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TRABALHO LYRA - PROJETO DE PESQUISA

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO (ICSC) 
CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE PEQUISA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2017 
2 
 
NOME: ALEXSANDRO R.P. SILVA RA C7315F-0 
NOME: MÔNICA ALVES PERNA RA C7315D-3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÉTODOS DE PESQUISA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
 
3 
 
1) TEMA 
 
Mulher no Mercado de Trabalho, uma analise sobre a disparidade salarial na Cidade de São 
Paulo. 
 
2) OBJETO 
 
Nesta breve pesquisa sobre o direito da mulher, procura-se analisar os seus conceitos no 
direito ao trabalho, na qual a mulher sempre viveu num mundo machista e preconceituoso de 
supremacia masculina, com liberdade restrita anulada. Dentro de contexto histórico, a cultura 
ruída despertou uma veneração particular pela mulher durante a idade Média. 
Em relação à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), podemos mencionar que a mulher 
esteve confinada dentro do lar por milênios, sendo encarregada dos chamados trabalhos 
domésticos, acumulando funções de esposa e mãe. O fato de ela deixar essas funções era 
visto com certa apreensão, pois, com certeza, teriam que ser substituídas pelas extras 
domésticas. 
 
3) PROBLEMA 
 
O preconceito, crescente no meio social, representa um importante desafio a ser enfrentado, 
notadamente, no que tange à problemática do fracasso das leis, sobre várias proibições 
discriminatórias ao trabalho feminino. Com a adoção ampla do Princípio da Igualdade pela 
Constituição Federal obteve resultado à proibições que impedem o acesso a serviços com 
prorrogações da jornada, o trabalho insalubre, perigoso, noturno, em subterrâneos etc.. 
 
4) HIPÓTESE DE ESTUDO 
 
O fato de a mulher deixar as funções domésticas era visto com certa apreensão além disso, 
havia outros fatores que influenciavam, na opção dos homens e as mulheres deixassem o 
serviço doméstico para se dedicar ao trabalho fora do lar. Um desses atores era o receio de 
que o contato com sexo oposto viesse a tirar o recato feminino desejado, isso sem falarmos de 
certos patrões, em virtude da grande concorrência pelas vagas existentes, só davam ocupação 
em troca de regalias. Infelizmente fazem esse tipo de seleção ao qual elas por motivos 
diversos, algumas cediam. Deste modo, surgiu grande interesse por parte dos legisladores em 
criar uma legislação “protetora” do trabalho da mulher fora do lar. A preocupação dos homens 
públicos com a proteção da mulher contra a exploração de sua foça de trabalho teve seu marco 
com o decreto 21.417 de 1932 que estabelecia pontos essenciais como por exemplo, a 
igualdade salarial, sem distinção do sexo, a licença remunerada para gestantes, e a proibição 
da demissão da gestante pelo simples fato da gravidez. 
4 
 
No final de fevereiro, a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) divulgou 
dados da mulher no mercado de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo em 2015. Um 
dos pontos abordados foi a diferença dos rendimentos por hora entre os sexos no ano 
passado, e foi constatado que a mulher a reduziu em 2,5 pontos percentuais: atualmente a 
força de trabalho feminina recebe 84% do salário pago aos homens. O mercado de trabalho na 
Região Metropolitana de São Paulo é melhor do que a média nacional, com um percentual de 
55% de mulheres inseridas no mercado remunerado, contra os 46% nacionais. Isso se deve a 
causas diversas como estrutura produtiva e ocupacional melhor, mais oportunidades, além da 
questão cultural. 
Podemos, a princípio, entender como um dado positivo, certo? Porém, segundo o coordenador 
da pesquisa, o economista Alexandre Loloian, é preciso cautela na hora de celebrar, uma vez 
que a causa para isso pode ser o abalo da crise econômica, maior entre homens do que entre 
mulheres. “Há aproximações de números, como no contingente de desempregados, que foi de 
quase 50% mulheres e 50% homens; historicamente, as mulheres sempre foram maior alvo do 
desemprego. Agora, ficou mais próximo, assim como o rendimento médio. No entanto, não 
foram por causas virtuosas, pois 2015 foi um ano de crise, que atingiu mais homens que 
mulheres. Ou seja, foi porque homens tiveram piora na situação que elas chegaram mais 
próximo”, explica o economista. A aproximação de salários também se deve pelo impacto 
negativo da crise econômica nos setores de Construção e Indústria da Transformação - que 
têm a maioria de funcionários homens. 
Números que ajudam a ilustrar essa realidade desigual são vistos no rendimento médio real 
por hora. Entre as mulheres houve redução de 6,0% (R$ 10,25), interrompendo crescimento 
registrado nos últimos seis anos, enquanto que para os homens a retração foi ainda mais 
intensa, de -8,8%, passando a remunerar R$ 12,20 por hora. 
 
