ROTEIRO DE ESTUDOS

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ROTEIRO DE ESTUDOS 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
Psicologia Fenomenológica e Existencial
ROTEIRO DE ESTUDOS 
1. O que é Campo da Experiência? 
Campo de experiência ou "Campo Fenomenal" é um mundo privativo e pessoal que pode ou não corresponder à realidade objetiva. Contém tudo o que se passa no organismo em qualquer momento, e que está potencialmente disponível à consciência e inclui eventos, percepções, sensações e impactos dos quais a pessoa não toma consciência, mas poderia tomar se focalizasse a atenção nesses estímulos.
2. O que é Redução fenomenológica? 
Redução fenomenológica ou Epoché é a suspensão da atitude natural: que são as crenças, conhecimentos prévios e valores. 
3. O que é self para Rogers? 
Rogers usa o termo para se referir ao contínuo processo de reconhecimento. O Self é uma gestalt organizada e consistente num processo constante de formar-se e reformar-se à medida que as situações mudam. 
4. O que é self ideal para Rogers? 
O Self Ideal é o conjunto das características que o indivíduo mais gostaria de poder reclamar como descritivas de si mesmo.
5. O que é suporte? 
É o que dá sustentação para o contato. Suporte inclui fisiologia, postura, coordenação, equilíbrio, sensibilidade, mobilidade, linguagem, hábitos e costumes, habilidades, e aprendizagem, experiências vividas e defesas adquiridas ao longo da vida. 
6. O que é aqui e agora? 
É o enfoque que busca produzir um comportamento observável. Logo, não perguntamos "- Porque é que você está se comportando desta maneira? "Mas sim: "- O que é que está fazendo? ", "- Como é que faz?" , "-O que é que está fazendo comportar-se desta maneira? ". 
7. O que é Gestalt? 
Significa uma forma, uma configuração, o modo particular de organização das partes individuais que entram em sua composição. 
8. O que é ACP? 
Abordagem Centrada na Pessoa é uma escola psicológica marcada pelo desenvolvimento dinâmico, flexível e não-dogmático pautada por princípios fundamentais e propostas características, mormente a crença na predominância, na natureza humana, de potenciais positivos e processualmente orientados para o crescimento e a auto-realização, assim como a ênfase no estudo e exercício das condições relacionais que favorecem a plena expressão e desenvolvimento desse potencial intrínseco.
9. O que é figura e fundo? 
A dinâmica figura–fundo acontece na maioria das vezes espontaneamente e de acordo com nossas necessidades. A figura é caracterizada pela necessidade de um determinado momento, sendo que as necessidades fisiológicas estão sempre em primeiro lugar, seguidas das necessidades de segurança, de pertencer, de amor, de ser estimado, de auto-realização, de conhecimento e estéticas. O fundo inclui todos esses dados sensoriais ou memoriais que podem cair do plano da consciência ou atenção com maior ou menor facilidade.
10. O que é campo organismo meio? 
Campo é o conjunto de tudo o que tem a possibilidade de ser objeto da nossa atenção num determinado momento e inclui a figura e o fundo; 
11. O que é homeostase? 
É o processo através do qual o organismo satisfaz suas necessidades. Cada necessidade perturba o organismo, que tem que se reorganizar para satisfazê-las. O processo homeostático perdura o tempo todo. 
12. O que é autorregulação? 
É a tendência de cada indivíduo de buscar o equilíbrio entre suas funções biopsicossocioespirituais no aqui-agora.
13. O que é Empatia? 
É “a capacidade de perceber o quadro de referência interno do outro com precisão e com os componentes emocionais que a ele pertencem, como se aquele que percebe fosse a outra pessoa, mas sem jamais perder a condição do como se.” 
14. O que é Congruência? 
É o grau da exatidão entre a experiência e a tomada de consciência. Se relaciona às discrepâncias entre experienciar e tomar consciência. Alto grau de Congruência significa que a comunicação (o que você está expressando) e a tomada de consciência ( o que você está percebendo), são semelhantes. Suas observações e as de um observador externo seriam consistentes. 
15. O que é incongruência? 
Discrepância entre a realidade externa e aquilo que se experiencia internamente, subjetivamente. A pessoa não é capaz de expressar suas emoções e percepções reais em virtude do medo e dos velhos hábitos de encobrimento que são difíceis de superar – por outro lado é possível que a pessoa tenha dificuldade em compreender o que os outros esperam dela.
16. Explique cada um dos ajustamentos do ciclo do contato, suas interrupções e como eles acontecem no modo relacional e no modo disfuncional. 
