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TCC - AS MULHERES E O MERCADO DE TRABALHO

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CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO 
 
ANA CLÁUDIA ROVEROTO DE MORAIS 
EDUARDO FRACETTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS MULHERES E O MERCADO DE TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPIVARI - SP 
2015
 
 
ANA CLAUDIA ROVEROTO DE MORAIS 
EDUARDO FRACETTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS MULHERES E O MERCADO DE TRABALHO 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Instituto Federal de 
Educação, Ciências e Tecnologia de São 
Paulo, como exigência parcial para 
obtenção do diploma do Curso Técnico 
em Administração. 
 
Orientador: Prof. Hermínio Costa Junior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPIVARI - SP 
2015
 
 
ANA CLAUDIA ROVEROTO DE MORAIS 
EDUARDO FRACETTO 
 
 
 
 
 
 
 
AS MULHERES E O MERCADO DE TRABALHO 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Instituto Federal de 
Educação, Ciências e Tecnologia de São 
Paulo, como exigência parcial para 
obtenção do diploma do Curso Técnico 
em Administração. 
 
Orientador: Prof. Hermínio Costa Junior 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
______________________________________________ 
Prof.ª Esp.ª Tânia Cristina Lemes Soares Pontes 
 
______________________________________________ 
Prof.ª Mª Marlette Cássia Oliveira Ferreira 
 
______________________________________________ 
Prof. Esp.ª Carlos António Carvalho Costa 
 
 
 
 
 
 
 
CAPIVARI - SP 
2015
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este trabalho 
primeiramente a Deus, pelo privilégio de 
estarmos graduando, e aos nossos 
familiares, por todo apoio prestado.
 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradecemos intensamente a Deus que esteve conosco nos abençoando e 
nos fortalecendo para que concluíssemos esse trabalho. 
Agradecemos aos tutores e professores que nos enriqueceram com 
sugestões, direcionando-nos para uma boa conclusão de trabalho aqui apresentado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O dever é uma coisa muito pessoal; decorre 
da necessidade de se entrar em ação, e não 
da necessidade de insistir com os outros 
para que façam qualquer coisa. 
Madre Teresa de Calcutá
 
 
RESUMO 
O presente trabalho irá abordar a história da introdução da mulher no mercado de 
trabalho, considerando toda a trajetória e evolução dos aspectos, desde a vida 
doméstica de anos atrás, até os dias de hoje nas carreiras profissionais. Tendo 
como um dos principais objetivos verificar como a mulher está inserida no mercado 
de trabalho atualmente, podendo assim levantar dados para responder tal questão, 
pontuando os diferentes momentos da história, os contextos sociais, culturais, 
econômicos e, por fim, as desigualdades e preconceitos enfrentados por elas. A 
ênfase será em qual espaço a mulher ocupa no mercado, demonstrando a sua 
participação e a capacidade de competição em relação ao mercado de trabalho 
como um todo. Demonstraremos os desafios para a mulher chegar a um cargo de 
administradora de uma grande empresa e também aquelas que já nascem com o 
dom do empreendedorismo e partem para a alternativa de abrir o seu próprio 
negócio, podendo esta ser uma autônoma e com muito esforço se tornar uma 
microempresária de sucesso, almejando voos mais altos e o crescimento do seu 
empreendimento. 
 
Palavras-chave: Mulher. Mercado. Trabalho. Evolução. Desigualdade. 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9 
2. PROBLEMÁTICA .............................................................................................. 11 
2.1. Objetivos .................................................................................................... 11 
2.1.1. Objetivo Geral .................................................................................... 11 
2.1.2. Objetivos Específicos ........................................................................ 11 
2.2. Metodologia ............................................................................................... 12 
3. Como a mulher está inserida no mercado de trabalho atualmente? ........... 13 
3.1. A trajetória da mulher no mercado de trabalho ...................................... 13 
3.2. Contribuições feministas ......................................................................... 14 
3.3. O trabalho feminino e as leis trabalhistas .............................................. 14 
3.4. As mulheres e suas jornadas................................................................... 15 
3.5. Mulheres inexistentes em 2015................................................................ 16 
3.6. Humilhações e Assédios .......................................................................... 17 
3.7. O mercado de trabalho para a mulher nos dias atuais .......................... 19 
3.8. Mulheres em cargos estratégicos ........................................................... 21 
3.9. Mulheres Poderosas ................................................................................. 22 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 24 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25 
 