Igualdade só em 2086 
 
Está claro que a questão de igualdade entre gêneros é ponto urgente na agenda de entidades 
e governos (ou deveria ser!) em plenos 2016. Um dos exemplos é o Movimento Eles Por Elas 
(HeForShe) de Solidariedade da ONU Mulheres pela Igualdade de Gênero, lançado em 
setembro de 2014. Evidentemente, qualquer conquista nesse sentido é louvável. 
Questões sociais e culturais que envolvem preconceito e machismo vêm sendo discutidas por 
movimentos feministas por décadas – ganhando visibilidade com a ajuda de redes sociais – e, 
pelo que tudo indica, causando efeitos positivos. Apesar disso, ainda encontramos um cenário 
de marginalização feminina no mercado de trabalho, com números que assustam: do total da 
População Economicamente Ativa (PEA), elas ainda são minoria, 46%, e a diferença salarial no 
País chega a quase 20% entre mulheres e homens que cumprem o mesmo cargo. 
5 
 
Para ilustrar a urgência do tema, podemos destacar que o Brasil foi considerado o segundo 
pior entre os Países quando o assunto é a igualdade salarial entre os gêneros, de acordo com 
uma pesquisa que integra o Índice Global de Desigualdade de Gênero, divulgado pelo Fórum 
Econômico Mundial em novembro de 2015. E se engana quem pensa que a disparidade só 
acontece nos chamados “setores tipicamente masculinos”: mesmo costureiras ganham, em 
média, 5,5% a menos que homens que exercem a mesma função, de acordo com uma 
pesquisa da Employer, empresa especializada em RH. 
No ranking das profissões mais procuradas por mulheres brasileiras, ainda segundo a 
pesquisa, estão de Auxiliar Administrativo, Vendedor, Operador de Caixa, Recepcionista e 
Atendente. Em todas, elas têm salários menores que eles: -7%, -13,8%, -6,1%, -7,2% e -6,9%, 
nesta ordem. O maior índice de desigualdade, porém, foi registrado entre professores, com 
homens ganhando 19,6% mais do que mulheres. 
Como explicar essa discrepância nos números? A responsável pelo Salário da Employer, 
serviço focado em cargos e remuneração, Fabiana Zandroski, explica que, além das questões 
histórico-sociais de preconceito, ainda existem entraves na contratação de mulheres pela 
licença maternidade. “Enquanto a licença maternidade é de 4 meses, para o homem é de 5 
dias. Isso faz com que a responsabilidade pelo bebê caia na mulher, o que não é verdade. São 
questões que parecem bobas, mas que influenciam. Então, as empresas acabam contratando 
homens”, ressalva. 
Outro fator importante é comportamental: os homens reivindicam mais frequentemente por 
melhores salários. As mulheres tendem a evitar conflitos e, por isso, reclamam menos este 
direito. 
Porém, Fabiana é otimista e considera que há um movimento importante hoje de muitas 
empresas que buscam políticas para a igualdade, ou seja, maior conscientização. “Quando a 
empresa tem uma política bem estabelecida, ganha nas questões de rotatividade, 
competitividade. A igualdade de mercado é necessária e as corporações têm muita 
responsabilidade sobre isso”, defende. 
Embora o mercado brasileiro apresente números desafiadores,o problema é mundial: segundo 
dados da ONU Mulheres, entre as 500 maiores empresas do mundo, menos de 5% possuem 
CEOs do sexo feminino. Além disso, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirmou 
que as mulheres trabalham mais e ganham menos que os homens – e que a igualdade de 
remuneração entre gêneros só será atingida em 2086. Com isso, percebemos um cenário que 
ainda exige mudanças e quebras de paradigmas no mercado de trabalho global. 
Passos lentos, porém, reais 
 
