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Faculdade Pitágoras 
Direito – Noturno 1período A
Trabalho Avaliativo
Princípios Fundamentais do Direito Penal, Principio do Direito Penal e as Fontes do Direito Penal
BACABAL – MA
2020
Faculdade Pitágoras 
Direito – Noturno 1período A
Aluna: Dianny Kelly Oliveira Rocha
Princípios Fundamentais do Direito Penal, Principio do Direito Penal e as Fontes do Direito Penal
 Trabalho apresentado á disciplina de Direito Penal como parte das exigências para obtenção de nota do curso de Direito Bacharelado da Faculdade Pitágoras do estado do Maranhão.
 Professor: Carlos Eduardo Chagas
BACABAL – MA
2020
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 4
2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................ 5
2.1 Princípios Fundamentais do Direito Penal .………....................... 5 
2.2 Principio da Legalidade ..................................................................... 5 
2.3 Principio da Anterioridade da Lei Penal ........................................... 5 
2.4 Principio da Taxatividade .................................................................. 6
2.5 Principio da Intervenção Mínima ...................................................... 6
2.6 Principio da Instranscendência ......................................................... 7
2.7 Principio da Individualização .............................................................. 7
2.8 Principio da Humanidade ................................................................... 8
2.9 Principio da Culpabilidade ............................................................... 8
3. PRINCIPIOS DO DIREITO PENAL ........................................................ 9
3.1 Principio da Lesividade ou Ofensividade .......................................... 9
3.2 Principio da Insignificância ou Bagatela ........................................... 9
3.3 Principio da Proporcionalidade ........................................................10
3.4 Principio da Igualdade ..................................................................... 10
3.5 Principio do Estado de Inocência .................................................... 11 
3.6 Principio do In Dubio Pro Réo ......................................................... 11
3.7 Principio do Ne Bis Indem ................................................................ 12 
3.8 Principio da Aplicação da Lei Penal mais Favorável ........................ 12
4. FONTES DO DIREITO PENAL ............................................................ 13
 4.1 Fontes Formais ........................................................... 13
 4.2 Fontes Materiais .............................................................. 13
5. Conclusão ...................................................................... 14
INTRODUÇÃO
 
 O presente trabalho tem como objetivo apresentar os Princípios Fundamentais e Fontes do Direito Penal, notando-se aqueles que servem como verdadeiro norte á condução dos atos praticados pelos cidadãos da sociedade em geral.
 Conceituando o Direito Penal de acordo com a doutrina: o Direito Penal é parte do ordenamento jurídico que define as infrações penais (crimes e contravenções) e comina as respectivas sanções (penas e medidas de segurança). Pretende-se com essa explanação, uma análise direcionada dos preceitos que antecedem e fundamentam ás próprias normas jurídicas positivas, enfocando sua aplicabilidade prevista no Código Penal.
 O presente estudo está dividido em três temas de suma importância. O primeiro tema tem como abordagem os Princípios Fundamentais do Direito Penal, onde cada princípio será apresentado de modo individualizado, com breve explanação. 
 O segundo tema é os Princípios do Direito Penal, onde esse tema será explanado com muita clareza e apresentado individual cada principio que orienta o Direito penal nas suas aplicações de sanções. 
 O terceiro tema trata-se das Fontes do Direito Penal, onde será explanado de forma individual cada fonte, abordando seu conceito de uma forma clara e direta. 
 Por fim, definir quais são os Princípios Fundamentais e as Fontes do Direito Penal, significa determinar de que forma eles poderão interferir no conteúdo das regras jurídicas da norma penal.
2. DESENVOLVIMENTO 
 2.1- Principio Fundamentais do Direito Penal
2.2 – Princípio da Legalidade ( Reserva Legal):
 Princípio da Legalidade ou da Reserva Legal: esse princípio é o núcleo de qualquer sistema penal que tenha como fim a racionalidade e a justiça, ou seja, que aspire á segurança jurídica. Encontra-se previsto no art.1, do Código Penal e no art.5, inciso XXXIX, da Constituição Federal, que assim prevê: ´´Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal´´. No latim ´´nullum crimen nulla poema sine lege´´.
Luís Regis Prado (2008) preleciona que o Principio da Legalidade possui três garantias: 
1- Garantia Criminal e Penal: Não há crime nem pena sem lei em sentido estrito, elaborado na forma constitucionalmente prevista. 