PROJEÇÃO: projetar é o ato pelo qual atribuímos uma parte de nosso ser ao entorno. 
●Em seu aspecto relacional, como função de contato com o mundo, é o recurso que nos permite enriquecer a vida com nossa obra criativa pessoal. 
●Em seu aspecto limitador, projetar é o ato pelo qual atribuímos uma parte de nosso ser ao entorno. A intensidade e rigidez de tal manobra dependem de vários fatores complexos entre si e do papel central que este mecanismo em particular ocupa, na constelação de mecanismos associados para a manutenção da equação pessoal (gestalt fixa). 
●É necessário, na descrição do mecanismo, estabelecer uma diferenciação operativa entre a projeção como mecanismo universal, o projetado como conteúdo da mesma e a posição desse mecanismo como prevalente (primário) ou secundário na estrutura de personalidade. 
●Exemplo: A realização de uma tarefa artística, a elaboração de uma teoria, o planejamento de uma viagem de férias, ou a construção da casa de nossos sonhos não seriam possíveis sem a projeção.
INTROJEÇÃO: Introjetar é o ato pelo qual algo, que originalmente pertencia ao meio, e o introduzimos em nosso ser. 
●Em seu aspecto relacional, facilitador da vida, é o recurso que utilizamos para poder nos alimentar no plano físico, emocional, psicológico e espiritual. 
●Em seu aspecto limitador, é também introduzir em nosso ser algo que originalmente pertencia ao meio, porém sem assimilá-lo ou digeri-lo. Como decorrência, o material permanece “autônomo” em nosso interior, ocupando um espaço em nossa identidade, que diminui nossa consciência e nossa liberdade 
●Exemplo: Muitas vezes encontramos, no consultório, pessoas que bloquearam a capacidade de “deixar” entrar o amor que necessitam.
RETROFLEXÃO: é o ato pelo qual retornamos a energia de uma ação, que deveria direcionar-se no meio e para o meio, para nós mesmos. 
●Em seu aspecto relacional, é a capacidade de auto-observação, de auto-análise que permite converter-nos em pessoas responsáveis e maduras emocionalmente. 
●Em seu aspecto limitador, impede-nos dirigir e expressar nossos sentimentos para com o mundo, assim como também de pedir aquilo que necessitamos e desejamos. 
●Neste sentido, distinguimos dois tipos de retroflexão: fazer a nós mesmos o que gostaríamos de fazer aos outros e fazer a nós mesmos o que gostaríamos que os outros nos fizessem. Como se vê em ambos os casos, a energia da ação criada pela necessidade ou sentimento não alcança seu destino verdadeiro, voltando-se sobre sua origem. 
●Exemplo típico é o da raiva que, ao invés de dirigir-se até o causador de nossosentimento, volta-se sobre nós mesmos em forma de culpa. No segundo caso, é nossa necessidade de carinho, atenção, ajuda, etc, o que não chega ao destino, voltando-se sobre nós mesmos em forma de auto-suficiência
DEFLEXÃO: é o ato pelo qual impedimos o contato com experiências (relações, sentimentos, demandas, necessidades, etc.), tanto provenientes do meio externo como do interno. 
●Em seu aspecto relacional, é a capacidade de descartar informação para poder focalizar em algo que é de nosso interesse ou que, por sua urgência, demanda nossa atenção. Sem a capacidade de defletir, jamais poderíamos prestar atenção a alguma coisa em particular, pois nos veríamos invadidos pela enorme quantidade de informação proveniente de nossos sentidos e do meio. Também não poderíamos defender-nos do material que não estamos disponíveis para assimilar, num determinado momento. 
●Em seu pólo limitador, impede-nos de estar presentes e em contato com o que está acontecendo no aqui-e-agora. Neste sentido, converte-se no mecanismo “evitativo” por excelência, levando-nos, em casos extremos, a uma vida centrífuga e ansiosa. Neste caso também, devemos separar o uso da deflexão de sua posição como mecanismo prevalente de uma estrutura de personalidade, constituindo-se, então, num estilo defletivo de estar no mundo. 
●Exemplo: as crianças, em suas fases de obstinação e negação, são um bom exemplo da utilidade da deflexão.
CONFLUÊNCIA: é o ato mediante o qual diluímos nossas fronteiras ou limites para nos fundir com o outro, os outros, ou o meio que nos rodeia. 
●Em seu aspecto relacional, é a confluência que nos permite sentir parte de um grupo, uma família ou da natureza em geral. A capacidade de amar está indissoluvelmente unida à capacidade de confluir. uma situação é condição para a entrega. O poder fundir-nos num abraço ou permitir estar confundidos ao longo de uma experiência emocional também são exemplos positivos do uso da confluência. 
