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Unidade 8 - Novas configurações familiares e os desafios da adoção

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UNIDADE 8 
NOVAS CONFIGURAÇÕES FAMILIARES 
E OS DESAFIOS DA ADOÇÃO 
Sara Estelita Vera Vargas Rangel e Pereira 
 
 
 
 
 
Nesta unidade iremos estudar os seguintes temas: 
• Etapas da adoção: o encontro criança/família 
• A construção do vínculo e o apego 
• O estágio de convivência e as novas rotinas familiares 
• Momento de chegada / momento de nascimento 
• A construção da filiação adotiva 
• Unindo hábitos e gostos dos pais e do filho 
• O novo nome (direito ao uso do nome social no período de guarda) 
• Contar/revelar 
• Os segredos familiares 
• Relação de confiança 
• Novas rotinas: escola, consultas médicas, especialistas, direito ao plano de 
saúde 
• Limites x afeto 
• Previsibilidade: A importância da rotina 
• Comportamentos adaptativos x desafiadores, regressivos 
• Da dependência à autonomia - processos 
 
 
 
A utilização e impressão dos materiais do curso somente serão permitidas para 
uso pessoal do estudante, visando facilitar o aprendizado dos temas tratados, 
sendo proibida sua reprodução e distribuição sem prévia autorização da EJEF.
 
A chegada do filho em casa traz uma série de mudanças e há vários fatores que 
precisam ser considerados nesse momento. Queremos tratar de alguns pontos 
importantes dessa situação. 
Tudo é novo para todos. Mesmo que a família já tenha outros filhos, esse filho 
que chega é novo. Os pais ainda não sabem como parentar o novo filho, que também 
precisará aprender a ser filho dessa família. 
É importante, nesse momento, revisitar a nossa história e a forma de educação 
e de apego que nossos pais tiveram conosco. É hora de agirmos de forma mais 
consciente na educação dos nossos filhos. Queremos cooperar com o desenvolvimento 
de um apego seguro. 
 
A comunicação 
 
 
Fonte: Unsplash - unsplash.com 
A comunicação terá que ser construída e vale lembrar que os comportamentos 
da criança carregam mensagens ocultas, e é dever dos pais se empenhar para decifrá-
las. Quanto melhor for a comunicação, maiores as chances de a criança/o adolescente 
ser compreendida(o) em suas necessidades, tê-las atendidas e assim sair do lugar do 
“medo”, da hipervigilância, que podem provocar comportamentos e reações 
indesejados. 
 
É muito importante que os pais ensinem a criança a usar as suas palavras. 
Quando apresentar comportamentos inadequados diante de uma situação em que está 
sendo contrariada, devem, pacientemente, acalmá-la, se conectar ao filho (olho no olho, 
toque físico aconchegante, tom de voz e cadência adequados) e ensiná-lo, pouco a 
pouco, a expressar seus sentimentos, seus desejos. Isso é um processo e requer tempo, 
mas é por meio da repetição dessas experiências que a criança/o adolescente vai 
perceber que está diante de um novo padrão de relacionamento, em que sua voz é 
ouvida (ainda que nem sempre seja possível receber um “sim”), em que ela/ele importa 
e está segura(o). 
A Dr.ª Karyn Purvis nos ensina que devemos encher o “balde do SIM”. O “sim” 
nos conecta, enquanto o “não” desconecta. Dessa forma, devemos sempre criar 
situações em que podemos dizer “sim” para os nossos filhos. Quanto mais o balde do 
sim estiver cheio, mais tolerante a criança/o adolescente será quando tivermos que dizer 
um “não”. 
Na nossa cultura, estamos muito acostumados a dizer “não”. Por exemplo: O 
filho de 5 anos pede para comer uma barrinha de cereais logo antes do almoço. Nossa 
tendência natural é dizer: “Não! O almoço será servido em 10 minutos.” Será que não 
poderíamos responder de forma diferente? Talvez até aproveitar a oportunidade para 
repartirmos o poder de decisão com a criança? E se respondêssemos assim: “Sim, você 
pode comer a barrinha após o almoço. Ela está aqui. Você quer que a mamãe guarde a 
barrinha para você e te entregue após o almoço ou você prefere que eu coloque a 
barrinha atrás do seu prato e você mesmo a guarda para comer de sobremesa?” Além 
de dizermos um sim, ainda estamos dando uma oportunidade a mais de a criança 
perceber que ela tem voz, que faz parte da decisão. 
Você deve estar se perguntando: “E se ela não conseguir esperar e, quando eu 
virar as costas para olhar a panela, a criança comer a barrinha?” Nesse caso, você 
poderá conversar com ela posteriormente sobre a importância de cumprirmos o 
combinado, mas você não perdeu a oportunidade de construir conexão com seu filho. 
Além do mais, se uma vez ele comer a guloseima antes do almoço, os danos não serão 
tão graves. E se ele teve dificuldades em se controlar, da próxima vez, você o ajuda, 
lembrando que o doce é dele, mas você o ajudará a guardá-lo dessa vez. 
 
 
 
 
 
Vale criar um pote com perguntas para as quais a 
resposta será sempre “sim”. E todas as vezes que a criança 
quiser ou precisar, ela poderá tirar uma pergunta do pote para 
fazer aos pais. Exemplo: Você me ama? Posso ganhar um beijo? 
Posso te dar um abraço? Você pode me contar a nossa história? 
— E assim por diante. 
 
 
 
Um pouco sobre disciplina 
 
Já está mais do que comprovado que castigos físicos não são boas estratégias 
de correção, ainda mais em se tratando de crianças que vieram de lugares difíceis e já 
viveram privações, violência, abuso, negligência, fome, miséria. 
Estratégias que podem ter parecido ser eficazes com filhos biológicos, que 
cresceram em um ambiente mais funcional, podem remeter filhos adotivos ao lugar do 
abandono, da violência, do abuso ou da negligência. Exemplo: Colocar a criança no 
quarto sozinha para pensar pode levá-la para o lugar da solidão e abandono; alterar o 
tom de voz, ainda que em brincadeiras, pode relembrá-la de gritos vivenciados junto 
com situações violentas. 
 
A história da criança 
 
Ao adotarmos nossos filhos, os adotamos 
integralmente, com sua história, seu presente e seu futuro. Os 
filhos adotados precisam de espaço para falar e perguntar 
sobre o seu passado, sua família biológica. Eles também 
devem saber que não precisam deixar de amar seus pais 
biológicos para amar seus pais adotivos; assim como nós, pais, 
não deixamos de amar o primeiro filho quando chega o 
segundo, há espaço no nosso coração para amar a ambos. 
Assim também, há espaço no coração de nossos filhos para 
amarem os pais biológicos e os adotivos ao mesmo tempo. 
Fonte: Pexels - 
www.pexels.com/pt-br 
Fonte: Pexels - 
www.pexels.com/pt-br 
 
http://www.pexels.com/pt-br
 
Apesar de suas histórias serem muito difíceis, essa é a raiz de nossos filhos e 
precisamos ter respeito por ela. Ao “monstrificarmos” os genitores, estamos passando 
a mensagem ao nosso filho de que uma parte da sua existência é muito ruim, porque, 
afinal, ele vem dessa origem biológica. 
 