2- Garantia Jurisdicional: Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente, art 5, inciso LIII CF/88
3- Garantia Penitenciária: A pena será cumprida em estabelecimento distinto, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado, art. 5, inciso XLVIII, CF/88, a terceira garantia é a da Irretroatividade (a lei penal não retroagirá, salvo quando para beneficiar o réu, art. 5, inciso XL, CF/88) a da lei e sua exceção em razões de politica criminal.
 2.3- Principio da Anterioridade da Lei Penal:
 Na legislação brasileira este principio está regulado pelo art. 5, inciso XXXIX, da CF/88 e no Código Penal em seu art. 1:´´ Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal´´. Garantia Constitucional do individuo diante do poder punitivo d estado, estabelecendo que os crimes e as penas, respectivamente, serão considerados somente nos termos da lei vigente ao tempo da prática do crime. Ou seja, para que uma ação ou omissão seja tida como crime é preciso que a norma seja anterior ao fato.
 A lei é editada para o futuro e não para o passado, ai está presente a Irretroatividade da Lei. Faz-se necessário que a lei já esteja em vigor (valendo) no momento (data) em que o fato delitivo é praticado. 
2.4- Principio da Taxatividade: 
 O crime deve ser definido de forma clara e precisa, pois a norma penal deve ser estrita e certa. A incriminação não pode ser genérica, vaga, imprecisa ou indeterminada, sob pena de afronta ao principio da reserva legal. 
 A lei penal não permite que uma conduta delitiva que fora cominado uma pena seja estendida á outra por ser assemelhada. Isto ocorre em razão da lei penal (Principio da Legalidade) que ao frisar que não há crime sem lei que o defina exigiu da lei a descrição da conduta criminosa com todos os elementos. A taxatividade na descrição da conduta típica para uma exata identificação do fato, como corolário da legalidade, proíbe, portanto, a incriminação vaga e indeterminado do fato, e se não fosse assim a elasticidade na tipificação do fato permitirá o livre arbítrio do juiz. 
2.5 – Princípio da Intervenção Mínima (ou da Subsidiariedade) 
 O principio da Intervenção Mínima é o responsável não só pelos bens de maior relevo que merecem a especial proteção do Direito Penal, mas se presta, também, a fazer com que ocorra a chamada descriminalização. Se é com base neste princípio que os bens são selecionados para permanecer sob a tutela do Direito Penal, porque considerados como de maior importância, também será como fundamento nele o legislador, atento ás mutações da sociedade, que com sua evolução deixa de dar importância a bens que, no passado, eram da maior relevância, fará retirar do ordenamento jurídico-penal certos tipos incriminadores.Estabelece que o Direito penal só deve atuar na defesa dos bens jurídicos imprescindíveis á coexistência pacifica das pessoas e que não podem ser eficazmente protegidos de forma menos gravosa. Desse modo, a lei penal só deverá intervir quando for absolutamente necessário para a sobrevivência da comunidade, como ratio.
2.6- Princípio da Intranscendência 
 A pena não pode passar da pessoa do acusado. A responsabilidade penal é sempre pessoal. ´´Impede-se a punição por fato alheio, vale dizer, só o autor da infração penal pode ser apenado (art. 5, inciso XLV da CF/88)´´.
 Havendo falecimento do condenado, a pena que lhe fora infligida, mesmo seja de natureza pecuniária, não poderá ser estendida a ninguém, tendo em vista seu caráter personalíssimo, quer dizer, somente o autor do delito é que pode submeter-se ás sanções penais a ele aplicadas.
 Todavia, se estivermos diante de uma responsabilidade não penal, como a obrigação de reparar o dano, nada impede que, no caso de morte do condenado e tendo havido bens para transmitir aos seus sucessores, estes respondam até as forças da herança. A pena de multa, apesar de ser considerada agora divida de valor, não deixou de ter caráter penal e, por isso continua obedecendo a este principio.
