Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2 CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA POLO TANGARÁ DA SERRA CURSO SUPERIOR EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS MARIELE ALVES DE ALMEIDA - RA: 2353236106 MIKAELE PENUNCIO LIMA DA SILVA – RA: 2353225406 VALDELICIA CRISTINA DIAS DE MOURA – RA: 2353233706 PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO CASO: ANÁLISE CONTÁBIL-FINANCEIRA DO MUNICÍPIO PRATO LIMPO VOLTADA ÀS NECESSIDADES ECONÔMICAS E SOCIOAMBIENTAIS Tangara da Serra/MT 2020 MARIELE ALVES DE ALMEIDA - RA: 2353236106 MIKAELE PENUNCIO LIMA DA SILVA – RA: 2353225406 VALDELICIA CRISTINA DIAS DE MOURA – RA: 2353233706 PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO CASO: ANÁLISE CONTÁBIL-FINANCEIRA DO MUNICÍPIO PRATO LIMPO VOLTADA ÀS NECESSIDADES ECONÔMICAS E SOCIOAMBIENTAIS Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de nota nas disciplinas integradoras Análise Das Demonstrações Contábeis; Contabilidade do Setor Público; Noções de Atuária; Contabilidade Social e Ambiental; Práticas Contábeis II; aplicado ao Curso Superior de Ciências Contábeis da Anhanguera UNIDERP- EAD Tangará da Serra, Mato Grosso. Professores: Paulo Alexandre da Silva Pires Eric Ferreira dos Santos Dirceu Carneiro de Araújo Valdeci da Silva Araújo Regis Garcia Tangará da Serra/MT 2020 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 04 2 DESENVOLVIMENTO 05 2.1 ATIVIDADE 1 - ANÁLISE VERTICAL (AV) E HORIZONTAL (AH) DO BALANÇO PATRIMONIAL (BP) E DO BALANÇO FINANCEIRO (BF) 05 2.2 ATIVIDADE 1 - PARECER DA ANÁLISE 08 2.3 ATIVIDADE 2 - CALCULO DOS INDICADORES RCO, IAD E IAO PARA OS ANOS DE 2017, 2018 E 2019 COM BASE NA DFC 09 2.4 ATIVIDADE 2 - ANÁLISE COM BASE NOS INDICADORES DE RCO, IAD E IAO EVIDENCIANDO O COMPORTAMENTO DO CAIXA OPERACIONAL 09 2.5 ATIVIDADE 2 - INDICADOR DE RISCO FINANCEIRO OU DE VULNERABILIDADE FINANCEIRA DO MUNICÍPIO PRATO LIMPO 10 2.6 ATIVIDADE 3 - REGIMES DE PREVIDÊNCIA 10 2.7 ATIVIDADE 4 - SIGLAS EIA e RIMA 11 2.8 ATIVIDADE 5 - REGIMES TRIBUTÁRIOS 12 3 CONCLUSÃO 16 REFERÊNCIAS 17 1 INTRODUÇÃO O desafio desta produção textual é o caso do “Município Prato Limpo”, apresentando a análise contábil-financeira do município Prato Limpo voltada às necessidades econômicas e socioambientais. O planejamento e execução de políticas públicas exigem o conhecimento da condição contábil-financeira das entidades governamentais municipais. Os municípios possuem muitas atribuições próprias e outras que são executadas por qualificação das entidades públicas estaduais e federal por meio de transferências condicionais. A atuação governamental local, como é o caso do município Prato Limpo, precisa ser sustentável, pois grande parte dos serviços de interesses públicos depende disso e são essenciais. Situações de desequilíbrio fiscal dos entes governamentais impactam nas suas próprias condições financeiras que, por sua vez, é afetada pela relação de equilíbrio de receitas e despesas. Por meio das demonstrações contábeis é possível avaliar a condição financeira do Município de Prato Limpo sob a perspectiva financeira no período de 2017 a 2019. Dessa forma, por meio da análise do estudo de caso, e seguindo os passos propostos para seu desenvolvimento, houve a oportunidade de vincular algumas questões teóricas desenvolvidas durante o semestre, com a situação proposta neste trabalho. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 ATIVIDADE 1 - ANÁLISE VERTICAL (AV) E HORIZONTAL (AH) DO BALANÇO PATRIMONIAL (BP) E DO BALANÇO FINANCEIRO (BF) Tabela 1 - Balanço Patrimonial do Município Prato Limpo (continua) ATIVO 2017 AV (%) AH (%) 2018 AV (%) AH (%) 2019 AV (%) AH (%) ATIVO CIRCULANTE 22.019.180 26,78 100 22.606.785 26,73 2,67 30.065.688 31,81 32,99 Caixa e equivalentes de caixa 16.430.959 19,98 100 16.173.438 19,12 -1,57 22.493.208 23,80 39,07 Créditos tributários a receber 2.125.799 2,58 100 2.655.361 3,14 24,91 3.524.997 3,73 32,75 Crédito de transferências a receber 161.952 0,20 100 216.266 0,26 33,53 186.332 0,20 -13,84 Duplicatas a receber 7.585 0,01 100 15.119 0,18 99,33 16.175 0,02 6,98 Empréstimos concedidos 164.456 0,20 100 124.266 0,15 -24,44 73.897 0,08 -40,53 Estoques 682.118 0,83 100 706.930 0,83 3,64 811.288 0,86 14,76 Outros ativos de curto prazo 2.446.311 2,97 100 2.715.405 3,21 10,99 2.959.791 3,13 -89,32 ATIVO NÃO CIRCULANTE 60.213.450 73,22 100 61.967.563 73,26 2,91 64.434.952 68,18 3,98 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 20.221.122 24,59 100 20.001.892 23,65 -1,08 19.869.435 21,02 -0,66 Dívida ativa tributária 20.221.122 24,59 100 20.001.892 23,65 -1,08 19.869.435 21,02 -0,66 INVESTIMENTOS 1.560.194 1,90 100 1.770.619 2,09 13,49 2.026.819 2,14 14,47 Participações 1.387.240 1,69 100 1.608.379 1,90 15,94 1.880.242 1,99 16,90 Demais investimentos 189.169 0,23 100 178.709 0,21 -5,53 163.499 0,17 -8,51 (–) Redução ao valor recuperável -16.215 -0,02 100 -16.469 -0,02 -1,57 -16.922 -0,02 -2,75 IMOBILIZADO 38.357.697 46,64 100 40.158.184 47,48 4,69 42.530.804 45,00 5,91 Bens móveis 14.528.294 17,67 100 17.655.852 20,88 21,53 22.099.512 23,38 25,17 Bens imóveis 37.358.469 45,43 100 41.196.989 48,71 10,27 44.868.705 47,48 8,91 (–) Depreciação acumulada -13.529.066 -16,45 100 -18.694.657 -22,10 -38,18 -24.437.413 -25,86 -30,72 INTANGÍVEL 74.437 0,09 100 36.868 0,04 -50,47 7.894 0,01 -78,59 Bens intangíveis 108.963 0,13 100 76.843 0,09 -29,48 51.711 0,05 -32,70 (–) Amortização acumulada -34.527 0,04 100 -39.975 -0,05 -99,88 -43.817 -0,05 -9,61 TOTAL DOS ATIVOS 82.232.630 100 100 84.574.349 100 100 94.500.640 100 100 Tabela 1 - Balanço Patrimonial do Município Prato Limpo (continuação) PASSIVO 2017 AV (%) AH (%) 2018 AV (%) AH (%) 2019 AV (%) AH (%) PASSIVO CIRCULANTE 11.151.198 13,56 100 9.757.326 11,54 -12,50 11.843.057 12,53 21,38 Obrigações trabalhistas, previdenciárias e assistenciais 2.944.823 3,58 100 2.067.275 2,44 -29,80 2.986.015 3,16 44,44 Pessoal a pagar 880.235 1,07 100 336.075 0,40 -61,81 482.978 0,51 43,71 Encargos sociais a pagar 1.059.555 1,29 100 1.265.637 1,50 19,44 1.866.772 1,97 47,50 Benefícios previdenciários a pagar 784.974 0,95 100 381.643 0,45 -51,38 509.012 0,54 33,37 Benefícios assistenciais a pagar 220.059 0,27 100 83.920 0,10 -61,86 127.253 0,13 51,64 Fornecedores e contas a pagar 5.639.276 6,86 100 3.944.015 4,66 -30,06 4.194.911 4,44 6,36 Fornecedores nacionais 4.793.385 5,83 100 3.155.212 3,68 -34,17 3.146.183 3,33 -0,29 Contas a pagar credores nacionais 845.891 1,03 100 788.803 0,93 -6,75 1.048.728 1,11 32,95 Obrigações fiscais a pagar 515.189 0,63 100 883.831 1,04 71,55 1.372.096 1,45 55,24 Valores restituíveis 2.051.910 2,49 100 2.862.205 3,38 39,49 3.290.035 3,48 14,95 Consignações 1.223.427 1,48 100 2.306.123 2,73 88,50 2.807.908 2,97 18,97 Depósitos 828.483 1,01 100 556.082 0,66 -32,88 482.127 0,52 -13,30 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 18.559.141 22,57 100 18.063.947 21,36 -2,67 17.987.463 19,03 -0,42 Empréstimos de longo prazo 14.647.983 17,81 100 13.842.017 16,37 -5,50 13.155.403 13,92 -4,96 Provisões para contingências ambientais 3.911.158 4,76 100 4.221.930 4,99 7,94 4.832.060 5,11 14,45 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 52.522.291 63,87 100 56.753.076 67,10 8,05 64.670.121 68,43 13,95 Patrimônio social/Capital social 31.731.989 38,58 100 31.892.694 37,71 0,51 32.080.236 33,95 0,59 Ajustes de avaliação