Peculiaridades da adoção 
 
Há famílias que negam que exista diferença entre filhos adotados e filhos 
biológicos. E estes, entre a criação de um filho adotado e a de um filho biológico. 
Raramente falam sobre a adoção, menosprezando as experiências de perda da 
criança e de confusão de identidade. Eles receberam pouca educação sobre questões 
relativas à adoção na sua família. Essas famílias são frequentemente casais inférteis 
que adotam bebês. 
Porque seus filhos tiveram pouco apoio para lidar com questões relacionadas à 
adoção, geralmente apresentam expressões comportamentais de confusão, raiva e falta 
de confiança. 
Há outras que afirmam, com muita veemência, insistem, que filhos adotados são 
diferentes de filhos biológicos e atribuem toda e qualquer questão relacionada à criança 
ao fato de ela ser adotada. 
Particularmente aqueles com problemas significantes na criação de seus filhos 
tendem a usar a adoção como uma desculpa para os problemas da família. Essas 
famílias acreditam que todos os conflitos e as dificuldades de criação estão associados 
à adoção. Elas acreditam que não estariam enfrentando esses problemas se os filhos 
fossem biológicos. 
As famílias que tendem a ser mais bem-sucedidas na adoção são as que 
reconhecem que existem diferençasentre os filhos adotados e os biológicos e as 
aceitam com equilíbrio. 
 
 
Fonte: Pexels - www.pexels.com/pt-br 
A maior parte das famílias que se adaptam à adoção são aquelas que aceitam 
que o processo traz desafios para os seus filhos e para o seu estilo de educação. No 
entanto, eles não negam nem insistem nas diferenças. Esses pais veem a adoção como 
uma forma normal de construir a família, além de conversar sobre adoção, sobre os pais 
biológicos e o histórico da criança de forma aberta e solidária. 
 
Questões da adoção 
 
Há questões que estão relacionadas à história dos filhos adotados e dos pais 
adotivos que são inerentes à adoção. 
 
 
Questões relacionadas 
aos filhos:
•Perda
•Controle
•Lealdade dividida
•Abandono/Medo de rejeição
•Vergonha/Culpa
•Confiança
•Identidade
Questões relacionadas 
aos pais:
•Perda
•Expectativas frustradas
•Infertilidade
•Sentimento de fracasso/Culpa
•Legitimidade
•Medo/Ameaças dos pais biológicos
•Isolamento
•Controle
•Relação entre os irmãos biológicos e 
os adotados
 
Questões relacionadas aos filhos: 
 
 Perda - Algumas das coisas que são mais importantes para uma criança 
foram perdidas, dentre essas os pais, irmãos, tios, primos, avós biológicos, a 
casa, o bichinho de estimação, amigos, informação, dentre outras. Com isso a 
criança pode desenvolver uma percepção de que nada que é bom é para sempre 
e um medo de perder o que tem de valor. 
 
Perda ambígua - A perda que o adotado sente é chamada de “perda ambígua: a 
perda física de alguém ou alguma coisa que ainda permanece como uma 
presença psicológica”. Segundo Pauline Boss, autora de Ambiguous loss: 
learning to live with unresolved grief, um indivíduo que passa pela perda ambígua 
sofre de ansiedade e confusão, devido à falta de desfecho da sua perda. “Com 
a perda ambígua, não há desfecho, o desafio é aprender a viver com a 
ambiguidade.” (BOSS, ano 2009). 
 
É comum apresentar reações exageradas à perda de animais de estimação ou 
amigos, pânico quando os pais adoecem ou viajam, com noites dormidas fora de 
casa ou acampamentos, fobia escolar e dificuldade de sair da casa dos pais 
depois da formatura do ensino médio ou da faculdade. 
 
 Controle - Quando não tiveram controle sobre a situação, sofreram violência, 
fome, abuso sexual, perdas. Essas crianças e adolescentes tendem a lutar muito 
por controle e isso pode gerar conflitos com figuras de autoridade (pais, 
professores, etc.). 
 
 Lealdade dividida - Se eu amar a minha família adotiva, estarei sendo 
desleal com a minha família biológica? 
 
 Abandono/Medo de rejeição - Por não conseguirem desenvolver um senso 
adequado de valor próprio e pelas experiências já vividas, é muito comum o 
medo de que serão novamente abandonadas ou rejeitadas. 
 
 Vergonha/Culpa - A criança tem certeza de que o que acontece de bom ou 
de ruim é por “culpa” dela. Como vem de lugares difíceis, atribui sua história 
“difícil” a si mesma e carrega consigo vergonha e culpa. 
 
 
 Confiança - Se as primeiras figuras de cuidado foram hostis, como confiar 
em alguém? Isso pode ser muito difícil. 
 
 Identidade - Distúrbios sobre quem são e seu valor são extremamente 
comuns devido às histórias difíceis vivenciadas. 
 
Questões relacionadas aos pais: 
 
 Perda - Perda do filho biológico, perda da gestação ou da primeira infância 
do filho adotado, etc. 
 
 Expectativas frustradas - Choque entre o ideal e o real. 
 
 Infertilidade 
 
 Sentimento de fracasso/Culpa - Devido ao histórico de infertilidade, abortos; 
por se depararem com um “real” distante do “ideal”. 
 
 Legitimidade - Dificuldade de se sentirem pais “legítimos” do filho adotado. 
Sentem-se como se fossem “impostores”. 
 
 Medo/Ameaças dos pais biológicos - Mesmo quando não se relacionam 
com os pais biológicos, eles podem ser uma ameaça (receio de o filho amar mais 
os pais biológicos do que os adotivos, medo de serem “trocados” por eles). 
 
 Isolamento - Por não se sentirem compreendidos pelas outras pessoas que 
não vivem as “questões relativas à adoção”, não compreendem os 
comportamentos e reações do filho, podem se isolar. 
 
 Controle - Luta excessiva por controle para tentar garantir a segurança do 
filho e da família. Isso pode gerar grandes conflitos com filhos que também lutam 
por controle. 
 
 Relação entre os irmãos biológicos e os adotados - A relação entre os 
irmãos terá momentos ou estações de amizade e de divergência (como na 
 
maioria das famílias), mas essas crises podem tomar proporções maiores se a 
adoção não estiver bem resolvida quanto à filiação. Por exemplo, se entre os 
ideais estava dar um irmão para ser amigo do filho mais velho. 
 