2.7- Principio da Individualização da Pena:
 É a individualização judicial, a obrigatoriedade de que a pena aplicada considere a pessoa individualmente e concretamente, levando em consideração o comportamento, as experiências sociais e as oportunidades do acusado ou condenado, quando em fase de cumprimento da pena. Portanto, a imposição da pena deve levar em consideração critérios subjetivos, visto que os indivíduos praticam crimes imbuídos de sentimentos, condições e características diversas, que devem ser ponderadas na dosimetria da pena. A Individualização da pena ocorre em três momentos:
a) Cominação- a primeira fase de individualização da pena se inicia com a seleção feita pelo legislador, quando escolhe para fazer parte do pequeno âmbito de abrangência do Direito Penal aquelas condutas, positivas ou negativas, que atacam nossos bens mais importantes.
b) Aplicação- tendo o julgador chegado á conclusão de que o fato praticado é típico, ilícito e culpável, dirá qual a infração praticado e começará, agora, a individualizar a pena a ele correspondente, observando as determinações contidas no art. 59 do Código Penal (métodos trifásico). 
c) Execução- a execução não pode igual para todos os presos, justamente porque as pessoas não são iguais, mas sumamente diferentes, e tampouco a execução pode ser homogênea durante todo o período de seu cumprimento. Individualizar a pena, na execução consiste em dar a cada preso as oportunidades para lograr a sua reinserção social, posto que é pessoa, ser distinto. 
2.8- Principio da Humanidade 
 Em um Estado de Democrático veda-se a criação, a aplicação ou a execução de pena, bem como de qualquer outra medida que atentar contra a dignidade humana. 
 Dispõe a Constituição Federal, em seu art. 5, inciso XLVII, que não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, inciso XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimentos; 
e) cruéis. 
2.9- Principio da Culpabilidade:
 De modo simples, pode-se dizer que o principio da culpabilidade impõe uma análise subjetiva da responsabilidade penal, isto é, se o resultado advém de dolo ou culpa.
 O principio da Culpabilidade possui três sentidos fundamentais: 
1- Culpabilidade como elemento integrante do conceito Analítico de Crime:
 A culpabilidade é a terceira característica ou elemento integrante do conceito analítico de crime, ou seja, após o estudo do fato típico e da ilicitude. Uma vez verificada se a conduta do agente é típica e antijurídica, passa-se a possibilidade de censura ou não do praticado. 
2- Culpabilidade como principio medidor da pena.
 Neste principio o julgador deverá, após a condenação encontrar a pena correspondente á infração penal praticada, tendo sua atenção voltada para a culpabilidade do agente como critério regulador.
3- Culpabilidade como principio impedidor da responsabilidade penal objetiva, ou seja, o da responsabilidade penal sem culpa.
 Significa dizer que para o resultado possa ser atribuído ao agente é preciso que a sua conduta tenha sido dolosa ou culposa. Os resultados que não foram causados a titulo de dolo ou culpa pelo agente não podem, ser a ele atribuídos, pois a responsabilidade penal, conforme o principio da culpabilidade, deve ser sempre subjetiva. 
3. Princípios do Direito Penal
3.1- Princípio da Lesividade ou Ofensividade:
 Segundo esse principio, só poderá ser objeto de punição o comportamento que no mínimo coloque em perigo bem jurídico relevante tutelado. Condutas internas ou individuais, embora sejam pecaminosas, imorais, escandalosas ou diferentes do senso comum, estão destituídas de lesividade e, portanto, não estão aptas a legitimar a intervenção penal.
 Explicam Alice Bianchini, Antônio Molina e Luiz Flávio Gomes, que o principio da Lesividade ou Ofensividade está atrelado á concepção dualista da norma penal, isto é, a norma pode ser primária (delimita o âmbito do proibido) ou secundária (cuida do castigo do âmbito da sancionalidade).
3.2- Principio da Insignificância ou Bagatela:
 Trata-se de uma construção jurisprudencial, ou seja, não está previsto no ordenamento jurídico pátrio e decorre de reiteradas decisões dos Tribunais. Ademais, tal principio só pode ser aplicado de acordo com as características do caso concreto. Está sedimentado no pressuposto da tipicidade penal material, isto é, será insignificante aquela conduta que não lesionar um bem jurídico penalmente protegido. Portanto, a natureza jurídica do principio da insignificância é de causa supralegal de exclusão da tipicidade material.