●Em seu aspecto limitador, é a capacidade de diluir nossa integridade a serviço de nos perdermos no ambiente, seja uma situação, um grupo, uma instituição, uma ideologia, uma relação, etc. 
●As evitações de conflitos, responsabilidades, intensidade das relações, desacordos, discriminação ou de manifestações de nossa individualidade, parecem ser alguns dos temas centrais na aplicação da confluência como mecanismo .
EGOTISMO: representa a capacidade de sustentar as fronteiras de nossa identidade perante as circunstâncias de nossa vida. Em seu aspecto positivo, é a habilidade para a auto-afirmação e a manutenção de nossa auto-estima. 
●Em seu aspecto limitador, converte-se na incapacidade de reconhecer nossas limitações e erros, deixando-nos na posição de sustentar temerariamente “nossas razões”, mesmo frente a todas as evidências em contrário. Representa o individualismo ao extremo e a impossibilidade de perceber os outros como “outros” e não como meras extensões de nossas necessidades.
PROFLEXÃO: é o fluxo de energia dirigido ao meio para que o outro reaja de maneira desejada e esperada. É fazer aos outros o que gostaríamos que outro nos fizesse. 
●Em seu aspecto relacional a proflexão nos ajuda a descobrir os desejos do outro e nosso desejo de agradá-lo porque o amamos. É o caso de comprarmos um presente para alguém pensando o quanto gostaríamos de ganhar tal presente. Se não cobrarmos o outro,é um aspecto relacional. 
●Em seu aspecto limitador, fazendo para o outro o que queremos que nos façam, sentimo-nos insatisfeitos e injustiçados: eu faço tudo para você e não recebo nada em troca. Acaba tendo um aspecto manipulador por não deixar claro o nosso desejo 
●Proflexor ativo – realiza uma pesquisa das necessidades e desejos de outra pessoa e procura realizá-los, esperando que ela faça o mesmo. 
●Proflexão passiva – é caracterizada por uma submissão frequente, na tentativa de corresponder às expectativas do outro, para que sua dedicação seja apreciada e reconhecida.
17. Dê um exemplo para cada um. Respondida na anterior. 
18. Como são as diversas orações da Gestalt? 
Oração da Gestalt-Terapia; Oração da Introjeção; Oração da Projeção; Oração da Retroflexão; Oração da Deflexão; Oração da Confluência; Oração do Egotismo. 
19. Como é uma sessão na Gestalt-terapia ? 
É uma terapia experimental. Pedimos ao cliente não apenas para falar sobre seus traumas e problemas da área remota do passado e da memória, mas para reexperienciar seus problemas e traumas – que são situações inacabadas no presente – no aqui e agora.
O gestalt-terapeuta vai ao encontro da realidade do cliente investigando as suas experiências da forma como elas acontecem e se processam. No entanto, o sentido dessa relação do cliente com seu meio será dado pelo próprio cliente. Método descritivo. Terapeuta é um facilitador. O terapeuta é livre para expressar sua criatividade.
20. O que é contato? 
Contato é o processo contínuo de reciprocidade em que o homem e o mundo se transformam. O contato ocorre na fronteira eu – não eu. Contato é toda experiência humana: viver é contato 
21. O que é Fenomenologia? 
A fenomenologia é a ciência dos fenômenos da consciência, trata de descrever, compreender e interpretar os fenômenos que se apresentam à percepção. 
22. O que é Existencialismo? 
É a corrente filosófica que enfatiza a existência individual, a liberdade e escolha.
23. O que é Psicologia Humanista? 
É a Psicologia que nasceu da Fenomenologia e do Existencialismo, seu enfoque referencial no sujeito inserido num contexto que é único e que pode transformar a vida dentro de si de maneira contínua e infinita. Esse homem é percebido livre tendo a possibilidade de recriar-se independentemente dos condicionamentos, pois a própria realidade é percebida de maneira pessoal e é impregnada de significados ligados a consciência.
24. O que quer dizer Dasein? 
“Ser aí” ou “ser-no-mundo”; a ´abertura´ que compreende o ser; o aí onde se dá o ser. 
Ser-no-mundo é a estrutura fundamental. Não se trata do homem em sua relação com as coisas ou outras pessoas em sua volta, mas uma estrutura de realização na qual ele está sempre superando os limites entre o dentro e o fora, que não pode ser decomposta em elementos Isolados. 