Existem situações que podem ser um gatilho para levar nossos filhos a situações 
vivenciadas no passado. Ao descobrirmos os gatilhos que disparam sentimentos e 
comportamentos estranhos ou indesejados, podemos lidar com essas situações antes 
mesmo que elas aconteçam. Os gatilhos podem gerar reações exageradas nos filhos 
diante de situações como a perda de animais de estimação ou amigos, pânico quando 
os pais adoecem ou viajam, com noites dormidas fora de casa ou acampamentos, fobia 
escolar e dificuldade de sair de casa depois da formatura. 
 
 
As sete questões da adoção - Situações-gatilho 
 
1 - Luto e perda 
Questões da 
adoção 
Descrição Possíveis gatilhos Indicadores comportamentais 
“Eu me pergunto por 
que eu perco tudo e 
todos que são 
importantes para 
mim. O que tem de 
errado comigo?” 
A criança vai estar de 
luto, de alguma forma, 
pela perda dos seus 
primeiros pais. Mesmo as 
crianças que foram 
separadas quando bebês 
estarão de luto pelos pais 
dos sonhos (imaginários) 
e o “que poderia ter sido”. 
Reações comuns a essa 
perda incluem: negação, 
raiva, barganha, 
depressão e aceitação. 
- Aniversário da criança. 
- Aniversário de separações anteriores. 
- Feriados. 
- A família adotiva se muda. 
- Qualquer perda (o bicho de estimação morre, 
o amigo se muda). 
- Transição de uma série escolar para a outra. 
- Formatura do Ensino Médio. 
 
 
 
 
- Uma reação exagerada a uma perda real ou 
aparente. 
- Dificuldade com qualquer separação dos pais 
adotivos (escola ou creche, acampamento, noites 
do pijama, viagem de lazer ou trabalho dos pais, 
hospitalizações). 
- Dificuldade de emancipação do lar adotivo. Pode 
tentar, inconscientemente, atrasar a emancipação 
através de fracasso proposital. 
 
2 - Rejeição/Medo de abandono 
Questões da 
adoção 
Descrição Possíveis gatilhos Indicadores comportamentais 
“Eu me pergunto se 
essas pessoas 
realmente vão ficar 
comigo.” 
 
Independentemente das 
reais circunstâncias 
envolvendo a separação, 
as crianças geralmente se 
sentem rejeitadas ou 
abandonadas pelos 
primeiros pais. Elas 
podem sentir que não é 
possível serem amadas 
ou “permanecerem” e 
podem ter atitudes ruins 
para testar o 
compromisso do cuidador 
ou da família adotiva. 
- Primeiro dia de aula. 
- Passar a noite no acampamento. 
- Levar um “fora” do(a) namorado(a). 
- Formatura do Ensino Médio. 
- Divórcio dos pais adotivos. 
- A família adotiva se muda. 
- Aniversário de separações anteriores. 
- Um comportamento negativo para provocar a 
antecipação da rejeição e testar o compromisso de 
outros em relação a si. 
- Rejeitando os outros antes que possa ser 
rejeitado. (“Vou me demitir antes que seja mandado 
embora.”) 
- Tentar ser “perfeito” para evitar a rejeição e ter 
uma reação exagerada com pequenos fracassos 
(Uma necessidade de ser “o melhor” em tudo). 
- Sempre procurando aceitação e aprovação 
daqueles à sua volta. 
- Procura de aceitação e afastamento quando a 
intimidade emocional parece próxima, 
especialmente com os pais adotivos, mas também 
com colegas e outros membros da família. 
- Crianças mais novas podem demonstrar 
ansiedade forte durante curtas separações (noites 
do pijama ou acampamento). Podem desenvolverfobia escolar. 
- Adotados adolescentes podem ter dificuldade 
para irem para a universidade ou sair de casa. 
 
3 - Identidade 
Questões da 
adoção 
Descrição Possíveis gatilhos Indicadores comportamentais 
“Eu me pergunto 
quem é o ‘meu povo’ 
e se eu serei como 
eles.” 
 
A falta de informação e o 
sigilo que geralmente 
envolvem a história da 
criança, seus primeiros 
pais, dificultam para a 
criança estabelecer uma 
identidade. Ela pode se 
sentir diferente ou que 
não pertence àquele 
lugar. 
- Adolescência. 
- Comentários insensíveis da família, dos 
amigos e de estranhos. 
- Tarefas escolares (árvore genealógica) 
- Incidentes críticos envolvendo racismo em 
uma adoção transracial. 
- Gravidez. 
- Crise de meia-idade. 
- Envolver-se com colegas inapropriados. 
- Promiscuidade ou gravidez. 
- Aparência e comportamentos diferentes da família 
adotiva. 
- Mudando de identidade frequentemente à procura 
de uma que se pareça com a família biológica. 
- Episódios recorrentes de fuga de casa. 
 
4 - Lealdade dividida 
Questões da 
adoção 
Descrição Possíveis gatilhos Indicadores comportamentais 
“Eu me pergunto se 
eu deveria me 
manter leal à minha 
mãe biológica ou se 
eu deveria me 
permitir amar e ser 
As crianças podem sentir 
que proximidade e amor 
pelos cuidadores ou pais 
adotivos é um ato de 
deslealdade com os 
primeiros pais, e vice-
- Dia das mães. 
- Noivado ou casamento. 
- Comportar-se mal durante as férias ou perto do 
dia das mães. 
- Recusa-se a criar apego com os pais adotivos. 
 
amado pela minha 
mãe adotiva.” 
 
versa. Eles se encontram 
em um dilema e podem 
ser tomados por um 
sentimento de culpa. 
- Visitas ou contato com os irmãos biológicos ou 
outros parentes biológicos. 
- Feriados. 
- Tem os pais biológicos, ou a fantasia deles, como 
modelo (engravidando na mesma idade que a mãe 
biológica, fazendo tatuagens, pintando o cabelo da 
mesma cor que um dos pais biológicos, seguindo 
profissões semelhantes, etc.). 
5 - Confiança 
Questões da 
adoção 
Descrição Possíveis gatilhos Indicadores comportamentais 
“Eu me pergunto se 
eu posso acreditar 
no que essas 
pessoas estão me 
dizendo.” 
A separação dos 
primeiros pais, 
especialmente muito 
novos, pode ameaçar a 
habilidade de criar 
confiança e apego básico. 
Eles podem ter 
dificuldade para formar e 
manter relacionamentos. 
- Sente-se traído(a) numa relação. 
- Levando um “fora” do(a) namorado(a). 
- Descoberta de informações que não haviam 
sido compartilhadas de forma honesta. 
- Recusa o apego. 
- Ou tem um comportamento pegajoso e 
inapropriadamente dependente, ou, desde cedo, 
tem cuidados próprios inapropriados, se 
distanciando da nutrição dos cuidadores. 
- Rouba. 
- Cuida das suas próprias necessidades e desejos 
porque a criança não aprendeu que outros vão 
atender as suas necessidades. 
- Falta de vontade de agradar os outros 
(relacionada com a recusa ao apego) e consciência 
atrasada. 
 
