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Paper I 2019

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Variação linguística e a riqueza vocabular da língua portuguesa
Victória Leite Mendes Freitas¹
Robertha Knop Gomes Luiz²
	
RESUMO
A variação linguística, sem dúvidas, é a maior evidência da mudança cultural de uma sociedade. Muitos os indícios da evolução de hábitos e costumes está na língua e como ela tornou-se mais enxuta e simples com o passar do tempo, mas apenas no que vemos: o entendimento está cada vez mais complexo. Com base nisso, o objetivo deste presente trabalho, além de explorar os conceitos e tipos de variação linguística, é discorrer de forma sucinta sobre a riqueza vocabular da língua portuguesa e como vivenciamos essa evolução na comunicação do nosso cotidiano. Tomando como base os estudos e postulados mais atualizados sobre a temática, discorre de forma breve sobre teorias e o preconceito linguístico, mal que deve ser erradicado da nossa vivência em sociedade, com conhecimento da riqueza é o falar do brasileiro e nativo lusófono.
Palavras-chave: Variação linguística. Regionalismo. Evolução linguística.
1. INTRODUÇÃO
Todos os dias entramos em contato com palavras e expressões que provavelmente as pessoas mais experientes conhecem de outro jeito, e essa é a mesma perspectiva dos adolescentes e jovens sobre os adultos. O “vosmecê” de não tão antigamente, conhecido hoje em dia por você, já está sofrendo uma aférese e sendo popularizada como “vc”, não só na escrita como na fala. As variações e modificações linguísticas acontecem não apenas pela temporalidade, mas com a intenção de mostrar como a oralidade molda a escrita (e às vezes, o contrário também), e como o homo sapiens sapiens busca facilitar um dos seus meios de comunicação mais importante.
Entretanto, levando o supracitado como base, como entendemos a volatilidade da língua e as variações que as palavras que conhecemos hoje sofreram ao longo do tempo e do seu uso? Para responder essas reflexões e questionamento, traremos à luz os conceitos-chave sobre variação linguística, evolução da língua e a riqueza vocabular, assim como um mal que se desenvolveu com o passar do tempo, que é o preconceito linguístico, um mal que precisa urgentemente ser erradicado da nossa sociedade, escolas e tudo que envolve interação social.
	Normalmente pensamos em variação linguística como um conceito macro não aplicável, ou ainda, com muitas facetas difíceis de entender, o que será discorrido com leveza, aplicando os conhecimentos não só na intelectualidade como em conceitos práticos para a sala de aula, onde os alunos terão seu primeiro contato com essa teoria, que está no dia a dia de todos e merece ser explorada com mais afinco, visando tratar os mitos que envolvem a variação e tornam os falantes-alvo do preconceito linguísticos.
Objetivando mensurar a grandeza da variação e a sua presença na nossa fala, analisar os casos mais comuns e o que é considerado “certo” e “errado” por quem se considera normativista e conceituar os mais diversos tipos de variações, um dossiê completo será entregue com os pontos principais sobre o assunto. Apropriando-se da metodologia exploratória, objetiva trazer uma solução simples para as pequenas dúvidas sobre variação linguística, com fontes de pesquisa em livros e sites especializados no assunto, assim como respaldo científico de especialistas e produção científico-acadêmica.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	Em um país tão plural como o Brasil, encontramos a variação nas mais diferentes áreas, desde a estética das pessoas, como raças que só existem na miscigenação da nossa pátria, como a fala e as palavras usadas. Como no exemplo, muito bem escrito para ilustrar essa situação, por Jô Soares (1990):
“Pois é. U purtuguêis é muito fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im portuguêis, é só prestátenção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi muito diferenti. Qui bom qui a minha lingua é u purtuguêis. Quem soubé falá, sabi iscrevê.” (SOARES, 1990) 
	Infelizmente, o exemplo acima é só uma ilustração. Em nenhuma língua, falamos como escrevemos em sua totalidade, e na língua portuguesa, isso não seria diferente. Apesar de a língua falada ser mais difundida e usada do que a escrita, atingindo assim muito mais situações, nós a adquirimos de forma natural e inconsciente, sem precisar ser treinado ou premeditado, tanto que os pais, com seus bebês, não precisam ensinar aos seus filhos como e o que falar, o aprendizado é inerente a nossa natureza.