 Jurisprudência de nossos Tribunais Superiores tem fixado certos requisitos para que o aplicador do direito possa reconhecer a insignificância de determinada conduta. São eles:
a) mínima ofensividade da conduta;
b) a ausência de periculosidade social da ação;
c) o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;
d) a inexpressividade da lesão jurídica; 
 Tal principio é essencialmente aplicado no caso concreto, cuja análise exige evidentemente um certo grau de bom senso do magistrado. 
3.3- Principio da Proporcionalidade:
 Segundo esse principio, a pena pode ser maior que o grau de responsabilidade previsto na norma penal para a prática do fato criminoso. Implica dizer que para cada tipo de crime há um tratamento previsto e que, ao aplicar a pena, o juiz deve considerar todas as peculiares do caso concreto. Comentando o principio da proporcionalidade, Pedro Lenza anota que:
 Ao expor a doutrina de Karl Larens, Coelho esclarece: ´´utilizado, de ordinário, para aferir a legitimidade das restrições de direitos – muito embora possa aplicar-se, também, para dizer do equilíbrio na concessão de poderes, privilégios ou benefícios – o principio da proporcionalidade, em essência, consubstancia uma pauta de natureza axiológica que emana diretamente das ideias de justiça, equidade, bom senso, prudência, moderação, justa medida, proibição de excesso, direito justo e valores afins; precede e condiciona a positivação jurídica, inclusive de âmbito constitucional; e, ainda, enquanto principio geral de direito, serve de regra de interpretação para todo o ordenamento jurídico´´. 
 Portanto, a proporcionalidade pode ser entendida como sinônimo de justa retribuição.
3.4- Principio da Igualdade:
 O principio da igualdade prevê a igualdade de aptidões e de possibilidades virtuais dos cidadãos de gozar de tratamento isonômico pela lei. Por meio desse principio são vedadas as diferenciações arbitrárias e absurdas, não justificáveis pelos valores da Constituição Federal, e tem por finalidade limitar a atuação do legislador, do intérprete ou autoridade publica e do particular.
 Previsto nocaput, do art. 5, da CF, determina que ´´Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e os estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito á vida, á liberdade, á igualdade, á segurança e á propriedade [...]´´.
 O principio da Igualdade atua em duas vertentes: perante a lei e na lei. Por igualdade perante a lei compreende-se o dever de aplicar o direito no caso concreto; por sua vez a igualdade na lei pressupõe que as normas jurídicas não devem conhecer distinções, exceto as constitucionalmente autorizadas.
3.5- Principio do Estado de Inocência:
 Alexandre de Moraes (2007) leciona que o principio do estado de inocência é um dos princípios basilares do Estado de Direito. E como garantia processual penal, visa á tutela da liberdade pessoal, salientando a necessidade de o Estado comprovar a culpabilidade do individuo, que é de forma constitucional presumindo inocente, sob pena de retrocedermos ao estado de total arbítrio estatal. 
 Na Constituição art. 5, inciso LVII, prevê que ´´ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória´´. Tal principio também é conhecido como principio da presunção de não culpa.
 Trata-se de um principio manifestado de forma implícita em nosso ordenamento jurídico. O texto constitucional não declara a inocência do acusado. Contudo, demonstra o fato de ele não ser necessariamente o possuidor da culpa pela prática do fato que lhe é imputado.
3.6- Principio do in dubio pro reo:
 O principio do in dubio pro reo é um principio que prevê o beneficio da duvida em favor em favor do réu, isto é, em caso de duvida razoável quanto á culpabilidade do acusado, nasce em favor deste, a presunção de inocência, uma vez que a culpa penal deve restar plenamente comprovada. 
 Entende-se por uma duvida razoável o fator incerto quanto a culpa do acusado. É, em apertada síntese, a falta de condições plenas de imputar ao acusado a ampla responsabilidade pelo cometimento do delito. O fator incerto, aquele que a gera determinada duvida quanto á existência do ato infracional, bate de frente com o principio da presunção de inocência, e por este é plenamente repelido do campo da capacidade de imputação de responsabilidade penal ao acusado. 
3.7- Principio do Ne Bis In Idem:
 Este principio impõe a proibição de dupla condenação e acusação. Isso significa que uma pessoa não pode ser acusada por fato que já foi julgado em definitivo por sentença absolutória. E também não poderá ser perseguida criminalmente em dois processos distintos baseados na mesma imputação.