 
 
6 - Controle 
Questões da 
adoção 
Descrição Possíveis gatilhos Indicadores comportamentais 
“Eu me pergunto por 
que todo mundo 
toma decisões sobre 
a minha família, meu 
nome, quanta 
informação eu 
recebo, a minha 
idade para conhecer 
os meus irmãos ou 
meus pais 
biológicos... Quando 
eu poderei tomar 
decisões importantes 
sobre a minha vida?” 
 
Muitas vezes, as crianças 
não têm nenhum controle 
ou opinião sobre a 
separação dos pais 
biológicos. Isso cria 
sentimentos de frustração 
e incapacidade. 
Consequentemente, eles 
podem tentar recobrar 
esse controle em outras 
áreas ao longo da vida. 
- Adolescência. 
- Escola. 
- Limites dos pais. 
- Constantes lutas por controle com figuras de 
autoridade. 
- Mentiras, mesmo que não pareçam beneficiá-la. 
- Rouba, esconde coisas, acumula comida. 
- Ociosidade. 
- Abuso de substâncias. 
- Desenvolve distúrbios alimentares. 
- Cria o caos. 
- Adesão rígida à rotina ou a planejamentos futuros. 
- Comportamentos obsessivos compulsivos (faz 
listas, organização incomum). 
 
 
 
 
7 - Culpa/Vergonha 
Questões da 
adoção 
Descrição Possíveis gatilhos Indicadores comportamentais 
“Eu me pergunto o 
que eu fiz para que 
os meus pais me 
jogassem fora.” 
 
Culpa: A criança se sente 
mal com o que fez. 
 
Vergonha: A criança se 
sente mal com quem ela 
é. 
- Fracassos (não entrando para o time ou 
perdendo em esportes, fracassos escolares). 
- Experiências com rejeição (ser excluído por 
colegas, sentir que os filhos biológicos na casa 
recebem mais amor e são mais valorizados). 
- Pensamento mágico: a criança expressa a crença 
de que ela causou a separação da família. 
- Baixa autoestima. 
- Resultados ruins ou não se permitir conseguir ou 
ir bem em algo. 
- Expectativas de fracasso ou futuras rejeições. 
Fonte: Institute for Human Services – Ohio – EUA. 
 
 
Perguntas das crianças 
 
Formulado por Jayne Schooler, baseado nas perguntas 
enviadas por crianças adotadas 
Pergunta 
Não penso 
isso 
Mais ou 
menos 
Isso 
mesmo 
1. Eu sei que você sofreu muitas perdas. Algumas crianças adotadas disseram que elas 
sentem que é tudo culpa delas. Você já sentiu que é o responsável por suas perdas? 
(Lidando com o sentimento de culpa). 
 
2. Algumas crianças que vieram do sistema de acolhimento sentem que tem alguma coisa 
errada com elas. Você já sentiu que havia algo de errado com você porque estava no 
“abrigo”, na família acolhedora ou porque foi adotado? Você gostaria de conversar sobre 
isso? (Lidando com o sentimento de vergonha). 
 
3. Algumas crianças adotadas disseram que sentem vergonha quando as pessoas 
descobrem que elas são adotadas. Você já se sentiu envergonhado(a) de ter sido adotado(a) 
ou ter passado pelo sistema de acolhimento? 
(Lidando com o sentimento de vergonha). 
 
4. Você gostaria de conversar sobre como era a sua vida antes de vir para nós? 
5. Você se preocupa ou sente que não pertence à nossa família, ou que nós vamos “te 
devolver”? Quando você pensa nisso? (Lidando com o medo de rejeição). 
 
 
6. Como você se sente quando nós falamos sobre a sua família biológica ou sobre a sua 
adoção? 
 
7. Em algum momento você sente vontade de falar sobre a sua família biológica e sobre o 
seu passado, mas tem medo? 
 
8. Você tem memórias difíceis e não sabe o que fazer com elas? 
9. Há alguma coisa que nós falamos para as pessoas sobre a sua história ou sobre a sua 
vida que você preferiria que nós não falássemos? Existe alguma coisa que você gostaria que 
falássemos? 
 
10. Quais são as coisas que você gostaria que nós soubéssemos sobre você? 
 
 
 
Construindo famílias adotivas saudáveis 
Dez fatores para o sucesso 
(Institute for Human Services – Ohio – EUA) 
 
1- Famílias adotivas saudáveis têm uma noção clara e 
honesta do seu motivo para adotar.
2- Famílias adotivas saudáveis reconhecem as vantagens e 
os desafios específicos de se construir uma família com a 
adoção.
3- Famílias adotivas saudáveis sabem da importância de se 
criar um ambiente familiar que lida abertamente com as 
especificidades da adoção.
4- Famílias adotivas saudáveis entendem como a adoção 
impacta nos estágios de desenvolvimento.
5- Famílias adotivas saudáveis desenvolvem habilidades de 
parentar a partir da ciência dos impactos do trauma no seu 
filho e desenvolvem habilidades para parentar a partir da 
ciência do trauma.
6- Famílias adotivas saudáveis são cientes dos desafios 
relacionados ao apego na adoção e estão dispostas a 
aprender habilidades de construção para construção de 
vínculos/apego.
7- Famílias adotivas saudáveis entendem a importância de 
conversar com a criança sobre o passado.
8- Famílias adotivas saudáveis exploram as necessidades 
culturais das suas crianças e se esforçam para atendê-las.
9- Pais adotivos saudáveis entendem e antecipam quando 
questões base de adoção podem ter gatilhos que criam 
crises.
10- Famílias adotivas saudáveis encontram o equilíbrio 
entre o controle excessivoou insuficiente dos pais.
 
Terminologia de adoção 
Adaptado do trabalho do Serviço Internacional de Crianças Holt 
(Holt International Children’s Services)1 
 
Palavras e frases para se tomar cuidado com conotações positivas e negativas. 
 