	Mesmo tendo contato com o seu modelo de fala/língua, qualquer criança com suas faculdades funcionando normalmente é capaz de falar esse idioma e compreendê-lo perfeitamente das mais variadas formas e situações, em um curto período de tempo. Aos três anos de idade, mais ou menos, a criança já adquiriu quase todas as regras da sua língua, sendo considerada uma falante nativa, através da repetição e do exemplo de quem a cerca.
	Ainda que não pareça conhecer totalmente a sua língua nativa, falando os famosos “eu di” em vez de “eu dei”, ou “eu fazi” em vez de “eu fiz”, tão comuns e marcantes na infância, a criança mostra que sabe muito sobre ela, pois já tem o conceito de passado, na língua portuguesa, firmado em sua mente.
Por isso, entendemos que o processo de aquisição da escrita é diferente do da fala, no sentido não ser natural. Como explica Marcuschi (2007, p.18), “a língua escrita é a manifestação formal do letramento e sua aquisição se dá através dos meios formais: a escola”. As crianças com mais contato ao mundo da escrita e incentivo, sem nenhuma dúvida aprendem mais rápido e fácil a falar, mas ainda assim, precisam de exemplo e instrução. 
Mas porque abordar a questão da aquisição da fala, para entender a variação linguística em suas mais diferentes facetas? Pois, na verdade, toda língua é “um conjunto heterogêneo e diversificado porque as sociedades humanas têm experiências históricas, sociais, culturais e políticas diferentes e essas experiências se refletirão no comportamento lingüístico de seus membros”, como explana Marcuschi (2007, p. 21). A variação é, portanto, intrínseca a toda e qualquer língua viva no mundo. Isso significa que as línguas variam no tempo, nos espaços geográfico e social e também de acordo com a situação em que o falante se encontra.
“(...) toda vez que emprego a palavra língua não me refiro a um sistema de regras determinado, abstrato, regular e homogêneo, nem a relação linguísticas imanentes. Ao contrário, minha concepção da língua pressupõe um fenômeno heterogêneo (com múltiplas formas de manifestação), variável (dinâmico, suscetível à mudança), histórico e social (fruto de práticas sociais e históricas), indeterminada sob o ponto de vista semântico e sintático (submetido às condições de produção) e que se manifesta em situação de uso concretas, com texto e discurso.” Marcuschi (2007, p. 43)
Até mesmo as pessoas de uma mesma comunidade linguística podem pensar que falam exatamente a mesma língua, quando na verdade, cada um cria a sua linguagem, a sua maneira de expressar ao mundo as suas verdades e pensamentos. As diferenças linguísticas são percebidas em todas as línguas do mundo, até mesmo em pequenas comunidades de fala, em níveis fonéticos, fonológicos, morfológicos, sintáticos e semânticos. Um exemplo a ser usado é a palavra mulher: pode ser pronunciada “muié”, “mulé”, “mulhé”, etc. Mas sua escrita sempre é “mulher”.
Por isso, a escola tem papel fundamental em levar as crianças e jovens um entendimento mais profundo e facilitado acerca da variação linguística, e como a escrita sempre persiste em sua forma, ao contrário da fala. Cagliari (2007, p. 37) afirma que “a escola leva o aluno a pensar que a linguagem correta é a escrita, que é por natureza lógica, clara, explícita, ao passo que a linguagem falada é por natureza mais confusa, incompleta, sem lógica, etc.” 