 
 
 
9 
 
1. INTRODUÇÃO 
Desde os tempos primordiais da história da humanidade o ser humano se 
organiza socialmente, ou seja, cada indivíduo tem uma função social, assim, até 
pouco tempo, o papel da mulher na sociedade era o de cuidar do bem estar da sua 
família e de sua casa, enquanto o homem era o provedor do lar, o chefe da família. 
Apenas algumas mulheres viúvas, ou desfavorecida financeiramente, vendiam doces 
ou passavam roupas para outras famílias, para poderem ganhar algum dinheiro e, 
assim, sustentarem seus lares. 
Ainda assim, esse papel denominado para mulher era pequeno e restrito a 
sua capacidade, elas queriam mostrar que eram capazes de trabalhar e, de fato, 
fazer a diferença no mercado de trabalho. E na virada do século XX, a mulher 
começou a trabalhar, porém em péssimas condições, iniciando assim as lutas destas 
mulheres por melhores condições, direitos e, principalmente, uma busca para se 
firmar no mercado. 
Contanto, esta questão abordada trata-se de um problema de cunho social e 
cultural de grande relevância, onde a participação da mulher no mercado de trabalho 
é minoritária e discriminatória. Assim, através dos anos podemos verificar toda a 
trajetória da mulher, do lar até o mercado de trabalho, identificar as desigualdades, 
destacar a dupla jornada que estas executam, valorizar o papel desempenhado por 
elas socialmente, economicamente e culturalmente. 
Contudo o processo de introdução da mulher no mercado foi lento e, apesar 
de tantas lutas e vitórias, surge a seguinte questão: atualmente, como a mulher está 
inserida no mercado de trabalho? 
Hoje em dia as lutas não acabaram e o maior desafio ainda é o preconceito, 
que envolve também o aspecto da desigualdade entre gêneros. Portanto, a luta da 
mulher é para que ocorra uma mudança de valores da sociedade, buscando serem 
valorizadas pela sua contribuição no mercado de trabalho, atingindo assim seu maior 
objetivo, que é de ser tratada igual aos homens perante o mercado de trabalho. 
Por fim, a problemática da luta da mulher no mercado vai além de mostrar 
que elas podem trabalhar, traz como marca a sua vontade de desmistificar com a 
ideia de ser o sexo frágil, é o propósito de ter sua autonomia, de ressaltar seu 
desempenho e assim de ser independente. Trazendo como objetivo maior, findar 
com os estereótipos e perpetuar na sociedade sua importância enquanto mãe, 
esposa, empregada e empregadora, de acordo com suas próprias escolhas. 
10 
 
O primeiro capítulo conta como foram o desenvolvimento da problemática, os 
objetivos que o trabalho busca atingir e o método de pesquisa que fora adotado para 
a elaboração deste trabalho. 
O segundocapítulo apresenta fatos históricos de como foi a trajetória da 
mulher no mercado de trabalho, desde os tempos antigos, até os dias atuais, 
passando pelos desafios enfrentados, os preconceitos sofridos, as repressões, 
humilhações e lutas. 
Nele apresentam-se também fatos dos direitos e conquistas das mulheres, 
como as leis, as contribuições dos grupos feministas, as mulheres que viraram 
chefes e adquiriram cargos estratégicos, e também as poderosas que passaram por 
muitas lutas e hoje “dominam o mundo”. 
11 
 
2. PROBLEMÁTICA 
O tema deste trabalho possui como problemática “atualmente, como a mulher 
está inserida no mercado de trabalho?”. 
A questão que será abordada trata-se de um problema social e cultural de 
grande relevância, onde a participação da mulher ainda é minoritária e 
discriminatória. Assim, surge como base a seguinte questão: como as mulheres 
estão inseridas no mercado de trabalho? 
Partindo desta premissa, temos como objetivo desmistificar a ideia de que 
mulher tem como perfil apenas os trabalhos domésticos, e que sim, elas são 
realmente capazes de desempenhar funções que alguns ainda denominam como 
masculinas. 
 
