiar do indivíduo pronto, sugerimos um investimento de 
tempo importante com essas vozes familiares que compõem esse mapa familiar. Uma 
boa reflexão individual poderá trazer muitos ganhos para a pessoa, que aumentará a 
harmonia entre o indivíduo e/ou casal/parceiros, tendo em vista que a possibilidade de 
esclarecimento de cada realidade estará bem mais clara e evidenciada. 
A pacificação e a melhoria das relações trazem ganhos para todos os envolvidos 
nas relações familiares e, obviamente, também para os novos membros que virão a 
compor essa relação familiar pela via da adoção. 
Assim, sugerimos trazer os pontos para serem refletidos e conversados entre os 
parceiros. Esses exercícios e conversas trazem luz e mais infraestrutura para um maior 
amadurecimento e preparação sobre todas as questões abordadas de forma aberta e 
intencional. 
 
 
Quando essas conversas acontecem “sem a pressão” das situações de tensão 
que virão, temos uma enorme vantagem e possibilidades muito mais ampliadas de 
resolução de possíveis conflitos. Portanto, os ganhos pela realização dessas conversas, 
que parecem simples, mas, na verdade, não são, têm uma profundidade gigantesca. 
Não se engane, essas atividades irão requerer bastante sabedoria, dedicação e 
compreensão da parte de todos os envolvidos. Disponha de tempo e energia para isso, 
sabendo que será um ótimo investimento para uma relação familiar mais saudável e 
harmoniosa. Não dispense ajuda profissional, se entender necessária, de terapeutas, 
psicólogos, etc. 
Creio que, para cada valor, podemos e devemos dialogar e negociar conosco 
mesmo, com nosso cônjuge/companheiro, para, então, após a intencional 
desconstrução desses ideais, conseguir uma situação familiar que traga mais equilíbrio 
e sustentabilidade nas relações. Ser intencional nesse exercício que precisa se tornar 
constante, nessa nova etapa familiar, será sempre uma injeção de saúde para todos os 
componentes desse sistema familiar. 
Esse exercício parte de uma reflexão sobre como cada valor foi construído na 
minha vida pessoal e como esse valor afeta os outros membros do sistema familiar. 
Vejamos o exemplo de um casal em que o marido vem de um sistema familiar cujo lema 
referente ao item finanças é o seguinte: “Gaste seu dinheiro enquanto é tempo, pois não 
sabemos o dia de amanhã”. 
Já a voz familiar da esposa, nessa área, se resume ao seguinte pensamento: 
“Dinheiro é muito difícil de ganhar, portanto, precisamos poupar o máximo possível para 
não faltar”. 
Logo percebemos uma situação clara de conflito de interesses nessa área. Ainda 
que “não ditos”, já está instalada a diferença gritante de pensamentos, que irá trazer 
motivações muito distintas e que criará desordens na relação do casal nessa área. 
Sem dúvida alguma, nas muitas áreas de cada um de nós, temos inúmeras 
situações em que pensamos de uma forma e nosso cônjuge/companheiro pensa de 
outra. E tais situações, devidamente identificadas, precisam ser negociadas, tendo em 
vista a pacificaçãodas diferenças e o aumento da qualidade das relações familiares. 
Se é assim entre os cônjuges, que precisam conversar, fazer concessões, 
negociar, dialogar mais um pouco, aceitar as diferenças e ter muita paciência e 
acolhimento para repetir todo o processo acima e daí chegar à pacificação, ao meio 
termo, à boa medida, imagine, então, faça as contas, invista tempo e emoções em 
imaginar como se aplica isso agora em uma relação ainda mais complexa, que tem a 
 
 
inclusão de mais membros, quando chega um membro dependente, que carece de 
muita atenção e que, sem dúvida, inaugura esse sistema familiar (o nascimento do 
primeiro filho). Esperamos e torcemos para que este e outros membros que virão 
possam trazer muitas alegrias e realizações, mas o fato é que estes mesmos trarão 
muitas demandas cuja extensão não tínhamos ideia. Aqui estamos para somar, para 
ajudar a pensar e planejar para que esse processo de adaptação seja o mais bem-
sucedido possível e menos traumático. 
Essas reflexões enriquecem a relação e preparam o casal para a chegada de 
um novo membro na família, o que também cria muitos ideais. Citaremos um exemplo 
muito usado em encontros de casais, que ilustra bem os exercícios propostos, pois 
carrega uma simbologia e didática peculiar: 
Cada indivíduo traz uma mala de viagem (representando a sua bagagem das 
vozes e do mapa), daí se coloca uma mala grande para cada cônjuge e uma mesa para 
se conversar/dialogar/negociar, com uma linha divisória no chão. 
Depois da linha, encontra-se uma única malinha pequena, na qual deverá caber 
toda a bagagem dos dois indivíduos. 
 