Na verdade, a fala tem aspectos pragmáticos que a escritanão revela, e a escrita tem aspectos que a linguagem oral não usa. Esse é um dos principais motivos que contribuem para a construção social da ideia de que falar português é difícil. Conhecer e entender uma gramática normativa é realmente complicado, no entanto, usar a Língua Portuguesa para se comunicar oralmente, independentemente de sua variação, todos conseguem. 
Assim, faz-se urgente e necessário identificar até onde vai a gramática, que, com as suas regras, estabelece a norma padrão, e até onde vai a língua, que, ao ser falada na comunicação coloquial do dia a dia, muitas vezes dispensa o uso dessa norma padrão. Não se podem desprezar centenas de falantes por não seguirem a gramática, pois grande parte ao menos tem ideia de que ela existe. Muito do conhecimento que é difundido hoje em dia ainda é elitizado e não chega a todas as classes de pessoas com a mesma facilidade, portanto, o julgamento não deve ser o mesmo. 
2.1 TIPOS DE VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS 
	Entendendo um pouco melhor sobre os conceitos por trás da variação linguística e aquisição da fala, precisamos pontuar os tipos de variações, onde e quando elas acontecem, para melhor organização do conhecimento, pela ótica de Brito (2018). Lembrando que eles não são engessados, e que a todo momento um novo tipo é elencado nas pesquisas científico-acadêmicas que envolvem a linguagem.
· Variação geográfica: podemos entender que está relacionada ao local em que é desenvolvida e sua regionalidade, como por exemplo, o conhecidíssimo sotaque nordestino do nosso Brasil. Na grande maioria das vezes, a variação geográfica pode estar atrelada à variação histórica e variação cultural.
· Variação histórica: ocorre com o desenvolvimento da história da humanidade e do povo nativo da língua em questão. Podemos usar como base o português “romântico”, medieval e muito mais latinizado, e o atual, que passou e continua passando por mudanças e simplificações constantes. 
· Variação social: são percebidas e vistas segundo os grupos e classes sociais que são divididos. Como o linguajar de um advogado e uma pessoa sem formação superior, por exemplo.
· Variação situacional: ocorre de acordo com o contexto o qual está inserido. Como exemplo, as situações formais e informais, e os protocolos que seguimos a cada situação do dia a dia.
· Regionalismo: particularidades linguísticas de determinada região, que geralmente só entendida por quem mora naquela localidade.
· Dialetos: variações regionais ou sociais de uma língua.
· Socioletos: variantes da língua utilizadas por determinado grupo social. Um bom exemplo se encontra em Pomerode, SC, em que muitos dos habitantes falam um dialeto mistura alemão, italiano e português.
· Gírias: expressões populares utilizadas por determinado grupo social. Como a linguagem própria dos jovens ou da internet, por exemplos.
E essas são somente algumas das classificações que temos elencadas, de acordo com os estudos mais recentes acerca da linguagem e da variação linguística. Todos os dias uma nova palavra, um novo jeito de se comunicar, e um novo protótipo linguístico é instaurado, por isso, a importante de ser uma ciência resiliente e isenta de preconceito, que é o que vamos tratar a seguir.
 
2.2 PRECONCEITO LINGUÍSTICO
A sociedade em geral não foi preparada para aceitar bem o que é diferente do padrão. O padrão conforta os cérebros preguiçosos (todo mundo tem um pouco dessa faceta), não destoa dos nossos caminhos sinápticos já formados e nem nos fazem sair da nossa zona de conforto. Por isso, tudo que destoa; incomoda, e algumas pessoas não sabem lidar com isso, destilando veneno e praticando o que conhecemos por preconceito linguístico.
O preconceito linguístico está intrinsecamente ligado às variações linguísticas, umas vez que ele surge unicamente para julgar as manifestações linguísticas populares e padrões como superiores, e tudo que destoa disso, errado. Assim, sabemos que maneira de se comunicar e falar do norte do país é muito diferente do sul. Os regionalismos, o sotaque e o entendimento da linguagem são completamente diferentes, apesar de pertencerem ao mesmo idioma.