O ingresso das mulheres no mercado de trabalho se deu de forma 
intensa, a partir da Revolução Industrial, quando a necessidade de 
complementação da renda familiar fez com que elas fossem 
introduzidas no trabalho remunerado de maneira forçada, sendo 
obrigadas a aceitarem desempenhar tarefas penosas e mal 
remuneradas (GIRÃO, 2001). 
 
Essa problemática envolve uma trajetória de anos de muitas lutas, mas 
também de realizações profissionais para as mulheres que executam jornadas 
duplas, ou seja, em casa e no ambiente de trabalho. 
Portanto, ressalta-se o papel da mulher no contexto do mercado de trabalho 
como profissional, seja em qualquer área, isto é, findar com os estereótipos e sem 
omitir a importância da representação social enquanto mães e esposas. 
 
2.1. Objetivos 
 
2.1.1. Objetivo Geral 
O presente estudo tem como objetivo geral compreender e analisar como a 
mulher está inserida no mercado de trabalho atualmente, ou seja, demonstrar a 
participação e a capacidade de competição da mulher em relação ao mercado de 
trabalho. 
 
2.1.2. Objetivos Específicos 
O objetivo específico do estudo trata-se de explorar a trajetória do lar até o 
mercado de trabalho, identificar as desigualdades de gênero, validar os direitos 
12 
 
adquiridos por lei, destacar mulheres enquanto líderes e consolidar sua importância 
socialmente. 
Portanto, os objetivos da pesquisa visam realçar o valor da mulher para a 
sociedade em todas as dimensões, enquanto esposa, mãe, empregada e 
empregadora. 
 
2.2. Metodologia 
Este trabalho utilizará os métodos de pesquisa bibliográfica, explicativa e 
qualitativa, pois possui o intuito de compreender um fato social, de forma que se 
possa entender como a mulher está inserida no mercado de trabalho atualmente, a 
fim de explicar essa realidade, e com o objetivo de identificar e desmembrar todos os 
aspectos que envolvem essa questão de fator social, ampliando a percepção deste 
“sexismo”. 
Assim, por meio da pesquisa bibliográfica, buscaremos coletar dados, visando 
entender as causas e efeitos dessa questão social que vem dos primórdios da 
história. 
13 
 
3. Como a mulher está inserida no mercado de trabalho atualmente? 
 
3.1. A trajetória da mulher no mercado de trabalho 
Antigamente os homens desempenhavam as funções de garantir o sustento 
de sua família, ou seja, era o homem quem trabalhava fora, e assim, as mulheres 
apenas cuidavam do bem estar de sua família e da organização da casa. Para a 
mulher, a ideia de trabalhar era inexistente, pois esta era acostumada à situação de 
pertencer e de servir ao seu pai, enquanto solteira, e posteriormente ao seu marido. 
 
A participação da mulher no mercado de trabalho teve início com as I 
e II Guerras Mundiais. Os homens iam para as batalhas e as 
mulheres assumiam os negócios da família, consequentemente a 
posição de seus maridos no mercado. Quando a guerra acabou, 
muitos homens haviam morrido, e os que sobreviveram, ficaram 
impossibilitados de trabalhar, pois tinham sido mutilados. Dessa 
forma, houve a necessidade de as mulheres deixarem suas casas e 
filhos para passarem a fazer o trabalho que antes era realizado pelos 
homens. (PROBST, 2003, p.1, apud ASSIS. 2009, p.3). 
 