Fonte: Pexels - www.pexels.com/pt-br 
 
É assim na vida de todos nós, haverá negociações, adaptações, concessões até 
chegar ao reequilíbrio familiar, com todos os membros readaptados e confortáveis. Esse 
tempo de reequilíbrio varia de família para família e de pessoa para pessoa. 
Quanto mais “musculatura emocional” conseguirmos, mais será a nossa 
consciência dos “tipos de bagagem” que carregamos e estamos nos dispondo a 
 
 
carregar, quanto mais conversarmos, mais saudável poderá ser nossa estrutura 
relacional familiar. 
Perguntas para o desenvolvimento pessoal de uma melhor relação familiar: 
 
1. Quais são as suas vozes familiares nas áreas: 
- Relacionamento familiar 
- Financeira 
- Sexual 
- Profissional 
 
2. Compare as suas vozes familiares com as vozes familiares do seu 
cônjuge/casal e identifique quais são os pontos que são conflitantes. Após essa 
identificação, que comecem as negociações, tendo em vista a composição. 
Escolha, no máximo, duas áreas para serem negociadas para esse momento. 
Coloque na sua agenda um lembrete para realizar essa tarefa com outros itens 
conflitantes daqui a 30 dias e sempre que puder. É muito interessante realizar 
essa mesma tarefa daqui a um ano, por exemplo, e perceber o crescimento e a 
ampliação do entendimento, por isso aconselhamos anotar os resultados. 
 
Quem são esses pais? 
 
Os pais e as mães que chegam a ser postulantes à adoção são os mesmos que 
participam de toda a diversidade familiar do Brasil. 
Temos postulantes de todos os credos e cores, de todas as classes sociais e de 
todas as configurações familiares que existem na sociedade brasileira, tendo em vista 
que é dessa forma que a lei brasileira estabelece, dando possibilidade a todos aqueles 
que querem adotar. Entretanto, a lei foi estruturada visando ao melhor interesse das 
crianças e adolescentes. 
Dentre os postulantes, apenas para citar alguns exemplos, muitos são casais 
que já tiveram filhos e querem ter filhos pelas vias da adoção, passando pelos 
monoparentais (homem ou mulher solteiro/a que quer adotar), passa pelos 
homoafetivos e também pelos divorciados, essas “categorias” são apenas para ilustrar 
que temos representantes de toda a sociedade. Nessa hora e sempre, a justiça busca 
o melhor interesse da criança, o que realmente interessa, para a equipe técnica, é se 
 
 
esse ou essa pessoa, se o casal/parceiros têm condições para desenvolver os papéis 
parentais de pai e mãe na vida das crianças e dos adolescentes que estão disponíveis 
para adoção. 
Muitos são os que querem paternar ou maternar pelas vias da adoção. Dentre 
esses grupos, temos muitos pais e mães que já tentaram pelas vias biológicas e não 
tiveram sucesso. 
Paternar ou maternar, muitas vezes, é parte do maior projeto de vida de um ser 
humano. Para outros, apenas uma parte importante, mas, sem dúvida, é um projeto 
excelente, fantástico, de longo prazo, que muda a existência de qualquer pessoa, 
afetando drasticamente suas prioridades, agenda, finanças, enfim, é muito difícil 
descrever em palavras todas as implicações socioculturais, emocionais, afetivas e de 
todos os aspectos da vida de um ser humano. Difícil descrever a real profundidade e 
total extensão do paternar ou maternar com responsabilidade. 
 