6 
 
Olhando de maneira mais otimista, apesar dos dados que revelam um vão entre a presença 
masculina – que tem cargos mais altos, com salários maiores – e a feminina, a luta pelo 
empoderamento das mulheres no mercado já surtiu efeito em um horizonte mais longo. 
Segundo estudos sociais do IBGE, de 2004 a 2014, houve um aumento de 60% no número de 
mulheres ocupadas em trabalhos formais, o que revela a melhoria na qualidade de emprego. 
Também nesta pesquisa, o instituto mostra que o crescimento das mulheres entre a População 
em Idade Ativa (PIA) foi de 20,1%, maior do que a de homens – o que pode ser interpretado 
pela maior saída masculina do mercado (a população de homens inativos variou em 42,1% - o 
dobro entre elas). 
O economista Alexandre Loloian também aponta números que mostram a maior importância 
feminina no mercado a partir da década de 1990. “Temos muito o que melhorar, mas temos um 
patamar elevado se compararmos com estatísticas de outros países, estamos próximos da 
faixa de participação feminina em países desenvolvidos como a Inglaterra – e muito acima da 
Itália, por exemplo, com uma taxa de 37%”, destaca. “Isso mostra uma sofisticação do mercado 
brasileiro, o rompimento das barreiras culturais e o esforço individual e coletivo na busca pela 
educação”, finaliza. 
De acordo com recente trabalho do IBGE, em parceria com a Secretaria de Políticas para as 
Mulheres e o Ministério do Desenvolvimento, usando dados do Censo de 2010, comparados 
aos de 2000, a participação das mulheres com idade ativa (16 anos ou mais) no mercado de 
trabalho cresceu de 50% (2000) para 55% (2010), enquanto a participação dos homens caiu de 
80% para 76%. Essa diferença de participação entre homens (76%) e mulheres (55%) indica 
que há um contingente potencial de mulheres que pode ingressar no mercado de trabalho e 
continuar responsável pelo vigor futuro da formação da força de trabalho do país. O 
crescimento da participação é maior para aquelas com mais de 30 anos, assim como a 
participação das que vivem nas cidades (56%) é superior à das que vivem no meio rural (46%). 
O ingresso da mulher no mercado de trabalho é uma transformação estrutural na composição 
da força de trabalho e é responsável por criar ambiente favorável para outras mudanças na 
situação de desigualdade de oportunidades. 
A formalidade cresceu no mercado de trabalho brasileiro. Para as mulheres o nível de 
formalização passou de 51% para 58% e a dos homens de 50% para 59%. É provável que o 
emprego doméstico explique parte desse movimento menos intenso de formalização entre as 
mulheres, pois as trabalhadoras domésticas correspondiam a 15% das mulheres que 
trabalhavam (em 2000 eram 19%). O registro em carteira de trabalho cresceu de 37% para 
47% da força de trabalho masculina e para a feminina, foi 33% a 40%. 
As mulheres estudam mais e têm maior nível de instrução, mas possuem formação em áreas 
que pagam menores salários e ocupam postos de trabalho com menor remuneração. É 
recorrente ainda observar salários menores para mulheres que ocupam funções idênticas às 
7 
 
dos homens. Em 2010, o rendimento médio era de R$ 1.587 para eles e de R$ 1.074 para elas, 
o que corresponde a 68% da remuneração masculina. As diferenças diminuem nas maiores 
cidades e na maioria das capitais brasileiras. A remuneração média do Nordeste é 43% menor 
que a do Sudeste (R$ 881 contra R$ 1575). O rendimento médio das negras ou pardas (R$ 
727) representa 35% do rendimento médio do homem branco (R$ R$ 2.086). O rendimento 
médio das mulheres rurais é de R$ 480, inferior ao salário mínimo da época, de R$ 510. 
No período analisado, dobrou o número de domicílios que tinham as mulheres como 
responsáveis. Em 2000, eram 11 milhões (24,9%), em 2010, eram 22 milhões, o que 
corresponde a 38,7% dos domicílios comandados por mulheres. Nas famílias de casal com um 
filho, as mulheres são chefes em 24% dos casos (e 23% nos casos de famílias sem filhos). 
Elas são ainda responsáveis por 87% das famílias formadas por responsável sem cônjuge e 
com filho. 
DESIGUALDADES DE GÊNERO E RAÇA DA MULHER DE TRABALH O BRASILEIRO 
O movimento feminista depois de muitas lutas, conseguiu conquistar alguns direitos e quebrar 
algumas barreiras sociais, porém, a atual situação das mulheres negras, ainda não sofreu 
muitas alterações significativa. No mercado, as mulheres ainda ocupam cargos inferiores em 
relação aos homens, isto se comprova através de estudos e pesquisa, revelando, que para 
elas alcançarem os mesmos cargos que os homens, em empregos formais, necessitam de uma 
vantagem de cinco anos de escolaridade. Esses dados agravam-se quando relacionados às 
mulheres negras, que necessitam de oito a onze anos de estudo a mais, em relação aos 
homens. A disseminação de trabalhos que a sociedade e a mídia impõem, sempre subalternos, 
desvalorizado, diante da fomentação salarial, que ás enquadra, gerando qualidade de 
vida social baixa. 
As mulheres não-negras, quando comparadas às negras, encontram-se, na sociedade 
brasileira, maiores facilidades de enfrentar os obstáculos, que engajam as desigualdades de 
gênero no mercado, inclusive ao acesso à educação e ao trabalho. As evidências empíricas 
coletadas, mostrar que, apesar das transformações ocorridas na direção da democratização 
social e do aprimoramento das legislações, direcionada a eliminar as violações dos direitos e 
da igualdade racial, persistem aí os mecanismos discriminatórios com relação a mulher e entre 
as mulheres, sendo as negras duplamente discriminadas e severamente prejudicadas 
socialmente e psicologicamente. 
“As mulheres negras são a parcela mais pobre da sociedade brasileira, as que possuem a 
situação de trabalho mais precária, têm os menores rendimentos e as mais altas taxas de 
desemprego. São também as que têm maior dificuldade de completar a escolarização, além de 
possuir chances ínfimas de chegar a cargos de direção e chefia. 
8 
 
