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CASO PRÁTICO - PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA - Barbara Feliciano Brasil dos Santos - RA N12093-2 - Unip Direito - Turma 9º A - Manhã

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS 
HUMANAS CURSO DE DIREITO 
ORIENTADORA: JULIANA MELO TSURUDA 
 
 
 
 
 
BARBARA FELICIANO BRASIL DOS SANTOS - RA: N12093-2 
 
Matutino - Turma: 
9ªA 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE ACADÊMICA REMOTA 
ATIVIDADE PRÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPUS RANGEL 
SANTOS 
2021 
BARBARA FELICIANO BRASIL DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade Prática Remota do curso de 
Direito, matéria de Procedimentos 
Especiais de Jurisdição Voluntárias 
apresentado à Universidade Paulista – 
UNIP. 
Orientador: Prof.º Dra. Juliana Melo 
Tsuruda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPUS RANGEL 
SANTOS 
2021 
 
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DE 
___ ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE SANTOS/SP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BENTO (sobrenome), (nacionalidade), casado, (profissão), portador 
de cédula de Identidade RG nº XXXXXXXXX, inscrito no CPF/MF sob o nº 
XXXXXXXXXXX, com endereço eletrônico: __________, residente e domiciliado na 
Rua/Av._________, nº__, bairro ___________, Cidade/UF _________,CEP:_______, 
por intermédio de seu(a) advogado(a) infra assinado(a), inscrito(a) na OAB/UF 
(seccional), com endereço profissional na Rua/Av. ____________, nº ___, Bairro 
__________, Cidade/UF _______, CEP: ________, com endereço eletrônico: 
________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 4º, 
III e 1.767, I do CC, propor 
 
 
AÇÃO DE INTERDIÇÃO 
 
 
De sua esposa CAPITOLINA SANTIAGO, (nacionalidade), casada, 
(profissão), portadora de Cédula de Identidade RG nº XXXXXXXXX, inscrita no 
CPF/MF sob o nº XXXXXXXXXXXX, com endereço eletrônico: __________, 
residente e domiciliada na Rua/Av. _________, nº__, bairro ___________, Cidade/UF 
_________,CEP:_______, pelos fatos e fundamentos jurídicos, a saber: 
 
I) DOS FATOS 
 
O requerente é casado com Capitolina Santiago, conforme certidão de 
casamento, em anexo, tendo um filho em comum, Ezequiel, menor impúbere. 
Durante a disseminação do Novo Coronavírus, pandemia global que 
enfrentamos a mais de 01 (um) ano, sua esposa acabou por contrair COVID-19, em 
fevereiro de 2021 e, desde então, encontra-se internada na Santa Casa de Santos, 
entubada, respirando através de aparelhos, porquanto a enfermidade comprometeu mais 
de 80 % (oitenta por cento) de sua capacidade pulmonar, conforme atestado médico 
anexo. 
Sem ter condições de exprimir sua vontades e matriculada no 7º 
semestre do curso de psicologia, na UNIP, campus Rangel, que fica no mesmo bairro 
em que mora, Capitolina já havia amealhado importante patrimônio, somando as 
doações que recebera de seus pais e o que ganhou, antes do casamento, na carreira de 
atriz juvenil. Com seus rendimentos pagava o curso superior, seu automóvel, o cartão de 
crédito das despesas pessoais, mais sua contribuição para as despesas da família. 
Ocorre que, sem ter contratado plano ou seguro saúde, quando foi ao 
hospital, temendo pela vida, Capitolina optou pelo atendimento particular. Na última 
semana, o gerente financeiro do hospital enviou para seu cônjuge um relatório parcial 
das despesas, que já ultrapassam R$ 150.000,00. 
Diante disso, não restou alternativa a BENTO (sobrenome), se não 
propor a presente ação, para assim, gerir as contas de sua esposa, enquanto se encontrar 
em situação vulnerável. 
II) DOS FUDAMENTOS 
 
a) DA LEGITIMIDADE 
O Requerente é parte legitima para propor a ação, já que é cônjuge da 
interditanda, fato este comprovado pela Certidão de Casamento anexada, assim 
como, o disposto no art. 1.177, inciso II do CPC, que dispõe: 
 
“Art. 1.177 – A interdição pode ser promovida: 
II – pelo cônjuge, ou algum parente próximo.” 
De acordo com Maria Helena Diniz (2006, p.14), o caso em questão 
se trata de impossibilidade transitória para exprimir a vontade, visto que compreende 
“todas as pessoas que, por doença que acarrete deficiência física, elevação excessiva de 
pressão arterial, paralisia mental, perda de memória, estado de coma (...) não possa 
exprimir claramente sua vontade”. 
No caso em tela, a situação em que a interditanda se encontra e a 
necessidade de suporte financeiro, para pagamento de despesas hospitalares e dívidas 
anteriores obtidas, fazem crer que a nomeação de um curador para gerir seus bens e 
necessidades é a medida de melhor direito. 
Nesse mesmo direcionamento, o inciso I do artigo 1.767 do CC, deixa 
claro que a interditanda é pessoa sujeita a curatela: 
“Art. 1.767 – Estão sujeitos a curatela: 
I – aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o 
necessário discernimento para os atos da vida civil. 
Desta forma, presente os requisitos de admissão e legitimidade 
restante autor esclarecer os motivos que levam a requerer a interdição e, por 
consequência, a curatela temporária. 
 