{O HOMEM CONSTITUI O MUNDO E É CONSTITUÍDO POR ELE. NÃO HÁ SEPARAÇÃO ENTRE INTERNO E EXTERNO}
25. Como a Daseinanálise explica a neurose? 
Para a Daseinanalise, na Neurose a Pessoa restringe o seu existir, de forma que o indivíduo ignora a tarefa existencial - O mundo se apresenta de forma reduzida e a capacidade de existir restrita. 
26. Como a Daseinanálise explica a Angústia? 
A angústia se dá pelo compreender quem eu sou propriamente é. Compreender que o tempo acaba, que ele é finito e vai morrer. Há um limite para “até onde ele chega”, “até onde ele pode”, porque não pode tudo!
27. Quais são as estruturas existenciais para a Daseinanálise? 
1- Temporalidade 
2- Espacialidade 
3- Ser com o outro 
4- Disposição
5- A queda e o ser para morte
28. O que é Logoterapia? 
Quem foi seu criador? 
Logoterapia significa "cuidar do sentido". Sentido como significado, metaou finalidade, sendo esta a principal força motivadora no ser humano. Assim, a logoterapia se baseia no confronto do paciente com o sentido de sua vida e o reorienta para o mesmo. Foi criada por Viktor Frankl. 
29. O que são neuroses noogênicas? 
Neuroses noogênicas ou noógenas são sempre de cunho espiritual e se baseiam em conflitos da sua existência onde as frustrações existenciais desempenham um papel central. 
30. O que é a noodinâmica? 
A Noodinâmica é a tensão interna existente entre o que uma pessoa é e aquilo que ela deveria ser de acordo com a sua realidade, seus valores e o seu sentido de vida.
31. Quando acontece o vazio existencial? 
O vazio existencial ocorre quando as pessoas não encontraram o sentido para as suas vidas. Este vazio se manifesta principalmente num estado de tédio. 
32. Como se dá o sentido da vida? 
O sentido é único e específico para cada um e deve ser vivido somente por aquele indivíduo. A busca da pessoa por um sentido é a motivação primária em sua vida. De acordo com a logoterapia podemos verificar que o sentido da vida se dá em três diferentes formas: 
1. criando ou trabalhando ou praticando um ato; 
2. experimentando algo ou encontrando alguém; e 
3. pela atitude que tomamos em relação ao sofrimento inevitável.
33. O que é desreflexão? 
A desreflexão se baseia no fato de que a intenção excessiva impossibilita aquilo que desejamos. Isso acontece por que nosso foco de atenção geralmente se volta para a tarefa que vamos realizar e não para o objetivo em si. Podemos tomar como exemplo os distúrbios do sono. O medo da insônia e, consequentemente, não poder descansar numa boa noite de sono resulta numa hiper-intenção de pegar no sono, o que, por conseguinte, impede o indivíduo de consegui-lo. Uma vez que a pessoa consegue refocar a sua intenção e atenção no ato do prazer de descansar com uma noite de sono e não no ato de dormir para poder consegui-lo, este acontece. 
34. O que é intenção paradoxal? 
É uma técnica logoterápica baseada na ansiedade antecipatória, na qual o psicoterapêuta induz o paciente que sofre de fobia a intencionar precisamente aquilo que teme, mesmo que seja somente por breves instantes. Com a inversão da atitude do paciente o seu temor é substituído pelo "desejo paradoxal", diminuindo-se a ansiedade gerada em torno da situação. Dessa maneira o indivíduo está capacitado a colocar-se numa posição distanciada de sua própria neurose. 
35. O que é supra sentido? 
Segundo a logoterapia a vida tem um supra-sentido que excede e ultrapassa toda e qualquer compreensão intelectual do ser humano. Esse supra-sentido pode ser bem exemplificado na fé religiosa, onde as pessoas confiam naquilo que não veem ou compreendem e esperam por um futuro do qual não tem provas que possa existir.
Esse princípio, muitas vezes, impulsiona e dá forças às pessoas para superar as adversidades.
36. O que é transitoriedade da vida? 
É a noção de finitude que tende a tirar o nosso sentido da vida. Para superar o sentimento de transitoriedade a logoterapia valoriza a historicidade manifesta no passado do indivíduo. Tudo o que ele viveu e foi não se separam dele, pelo contrário, fazem parte e preenchem a sua vida. Então, se a pessoa perceber que não perdeu nada do que passou, que conseguiu viver toda a sua vida com plenitude, mesmo diante de grandes adversidades, ele estará estruturando a sua personalidade para que ao envelhecer sinta orgulho de si próprio.