Fonte: Pexels - www.pexels.com/pt-br 
Por isso a importância de conversar, refletir, pesquisar. Nos cursos que damos 
aos postulantes, sempre pedimos a eles: “Dê a si mesmo uma nota de 0 a 10 de qual a 
importância da família para você”. A grande maioria responde que é bem próximo a 10. 
Mas, na verdade, todos nós sabemos que o investimento realizado pelas famílias para 
a família não é 10, pois temos ainda índices muito altos de violência doméstica, o que 
demonstra a real falta de saúde familiar. Dentre tantos outros indicadores que também 
demonstram isso, sabemos do esforço de muitos para ter uma melhor harmonia e saúde 
familiar. Entretanto, dois indicadores muito importantes e simples podem e devem ser 
usados para medir o investimento que nós pais e mães fazemos para a família. São 
eles: tempo e dinheiro. Esses são fatores básicos, que nos ajudam a mensurar e nos 
indicam qual tem sido o nosso “investimento” para com a família. Dois indicadores muito 
simples, mas que falam muito a respeito de nós mesmos e da nossa própria família. 
Eles nos dão facilmente acesso a um autorretrato familiar. 
 
 
A observação detalhada de uma simples fatura de cartão de crédito, por 
exemplo, pode nos ajudar a entender em que temos investido nossos recursos e nosso 
tempo. Transformar a nossa família o mais próximo do nosso ideal passa por nós. Mais 
do que passa, está em nós. A bola está comigo e contigo. Quer seja pai ou mãe, somos 
os responsáveis pela nossa família, pois somos os adultos da relação e a 
responsabilidade direta está conosco. 
Essa deve ser uma reflexão constante, ao menos uma vez por mês. Nos crachás 
inerentes a nós, pais e mães, na lida com orçamento doméstico, seremos expostos a 
esse gráfico de prioridade familiar. No fechamento da fatura do cartão de crédito ou no 
formato de orçamento doméstico que você usa, seja no papel, caderno, planilha ou 
aplicativo, invista alguns momentos individuais, e/ou em família, frente a frente com esse 
orçamento, e faça algumas perguntas do tipo: 
- Como posso melhorar a aplicação desse orçamento para o maior benefício da 
minha família? 
- Com esse orçamento, como posso usar nossa criatividade para termos mais 
tempo de qualidade em família? 
- Nosso orçamento está mais focado em “coisas” ou em pessoas? 
 
Quem são essas crianças e adolescentes? 
 
Essas crianças e esses adolescentes que chegam ao acolhimento 
institucional/casas, lares ou famílias acolhedoras são crianças e adolescentes que estão 
sob medida protetiva, ou seja, que estão em uma situação extrema, foi necessária uma 
intervenção estatal, foram retirados de suas famílias de origem, por algum motivo de 
abuso, violência ou negligência. Estão em algum serviço público de acolhimento. Estão 
acolhidas, mas, muitas vezes, apesar dos esforços dos dirigentes e coordenadores, 
acabam tendo diversas restrições dos seus direitos a uma convivência familiar e 
comunitária, pois ainda não dispõem de uma família segura e definitiva. 
A realidade é que essas crianças e essesadolescentes estão abandonados de 
fato, mas não de direito, pois a sua situação jurídica, como afirma o Dr. Sávio Bittencourt, 
Procurador de Justiça no Estado do Rio de Janeiro, é de crianças “Nem-Nem”, nem 
podem ser filhas ou filhos efetivamente da sua própria família de origem nem têm o seu 
poder familiar resolvido, pois estão nesse limbo, sob a responsabilidade do Estado, mas 
sem ter o seu poder familiar concedido para alguma família, nem voltam para a 
 
 
reintegração familiar, nem estão disponíveis para adoção — 69% delas não recebem 
visita dos pais consanguíneos. 
São sujeitos que já sofreram abandonos múltiplos, pois foram abandonados pela 
sua família de origem, muitas vezes, estão abandonados pela rede de garantia de 
direitos da criança, pois a demora excessiva no seu encaminhamento ao sistema de 
acolhimento é notória, tendo em vista os indicadores do próprio CNJ (Conselho Nacional 
de Justiça) em 2020, segundo o qual a média de idade da chegada das crianças no 
acolhimento é maior que os oito anos. A maioria esmagadora delas deseja e anseia por 
uma família. 
 