 Pais biológicos 
Genitores 
Pais naturais 
Pais de verdade 
 
Filho biológico Filho de verdade 
Pai biológico 
Mãe biológica 
Pai de verdade ou natural 
Mãe de verdade ou 
natural 
Nascido de pais não 
casados 
Ilegítimo 
Criança com 
necessidades especiais 
Criança deficiente 
Determinação judicial A criança foi tirada 
 Fazer um plano de 
adoção/uma entrega legal 
Escolher a adoção 
Doar/dar o filho 
Desistir de ter um filho 
biológico 
 
 
Adoção internacional Adoção estrangeira 
 
 
Inter-racial Mistura de raças 
 
 
Meu filho Filho adotado 
 
 
Pais Pais adotivos 
 
 
Procura Rastrear os pais 
 
 
Educar Manter/criar 
 
 
 
 
 
 
1 Adaptado do website: Serviço Internacional de Crianças Holt (Holt International Children’s Services) 
(2014): http://www.holtinternational.org/media/language.shtml. 
http://www.holtinternational.org/media/language.shtml
 
• A linguagem é importante quando descrevemos a adoção. 
• Os adotados são sensíveis ao se sentirem diferentes. 
• Nós queremos tentar evitar os termos negativos e o uso de linguagem crítica. 
• Como a linguagem se manifesta na sua própria família? O que a vovó diz? 
Os colegas? Pessoas de fora? 
 
Grupos de apoio à adoção 
 
 
Fonte: Pexels - www.pexels.com/pt-br 
Participar de grupos de apoio à adoção após a chegada do(s) filho(s) é de 
extrema importância para a família. Estudos mostram que a troca entre famílias é a 
forma mais eficiente de vencer as crises familiares e encontrar novos caminhos diante 
de desafios. 
 
Descubra o grupo de apoio à adoção mais próximo de você em: 
https://www.angaad.org.br/portal/gaas/. 
 
Não há um grupo de apoio à adoção na sua cidade? Deseja iniciar um? 
Saiba como em: https://www.angaad.org.br/portal/comoiniciar/. 
 
 
https://www.angaad.org.br/portal/gaas/
https://www.angaad.org.br/portal/comoiniciar/
 
 
O livro da vida 
(Institute for Human Services, Ohio, EUA, 2013) 
Sete motivos pelos quais crianças precisam da sua própria história 
Por Dr.ª Denise Goodman, ACSW, LISW, PH.D 
 
“Eu não me lembro de nenhuma pessoa importante do meu passado. Me pergunto se as 
pessoas do meu passado se lembram de mim.” (Um adolescente adotado). 
 
O livro da vida é um livro que registra o histórico familiar e de adoção de uma 
criança. É uma ferramenta que guarda informação sobre o crescimento e desenvolvimento 
dela, seus sentimentos, suas ideias, esperanças e sonhos para o futuro. É um recurso vital 
para ajudá-la a entender seu passado e se preparar para o futuro. 
Os sete motivos 
 
 Recria a história de vida da criança. 
Isso é importante, já que muitas das nossas crianças tiveram vidas muito 
confusas. Ora elas estão sendo acolhidas, ora desacolhidas, jogadas de um membro da 
família para outro. A reação de cada criança à sua separação de sua família biológica é 
única e individual. Esses sentimentos dolorosos traçam desafios que se repetem nas 
vidas de crianças que foram adotadas mais velhas. Durante o processo de cura de 
crianças cujas memórias de relacionamentos passados persistem em sua mente, vemos 
que há temas que se repetem. Elas têm que ter um registro preciso de seu passado, 
porque isso as ajudará a sonhar com o futuro sem medo. 
 
Informa a criança sobre a sua família biológica. 
Muitas crianças adotadas ou em famílias provisórias não têm muita informação 
sobre as suas famílias biológicas. Qual era a aparência dos seus pais? Que talentos 
eles tinham? E o resto da família extensa? Na verdade, algumas crianças não têm 
informação alguma. Cada um de nós tem um “mapa genético”, que são nossos pais. 
Esse “mapa” nos ajuda quando começamos a desenvolver nossa identidade. Decidimos 
de quais características nós gostamos e ficamos com elas. As que não gostamos 
rejeitamos. Jovens que não têm informação alguma as inventam e, normalmente, elas 
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2
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são negativas. Para as crianças que só têm informações negativas sobre seus pais, isso 
é tudo o que eles podem usar para a sua identidade. Crianças precisam tanto de 
detalhes positivos quanto negativos sobre suas famílias. 
 
Justifica a colocação. 
Crianças frequentemente têm a ideia errada do porquê elas foram retiradas dos 
seus lares. Muitas vezes, elas acreditam que foi por culpa delas! Isso provoca 
sentimentos de culpa e, às vezes, elas tentam se punir. Portanto, crianças devem ter 
informações corretas e honestas sobre o porquê de elas estarem no sistema protetivo. 
 
Proporciona fotos e uma história fotográfica. 
Mesmo que a informação seja dada de forma escrita, crianças querem saber 
qual é a aparência das suas famílias. Além disso, fotos também registram eventos 
familiares, como férias, aniversários e épocas especiais. Crianças precisam de fotos de 
si mesmas para entenderem como as coisas mudaram. 
 
Registra os sentimentos da criança sobre a sua vida. 
Crianças raramente têm a oportunidade de falar sobre seus sentimentos e sobre 
estarem fora de seus lares. O livro da vida age, de certa maneira, como um diário que 
as crianças podem usar para guardar seus pensamentos e sentimentos mais pessoais. 
 
Informa a criança sobre seu próprio desenvolvimento. 
Quantas pessoas têm um diário de bebê? Se você não for o mais velho, você 
provavelmente não tem. Você não gostaria de um registro de todos os seus eventos 
importantes? Seu primeiro dente, seu primeiro passo, sua primeira palavra, junto com 
um registro de todas as outras coisas especiais que você já fez? Este é outro papel 
importante do livro da vida. 
 
É uma ferramenta útil quando lidamos com crianças. 
Por ser uma maneira de organizar informação, o livro da vida é uma ferramenta 
útil para famílias acolhedoras, pais adotivos, psicólogos/assistentes sociais e terapeutas 
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que ajudam crianças que têm que lidar com o fato de estarem longe dos seus pais, 
irmãos e lares. 
 
Apoiando as famílias adotivas após a colocação - Estratégias para ajudar 
as crianças a adaptarem-se 
 
 
Dê permissão para a criança expressar seus sentimentos de tristeza, raiva ou 
luto (WARD, s.d.). Evite dizer coisas como: "Isso é passado, você está conosco agora", 
"Não pense neles, somos seus pais agora" ou "Não se preocupe, você vai esquecê-los 
em breve". Dê à criança permissão para o luto. "É normal ficar triste porque você sente 
saudades.” “Aposto que muitas crianças que foram adotadas se sentiram da mesma 
maneira.” 
 
 
Os pais adotivos muitas vezes tentam ajudar seus filhos a esquecer o passado 
enchendo-os de atividades. Nesse momento, as crianças não precisam de movimento 
constante, mas sim de um ambiente em que o tempo para compartilhar e conversar seja 
uma prioridade. 
 
 
Os pais adotivos não devem tentar apagar o passado da criança, colocando o 
livro da vida fora da vista e fora do alcance. Ter contato com o livro da vida é semelhante 
a visitar o cemitério após a perda de um ente querido. Isso ajuda a criança a passar pelo 
processo de luto (RIGGS, s.d.). 
 