A FILOSOFIA DE KIERKEGAARD À LUZ DAPSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA EXISTENCIAL
É o primeiro representante da Filosofia Existencialista
●Inicia seus estudos fascinado pelas ideias de Hegel, entretanto, algumas discordâncias teóricas o afasta do hegelianismo e o estimula a criar suas próprias ideias e assim inicia
●Contestava que o hegelianismo ignorava a existência concreta do indivíduo, negligenciava a “a insuperável opacidade da experiência vivida”
●Kierkegaard defendia o mais profundo desejo de “uma verdade que seja verdadeira para mim”, em outros termos a genuinidade da experiênciaindividual
●Combate a filosofia hegeliana “como um sistema que esvazia a existênciahumana de todo caráter concreto, dissolvendo-a a puros conceitosracionais”
●Uma das características da filosofia de Kierkegaard é a religiosidade luterana, é portanto considerado um filósofo cristão e isso impacta a forma como ele aborda determinados conceitos e os explica
●E um dos principais conceitos que trazidos por ele são os Estádios de vida Os Estádios da vida
●Kierkegaard explica que estes estádios não passam por uma escolha consciente, racional ou lógica
●Modo de vida Estético: é caracterizado pelo hedonismo; contrapõe-se a dor e ao tédio, porém a ameaça destes é perpétua porque exige constante defesa;considerada uma vida limitada;
●Modo de vida Ético: aparentemente o filósofo considera esse estádiosuperior ao estético; é caracterizado pelo senso de dever, por obedecer àsregras; seu sentir precisa estar garantido por ter dado seu melhor; há uma parada na busca pelo prazer demasiado característico no estádio estético.
●O salto religioso: aqui o indivíduo sai do Ético para o Religioso; para explicaresse estágio e o salto da fé, Kierkegaard usa a história de Abraão e Isaque, quando Abraão vai sacrificar seu filho por pedido de Deus, o filósofo entende com isso uma total aceitação da vivência, da experiência;- O salto religioso como ser si mesmo, uma vida que existe apesar de mim e existe comigo;- A grande ideia aqui é a aceitação, do movimento de não ir contra a existência mas acolher e entender que a vida foge ao nosso controle- É o encontro de si mesmo a partir da aceitação de tudo que é
Contextualizando um pouco mais
● Kierkegaard faz uma crítica aos religiosos, pessoas que se dizem cristãs mas não aceitam a vida como ela é. Abraão aceitou o pedido de Deus e se entregou à experiência isso é o salto da fé
● A filosofia de Kierkegaard se relaciona com a Psicologia quando foca na experiência, no sentir em contraposição à racionalidade excessiva e na busca por uma vida que tenha sentido. 
Não há verdade verdadeira que não seja subjetiva, isto é apropriado.
Soren Kierkegaard
A FILOSOFIA DE HEIDEGGER À LUZ DAPSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA EXISTENCIAL
●Sua obra mais importante é O ser e o tempo, em que se depara com seu problema filosófico: o Ser, o sentido e a sua verdade
●Para o filósofo há dois tipos de seres:
1. mundano: possui a capacidade de mudar, está aberto, não é dado.
2. intramundano: já é dado, acabado, finalizado, não muda
· Correlacionando esses dois termos com outros dois conceitos centrais dafilosofia de Heidegger temos o Dasman e Dasein
●Dasman é entendido como uma existência inautêntica, uma pessoa queapenas segue a “boiada”, não reflete sobre sua existência e se perde no cotidiano da vida
Alguns elementos do Dasman pode-se citar:
-facticidade: o homem jogado no mundo sem que sua escolha tenha participado disso;
-existencialidade/transcendência: a busca por transcender a si mesmo, tentando tornar-se algo que ainda não é; projeção fora de si que não pode ultrapassar o mundo em que está;
-ruína: desvio do indivíduo de seu projeto essencial para preocupar-se com o cotidiano e com as demandas que os outros lhe colocam.
· Dasein, por sua vez, é a existência autêntica ao qual ele fala: o caminho que leva ao Ser passa pelo homem, na medida em que reflete sobre si mesmo”, é a abertura para a vida, para as possibilidades
●Ser-aí: esse é um dos conceitos mais interessantes, é um ser que tem um caminho imenso de possibilidade, de tornar-se (tais conceitos conversam muito com a Psicologia Humanista)
●Essas possibilidades, inerentes ao Ser-aí, tem a capacidade de nos levar à uma vida Dasein
Entretanto, as possibilidades do Ser-aí são limitadas por dois elementos centrais: a morte e o tempo.
●Ao deparar-se com a morte a pessoa é levada à angústia de perceber que suas possibilidades não são ilimitadas.