As conclusões acima são de uma edição especial do boletim do Dieese (Departamento 
Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), intitulada “Mulher Negra: dupla 
discriminação nos mercados de trabalho metropolitanos”, lançada dentro das atividades do Dia 
da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro. “As mulheres negras são a 
síntese da dupla discriminação de sexo e cor na sociedade brasileira”, observa o Dieese. O 
boletim apresenta um importante conjunto de indicadores e dados sobre as mulheres negras 
no mercado de trabalho, tendo como referência o biênio 2001-2002. São estudados o Distrito 
Federal e as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e São 
Paulo, por meio da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). 
Em todas as regiões analisadas, as taxas de desemprego total são mais elevadas para as 
mulheres negras: Belo Horizonte (22,2%), Distrito Federal (25,6%), Porto Alegre (24,5%), 
Recife (25,7%), Salvador (31,3%) e São Paulo (26,2%). Na capital gaúcha, cuja taxa de 
desemprego é a mais baixa dentre as regiões (15%), as mulheres negras sem emprego 
representam 24,5%. Em Salvador, onde a maioria dos trabalhadores é negra, as mulheres 
negras representam 31,3% e os homens não-negros, 16%. 
Apesar de distribuição desigual, em comum as regiões têm o fato de as mulheres negras 
serem as que detêm as maiores taxas de desemprego e permanecem por mais tempo 
desocupadas. “Quando obtêm trabalho, lhes são reservadas ocupaçõesde menor qualidade, 
status e remunerações”, afirma o Dieese. “Engajadas em ocupações caracterizadas pela 
precariedade e enfrentando dificuldades para ascensão em suas carreiras profissionais, as 
afrodescendentes apresentam remunerações substancialmente mais baixas que os demais 
segmentos da população.” No conjunto das regiões analisadas, os ganhos das negras ficaram, 
em média, 60% mais baixos do que os homens não-negros. Essa disparidade assumiu maiores 
proporções em Salvador, aonde essa distância chegou a 69%. 
Quando empregadas, as mulheres afrodescendentes também enfrentam mais dificuldades do 
que qualquer outro grupo na sociedade. “É ínfima a probabilidade de uma afrodescendente 
galgar, em sua carreira profissional, cargos de direção e chefia”, diz o boletim. No conjunto das 
regiões analisadas, a maior proporção de negras em cargos desta natureza encontra-se no 
Distrito Federal (12%). 
Por outro lado, há uma preponderância de negras na atividade doméstica, tida como 
desvalorizada. A proporção entre as não-negras neste tipo de trabalho fica em torno de 13%, 
contra 30% das negras, em São Paulo. As mulheres negras também apresentam maior 
dificuldade para completar a escolarização. Em São Paulo, apenas 6% das negras, em 2001-
2002, haviam concluído o ensino superior, contra 26,2% de não-negras. 
“As informações sistematizadas neste estudo revelam que a desigualdade social no Brasil, 
entre outros fatores, está fortemente calcada em mecanismos discriminatórios”, conclui o 
estudo. “Esses mecanismos foram amplificados pela crise econômica que atingiu recentemente 
9 
 
o País, tornando ainda mais difícil a inserção na vida produtiva das mulheres e dos 
trabalhadores negros.” 
5) OBJETIVOS 
 
A mulher esteve adormecida durante várias décadas, aceitando a situação de dependência. A 
sua luta, inicialmente, foi esparsa, personagens solitários rebelavam-se contra essa situação; 
porém hoje, a mulher tem plena consciência de seu potencial, dos seus direitos e demonstra 
seu grande valor como cidadã, como mãe, como trabalhadora. A lei tem quebrado barreiras, 
conceitos e preconceitos e a sociedade como um todo precisa se engajar nessa luta que é de 
todos. O objetivo deste trabalho é analisar criticamente e construir novos conhecimentos à luz 
do princípio da dignidade da pessoa humana, com vistas à preservação dos direitos humanos, 
especialmente, à promoção da inclusão social a partir dos estudos realizados. 
 