Diga à criança, desde o começo e frequentemente, que você entende a sua 
tristeza ao deixar pessoas importantes.
Mantenha o horário da criança relativamente livre de atividades constantes. 
Mantenha o livro da vida acessível à criança.
 
 
As crianças em luto mencionam muitas vezes os momentos felizes com pais 
biológicos ou pais acolhedores. Podem salientar que "a nossa mãe acolhedora não fazia 
isso desse jeito", quando experimentam sentimentos de perda em relação ao cuidador 
anterior. Responder positivamente às crianças quando elas mencionam atividades, 
memórias ou tradições anteriores enviará a mensagem às crianças de que são aceitas 
e amadas. 
 
 
Separações abruptascriam traumas e aumentam o pânico e o medo ligados à 
perda. Contatos periódicos e planejados por telefone ou pessoalmente com pais 
acolhedores e outras figuras de apego podem ajudar a criança nos estágios do luto. 
Manter contato com os membros da família biológica é fundamental. Há muitos 
benefícios para a criança quando ela é capaz de continuar a ter um relacionamento com 
a família biológica. Por exemplo: 
o Acesso a informações genéticas e médicas que podem ser importantes. 
o Desenvolver um sentido mais profundo de compreensão de sua identidade e 
um maior sentido de completude. 
o Preservar as ligações não só com a sua família biológica, mas também com 
a sua história. 
o Desenvolver uma melhor compreensão do motivo da colocação, o que pode 
diminuir os sentimentos de abandono e aumentar o sentimento de 
pertencimento. 
o Perceber os familiares biológicos como pessoas reais com pontos fortes e 
falhas, acabando com fantasias de perfeição (ou com fantasias excessivamente 
negativas) (https://www.childwelfare.gov/pubs/f_openadopt.cfm). 
 
Não se sinta rejeitado pela criança que se lembra de relações com figuras de 
apego perdidas.
Providencie o contato regular com pais acolhedores, familiares biológicos e 
outras figuras importantes de apego.
https://www.childwelfare.gov/pubs/f_openadopt.cfm
 
 
As crianças sentem-se fortalecidas com a presença dos pais que se sentam 
perto delas quando compartilham sentimentos intensos. Um toque no ombro ou um colo 
para se sentar tranquilizam um jovem problemático, com a garantia de amor e proteção. 
Deve-se lembrar que as crianças mais velhas também precisam da tranquilidade e 
segurança que vêm ao sentar-se no colo de um adulto ou com um abraço, tanto quanto 
as crianças pequenas. 
 
 
Fonte: Unsplash - unsplash.com 
 
 
Seção 1 
 
História para bebês e crianças pequenas 
Reunir informações para o livro da vida de um bebê ou criança pequena é muito mais 
importante do que pode parecer. Crianças nessa idade não têm memórias dos seus pais 
biológicos, família acolhedora ou outras pessoas importantes que cuidaram delas. Elas 
frequentemente não têm fotos de si mesmas ou de qualquer pessoa importante para ajudar 
a preencher as lacunas. Completar o livro da vida de um bebê enquanto ele estiver no 
acolhimento, quer ele volte para casa ou vá para a adoção, é algo crucial. 
Lembre-se da importância do contato físico.
 
Livro da vida de um bebê (0 a 2 anos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O QUE INCLUIR ONDE ENCONTRAR 
Informações do nascimento: 
certidão de nascimento, altura, 
peso, data e hora do nascimento, 
hospital (com foto, se possível, do 
panfleto ou tirada pela família), 
nome dos médicos, informação 
médica especial ou circunstâncias 
do nascimento, fotos da família 
biológica e história cultural. 
Cartório, registros do trâmite 
(processo, conselho tutelar...), 
pediatrias e maternidades, 
registros hospitalares, pais 
biológicos, família estendida. 
Informações do acolhimento: 
motivos para o acolhimento, incluir 
um registro da sentença, lista 
cronológica de cada passo, cartas 
de despedida dos cuidadores, 
nome de outras crianças de quem 
a criança era próxima, fotos dos 
cuidadores, seus lares biológicos 
e família acolhedora, quartos, 
animais de estimação, etc. 
Registros judiciais, responsáveis 
pelas admissões, família 
biológica, conselheiros tutelares 
/assistentes sociais, cuidadores 
prévios. 
Informações médicas: lista de 
profissionais médicos, cartão de 
vacinas, lista de doenças da 
infância, machucados, alergias. 
Registros do trâmite, 
departamento de saúde, 
cuidadores, pediatras, pediatrias 
e maternidades. 
Informações do 
desenvolvimento: 
marcos importantes de 
desenvolvimento. 
Cuidadores prévios, registro de 
cuidados, histórico médico. 
Informações da adoção: 
finalização, fotos da comemoração 
da adoção, lembranças especiais. 
Família adotiva e assistentes 
sociais da adoção. 
 
 
Fonte: Unsplash - unsplash.com 
 
Seção 2 
 
História para crianças em idade escolar 
Crianças retiradas de seus lares, durante os seus primeiros anos escolares, 
podem ter memórias das pessoas importantes na vida delas, mas normalmente essas 
memórias são vagas e vão desaparecendo. Essas memórias também podem estar 
ligadas ao trauma do abuso, da negligência e da experiência da remoção. O livro da 
vida deve ser aquela ferramenta que preenche os brancos na memória dessas crianças, 
além de substituir as fantasias que se desenvolveram. O livro da vida da criança na 
idade escolar deve incluir as informações de nascimento, de desenvolvimento e médicas 
listadas acima, além de incluir o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALÉM DAS INFORMAÇÕES JÁ 
CITADAS, INCLUA: 
ONDE ENCONTRAR 
Informações do acolhimento: 
motivos da remoção ou 
acolhimento, inclua uma cópia do 
documento/sentença, lista 
cronológica de cada passo, 
cartas de despedida dos 
cuidadores, nomes de outras 
crianças de quem a criança era 
próxima, fotos dos cuidadores, 
seus lares biológicos e 
acolhedores, quarto, animais de 
estimação, atividades recreativas 
e da igreja, amigos da 
vizinhança, cartas da família 
biológica ou outros amigos, 
nomes e endereços de irmãos 
separados. 
Registros judiciais, 
responsáveis pelas admissões, 
família biológica, assistentes 
sociais, cuidadores anteriores, 
professores, conselheiros, 
líderes adultos, líderes 
religiosos. 
Informações da educação: liste 
todas as creches e escolas 
frequentadas com a data, nomes, 
endereços e fotos, se possível, 
dos colegas de sala, professores e 
outros adultos importantes, cópias 
de boletins escolares, alguns 
deveres de casa, projetos 
especiais, fotos e lembranças de 
eventos especiais e prêmios. 
Equipe da escola, professores, 
anuários, jornais escolares e da 
comunidade, treinadores e 
registros escolares. 
Informações da adoção: 
ferramentas usadas para preparar a 
criança para a adoção (livros de 
colorir), data da finalização, fotos do 
dia da adoção. 
Família adotiva, famílias 
acolhedoras e assistentes 
sociais/psicólogos da adoção. 
 