patrimonial 2.498.908 3,04 100 2.768.002 3,27 10,77 3.012.388 3,19 8,82 Reservas de capital 251.320 0,31 100 251.320 0,30 0,00 251.320 0,26 0,00 Reservas de lucros 4.325.606 5,26 100 5.748.671 6,80 32,90 5.748.671 6,08 0,00 Resultados acumulados 13.714.468 16,68 10016.092.389 19,03 17,34 23.577.506 24,95 46,51 TOTAL DOS PASSIVOS 82.232.630 100 100 84.574.349 100 100 94.500.640 100 100 Tabela 2 - Balanço Financeiro do Município Prato Limpo BALANÇO FINANCEIRO INGRESOS 2017 AV (%) AH (%) 2018 AV (%) AH (%) 2019 AV (%) AH (%) Receita Orçamentária Ordinária Vinculada 69.219.828 37.202.332 32.017.496 73,90 39,72 34,18 100 100 100 79.041.729 42.629.505 36.412.224 75,92 40,95 34,98 14,19 14,59 13,73 90.936.165 50.259.206 40.676.959 76,21 42,12 34,09 15,05 17,90 11,71 Previdência Social 2.024.126 2,16 100 2.331.605 2,24 15,19 2.664.884 2,23 14,29 Convênios 3.659.221 3,43 100 3.654.878 3,51 -0,12 3.279.940 2,75 -10,26 Transferência obrigatória de outro ente 25.387.448 27,10 100 29.398.954 28,24 15,80 33.080.096 27,72 12,52 Operações de Crédito 674.226 0,72 100 885.106 0,85 31,28 952.161 0,80 7,57 Alienação de Bens 272.475 0,29 100 141.681 0,14 -48,00 699.878 0,59 393,98 Recebimentos Extraorçamentários 12.432.603 13,27 100 8.632.011 8,29 -30,57 12.204.365 10,23 41,38 Inscrição de Restos a Pagar 8.584.099 9,16 100 6.011.290 5,77 -29,97 9.180.472 7,69 52,72 Valores Restituíveis 3.848.504 4,11 100 2.620.721 2,52 -31,90 3.023.893 2,53 15,38 Saldo do Período Anterior 12.011.775 12,82 100 16.430.959 15,78 36,79 16.173.438 13,55 -1,57 TOTAL DOS RECURSOS DISPONÍVEIS 93.664.206 100 100 104.104.699 100 100 119.313.968 100 100 DISPÊNDIOS 2017 AV (%) AH (%) 2018 AV (%) AH (%) 2019 AV (%) AH (%) Despesa Orçamentária Ordinária Vinculada 68.021.573 36.516.451 31.505.122 72,62 38,99 33,64 100 100 100 77.536.736 41.817.874 35.718.862 74,48 40,17 34,31 13,99 14,52 13,37 89.404.697 49.725.794 39.678.903 74,93 41,67 33,25 15,31 18,91 11,09 Previdência Social 5.254.328 5,61 100 6.055.542 5,82 15,25 6.991.391 5,86 15,45 Convênios 1.830.963 1,95 100 1.593.701 1,53 -12,96 2.449.392 2,05 53,69 Recursos Próprios Diretamente Arrecadados 23.531.927 25,12 100 27.109.218 26,04 15,20 28.684.869 24,04 5,81 Operações de Crédito 629.053 0,67 100 825.804 0,79 31,28 888.367 0,74 7,58 Alienação de Bens 258.851 0,28 100 134.597 0,13 -4,80 664.884 0,56 393,98 Pagamentos Extraorçamentários 9.211.674 9,83 100 10.394.525 9,98 12,84 7.416.063 0,62 -28,65 Pagamentos de Restos a Pagar 7.415.080 7,92 100 8.584.099 8,24 15,76 4.820.000 4,04 -43,85 Valores Restituíveis 1.796.594 1,92 100 1.810.426 1,74 0,77 2.596.063 2,17 43,39 Saldo para o exercício seguinte 16.430.959 17,54 100 16.173.438 15,53 -1,57 22.493.208 18,85 39,07 TOTAL DOS RECURSOS DISPONÍVEIS 93.664.206 100 100 104.104.699 100 100 119.313.968 100 100 2.2 ATIVIDADE 1 - PARECER DA ANÁLISE As análises vertical e horizontal do balanço patrimonial depende de uma rotina de controle permanente. Também podem ser utilizadas em outros relatórios gerenciais, como no Balanço Financeiro, na Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) e o fluxo de caixa. Dessa forma, é possível fazer o cruzamento de informações para ter uma visão mais abrangente sobre os resultados empresariais. A análise vertical detalha a participação de cada item do balanço patrimonial sobre os ativos ou passivos totais. O cálculo da análise vertical é importante para identificar uma série de questões fundamentais a gestão financeira da empresa, tais como: percentual de receitas a receber no curto e no longo prazo; peso das despesas sobre o patrimônio da empresa; representatividade do estoque sobre o ativo; montante percentual de dívidas e obrigações de