Assim, por esse fato, as mulheres foram em busca de alternativas para 
sustentar suas famílias e começaram a trabalhar vendendo doces, passando roupas 
para outras famílias, mas apenas por serem menos favorecidas financeiramente e 
não terem outra forma de renda, pois até então esta era a obrigação exclusiva do 
homem. 
Entretanto, a partir da década de 1970, devido à expansão da economia, a 
urbanização e o ritmo acelerado da industrialização, estes fatores favoreceram a 
entrada dos trabalhadores no mercado de trabalho, e também das mulheres. 
Portanto, são nos anos 70 que começa, de fato, a luta feminina para 
conquistar seu espaço no mercado de trabalho e mostrar seu valor e capacidade. E, 
por conseguinte, quebrar um paradigma cultural e social. 
Foi neste período que a mulher começou a desenvolver um trabalho diferente, 
que não fosse com aquele de vender doces, fazer serviços domésticos ou cuidar dos 
filhos de outras famílias. Mesmo assim, até nos dias atuais, a mulher tem batalhas 
diárias para entrar e permanecer no mercado, pois, apesar de todos os esforços, a 
mulher ainda é discriminada e sua participação no mercado de trabalho continua 
minoritária. 
 
14 
 
3.2. Contribuições feministas 
A busca por um espaço na sociedade foi longa, a mulher não atuava na área 
econômica, política, cultural, esportiva e social. E ao longo do tempo, aos poucos, a 
mulher foi conquistando suas vitórias. 
Assim, o movimento feminista foi preponderante para todas as conquistas, por 
incentivar mulheres a saírem da prisão domiciliar em que viviam e, assim, acabar 
com uma sociedade machista. 
 
As conquistas das mulheres no mercado de trabalho se deram pelo 
empenho, organização e luta do movimento feminista, que exerce 
forte liderança nos embates em busca dos direitos das mulheres no 
mundo. Desde a efervescência das lutas, a partir dos anos 60, o 
feminismo passa a ser visto como um movimento social que vem 
trazendo contribuições consideráveis para a história das mulheres. 
(NOGUEIRA, 2001, apud LAUSCHNER; CAVALCANTE; TORRES. 
2011, p.5). 
 
O movimento tinha como objetivo dar autonomia a mulher e alcançar direitos 
como da educação, de votar, de trabalhar, a questão da violência contra a mulher, 
entre outros. Até mesmo o uso de anticoncepcional é uma vitória para mulher. 
Uma das maiores conquistas foi a data de 08 de março ser o dia internacional 
da mulher, em homenagem às mulheres que, nesta data, no ano de 1857, enquanto 
faziam uma greve por melhores condições de trabalhos, aproximadamente 13 
mulheres morreram queimadas na cidade de Nova Iorque. A oficialização desta data 
pela ONU tem como objetivo propor maiores debates nos países a fim de acabar 
com o preconceito e a desvalorização da mulher na sociedade. 
Um marco histórico para as mulheres brasileiras foi o ano de 1932, quando 
adquiriram o direito de votar e serem votadas para cargos executivos e legislativos. 
Atualmente somos um país que desde 2010 é governado por uma mulher, a 
presidenta Dilma Rousseff. 
Ainda hoje são realizadas marchas e protestos em prol dos direitos das 
mulheres que, mesmo com direitos garantidos por leis, são coagidas, oprimidas e 
vítimas de alguns que vivem do passado. 
Portanto, o movimento feminista é o símbolo da busca pela liberdade, 
autonomia e independência da mulher. 
 
3.3. O trabalho feminino e as leis trabalhistas 
A revolução industrial foi um marco para as relações de trabalho em todos os 
15 
 