Seção 3 
 
 
Fonte: Unsplash - unsplash.com 
 
História para adolescentes 
Adolescentes que passaram algum tempo sob cuidados provisórios e entram para a 
adoção ou moradia independente, provavelmente, se esqueceram dos detalhes importantes 
das suas vidas. Eles, possivelmente, não têm muitas lembranças do seu passado — como 
pouca ou nenhuma informação do seu nascimento ou fotos. Eles não têm um registro de 
onde moraram ou com quem moraram, as escolas que eles frequentaram e as conquistas 
que eles alcançaram. Organizar um livro da vida para um adolescente requer investigação e 
perseverança. Entretanto, ele pode ser o único elo de um passado confuso e complicado 
para um futuro incerto. O livro da vida de um adolescente deve incluir o máximo possível de 
informações de registros médicos, de nascimento e de desenvolvimento. Além disso, 
também deve incluir o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Informações de colocação: 
lista cronológica de onde o 
adolescente morou, com quem ele 
morou, motivos da mudança, fotos 
das pessoas e lugares 
importantes para o 
desenvolvimento do adolescente. 
Cuidadores prévios, assistentes 
sociais, documentos e registros 
do trâmite. 
Informações da educação: 
lista de escolas frequentadas, com 
datas, nome, endereço e fotos, se 
possível, fotos dos colegas de 
sala, professores e outros adultos 
importantes, cópias de boletins 
escolares, alguns deveres de 
casa, projetos especiais, fotos e 
lembranças de eventos especiais, 
prêmios, conquistas e certificados. 
Equipe da escola, professores, 
anuários, jornais escolares e da 
comunidade, treinadores, 
registros escolares, professoresde música, professores de 
teatro. 
Informação de adoção: 
ferramentas usadas para preparar o 
adolescente para a finalização da 
adoção, fotos do dia da adoção, 
lembranças especiais. 
Família adotiva e acolhedora, 
assistentes sociais. 
ALÉM DAS INFORMAÇÕES JÁ 
CITADAS, INCLUA: 
ONDE ENCONTRAR 
Informações da moradia 
independente: informações e 
lembranças coletadas de grupos e 
salas de aula de adolescentes, 
fotos de outros adolescentes em 
moradia independente, líderes de 
grupos, fotos da graduação de 
grupo e o dia da mudança para a 
nova casa. 
Assistentes sociais, cuidadores 
provisórios e assistentes 
sociais da moradia 
independente. 
 
Princípios para “contar” 
(Institute for Human Services, Ohio, EUA) 
 
 Inicie a conversa sobre a adoção. 
 Não minta. 
 Se a informação for negativa, use a ajuda de uma terceira pessoa. 
 Não imponha julgamento de valores. 
 Permita que a criança fique nervosa e mantenha o autocontrole. 
 A criança deve estar no controle da sua história fora da família. 
 Repita, repita, repita. 
 Conte a informação de forma a desenvolvê-la apropriadamente. 
 Compartilhe toda a informação até a criança ter 12 anos (de forma a 
desenvolvê-la). 
 Use uma linguagem “positiva” de adoção. 
 
Lidando com o NÃO! 
(Institute for Human Services, Ohio, EUA) 
 
 
Fonte: Pexels - www.pexels.com/pt-br 
Muitas crianças possuem barreiras que as impedem de considerar a adoção. 
 
As estratégias para lidar com essas barreiras estão listadas logo abaixo: 
Barreira/Desafio Estratégias para o profissional 
Lealdade à família 
biológica 
As crianças precisam entender que os sentimentos e os laços 
com a família biológica permanecerão os mesmos depois da 
adoção. 
Consulte a atividade da “caixa do coração”. É uma ferramenta 
para a comunicação sobre lealdade à família biológica. 
Crianças mais velhas podem precisar de algum tempo antes 
de estarem prontas para chamar os pais adotivos de “mãe e 
pai”. Os pais adotivos das crianças mais velhas precisarão de 
treinamento e de preparação para lidarem com essa 
resistência. 
Medo da 
possibilidade de 
decepção 
As crianças que passaram por diversas colocações podem 
sentir que não podem ser amadas. Podem pensar que foram 
responsáveis pelos fracassos nas tentativas de colocação 
anteriores. As crianças precisam de ajuda para compreender 
onde estiveram e por que não deu certo. 
Muitas vezes, as colocações terminaram porque os adultos 
tiveram dificuldades ou problemas não relacionados à criança. 
Se, no entanto, uma colocação terminou porque os pais não 
conseguiram lidar com o comportamento da criança, ela deve 
ser ajudada a entender que os pais não foram avaliados e 
preparados adequadamente, ou não eram uma boa 
combinação. Isso fez com que a colocação terminasse. No 
futuro, será tomado o cuidado de envolver a criança nas 
decisões de permanência para que as colocações sejam mais 
apropriadas. 
Falta de 
compreensão sobre 
a adoção 
As crianças precisam ser ensinadas sobre o valor de uma 
conexão para a vida toda. A maior parte dos adultos precisa 
de ajuda e de apoio dos membros de toda a sua família 
extensa. Crianças e jovens podem ter exemplos de como 
serão importantes as relações familiares quando se casarem 
e tiverem filhos. 
Os profissionais devem falar abertamente sobre a adoção para 
os jovens de maneira que eles a possam entender. 
Permita que crianças ou jovens relutantes falem com outros 
jovens que já foram adotados. 
Desvinculação de 
relações com a 
família biológica 
Algumas crianças continuam a visitar os avós, irmãos ou pais 
biológicos depois de serem adotadas por outra família. 
As relações de adoção aberta são particularmente úteis para 
uma criança mais velha. A criança, os pais biológicos e os pais 
adotivos devem ser ajudados a compreender que os pais 
biológicos são incapazes de cuidar da criança, mas que a 
criança e os pais biológicos continuam a se amar. Pais 
 