curto e longo prazo; impacto dos investimentos sobre o patrimônio. Na análise horizontal, o objetivo é acompanhar o desempenho dos itens do balanço patrimonial de um período para o outro. A importância deste cálculo está nos indicativos que ele pode trazer sobre o crescimento ou redução em itens importantes a serem controlados, como valores a receber e a pagar, endividamento, entre outros. Essa é uma avaliação que pode ser feita anualmente ou semestralmente, para acompanhar tanto a performance no período como na comparação com o período anterior. Mas para isso é preciso manter o acompanhamento na rotina da empresa. A análise vertical e horizontal do balanço patrimonial de uma empresa, são estratégicas para a gestão do negócio. Por exemplo: Na Análise Vertical, nesse caso, o Total dos Ativos é o nosso total (100%), sendo assim, os R$16.430.959 de Caixa e equivalentes de caixa 19,98% do total dos Ativos. Pela Análise Horizontal conseguimos identificar que, por exemplo em Caixa e equivalentes de caixa, de 2017 para 2018 houve um crescimento de 2,67% e de 2018 para 2019, 32,99%. Essa comparação pode ser aplicada a qualquer linha dentro do Balanço Patrimonial do Município Prato Limpo, é só fazer a comparação entre resultados de um mesmo indicador em relação a períodos anteriores. 2.3 ATIVIDADE 2 - CALCULO DOS INDICADORES RCO, IAD E IAO PARA OS ANOS DE 2017, 2018 E 2019 COM BASE NA DFC Representatividade do caixa operacional (RCO) 2017 2018 2019 RCO = CGP DO RCO = 8.645.782 60.809.537 RCO = 0,14 RCO = CGP DO RCO = 4.399.346 74.122.216 RCO = 0,06 RCO = CGP DO RCO = 11.540.719 77.588.941 RCO = 0,15 Indicador de amortização de dívida (IAD) 2017 2018 2019 IAD = PT CGP IAD = 2.938.787 8.645.782 IAD = 0,34 IAD = PT CGP IAD = 2.255.782 4.399.346 IAD = 0,51 IAD = PT CGP IAD = 3.878.236 11.540.719 IAD = 0,34 Indicador da atividade operacional (IAO) 2017 2018 2019 IAO = CGP CLGT IAO = 8.645.782 4.419.184 IAO = 1,96 IAO = CGP CLGT IAO = 4.399.346 -257.522 IAO = -17,08 IAO = CGP CLGT IAO = 11.540.719 6.319.770 IAO = 1,83 2.4 ATIVIDADE 2 - ANÁLISE COM BASE NOS INDICADORES DE RCO, IAD E IAO EVIDENCIANDO O COMPORTAMENTO DO CAIXA OPERACIONAL Em relação a representatividade do caixa operacional (RCO) percebe-se que seu percentual se apresenta baixo, pois nesta operação quanto maior é essa relação, menor é o risco financeiro e maior a capacidade da entidade governamental em resistir a possíveis crises financeiras. Logo, não é o que ocorre com o Fluxo de Caixa do Município. Já que as DO são os Desembolsos ou Saídas de Caixa das Atividades Operacionais e elas revelam o potencial do governo municipal em financiar suas atividades. Sendo assim, o município encontra-se em risco financeiro. No que diz respeito ao indicador de amortização de dívida (IAD), esse índice demonstra a parcela dos recursos gerados pela entidade para pagamento da dívida, portanto, quanto maior o resultado desse indicador, pior tende a ser o desempenho financeiro da entidade, dado que revela a necessidade de geração operacional de caixa para atender as obrigações da entidade. Nesse caso os indicadores encontram-se dentro do estabelecido para tal atividade. O indicador da atividade operacional (IAO) mostra a parcela da geração líquida de caixa proporcionada pelas atividades operacionais do governo municipal. Percebe-se que apesar de nos anos de 2017 e 2019 manterem-se positivos, no ano de 2018 o indicador manteve-se negativo e com grande representatividade, denotando uma certa vulnerabilidade financeira. 