sentidos, seja no âmbito tecnológico, econômico e até mesmo impulsionando osurgimento dos direitos trabalhistas. Antes disso, os trabalhadores não tinham 
direitos, apenas deveres, e desta forma trabalhavam em condições miseráveis, eram 
explorados, maltratados, etc. 
Nesse período no Brasil, a situação era de salários miseráveis, jornadas 
excessivas de trabalho de até dezoito horas por dia, sem férias, sem aposentadoria, 
condições insalubres, normas rígidas e, por fim, maus tratos. Além do que, se não 
era bom para os homens, para as mulheres ainda tinha a questão de receberem 
menos, por serem consideradas inferiores aos homens. 
E assim, começou uma reação dos operários para obterem melhores 
condições de trabalho e, por conseguinte, começam a ter alguns diretos. No Brasil, a 
era de Getúlio Vargas transformou o direito de trabalho, que além de unificar as 
legislações existentes, inseriu de forma definitiva os direitos dos trabalhadores. 
Assim, as mulheres, que também são trabalhadoras, adquiriram o direito de proteção 
no trabalho pelas leis. Esse fato também pode ser considerado um grande avanço 
para a mulher, que nem sempre fora tratada como igual, e assim a constituição 
visava assegurar alguns direitos devido a particularidades das condições físicas, 
psíquicas e morais da mulher. 
Dos principais direitos conquistados, destacam-se a igualdade salarial sem 
distinção de sexo, proibição de trabalho noturno e em condições insalubres, a 
licença maternidade remunerada, que era de quatro semanas antes e depois do 
parto, assistência médica e sanitária e a instituição da previdência a favor da 
maternidade. A CLT de 1934 foi precursora para a constituição de 1988, que 
estendeu para 120 dias de licença maternidade remunerada, garantiu a estabilidade 
da mulher proibindo que ela fosse demitida em função da gravidez. 
Portanto, a mulher trabalhadora faz valer os direitos conquistados por leis que 
visam a sua proteção e bem estar no exercício do trabalho, e principalmente a 
constituição a valoriza como cidadã, proporcionando desempenhar o seu papel na 
sociedade de forma igualitária, independente do seu sexo. 
 
3.4. As mulheres e suas jornadas 
Muitas mudanças ocorreram com o passar do tempo e, de fato, as mulheres 
estão fazendo valer os seus direitos, destacando-se no mercado de trabalho e, 
dessa forma, buscando conquistar cada vez mais espaço. Entretanto, se toda a luta 
16 
 
das mulheres assegurou a elas o direito de trabalharem fora de casa, ainda assim 
não as inibiu das responsabilidades com seus lares e seus filhos. 
Antigamente as mulheres eram responsáveis por cuidar do seu lar, afazeres 
domésticos, maridos e filhos. Hoje, as mulheres somam tudo isso com um emprego 
fora de casa. 
 Atualmente as mulheres enfrentam o desafio de conciliar todas as suas 
funções enquanto mãe, esposa e profissional, visto que sua jornada não começa no 
horário de entrada no trabalho e muito menos termina no fim do expediente. Muitas 
mulheres começam a sua rotina diária muito cedo, a fim de adiantar seus afazeres 
domésticos, vão para o trabalho e quando chegam ainda existem tarefas a serem 
realizadas. 
Segundo os indicadores sociais de 2009 do IBGE, quase 90% das mulheres 
que “trabalham fora” declararam que cuidam também dos afazeres domésticos, 
contra 46,1% dos homens na mesma situação. A diferença continua no tempo que 
os entrevistados disseram dedicar a essas tarefas: enquanto eles gastam em média 
9,2 horas por semana, elas comprometem 20,9 horas semanais. A carga horária 
feminina de afazeres domésticos equivale a ter um segundo emprego de meio 
período, sem receber nada. 
A questão das mulheres saírem de seus lares e participarem do mercado de 
trabalho, não foi conduzida ao ponto de nivelar as funções entre homens e mulheres 
dentro de casa. Essa sobrecarga ainda acontece pelo fato de não haver uma 
mudança na mentalidade da sociedade, as mulheres podem trabalhar, mas não 
podem se livrar das funções que são consideradas de suas responsabilidades para 
com seus companheiros. 
Contanto, as mulheres vêm se desdobrando para conseguir administrar e 
realizar a sua jornada tripla da melhor forma possível, uma vez que as mulheres 
contemporâneas aceitam os desafios e submetem a sacrifícios para enfrentá-los, 
com o intuito maior de demonstrar sua capacidade, habilidade e valor. 
 