●Porém, para Heidegger, a angústia pode ter um viés positivo:
- a angústia capaz de reconduziro ser humano à totalidade de sua existência e retornar à autenticidade
●Assim, há duas opções para o ser:
1. afundar na inautenticidade do cotidiano, na monotonia para tentar fugir da angústia.
2. superá-la e transcendê-la sobre o mundo e sobre si mesmo.
“A abertura é uma forma essencial do Dasein. Só há verdade na medida e até onde o Dasein é.”
Martin Heidegger
A questão ser x aparecer.
APARECER: tem a ver com o modo como as coisas surgem no campo da experiência, têm correlação com a ideia pejorativa das aparências (“as aparências enganam”). Descartável 
SER: “ser” se torna o fundamento essencial além da experiência. Ser é uma dimensão essencial, imutável e universal.
 
Nietzsche
Crítica de Nietzsche: critica que todas as outras psicologia tentam determinar o homem de alguma forma e ele defende que o homem não deve ser determinado por nada, pois se tiramos todas as contingências/circunstâncias do homem, ele não é nada.
 A crítica a Nietzsche: é que ao dizer que o homem é nada, ele está determinando isso, portanto acaba caindo na mesma questão que ele próprio critica.
Nietzsche elabora o conceito de super-homem, que é o homem que se aceita como nada e justamente por ele não ser nada, ele pode ser qualquer coisa. O super-homem é a pessoa que se apropria desse nada para ser alguma coisa. A partir do momento em que ele conceitua isso, ele elabora uma fórmula e quem não segue isso não é um super-homem. Então apesar de criticar determinismo, ele mesmo também determina como devemos viver, determina a fórmula para a felicidade, como devemos pensar, o que somos.
Quando Nietzsche diz que não há nada que te determine, já existe algo determinando. Ao mesmo tempo que ele é nada (ausente de qualquer tipo de determinância), ele é alguma coisa.
· Ideia de Nietzsche é que se formos tirando toda circunstância/contingência, não sobra nada e ele entende que é fundamental que nada nos determine para que ele possa exercer a liberdade. Para Nietzsche se não temos esse nada como fundamento, não se tem liberdade.
O Niilismo tentando se livrar das ideias prévias das coisas, na metafísica. 
· Niilismo na compreensão do homem: busca a essência do homem, o que fundamenta a essência do homem, O que determina o homem enquanto homem. 
O vazio é uma coisa que a razão não alcança, mas a experiência entende.
· O Super homem de Nietzsche é justamente o homem em todo o seu potencial e livre de algo determinado. Justamente sou livre porque não se encontra nada determinado. É o homem que se apropria da vida que tem disponível e determina a si mesmo. Um cara que escolhe a si mesmo a cada vez.
Sartre 
Existencialismo era um modo de vida livre, fora do padrão. Povo livre, boêmio.
Existência (antepondo o movimento existencialista à tradição essencialista; está contrapondo existência com essência) lismo.
Valorização da existência, simplesmente porque sem ela não tem nada. Pode-se entender existência como experiência. A existência se renova a todo tempo. Existência é possibilidade de transformação/ mudança da vida. 
Para Sartre e para Nietzsche, as coisas têm essência e o homem nasce para nada, pois não pode pensar numa essência precisa para o homem, não tem nada que determine.
Liberdade -> existência -> essência.
“Não somos aquilo que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”. 
· Basicamente nós somos o resultado do que fazemos com nossa liberdade.
Rollo May (1909-1994)
O livro fala também que hoje chega-se na clínica e não sabem o sentido da vida.
Homem-Giroscópio: homem que sempre capta o que os outros querem de mim para então realizar o projeto alheio (o desejo do outro)
“o Homem se iguala para ser aceito” conformidade
Quem é todo mundo? Na verdade é ninguém, no sentido que 
Solidão.
A partir do vazio, Rollo May pensa na questão da solidão. 
Herança do romantismo essa ideia de solidão = tristeza.
Filme: a última palavra 
Nosso medo da morte pode ser pensado como medo da solidão pq pode entender o medo da morte como o medo de ficar sozinho pra sempre. A morte nos assusta por muitos motivos e esse é um deles. Quando se pensa que nossa vida é finita, dá-se conta que o tempo irá acabar.
Husserl (1859-1938 ale)
O objetivo de Husserl era fazer uma ciência pura (Uma ciência verdadeira, positivista)
Intuir o mundo: Apreensão primeira do mundo tal como ele se dá na minha frente; de forma originária.
O mundo tá sempre representado dentro do sujeito e perceber seria perceber esse mundo lá fora, o qual eu represento “aqui dentro"
· Atitude Fenomenológica: é uma atitude de suspensão ou epochè. 