2.5 ATIVIDADE 2 - INDICADOR DE RISCO FINANCEIRO OU DE VULNERABILIDADE FINANCEIRA DO MUNICÍPIO PRATO LIMPO Em um demonstrativo de fluxo de caixa, o fluxo de caixa operacional mostra claramente se a forma como uma empresa cria e gerencia seus ganhos fornece-lhe dinheiro suficiente para cobrir todas as despesas operacionais. Se este fluxo de caixa for negativo, a empresa não pode cobrir operações unicamente a partir do funcionamento do negócio. Fluxo de caixa operacional negativo pode significar uma empresa em crescimentoque está contratando pessoal, ou pode significar problemas nas contas a receber ou no contas a pagar. Logo, tal fator pode ser considerado um indicador de vulnerabilidade financeira. 2.6 ATIVIDADE 3 - REGIMES DE PREVIDÊNCIA De acordo com Bona (2017) os três regimes compostos pela Previdência Social brasileira são: RGPS: O Regime Geral de Previdência Social é gerenciado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa é a opção de filiação de todos os trabalhadores que estão ligados ao INSS através da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). RPPS: O Regime Próprio de Previdência Social é voltado ao servidor público quem possui cargo efetivo no Estado, no Distrito Federal, no Munícipio ou na União. Esse regime foi estabelecido por entidades de caráter público, como fundos previdenciários e institutos de previdência. A filiação dos trabalhadores nesse caso também é obrigatória. Esse regime torna efetivas as leis que regulamentam a proteção do beneficiário em idade avançada (aposentadoria) e de pensão por morte (aos dependentes do segurado). RPC: O Regime de Previdência Complementar é de caráter privado e funcionam debaixo da autonomia exercida por entidades complementares de previdência, sejam elas abertas ou fechadas. A ideia desse tipo de regime é adicionar uma renda aos trabalhadores que desejam ampliar seus ganhos, além do plano previdenciário oficial. Logo, o regime mais seguro para as metas de gastos do município e para a segurança dos servidores públicos efetivos é RGPS que foi criado para beneficiar os trabalhadores geridos pela CLT e o mesmo tem aplicação nas leis que beneficiam servidores públicos. 2.7 ATIVIDADE 4 - SIGLAS EIA e RIMA O EIA/RIMA é uma sigla para Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental, respectivamente. Ambos são documentos direcionados à sustentabilidade, visando avaliar e precisar a intensidade e dimensão do impacto no meio ambiente. Esses dois documentos são distintos, porém possuem o mesmo grau de importância, e são fundamentais no processo de licenciamento ambiental (GEONOMA FLORESTAL, 2019). O EIA é responsável pela coleta de material, análise do mesmo, bibliografia que respalda o estudo e pelo estudo que prevê as possíveis e prováveis consequências ambientais que podem ser causadas com a obra no local em questão. Com este estudo é possível avaliar e analisar os impactos causados pela obra, bem como sua intensidade. Também através desse estudo de impacto ambiental obtém-se a proposta de condições para sua implantação e os melhores procedimentos para dar continuidade à construção (GEONOMA FLORESTAL, 2019). O RIMA é um relatório simplificado, que tem como objetivo esclarecer os termos técnicos. Neste relatório, constam levantamentos e conclusões que o órgão público licenciador tem a responsabilidade de analisar considerando as condições da obra. Posteriormente, o RIMA deve ser publicado em edital em imprensa local, quando se abre o prazo de 45 dias para solicitação de audiência pública que pode ser requerida nesse período por 50 ou mais cidadãos, ou até mesmo pelo Ministério Público (GEONOMA FLORESTAL, 2019). O EIA é feito por uma equipe multidisciplinar, pois deve considerar o impacto da atividade sobre os diversos meios ambientais: natureza, patrimônio cultural e histórico, o meio ambiente do trabalho e o antrópico. O EIA é composto