Principais fatores que impedem a permanência das crianças nas famílias 
consanguíneas 
 
- Alcoolismo, uso de drogas, violência física e sexual, miséria e doença; 
- a ausência de um dos pais ou de ambos em virtude do cumprimento de pena 
em instituições penitenciárias, na maioria dos casos, por tráfico e homicídio; 
- desamparo, negligência, conflitos e abusos. 
 
Instituições de acolhimento x Realidade das crianças 
 
Existem formas diferentes de acolhimento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
- As instituições de acolhimento/casas lares: O acolhimento institucional 
(comumente chamado de “abrigo”) que pode ter até 20 crianças na mesma 
unidade de acolhimento. 
FORMAS DE ACOLHIMENTO 
Instituições de 
acolhimento/casas 
lares 
Famílias 
acolhedoras 
 
 
 - As famílias acolhedoras: As famílias acolhedoras são também unidades de 
acolhimento, no sentido de que são famílias que estão sob a supervisão estatal, 
que, via de regra, é alguma organização social em parceria com o município 
(prefeituras). 
 
Essas famílias são treinadas, capacitadas e supervisionadas por uma equipe 
técnica, geralmente, formada, no mínimo, por um ou mais coordenadores, psicólogos e 
assistentes sociais. 
As unidades de acolhimento citadas acima têm como missão garantir a 
segurança e proteção infantil durante o período em que um estudo psicossocial está em 
curso em relação às famílias de origem da criança e do adolescente. Enquanto isso, 
essas unidades de acolhimento prestam esse serviço de receber e cuidar das crianças 
nesse período, em que o Estado, nesse caso, o Judiciário, junto com toda a sua equipe 
técnica de psicólogos, assistentes sociais, além dos juízes e promotores, acompanham 
e direcionam a situação das crianças e dos adolescentes nas instituições de 
acolhimento, bem como a sua família de origem. No caso específico de adoção, na 
grande maioria dos processos, caberá à Vara da Infância e Juventude acompanhar, 
quando esta existir na comarca. 
O Provimento 36 do CNJ diz que toda cidade acima de 100 mil habitantes deve 
ter uma vara específica da Infância e da Juventude. Sabemos que, infelizmente, essa 
não tem sido uma realidade ainda. Mas o fato é que todo o sistema de garantia de 
direitos da criança e do adolescente deve trabalhar arduamente para sua 
implementação o quanto antes. É um dever também atribuído à sociedade civil 
assegurar as medidas protetivas para a infância e a juventude. Assim diz o art. 227 da 
Constituição Federal: 
Título VIII 
Da Ordem Social 
 
Capítulo VII 
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso 
 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à 
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito 
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à 
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda 
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade 
e opressão. 
 
 
 
É direito de toda criança viver numa família que cuida, nutre e protege; é direito 
de toda criança o acesso à convivência familiar e comunitária. Qualquer violação de 
quaisquer dos itens citados acima é uma violação grave e precisa receber uma tratativa 
especial. 
 
Quais são os direitos de toda criança? 
 
Todos temos muitos direitos na sociedade, desde pequenos até adultos. 
Inclusive, quando maiores, esses direitos parecem até que diminuem, pois talvez 
deixemos de nos preocupar com eles, achamos que são detalhes ou não vamos mais 
atrás. Mas e a criança que não tem conhecimento da maioria de seus direitos? Você 
sabe quais são os direitos de uma criança? 
Algumas leis tratam apenas disso, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) 
cuida especificamente dessa área, os direitos dos pequenos na sociedade, e vamos 
mostrar a vocês quais são eles. 
 
