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Resumo - Caso Cláudia Sobral

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RESUMO CASO – CLÁUDIA SOBRAL (DIREITO INTERNACIONAL)
1. CASO: Perda na nacionalidade e extradição de Cláudia Cristina Sobral.
· Perda da nacionalidade automática quando um brasileiro nato se naturaliza em outro pais. Cláudia Sobral perdeu a nacionalidade brasileira em detrimento da aquisição de nacionalidade norte-americana, após casamento com Karl Hoering.
· Perda da nacionalidade efetivada, se enquadrada em alguns dos requisitos constantes no artigo 12, §4º da CF. (inciso II)
· Já o brasileiro que perdeu sua naturalização, por ato voluntário, poderá recuperá-la por meio de Decreto Presidencial, se o interessado estiver com domicílio fixo no Brasil. Possui efeito ex nunc a partir do decreto concernente.
· Decisões proferidas pelo STF: Mandado de Segurança nº 33.864/DF e Pedido de Extradição nº 1.462/DF.
· Para a extradição de Cláudia Cristina foram impostos critérios específicos para a extradição, tais como: Não aplicabilidade das penas inexistente no Brasil e a detração penal do tempo em que ficou presa no Brasil. 
· Entendimento SFT no julgamento do Mandado de segurança nº 33.864/DF, Ministro Relator Luís Roberto Barroso votou no sentido de que Cláudia havia perdido a nacionalidade, pois sua situação não se enquadrava em nenhuma das exceções constitucionalmente previstas. Exarou entendimento de que houve manifestação de vontade na naturalização (1999), pois, a mesma já possuía o “green card” que dava direito de permanência e trabalho no solo americano, e por isso, não necessitava se naturalizar para continuar a trabalhar e manter residência no solo norte-americano. Salientou ainda que, o processo de naturalização ocorrido no Estado estrangeiro, incluiu juramento formal onde disse que abdicou na nacionalidade anterior e expressou por meio de ato jurídico personalíssimo o desejo de integrar a comunidade estrangeira.
· Ministro Luiz Fux completou dizendo que a Constituição veda a extradição de brasileiro, contudo, se este brasileiro perde a nacionalidade, não há mais o que se se falar em extradição de brasileiro, mas sim de estrangeiro, como seria o caso de Cláudia que adquiriu, de forma voluntária, outra nacionalidade, nisso, o segundo Ministro, presume-se que tal pessoa se submete ao regime jurídico do Estado onde se naturalizou. 
· Ministros Marco Aurélio e Edson Fachin, foram vencidos, por três votos a dois, prevalecendo entendimento de que Cláudia Sobral deixou de ser brasileira ao ne naturalizar norte-americana.
· INFORMAÇÕES SOBRE DEFESA DE CLÁUDIA: foi sustentado que a ré adentrou no território nacional de forma regular com seu passaporte renovado, bem como, sustentou que a mesma não perdeu a nacionalidade pois não preenchei formulário constante no site do Ministério das relações exteriores. 
· Naturalização norte americana ocorreu para que pudesse trabalhar.
· Após defesa, foi deferido pedido de extradição desde que não fossem aplicadas penas proibidas no ordenamento jurídico brasileiro: pena de morte, superior a 30 anos, bem como, que o tempo de prisão cumprido de forma cautelar no Estado brasileiro fosse detraído da prisão em definitivo.
2. LINHA DO TEMPO FÁTICA 
· Adquiriu nacionalidade norte-americana em 1999, após casamento com Karl Hoering;
· 2007: cometeu homicídio contra o esposo, regressando ao Brasil com passaporte brasileiro renovado;
· 2011:aberto de ofício, processo administrativo que declarou a perda da nacionalidade de Cláudia Cristina Sobral;
· 2013: foi requerido pelo EUA a prisão de Cláudia para fins de extradição, razão pela qual, foi impetrado Mandado de Segurança, inicialmente no STJ, que declinou competência em favor do STF, por complexidade da matéria;
· 2016:

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