O que é uma suspensão Fenomenológica: suspender o senso comum e os seus conhecimentos científicos. Suspender a ideia de as coisas são dadas em si mesma. 
· Pra que suspendo a atitude natural (senso comum/conhecimento científico)? Para poder ouvir a pessoa que chega sofrendo com alguma queixa a partir dela mesma, com uma escuta “limpa”.
Para Husserl, Não podemos achar que olhamos de forma neutra para o mundo só porque olhamos para o mundo matematicamente. 
A ideia de neutralidade no mundo desaparece como hipostasia. A neutralidade é uma ingenuidade.
Neutralidade: não se colocar implicado no que se escuta.
Fenomenologicamente, não existe neutralidade. Só de estar presente, se influencia. Já para o positivismo, a partir da mensuração do mundo, consegue-se ser neutro. 
NOÇÃO DE CONSCIÊNCIA:
Husserl quer retirar a ideia de que a consciência é dada em si mesma. 
Consciência Intencional: o sujeito e objeto não são dados em si mesmos, mas um se dá reciprocamente ao outro a partir do momento em que se encontram. Sujeito e objeto coo emergem; um se dá para o outro em relação -> ato e o correlato.
Consciência Intencional: dirigida ao objeto.
Husserl critica a psicologia enquanto ciência positiva, vislumbrando uma ciência fenomenológica. Entende a necessidade da psicologia se voltar para a subjetividade como objeto próprio dela 
Quando vamos perceber, já tem o percebido. Representa a relação do sujeito com o objeto, eles se são ao mesmo tempo. “Não dá pra pensar um sujeito sem objeto e um objeto sem sujeito”.
Husserl:
· Suspensão fenomenológica: suspender os pressupostos tanto do sendo comum qnt os científicos pq se eu já chegar com pressupostos para ouvir alguém, eu não estarei ouvindo a pessoa, eu estarei encaixando ela em meus conceitos.
· Consciência Intencional: a consciência e o objeto a consciência se dão juntos. Consciência dirigida; nenhuma consciência é um recipiente vazio. Significa ato e correlato. 
Dilthey
Casanova pensa na Força da contribuição diltheyana pra psicologia.
Começa o texto pensando que somos herdeiros de uma tradição metafísica.
Metafísica (além da física faz a divisão entre o mundo sensível e o suprasensível)
Fala que o dilthey será um dos mais importantes a criticar a insuficiência disso (metafísica) como método. Usar essa estrutura metafísica para explicar o ser humano.
Dilthey entende que qlqr ciência exata faz um recorte das coisas/não estuda as coisas no seu lugar ou contexto natural; estamos sempre tirando o objeto de seu lugar natural para estuda-lo.
Ciências exatas = recorte do mundo (isolamento do objeto)
Dilthey crítica (14:00) a reprodução do sistema positivista nas ciências humanas uma vez que os instrumentos usados nas ciências humanas são diferentes dos usados nas ciências exatas.
A questão é a propagação dos métodos científicos exatos como regra, pensar que isso pode explicar algo das ciências humanas.
Dilthey crítica a alocação das ciências exatas às ciências humanas. As ciências exatas tem outro objeto de estudo diferente das humanas
Se nas ciências exatas para poder repetir eu preciso controlar meu objeto, eu vou precisar fazer um sistema de causalidade para explicar o que ele é. 
· Explicação
· Causalidade
A explicação é necessária para se ter domínio sobre o objeto/a técnica.
A ideia da técnica é que o final das coisas já esteja dado para que eu inicie algo. Previsibilidade exata. 
A➡️B Controle, previsão. 
Ciência Humanas:
· Descrição 
· Compreensão
Quandoeu explico eu estou fazendo recortes do mundo. Já compreender e devolver o fenomeno para o campo originário .
Pensamento Meditante
Possibilidade de se demorar, sustentar o pensamento junto às coisas, por exemplo sustentar o ponto A é ir acompanhando. 
Deixando a coisa ser ela mesma sem a princípio exigir que ela seja qualquer coisa.
Heidegger não quer o fim do pensamento calculante. A ideia dele é que haja a possibilidade de sustentar os dois Pensamentos. 
Igual a dilthey, que não quer o fim das ciências exatas, mas diz que é preciso as ciências humanas para explicar o ser humano, já que o objeto de estudo é o ser humano e as ciências exatas não o explicam tão bem quanto as humanas.
Nexo vital: devolver o fenômeno pro seu campo intencional significa só ver ele como ele já se apresenta. E pensar que essee fenômeno que eu recorto. Devolver para seu campo originário.