Constituem objetivos específicos do projeto: 
- Discutir sobre os vários temas envolvidos como: proibições discriminatórias ao trabalho 
feminino, 
- identificar as relações entre Direito e Mulher; 
- discutir sobre os vários temas envolvidos: situações emergentes e persistentes; 
- criticar, em especial, os contextos de exclusão social estudados pela Constituição. 
 
6) JUSTIFICATIVA 
 
A justificativa do presente trabalho perpetua na sua contribuição ao estudo da importância que 
são os problemas preconceituosos que as mulheres sofreram ao longo do tempo e ainda 
sofrem no âmbito do trabalho por sua fragilidade de acharem que não são capazes de praticar 
atividades como os homens, bem como os motivos que levam uma pessoa a deixar o 
preconceito e mudar os conceitos sobre a mulher no mercado de trabalho. 
Apesar das leis civis, constitucionais e trabalhistas serem voltadas para a proteção dos direitos 
da mulher, podemos perceber na prática que, apesar de todo este aparato legal, a mulher 
ainda não conseguiu ver os seus direitos plenamente respeitados. As barreiras culturais têm-se 
mostrado mais fortes do que as leis criadas para elevar a mulher a sua real posição de 
igualdade intelectual, civil, trabalhista e ao pleno exercício da cidadania. 
 
7) PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
Os estudos serão baseados em pesquisa exploratória, envolvendo levantamento documental e 
bibliográfico, com a utilização de obras de renomados autores. A pesquisa será, a princípio, 
quantitativa, podendo vir a ser qualitativa, a depender do desenvolvimento dos projetos dos 
acadêmicos envolvidos nos grupos de pesquisa. 
10 
 
 
8) CRONOGRAMA 
 
9 10 11 12 1 2 3 4 5
x x x x x x x x
x x x x x x
x x x x
x x x x
x x x x
x x
PROJETO E INTRODUÇÃO CAPITULOS 1 e 2
PROJETO E INTRODUÇÃO CAPITULOS 3 a 8
CONCLUSÃO
2016 2017 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
ATIVIDADES
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
REDAÇÃO DO PROJETO
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA BIBLIO.
 
 
9) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Agência Brasil. Licença maternidade estendida completa 6 meses sob críticas e aplausos. 
Disponível: http://jc.uol.com.br/canal/cotidiano/nacional/noticia/2009/03/08/licencamaternidade-
estendida-completa-6-meses-sob-criticas-e-aplausos-181250.php . 
 
Brasil é país com maior diferença salarial entre homens e mulheres. Disponível em 
http://economia.uol.com.br/ultnot/efe/2009/03/04/ult1767u141428.jhtm . 
 
CALIL, Léa Elisa Silingowschi. História do direito do trabalho da mulher: aspectos histórico-
sociológicos do início da República ao final deste século. São Paulo, Ltr, 2000 
 
__________. Direito do Trabalho da Mulher: A questão da desigualdade jurídica ante a 
desigualdade fática. São Paulo: Ltr, 2007 
 
 Art. 400 da CLT 
 
http://economia.ig.com.br/2016-03-08/diferenca-salarial-entre-homens-e-mulheres-cai-em-sao-
paulo-devemos-comemorar.html 
 
A mulher negra no mercado de trabalho. In: Revista Estudos Feministas. IFCS/UFRJ & 
PPCCIS/UERJ. Rio de Janeiro, v. 3 n.2, p. 479-488,1995. 
BERNARDO, Terezinha. Memória em branco e negro: um olhar sobre São Paulo. São Paulo: 
Educ, 1998. 
11 
 
DIEESE/SEADE e entidades regionais. Biênio 2001 – 2002. PED Pesquisa de Emprego e 
Desemprego. 2002. 
DIEESE,Estudos e pesquisa. A mulher negra no de trabalho metropolitano. Ano 2, 14 de 
novembro de 2005. 
IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Síntese dos Indicadores 
Sociais. Estudos e Pesquisas. Informação demográfica e socioeconômica 11. 2002. 
In: www.dieese.org.br/estpesq14112005_mulhernegra.pdf, 
15:35,20/11/2009.

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