 
 
 
•Ter uma educação de boa qualidade;
•Ter acesso à cultura e aos meios de comunicação e informação;
•Poder brincar com outras crianças da mesma idade;
•Não ser obrigada a trabalhar como adulto;
•Ter uma boa alimentação que dê ao organismo todos os nutrientes de 
que precisa para crescer com saúde e energia;
•Receber assistência médica gratuita nos hospitais públicos sempre 
que precisar de atendimento;
•Ser livre para ir e vir, conviver em sociedade e expressar ideias e 
sentimentos;
•Ter a proteção de uma família, seja ela natural ou adotiva, ou de um 
lar oferecido pelo Estado se, por infelicidade, perder os pais e parentes 
mais próximos;
•Não sofrer agressões físicas ou psicológicas por parte daqueles que 
são encarregados de sua proteção e educação ou de qualquer outro 
adulto;
•Ser beneficiada por direitos, sem nenhuma discriminação por raça, cor, 
sexo, língua, religião, país de origem, classe social ou riqueza, e toda 
criança do mundo deve ter seus direitos respeitados;
•Ter desde o dia em que nasce um nome e uma nacionalidade, ou seja, 
ser cidadão de um país.
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Resumidamente, na teoria, todas as crianças têm direito a 
uma vida digna, saudável e feliz. 
 
Fonte: Pexels - www.pexels.com/pt-br 
Como princípio básico, em uma sociedade, precisamos aprender, desde a 
infância, a lidar com diferenças e respeitá-las e, com isso, seguir e proporcionar à futura 
nação todos os seus direitos. Podemos seguir tudo isso não discriminando as pessoas 
com algum tipo de deficiência, ou pobres, com educação diferente, religião, etnia, sexo, 
cor, nacionalidade, opção sexual, partido e outros. Mas, infelizmente, não é o que 
acontece no mundo. 
“É dever de todos respeitar os que são diferentes, porque eles também são 
cidadãos e possuem os mesmos direitos e deveres que nós na sociedade brasileira”, 
dessa forma, todos recebem os seus direitos e se igualam. 
Sabemos que as crianças que estão em alguma instituição de acolhimento já 
tiveram um ou mais de seus direitos violados. Essas crianças estão em uma situação 
de fragilidade emocional grave, a grande maioria delas ainda tem muitos traumas e, 
portanto, apresenta comportamentos, muitas vezes, desconhecidos e inesperados pela 
grande maioria dos postulantes à adoção. Por isso, a grande necessidade do preparo 
para lidar com as demandas que virão. Esse é um dos importantes objetivos de todo o 
treinamento para os postulantes à adoção. Esperamos não apenas evitar as devoluções 
de crianças e adolescentes, mas oferecer sim preparo, incentivo, instrução e, dessa 
 
 
forma, capacitar as famílias para que tenham os maiores indicadores de saúde familiar 
possível. É comprovado que famílias bem preparadas para a adoção não devolvem os 
seus filhos. É sabido, ainda, que a qualidade das relações familiares influencia 
diretamente o desenvolvimento integral das crianças,e, portanto, isso é prioridade 
absoluta, conforme determina a Constituição Federal. 
O que as crianças estão procurando, bem como o Judiciário e obviamente toda 
a rede de garantia de direitos da criança/adolescente, são boas famílias. Sabemos que 
os postulantes estão procurando crianças e adolescentes para formar suas famílias. O 
foco são as crianças e os adolescentes. Elas são a prioridade máxima. Elas são o alvo 
principal de todo o processo e trabalho realizados por toda a rede de garantia de direitos 
da criança/adolescente. 
 
Fratria 
 
 
Fonte: Unsplash - unsplash.com 
 
A definição dos termos fratria, fraterno e fraternidade mostra a íntima relação 
entre si no que tange à edificação da identidade do sujeito. Fratria (phratría), segundo 
o Dicionário Aurélio (2010), significa conjunto de irmãos, confraria ou outro 
agrupamento. 
É exatamente o que acontece nas instituições de acolhimento, as relações entre 
as crianças se tornam fraternais, e esses vínculos criados são muito importantes na vida 
das crianças e dos adolescentes, pois são essas vinculações afetivas que precisam ser 
 
 
alimentadas e preservadas para a continuidade do seu bom desenvolvimento. 
Possibilitar a continuidade desses vínculos é garantir às nossas crianças e adolescentes 
o direito que eles têm a essas relações. Claro que compete ao novo cuidador ou nova 
família estabelecer os limites saudáveis para essas relações, tal como intensidade e 
frequência. 
Em um grupo de irmãos, por exemplo, o intuito é o não rompimento de vínculos, 
a ideia de manter os vínculos afetivos é sempre a prioridade. Existem já muitas 
sentenças sendo proferidas, com determinação de manter o vínculo afetivo, para irmãos 
que são adotados por duas famílias, em bairros ou cidades próximas, mas que essas 
famílias assinem um acordo, na sentença judicial, de continuarem se relacionando e 
assim manterem os vínculos afetivos, oferecendo à criança esse direito, que lhe trará 
muitos benefícios. 
 