por 7 principais segmentos que norteiam a análise do estudo. Elas giram em torno da caracterização ambiental, econômica e social do empreendimento e do que está ao redor dele. Dentre estes, cita-se 3 informações que esse estudo deve conter: Informações Gerais - o campo das informações gerais contém: CNPJ; um breve histórico da empresa; tipos de atividades executadas; objetivo e justificativa para a implantação. Caracterização do Empreendimento - já na caracterização deve constar: localização; número de funcionários; infraestrutura interna para apoio da obra; descrição dos processos industriais (principalmente dos que diminuirão o impacto ambiental, como tratamento de efluentes e sistema de filtro ou dispersão dos poluentes). Área de Influência - a área de influência é o mapeamento das áreas sujeitas a influência direta (áreas que possivelmente serão afetadas), indireta (áreas que sofrem impacto indireto, ou seja, quando o empreendimento gera impacto e cria outra externalidade que atinge a área em questão), ou áreas diretamente afetadas (áreas que serão de fato afetadas diretamente) (PORTAL EDUCAÇÃO, 2013). O passivo ambiental refere-se aos custos a serem pagos para recuperação dos danos causados à natureza. Dentro da contabilidade, o conceito é um pouco mais amplo e detalhado. Em resumo, ele seria toda obrigação, dever e capital aplicado a curto e longo prazo — inclusive o percentual no lucro — que decorre da influência da atividade empresarial no meio ambiente. O passivo ambiental, assim como qualquer passivo, está dividido em capital de terceiros e capital próprio, constituindo assim as origens dos recursos da empresa (ARAÚJO, 2008). 2.8 ATIVIDADE 5 - REGIMES TRIBUTÁRIOS De acordo com o Portal Sebrae (2020) existem três principais regimes tributários: 1 - Simples Nacional: É restrito a empresas que possuem faturamento anual de até R$ 3,6 milhões, pois tem como finalidade desburocratizar a vida de micro e pequenos empreendedores. A partir de 2018, este limite aumentará para R$ 4,8 milhões. No regime simplificado em questão, o contribuinte pode pagar de uma só vez, numa única guia do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), tributos federais, da previdência, estaduais e municipais obrigatórios, que são o IRPJ, o IPI, a CSLL, o COFINS, o PIS/Pasep, o CPP, o ICMS e o ISS. 2 - Lucro Presumido: o Lucro presumido surgiu como uma alternativa para empresas em relação ao Lucro real. Isso significa que, se no Lucro real o IRPJ e a CSLL são calculados em função do lucro líquido (do lucro “real” da empresa), no Lucro presumido eles são calculados em função da presunção de lucro das empresas, considerando o valor médio obtido por empresas que exercem as mesmas atividades. Isso significa que o Lucro presumido é uma modalidade que beneficia empresas que lucram acima da média, uma vez que permite que elas paguem menos tributos do que se o cálculo fosse realizado sobre seus próprios resultados. Entretanto, existe sempre o risco de a empresa pagar mais do que precisa, caso seus resultados estejam abaixo dos percentuais estabelecidos por Lei para cada atividade econômica. Assim, o IRPJ e a CSLL têm suas bases de cálculo prefixadas pela legislação, com uma margem de lucro específica, que varia de acordo com a atividade empresarial. 