 O principio do ne bis in idem proíbe a dupla punição exclusivamente em relação á mesma conduta. Portanto, condutas diversas ou repetidas, embora constituam o mesmo tipo de crime, serão indubitavelmente alvo de tutela penal.
3.8- Principio da Aplicação da Lei Penal mais Favorável:
 Este principio encontra-se previsto no art. 5, inciso XL, da CF, e no art. 2 do CP, e possui dois desdobramento: 
a) irretroatividade da Lei mais grave;
b) retroatividade da Lei mais benéfica;
 Art. 5, CF, inciso XL- A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
 Art. 2, CP – Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
 Parágrafo Único – A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
Novatio legis incriminadora: se surgir uma nova lei tornando típico fato anteriormente não punível, será aplicável somente aos fatos praticados posteriormente a sua entrada em vigor;
Abolitio criminis: caso a nova lei deixe de incriminar fato anteriormente considerado como crime, retroagirá beneficiando todos os fatos praticados antes de sua vigência, pois não há mais, por parte do estado, interesse na punição daquela conduta. Portanto, a nova lei mais benéfica alcança inclusive os casos em que já houve julgamento e afasta os efeitos da condenação. 
Novatio legis in pejus: na hipótese de nova lei mais severa que a anterior, por exemplo, que aumente a punição para determinado crime, não retroagirá aos fatos praticados antes de sua vigência, sendo aplicável apenas aos futuros.
4.0 Fontes do Direito Penal
4.1- Fontes Formais: são responsáveis por exteriorizar o direito penal e lhe dar forma, e se dividem em Imediatas ou Diretas e Mediatas ou Indiretas.
 Imediatas ou Diretas: É a lei, a qual será responsável pela criação do crime e a cominação da sanção correspondente. 
 Mediatas ou Indiretas: Refere-se aos costumes, doutrina e jurisprudência. Ressalte-se que há doutrinadores que afirmam que os costumes são fontes de interpretação e não do Direito. Não é possível condenar alguém, por exemplo, em razão de uma regra de costume. Mas é possível interpretar uma proibitiva e já existente no ordenamento com base no costume.
a) Costumes: são ´´normas´´ de comportamento que as pessoas obedecem de maneira uniforme e constante (requisito objetivo), com a convicção de sua obrigatoriedade jurídica (requisito subjetivo). No âmbito penal, os costumes, como fontes informais, jamais podem criar crime ou pena ou medida de segurança ou agravar a pena. 
b) Doutrina: a função da doutrina (opnio doctorum) consiste em interpretar as fontes formais imediatas do Direito Penal. Não conta com caráter vinculante, mas muitas vezes acaba bem cumprido seu papel de evitar a improvisação e o arbítrio, oferendo conceitos coerentes que muito contribuem para a sistematização do Direito.
c) Jurisprudência: é o conjunto de decisões reiteradas e uniformes dos Tribunais.
4.2- Fonte Materiais:
 Também denominadas de fontes substanciais ou fontes de produção, corresponde a entidade a que incumbe a criação das normas jurídicas, ou seja, quem tem competência para produzir a norma. No tocante ao processo penal a fonte material por excelência é a União, mas os Estados poderão legislar, excepcionalmente, questões especificas de processo penal, desde que autorizados pela União através de lei complementar.
 Esta é a previsão do art. 22, I da CF/88, o qual estabelece que compete privativamente a União legislar sobre Direito Processual, pois, embora não seja usual, existe a possibilidade dos Estados legislarem sobre tal matéria. Por lado, o art. 24 da CF estabelece que a competência será concorrente entre a União, Estados e o Distrito Federal para legislar:
a) Procedimento;
b) Direito penitenciário (RDD);
c) Criação, funcionamento e processo dos juizados especiais;
 Conclusão 
 Neste presente estudo podemos conclui que foram observados e explanado, individualmente, os Princípios Fundamentais, os Princípios e as Fontes do Direito Penal, sendo eles aplicados ao Direito Penal de maior significado, onde suas especificidades e reflexos no ordenamento jurídico brasileiro em vigor. 
 Os princípios fundamentais, os princípios e as fontes do Direito Penal, formam o centro fundamental do Direito Penal, servindo de base para a construção da definição do, estabelecendo limites ao poder de punição por parte do Estado, sustentando-se para a interpretação e aplicação da lei penal.

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