Esse fenômeno acontece porque nos atos de comunicação, os falantes de uma língua determinam expressões, sotaques e entonações de acordo com suas necessidades de fala. Assim, o preconceito linguístico surge no tom de deboche, sendo a variação apontada de maneira pejorativa e estigmatizada.
Segundo Bagno (2004), “o português falado no Brasil não é uno, embora pertença a uma única língua.” Para o professor, embora a língua falada pela grande maioria seja o português, esse português apresenta alto grau de diversidade e de variabilidade muito grande, não só por causa da grande extensão territorial do país, mas principalmente por causa da trágica injustiça social que faz do Brasil o segundo país com pior distribuição de renda em todo mundo. Como todos terão acesso ao mesmo crescimento de nível linguístico, com essa falta de recursos bem distribuídos?
	Por isso, o estudo dessa questão precisa ser cada vez mais presente da vida dos estudantes e da população em geral, para que sejam conscientizados das diferenças e que o certo e o errado, a “normativização” das pessoas que não tiveram acesso a escolaridade, além de uma injustiça, é uma consequência da calamidade em que se encontra a educação do nosso país. A linguagem é uma arma que tem poder para comunicar todas as verdades necessárias para uma pátria mais justa, só depende de que a sociedade passe por essa conscientização.
	Destarte, estar à frente da luta contra o preconceito linguístico é obrigação de todos, mas principalmente, do lugar onde muitos caráteres e vidas são mudadas e transformadas, que é a escola. De acordo com Cagliari (1990):
A escola não pode tomar a atitude linguística de que vale tudo, de que não existe o certo e o errado, porque tudo comunica [...]. A língua é falada por pessoas e as pessoas usam e abusam da língua, inclusive para justificar seus preconceitos. Portanto, a escola tem que fazer do ensino de português uma forma de o aluno compreender melhor a sociedade em que vivemos, o que ela espera de cada um linguísticamente e o que podemos fazer usando essa ou aquela variedade do português. (CAGLIARI, 1990, p. 48) 
3. MATERIAIS E MÉTODOS
	Os materiais usados para o desenvolvimento da pesquisa baseiam-se em artigos disponibilizados na internet que serviram como base e fonte de pesquisa, pesquisa de base sociológica e nas conclusões que especialistas tiveram, que contribuíram para o aumento do conhecimento, periódicos de universidades conceituadas em países lusófonos (Brasil, Portugal, etc), livros que serviram para fundamentação teórica ao tema e pesquisa em acervos bibliográficos em sites.
Fonte: https://www.amazon.com.br/Preconceito-Lingu%C3%ADstico-Cole%C3%A7%C3%A3o-que-Como/dp/8515018896 (2019)
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/478437160405288800/?lp=true (2019)
Fonte: https://www.estantevirtual.com.br/livros/luiz-carlos-cagliari/alfabetizacao-e-linguistica/2691278339 (2019)
Fonte: http://linguasdomeupais.blogspot.com/2011/04/quadrinhos.html (2019)
	As tirinhas e quadrinhos foram obtidos com pesquisas em sites especializados para clarear os conceitos atuais de variação linguística, além de mostrar de forma didática como ela está em todos os lugares, até nas leituras mais informais. A primeira tirinha fala das várias maneiras de falar que se está a mesa ou sobre o almoço estar pronto, essa sendo representada pela personagem Magali, no último quadrinho. A segunda e última tirinha é um exemplo de como a internet criou uma nova linguagem e forma de se comunicar, além de uma nova variação: a variação linguística digital, que possibilita os usuários interagirem de uma forma mais visual e simplificada da língua portuguesa, e como a inclusão digital ainda não é uma realidade de todos, não possibilitando que qualquer pessoa esteja integrada desse novo dialeto.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observando aulas e em regências, vídeos, conversas, e acontecimentos trágicos que reportamo preconceito linguístico em locais onde o amor deveria ser o principal, e que também, a variação linguística ainda é um tema um pouco delicado em algumas áreas, é notável que a jornada de reconhecimento e divulgação desses estudos está só no começo. 