adotivos em adoção aberta precisarão de treinamento para 
assegurar limites emocionais saudáveis entre os membros da 
família biológica e os da família adotiva, e todos os envolvidos 
devem estar cientes de que os pais da criança são os adotivos. 
Os pais biológicos em uma adoção aberta se relacionarão com 
a criança como uma tia ou um tio favorito. 
Mudanças de nome 
Se um jovem resiste a ter seu sobrenome alterado pode ser 
possível manter o sobrenome de nascimento como um 
"segundo nome" ou até mesmo manter o sobrenome de 
nascimento como seu sobrenome legal após a adoção. 
Algumas vezes, a oposição a uma mudança de nome pode 
desaparecer à medida que o apego da criança com a sua 
família adotiva cresce. 
Problemas de 
controle 
Uma criança ou um jovem deve estar envolvido em seu 
planejamento de adoção através: 
1. Da identificação das suas ligações existentes (a resistência 
à adoção se reduz quando a criança mais velha conhece os 
prováveis pais); 
2. Do envolvimento em atividades específicas de busca ativa 
por parte da criança. Pergunte-lhe: "Como você gostaria que 
sua família fosse?"; 
3. Do envolvimento nas decisões sobre possíveis 
combinações na busca ativa; 
4. Do envolvimento da criança ou jovem no 
planejamento de visitas de pré-colocação. 
A crença de que 
ninguém irá querê-
los 
O profissional pode compartilhar exemplos de crianças e de 
jovens da mesma idade que foram adotados. 
Fantasias de 
reencontros 
O profissional pode pedir à família biológica (pais biológicos, 
avós ou tias e tios) para entregar uma "mensagem de 
permissão” à criança para que se encerre a fantasia de voltar 
à família biológica. A mensagem tem três partes: 
1. Você é amado e não será esquecido. 
2. Os pais biológicos não podem oferecer um lar seguro para 
você, nem agora nem no futuro. 
3. Queremos que você seja feliz e se dê bem com a sua família. 
Por isso, queremos que você seja adotado para que possa ter 
o cuidado que nós não podemos te dar. 
 
 
 
 
 
Comportamentos reivindicadores 
 
• A reivindicação ajuda a família a assimilar a criança como parte da família e 
ajuda a criança a se sentir parte da família. Comportamentos reivindicadores 
também promovem o desenvolvimento do pertencimento pelos pais — a firme 
convicção de que eles têm o direito de parentar a criança como sua. As atividades 
de reivindicação comunicam aceitação e integração da criança na vida da família. 
 
• Exemplos de comportamentos reivindicadores são: 
o Mandar anúncios para a família e amigos quando a criança se junta à família 
ou fazer um anúncio nas redes sociais. 
o Incluir o livro da vida da criança junto com os outros álbuns de fotos da família. 
o Envolver a criança ao desenvolver novas tradições familiares ou planejar uma 
viagem em família. 
o Usar linguagem que reforce a posição da criança na família. Como exemplos 
temos: "meu filho" e "nossa família". 
 
Expectativas frequentes dos pais e convicções frequentes das crianças 
(Wendy Flowers e Jayne Schooler) 
 
Numa escala de 1 a 3 (1 = não se parece nada comigo, 2 = um pouco parecido 
comigo, 3 = muito parecido comigo), avalie cada expectativa. 
Usando a mesma escala, faça com que a criança classifique cada expectativa. 
 
Expectativa dos pais Nota Crenças das crianças Nota 
Meu amor será retribuído e 
apreciado. 
 Eu não mereço amor e carinho. 
Eu sou um produto com defeito. 
 
Eu sentirei amor e conexão 
rapidamente com essa criança. 
 
Eu não tenho certeza se estou 
seguro aqui ou se posso confiar 
em você. 
 
 
 
Essa criança aprenderá 
rapidamente a viver dentro das 
minhas regras, objetivos e 
ambições. 
 
Eu não entendo as suas regras e 
elas não fazem sentido para mim. 
Eu nunca vou me encaixar aqui. 
 
As necessidades desta criança 
serão iguais às dos meus filhos 
biológicos. 
 
 
Eu não sou como os seus outros 
filhos, então, não me trate como 
se eu fosse. Eles não passaram 
pelo que eu passei. 
 
 
Meus filhos biológicos irão 
aceitar essa criança nova comoum irmão. 
 Seus outros filhos são maus 
comigo. Eles não gostam de mim 
e trazem problemas. 
 
Meu filho se encaixará bem com 
toda minha família e será bem 
recebido por ela. 
 Todos os parentes me tratam 
como se eu fosse diferente. Eles 
não gostam de mim como gostam 
das outras crianças. 
 
Meus amigos e conhecidos irão 
validar meu papel como pai/mãe 
na vida do meu filho e me 
apoiarão no processo de 
adoção e além dele. 
 
Não vamos mais a lugares 
divertidos como costumávamos ir. 
Eu sei que todos me culpam. 
 
Meu filho me verá como sua 
família e esquecerá sua família 
biológica e seu passado. 
 Quero que você comece a falar 
comigo sobre a minha família 
biológica. Preciso da sua ajuda 
para lidar com as minhas perdas. 
 
Posso fazer por esta criança o 
que não foi feito por mim. 
 Se eu não puder ser o que você 
deseja que eu seja, tenho medo 
de que você não goste de mim e 
que me abandone. 
 
Não farei a esta criança o que 
foi feito comigo. 
 Tenho medo que você me 
machuque caso eu não te agrade. 
 
Nunca sentirei qualquer 
arrependimento ou 
ambivalência por adotar esta 
criança com um passado 
traumático. 
 
Tenho medo de que eu seja 
demais para você lidar. Eu nunca 
quis ser adotado mesmo. 
 
 
 
 
Referências: 
 
BOSS, Pauline. Ambiguous loss: learning to live with unresolved grief. EUA: Harvard 
University Press, 2009. 
 
PURVIS, Karyn B.; CROSS, David R. Trust based relational intervention practitioner 
handouts. Texas: Institute Karyn Parvis, Texas Christian University, 2009. 
 
PURVIS, Karyn B.; CROSS, David R.; SUNSHINE, Wendy L. The connected child: 
bring hope and healing to your adoptive family. Nova York, NY: McGraw-Hill; 2007. 
 
RYCUS, Judith S.; HUGHES, Ronald C. Field guide to child welfare: foundations of child 
protective services. Ohio: CWLA Press, Institute for Human Services, 1998. 
 
SCHOOLER, Jayne E.; SMALLEY, Betsy K. Telling the truth to your adopted or 
foster child: making sense of the past. 2nd ed. Bergin & Garvey Trade, 2000. 
 
SCHOOLER, Jayne E.; SMALLEY, Betsy K.; CALLAHAN, Timothy J. Wounded children, 
healing homes: how traumatized children impact adoptive and foster families. NavPress 
Publishing Group, 2010. 
 
SIEGEL, Daniel J.; BRYSON, Tina P. O cérebro adolescente: o grande potencial, a 
coragem e a criatividade da mente dos 12 aos 24 anos. nVersos, 2020. 
 
SIEGEL, Daniel J.; BRYSON, Tina P. O cérebro da criança: estratégias revolucionárias 
para nutrir a mente em desenvolvimento do seu filho e ajudar sua família a prosperar. 
nVersos, 2019.

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