b) DA NECESSIDADE DE INTERDIÇÃO 
O art. 1º do CC estatui que “toda pessoa é capaz de direitos e deveres 
na ordem civil”. Assim, liga-se à pessoa a ideia de personalidade, que é consagrado nos 
direitos constitucionais de vida, liberdade e igualdade. 
Entendido que a personalidade tem a sua medida na capacidade de 
fato ou de exercício, que, no magistério de Maria Helena Diniz “é a aptidão de exercer 
por si os atos da vida civil, dependendo, portanto, do discernimento, que é critério, 
prudência, juízo, tino, inteligência, e, sob o prisma jurídico, da aptidão que tem a pessoa 
de distinguir o lícito do ilícito, o conveniente do prejudicial”. 
Todavia essa capacidade pode sofrer restrições legais quanto ao seu 
exercício, visando proteger os que são portadores de uma deficiência jurídica 
apreciável. 
Conforme dispõe o artigo 4º, III do CC: 
“Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de 
os exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem 
exprimir sua vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) 
(Vigência)” 
 
Posto isso, depreende-se que a interditanda faz jus à proteção, a qual 
será assegurada ante a sua interdição e a nomeação do Requerente como seu curador, a 
fim de que este possa representa-la ou assisti-la no exercício dos atos vida civil, de 
acordo com os limites da curatela prudentemente fixados na sentença de interdição. 
 
III) DA TUTELA ANTECIPADA 
 
A prova inequívoca do déficit físico-intelectual momentâneo, decorre 
dos documentos médicos anexado à inicia, bem como os fatos aduzidos acima, que 
demonstram a incapacidade da interditanda para reger suas atividades pessoais. 
Desse modo, consubstanciada está à verossimilhança da alegação, a 
razoabilidade do direito invocado (fumus boni iures), ante a proteção exigida pelo 
ordenamento jurídico pátrio aos interesses do incapaz. 
Ademais, conforme o exposto interditanda, encontra-se entubada e 
inconsciente, sem previsão de alta, conforme boletins médicos. Portanto, 
impossibilitada de discernir as praticas dos atos da vida civil, tornando-se incerta a 
gestão dos recursos fundamentais à sua manutenção, pois seus bens são particulares. 
Assim, está demonstrado o fundado receio de dano de difícil 
reparação (periculum in mora) ao patrimônio da interditanda, até a efetivação da tutela 
pleiteada. Já que a situação da inteditanda é extremamente grave, correndo e sua família 
correndo sérios riscos financeiros, para arcar com as despesas contraídas pela mesma, 
caso o requerente não tenha acesso completo aos seus rendimentos, que seriam 
fundamentais para o pagamento de dívida hospitalar contraída, bem como dividas 
anteriores que se encontram em aberto. 
Neste caso, requer a concessão de tutela antecipada, consoante o 
artigo 237 do CPC, de modo a nomear o autor como curador provisório a interditanda, 
conforme dispõe: 
“Art.237 – O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, totalou 
parcialmente, o efeito da tutela pretendida no pedido inicial, desde 
que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da 
alegação e:” 
 
IV) DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
 
O Requerente é pessoa que não tem recursos suficientes para pagar as 
custas, despesas processuais e honorários advocatícios, sendo pessoa hipossuficiente na 
acepção jurídica. Assim, possui direito a justiça gratuita. 
De acordo com o art. 99, § 3º do CPC/15, “presume-se verdadeira as 
alegações de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural”. Ademais, 
também vale ressaltar que, conforme o § 2º do mesmo artigo, ao Magistrado somente 
cabe indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta de 
pressupostos legais para a concessão de gratuidade. 
Assim, querer a concessão do benefício da gratuidade judiciária, 
chamada de benefício da justiça gratuita, com base nos arts. 98 e seguinte do CPC (Lei 
nº 13.105/2015) e o art. 5º, incisos XXXV, LV e LXXIV da Constituição Federal. 
 
V) DOS PEDIDOS 
 Ante ao exposto, requer de Vossa Excelência oque segue: 
a) A concessão da gratuidade da Justiça, com fulcro nos arts. 98 e seguintes do 
CPC/15 e no art.5º, inciso XXXV, LV e LXXIV da Constituição Federal; 
b) A interdição de Capitolina Santiago e nomeação de seu cônjuge como curador, a 
fim de praticar atos de gestão patrimonial e pagar as dívidas pessoais da esposa, 
enquanto perdurar a incapacidade de exprimir sua vontade; 
c) A tutela antecipada, a fim de que seu cônjuge seja nomeado como curador 
provisório e possa pagar as dívidas vencidas e as que se vencerem até o 
levantamento da curatela, administrando os bens particulares da esposa; 
d) Intimação do Ministério Público; 
e) A produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente de natureza 
documental, testemunhal e inspeção judicial. 
 
Dá-se a causa o valor de R$ XXXXXXX,XX 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Advogado (a) _______________. 
OAB/UF (seccional) nº________.