Com algum esforço, já podemos notar algumas mudanças com a popularização de literatura acerca dos conceitos do preconceito linguístico e como a riqueza vocabular da língua portuguesa ornamenta ainda mais a nossa cultura, mas devemos continuar fomentando esse ecossistema de aprendizado sobre as diferentes formas de se comunicar dentro de um mesmo idioma.
		
5. CONCLUSÃO
	Sabemos que um grande trabalho tem sido feito a respeito da conscientização da sociedade para a variação linguística e de que somos nativos de uma língua com riqueza vocabular ímpar, e que essa jornada deve continuar para que cada vez mais pessoas valorizem esse feito e passem a enxergar todas as variações como preciosidades que a fala e a interação social conseguem produzir.
O seguinte trabalho tratou por objetivo, além de mensurar a grandeza da variação e sua presença em nossa fala, bem como também analisar os casos mais comuns e o que é considerado “certo e errado”, o que foi feito durante a fundamentação teórica, usando de uma metodologia exploratória, com conceitos e reflexões acerca do assunto, concluindo que além de não existir um conceito engessado de o que é a variação linguística, a mesma se faz presente em nossas vidas em todos os momentos. Bem como também, explorando os conceitos e tipos de variação linguística, tomando como base os estudos mais atualizados da temática. Ao entregar uma visão mais completa desse fenômeno, e também explorar o preconceito linguístico em suas mais lúgubres nuances, podemos notar que essa luta está apenas começando, não só em o brasileiro entender a variação linguística, mas que também o preconceito infelizmente está enraizado e precisa ser entendido como um comportamento nocivo a humanidade em geral.
Portanto, ainda há de ser feito muito estudo, escrutínio e militância acerca desses temas tão importantes e decisivos na nossa convivência pacífica em sociedade, e também o entendimento que nem todo conhecimento chega da mesma maneira e facilidade de acesso a todas as pessoas. O preconceito linguístico apenas evidencia que a variação linguística ainda não entrou de forma eficaz como pauta obrigatória nas escolas, vestibulares, graduações e cursos em geral. Uma sociedade que define o seu próximo pela falta da norma culta em seu falar ou escrita não está preparada para entender que cada vida recebe o conhecimento de uma forma diferente e que isso de forma alguma define a bagagem cultural de um ser humano.
REFERÊNCIAS
COSTA, Vera Lúcia. A importância do conhecimento da variação linguística. Scielo, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40601996000100005>. Acesso em: 26 de maio de 2019.
SOARES, Jô. Língua escrita e oral – não se fala como se escreve. UOL Educação, 2016. Disponível em: < https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/lingua-escrita-e-oral-nao-se-fala-como-se-escreve.htm>. Acesso em: 15 de maio de 2019.
BAGNO, Marcos. Preconceito Lingüístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2004. 
CAGLIARI, L. C. Alfabetização e linguística. São Paulo: Scipione, 1990. 
MOLLICA, M. C.; BRAGA, M. L. – Introdução à sociolinguística: o tratamento da variação. 2. Ed. – São Paulo: Contexto, 2008. NARO, A. J. O dinamismo das línguas. In: MOLLICA, M. C.; BRAGA, M. L. (Orgs.). Introdução à Sociolinguística: o tratamento da variação. São Paulo: Contexto, 2008. p. 43-50. 
BRITO, Raquel. Tipos de variação linguística. Stoodi, 2018. Disponível em: <https://www.stoodi.com.br/blog/2018/06/06/tipos-de-variacao-linguistica/>. Acesso em 23 de junho de 2019.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 8.ed. São Paulo: Cortez, 2007.
1 Victória Leite Mendes Freitas
2 Robertha Knop Gomes Luiz
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Letras (LED29) – Prática do Módulo I – 16/06/19

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