Apego 
 
 
Fonte: Unsplash - unsplash.com 
Teoria do apego ou teoria da vinculação é a teoria que descreve certos aspectos 
a curto e longo termo de relacionamentos entre humanos e entre outros primatas. Seu 
princípio mais importante declara que um recém-nascido precisa desenvolver um 
relacionamento com, pelo menos, um cuidador primário para que seu desenvolvimento 
social e emocional ocorra normalmente. 
A teoria do apego é um estudo interdisciplinar que abrange os campos das 
teorias psicológica, evolutiva e etológica. Imediatamente após a Segunda Guerra 
Mundial, as crianças órfãs e sem lar apresentaram muitas dificuldades, e o psiquiatra e 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bebé
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Etologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psiquiatria
 
 
psicanalista John Bowlby foi convidado pela Organização das Nações Unidas (ONU) a 
escrever um panfleto sobre o assunto. Posteriormente, ele formulou a teoria do apego.1 
O psicólogo John Bowlby ensina que somos seres emocionais, somos 
constituídos pelas relações de afetividade às quais somos submetidos. Somos seres 
afetivos. A nossa essência como ser humano passa pelo apego. 
A teoria do apego afirma que somos desenvolvidos e aperfeiçoados como seres 
humanos na medida em que conseguimos nos apegar a outro ser humano. 
A correspondência afetiva desenvolve positivamente ou negativamente as 
nossas constituições fisiológicas, emocionais e, portanto, sociais. O ser humano amado, 
querido, desejado, festejado, usufrui de interações humanas essenciais para o 
desenvolvimento do cérebro e de toda a sua neuroquímica. O ser humano que não as 
desenvolve, nas suas relações, sofre de inúmeras perdas fisiológicas e emocionais e, 
portanto, sociais. São seres humanos carregados de traumas que comprometem o seu 
desenvolvimento neuroquímico. Bowlby define alguns tipos de apego, entendemos que 
é um tema de grande importância e que teremos a oportunidade de conhecer melhor 
em outros módulos. 
 
O luto do ideal 
 
 
Fonte: Unsplash - unsplash.com 
Após a nossa consciência ter sido ampliada, cabe a nós realizarmos e 
processarmos o luto dos nossos ideais, aqueles que constatamos serem impossíveis de 
serem alcançados, que agora podem e devem partir. Devemos deixar esses ideais 
morrerem, para darem lugar a uma realidade possível, um ideal que foi negociado, 
ajustado com a morte de impossibilidades, que dão lugar a novas possibilidades. 
 
1 Ver Teoria do apego. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_apego. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicanalista
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Bowlby
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_apego
 
 
Podemos e devemos desistir desses ideais, que nos levam apenas a decepções, 
desilusões, frustações, desgostos e contrariedades. 
Esses ideais não realizados, quando processados, podem e devem se tornar 
crescimento, amadurecimento e, enfim, expansão de possibilidades. 
Deixar e fazer morrer intencionalmente nossos ideais, quando identificamos que 
estão projetados nos filhos. 
Por exemplo: 
- A mãe que sempre sonhou em ser bailarina e que por diversas razões não 
conseguiu. 
- O médico que espera que seu filho ou filha seja, como ele, um médico. 
- A menina que não gosta de brincar de boneca e ama jogar futebol. 
- Crianças que têm muita resistência aos estudos e pais que têm expectativas 
que seus filhos sejam bons alunos. 
- Os pais que querem ter um irmão ou irmã, para serem companheiros(as), e 
eles têm muitas dificuldades de adaptação e mesmo depois não se dão bem. 
- Dentre inúmeros outros... 
 
Precisamos, intencionalmente, entender que projetar esse “ideal” não é 
saudável, nem para a criança nem para a mãe ou pai. 
Liberar emocionalmente as crianças dos nossos ideais trará para elas um espaço 
maior para o seu próprio desenvolvimento e dará a oportunidade de todo o sistema 
familiar ter um funcionamento mais harmonioso. 
 