3 - Lucro Real: é o regime tributário obrigatório para empresas que faturam acima de R$ 78 milhões, bem como para aquelas definidas expressamente por Lei, independentemente do faturamento. Podem optar pelo Lucro real, também, as empresas que preferem que seus tributos sejam calculados sobre o lucro líquido obtido no período de apuração. No regime em discussão, o valor dos tributos é apurado sobre o lucro auferido no ano anterior (quando se tratar da opção pelo Lucro real ‘anual’) e o valor apurado constitui a base de cálculo do IRPJ e da CSLL. Além disso, para algumas atividades esse regime não é cumulativo em relação ao PIS e à COFINS, existindo a possibilidade de creditamento. ISSQN é o Imposto sobre serviços de qualquer natureza, também chamado de ISS. No caso de quem é um MEI (Microempreendedor Individual), ainda existe a obrigatoriedade do pagamento do ISSQN. O pagamento já está inserido na taxa mensal que é paga pela pessoa jurídica. Autônomo: só precisa pagar o ISSQN quando realizar um serviço. Para isso, o profissional deve emitir uma nota fiscal na prefeitura da sua cidade e, assim, já consegue recolher na hora o valor devido a título de Imposto Sobre Serviço. Simples Nacional: as empresas optantes pelo Simples Nacional também pagam o ISSQN, que é recolhido junto dos demais tributos do Documento de Arrecadação do Simples Nacional, ou DAS. Nesse caso, o Simples tem uma alíquota única,calculada diretamente na sua receita anual. A única exceção se faz nos casos de impostos retidos na fonte, onde o tomador do serviço é quem deve efetuar o recolhimento do ISSQN. Outras empresas: As demais empresas, que optam por outros regimes tributários, o Lucro Real ou Lucro Presumido, pagam o ISSQN individualmente, em cada serviço que é prestado. Assim como no Simples Nacional, também se deve observar a face do tributo retido na fonte, onde o imposto precisa ser pago pela prestadora do serviço (NOGUEIRA, 2020). A base de cálculo do IPTU está previsto no artigo 33 do CTN, sendo o valor venal do imóvel, considerando o valor do terreno mais o valor da construção, sendo, portanto, o valor do bem se posto à venda, neste sentindo aponta Harada (2014) que em termos doutrinários, o “valor venal é o preço que determinado imóvel alcançaria em uma operação de compra e venda à vista, segundo as condições usuais do mercado imobiliário, administrando-se a variação de dez por cento para mais ou para menos. Dessa forma não poderá a autoridade administrativa realizar o lançamento de modo subjetivo, pois deverá observar os limites exigidos pela lei e havendo violação a esta regra estabelecida por lei o agente público será responsabilizado. De acordo com a Lei nº 11.614/94, aposentados, pensionistas e beneficiários de renda mensal vitalícia têm isenção do imposto. Outro critério de isenção do IPTU é pela atividade a que se destina o imóvel. Entidades culturais estão neste grupo. Tratando-se de obrigação acessória exigida no interesse da arrecadação ou da fiscalização do imposto sobre serviços (ISS), o ente competente para criá-la deve ser necessariamente o Município onde ocorre o fato gerador desse imposto (no caso, onde se considera prestado o serviço nos termos dos artigos 3º e 4º da Lei Complementar nº 116/03). As principais obrigações acessórias do ISS são as contidas no art. 80 do Regulamento do ISS, in verbis: Art. 80. O sujeito passivo, ainda que imune, isento ou submetido a regime diferenciado para o pagamento do imposto, fica obrigado: I - a requerer a sua inscrição nos Cadastros Municipais; II - a manter e utilizar em cada um dos seus estabelecimentos os livros contábeis, diário e razão, e os livros fiscais estabelecidos neste Regulamento; III - a emitir nota fiscal, cupom fiscal emitido por equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF, fatura, cartão, bilhete ou qualquer outro tipo de ingresso, por ocasião da prestação dos serviços; IV - a entregar declarações e guias, referentes a informações fiscais sobre os serviços prestados e/ou tomados, segundo as normas deste Regulamento e demais atos do Secretário das Finanças; V - a