Dilthey:
· Nexo Vital : devolver as coisas/os fenômenos para os seus nexos vitais. 
Heidegger
Crítica: 
Para Heidegger, pensar a essência do homem é tomar o homem como uma coisa dada, definida, determinada. Por isso ele chama o homem de “ser-aí”, pois para ele não tem esse determinismo. Heidegger critica a tradição que tenta definir o homem e buscar sua essência.
Essa tradição que tenta definir o homem, buscar a essência além da experiência.
[Interpretação Hermenêutica: interpretar a coisa através de seus próprios referenciais da situação; entender a situação através dela mesma
Heidegger será conhecido por pensar uma fenomenologia hermenêutica. 
O heidegger vai interpretar o homem a partir de como ele se mostra.]
· Característica fundamental da daisensanalise.
Em sua obra “Ser e Tempo é fazer uma analítica do homem/ da vida. Interpretar em sua forma originária.
Heidegger diz que temos uma tendência ao encobrimento. “
De inicio e na maior parte das vezes" há uma tendência ao impessoal: é se ver como se fosse uma coisa/ente simplesmente dada.
-
Só o homem está aberto para a experiência da vida. O homem está para “fora". 
-
As coisas simplesmente são e só o homem existe, quer dizer que só o homem é aberto para o mundo. 
As coisas estão dentro do mundo, mas só o homem é dotado de mundo. O mundo é algo coligado ao homem.
O heidegger entende que o hussel fez um movimentos de reconstrução mas ele ficou fixado em um só conceito de consciência. Pensa que Husserl não suspendeu o conceito de consciência e Heidegger quer pensar em termos de homem/abertura para existência.
SER-AÍ: é o homem em relação de mundo/para o mundo, num contexto de significância. 
“As coisas são dentro do mundo, só o homem é aberto para o mundo/dotado de mundo”. 
Por isso o Heidegger cria uma palavra nova para falar do ser humano pois toda vez que fala essas palavras ele pensa em algo já dado. Ele chama o ser humano de “ser-aí".
O que Heidegger pensa com essa expressão “ser-aí” é “ser-no-mundo”.
O que diferencia os entes é o modo de ser! Por exemplo: um caderno, um cachorro, um ser humano.
O caderno não tem uma relação de sentido com o mundo; ele é fechado p mundo . O cachorro já tem uma relação mas não é que nem o ser humano . O homem é sempre para fora, seu modo de ser é esse.
Ser-com porque é impossível que ele seja sozinho.
Obs: ser-ai, ser-com e ser-no-mundo é a mesma coisa!
Dasein = ser-aí
Abertura de sentido.
Ser-com: eu sou no mundo.
Ser-aí 
A grande crítica de Heidegger é a gente não aceita as coisas como um pacote complete sempre tenta ser seletivo e ver apenas o que nos agrada. 
A gente solidificou as pessoas e tratamos tudo como se fosse a mesma coisa: objetos r pessoas
A crítica que Heidegger dar a psico tradicional é pq ela trata o homem como simplesmente dado.
A palavra homem traz uma bagagem consigo da tradição de pensamento e o que Heidegger propõe é contra essa tradição de pensamento. Na tradição, o homem entende-se como um ente individual com interioridade dotado de características próprias, determinado por questões. A crítica é contra o homem ser simplesmente dado.
O ser-aí é o modo de existir, o modo de ser do ente humano, em abertura para a existência. Sair 
Sorge = cuidado . Está falando de ser-com. Esse cuidado pode ser traduzido em interação pq se eu sou alguma coisa eu interajo com algo. 
Esse “cuidado” é a relação. 
Ser-com-> cuidado para Heidegger quer dizer que estamos “com os outros. Está no sentido de interação pq se eu sou com alguma coisa eu interajo com alguma coisa.
Sorge é uma característica de Daisen.
Relação daisen-daisen - preocupação
· substitutivo – dominador: modo de substituir o outro na tarefa que nos é mais própria; basicamente tentar tomar a decisão pelo outro/ vi de a vida do outro.
Tentativa de substituir o outro em sua tarefa que nos é mais própria, sendo ela: Viver a vida.
· Preocupação antepositivo – libertadora: é a que mais importa na clínica. É quando reconhecemos que a pessoa é outro Daisen aberto para o mundo e diferente da gente. 
Conseguir fazer com que a pessoa se veja, “virar o espelho para ela mesma”. 
Olhar o eu que a pessoa mostra e devolver isso para ela. É convocar o outro para sua responsabilidade. 
Na terapia Sustentar o pensamento meditante...
Relação daisen-coisa - ocupação