Figuras substitutivas 
 
Existem pessoas que em determinadas 
situações são chamadas de figuras 
substitutivas, que cumprem um papel muito 
significativo para a criança e/ou adolescente. 
Exercem o mesmo papel que originalmente se 
espera de um pai ou mãe. 
 
Fonte: Unsplash - unsplash.com 
 
 
Pesquisas científicas atestam que essas “figuras substitutivas significativas” 
podem ser, por exemplo, um professor ou professora que desenvolve afinidade e gera 
um apego tal que confere a esse profissional a “autoridade” no desenvolvimento de uma 
função parental. A esse fenômeno dá-se o nome de figura substitutiva. 
São muito positivas para as crianças e adolescentes, pois possibilitam a eles a 
oportunidade de um apego saudável, e com isso se tornam colunas muito importantes 
no desenvolvimento neurológico, emocional, enfim, o apego a essas figuras 
substitutivas trará enormes benefícios para todo o desenvolvimento integral da criança. 
 
Famílias reais 
 
 
Fonte: Unsplash - unsplash.com 
Agora temos consciência de que os nossos ideais não encontram 
correspondência nas relações familiares reais que viveremos, nem no 
casal/companheiro, nem nas crianças que vêm muitas vezes de realidades difíceis, de 
muitos traumas devido a abusos, negligências e violências desde suas famílias de 
origem, passando por instituições de acolhimento e família acolhedora. Agora cabe a 
nós termos diligência e intencionalidade para trabalharmos e aperfeiçoarmos nossos 
sistemas familiares. 
 
 
 
Os adultos da relação, que somos nós, os postulantes, precisamos exercer 
nossa maturidade e, a partir daí, assumir as nossas responsabilidades e 
intencionalmente investir com perseverança e constância nas nossas famílias,para 
termos mais qualidade e saúde nos nossos sistemas familiares. 
Essas negociações com os nossos ideais devem ser trabalhadas como um 
exercício continuado, que, quando realizado, repetido e entendido, proporciona mais 
saúde intra e inter-relacional. 
 
 
 
 
 
Referências: 
 
BOWLBY, John. Apego e perda. São Paulo: Martins Fontes, 2004. Trilogia com 3 
volumes. 
 
BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o 
Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA e dá outras providências. Diário Oficial da 
União, Brasília, DF, 16 jul. 1990 e retificado em 27 set. 1990. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: jun. 2020. 
 
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Provimento nº 36. Dispõe sobre a estrutura e 
procedimentos das Varas da Infância e Juventude. Brasília, DF, 24 abr. 2014. Disponível 
em: http://cgj.tjrj.jus.br/documents/1017893/1038413/prov-36-cnj-estrutura-varas-inf-
juv.pdf. Acesso em: jun. 2020. 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 
Centro Gráfico. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: jun. 
2020. 
 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações 
técnicas: 
serviços de acolhimento para crianças e adolescentes. Brasília, DF, jun. 2009. 
Disponível em: http://www.mds.gov.br/cnas/noticias/orientacoes_tecnicas_final.pdf. 
Acesso em: jun. 2020. 
 
HOLANDA, Aurélio Buarque de. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Curitiba: 
Positivo, 2014. Disponível em: https://www.dicio.com.br/aurelio-2/. Acesso em: jun. 
2020. 
 
LEVINZON, Gina Khafif. Adoção. Belo Horizonte: Artesa, 2019. 
 
SILVA, Sávio Renato Bitencourt Soares. Guia do pai adotivo: orientações para uma 
adoção feliz. Curitiba: Juruá, 2012. 
 
TEORIA do apego. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_apego. 
Acesso em: jun. 2020. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
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http://www.mds.gov.br/cnas/noticias/orientacoes_tecnicas_final.pdf
https://www.dicio.com.br/aurelio-2/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_apego
	HOLANDA, Aurélio Buarque de. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Curitiba: Positivo, 2014. Disponível em: https://www.dicio.com.br/aurelio-2/. Acesso em: jun. 2020.
	LEVINZON, Gina Khafif. Adoção. Belo Horizonte: Artesa, 2019.
	TEORIA do apego. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_apego. Acesso em: jun. 2020.

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