comunicar à Fazenda Municipal, dentro de 30 (trinta) dias, contados a partir da ocorrência, qualquer alteração capaz de gerar, modificar ou extinguir obrigação tributária; VI - a requerer a baixa de sua inscrição no prazo de 30 (trinta) dias do encerramento definitivo de suas atividades no Município; VII - a emitir recibo de retenção de ISSQN por ocasião do recebimento do serviço sujeito à retenção do imposto; VIII - a conservar e apresentar ao Fisco Municipal, quando solicitado, qualquer documento que, de algum modo, refira-se a operações ou situações que constituam fato gerador da obrigação tributária ou que sirva como comprovante da veracidade dos dados consignados em livros fiscais e contábeis, declarações, guias e documentos fiscais; IX - a prestar, sempre que solicitadas pelas autoridades competentes, informações e esclarecimentos que, a juízo do Fisco Municipal, refiram-se a fato gerador da obrigação tributária. 3 CONCLUSÃO A contabilidade, seja ela pública ou privada, possui como objetivo gerar informações úteis de apoio ao processo de decisão. No caso do município Prato Limpo, por se tratar de uma entidade pública, além das decisões de governo, torna-se fundamental a garantia da transparência em relação à arrecadação e o uso dos recursos públicos. Contabilidade Pública é o ramo da contabilidade que registra, controla e demonstra a execução dos orçamentos, dos atos e fatos da fazenda pública e o patrimônio público e suas variações. Portanto, seu escopo relaciona-se ao controle e gestão dos recursos públicos. É uma medida necessária que garante mais autonomia às prefeituras. No caso do município em questão ela permite gerir a elaboração e controle dos orçamentos e balanços, de acordo com as normas gerais de direito financeiro instituídas pela Lei 4.320, de 17 de março de 1964. Permitindo também registrar todos os fatos contábeis (modificativos, permutativos e mistos), registrando os atos potenciais praticados pelo administrador, que poderão alterar qualitativa e quantitativamente o patrimônio. Fornecendo aos gestores informações atualizadas e exatas para subsidiar as tomadas de decisões, aos órgãos de controle interno e externo para o cumprimento da legislação e às instituições governamentais e particulares informações estatísticas e outras de interesse dessas instituições. REFERÊNCIAS ARAÚJO, G. F. Estratégias de Sustentabilidade: aspectos científicos, sociais e legais: contexto global: visão comparativa. 1 ed. São Paulo: Editora Letras Jurídicas, 2008. BONA, A. RPC, RGPS e RPPS – Regimes de Previdência. ANDREBONA, 2017. Disponível em: <https://andrebona.com.br/rpc-rgps-e-rpps-previdencia/>. Acesso em: 06 set. 2020. GEONOMA FLORESTAL. EIA/RIMA: O que é e para que serve?. Geonoma Florestal, 2019. Disponível em: <https://geonomaflorestal.com.br/eiarima-o-que-e-para-que-serve/>. Acesso em: 06 set. 2020. HARADA, K. Base de cálculo do ITBI. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 19, n. 3884, 18 fev. 2014. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/26725>. Acesso em: 06 set. 2020. NOGUEIRA, G. ISSQN: Tudo o que você precisa saber sobre esse imposto. Sped Brasil, 2020. Disponível em: <https://www.spedbrasil.com.br/issqn/>. Acesso em: 06 set. 2020. PORTAL EDUCAÇÃO. Estudo de impacto ambiental – EIA. Portal Educação, 2013. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/estudo-de-impacto-ambiental-eia/42262>. Acesso em: 06 set. 2020. PORTAL SEBRAE. Conheça os três Regimes tributários. Portal Sebrae, 2020. Disponível em: <https://m.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/conheca-os-tres-regimes-tributarios,1ddf8178de8c5610VgnVCM1000004c00210aRCRD>. Acesso em: 06 set. 2020.
Compartilhar