3.5. Mulheres inexistentes em 2015 
Ainda hoje, no ano de 2015, existem países no mundo em que a mulher é 
inexistente para a sociedade, sendo consideradas inferiores aos homens e dessa 
forma não possuem nenhum direito, apenas o dever de obedecer, seja seu pai ou 
seu marido. Mesmo com os progressos e avanços no decorrer do tempo, até agora 
17 
 
nos deparamos com mulheres que não votam, não trabalham, não dirigem, não 
estudam, nem mesmo podem escolher seus maridos e saírem sem a permissão dos 
mesmos. 
Por dogmas religiosos e pensamentos ultrapassados, as mulheres são 
oprimidas, coagidas diariamente, sofrendo ameaças, abusos, humilhações, enfim, 
todo tipo de agressão física, psicológica e moral. A problemática maior é que todo 
esse sofrimento é silencioso, as mulheres suportam caladas a toda essa violência. 
Países como Iêmen, Guiné, Paquistão, Iraque, Congo, Líbano, Arábia 
Saudita, Índia, Rússia, ainda são lugares onde existem leis discriminatórias e 
restritivas em relação às mulheres. Em uma sociedade moderna que a todo o 
momento descobrimos, inventamos, transformamos tudo ao nosso redor, ainda 
vemos sociedades que vivem sobre traços da antiguidade. Para combater essa 
brutalidade, diversas ONGs têm denunciado esses países, em busca dos direitos 
humanos. 
O que mais assusta nesta realidade é que nesses países, onde as mulheres 
são tratadas de forma vexatória, tudo ocorre legalmente. São sociedades machistas 
que, por meio das leis que os impedem de serem punidos, usam e abusam das 
mulheres com atos hostis, cruéis que chegam a causar danos irreversíveis, tanto 
físicos, quanto psicológicos. 
 
3.6. Humilhações e Assédios 
A questão do assédio trata-se de um problema recorrente no ambiente de 
trabalho. Todos os dias são julgados casos de pessoas que sofreram com isso. O 
assédio pode ser classificado como moral ou sexual. 
Sergio Gamonal e Pamela Prado definem o assédio moral como sendo o 
 
processo constituído por um conjunto de ações ou omissões, no 
âmbito das relações de trabalho públicas e privadas, em virtude do 
qual um ou mais sujeitos assediadores criam um ambiente laboral 
hostil e intimidatório em relação a um ou mais assediados, afetando 
gravemente sua dignidade pessoal e causando danos à saúde dos 
afetados com vistas a obter distintos fins de tipo persecutório”. 
(GAMONAL, Sergio. 2006, p. 29, apud PEDUZZI. 2007, p. 2) 
 
Já o assédio sexual, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 
são atos, insinuações, contatos físicos forçados, convites impertinentes, desde que 
apresentem uma das características a seguir: ser uma condição clara para manter o 
18 
 
emprego; influir nas promoções da carreira do assediado; prejudicar o rendimento 
profissional, humilhar, insultar ou intimidar a vítima; ameaçar e fazer com que as 
vítimas cedam por medo de denunciar o abuso; oferta de crescimento de vários tipos 
ou oferta que desfavorece as vítimas em meios acadêmicos e trabalhistas entre 
outros, e que no ato possa dar algo em troca, como possibilitar a intimidade para ser 
favorecido no trabalho. 
A questão do assédio não é exclusividade das mulheres, entretanto são as 
maiores vítimas por serem julgadas fracas e inferiores, sendo o assédio sexual mais 
acentuado e um dos principais problemas enfrentados por elas no exercício do 
trabalho. Para constar este fato, dados da OIT revelam que 52% das mulheres ativas 
já foram assediadas sexualmente, independentes de classe social, idade, profissão, 
ente outros. 
O assédio sexual passou a ser considerado crime em 2001 e com pena de 
detenção de um a dois anos para quem pratica o ato, o maisagravante dessa 
situação, envolvendo qualquer tipo de assédio, é que muitas mulheres ainda não 
denunciam por medo e ficam à mercê de tais criminosos que aproveitam a situação. 
Diferente do que muitos pensam o assédio sexual vai além do ato físico em si, 
podem ser consideradas também cantadas, piadinhas e comentários. Já o assédio 
moral são críticas constantes, ridicularizar, ironizar, delegar funções sem sentido, 
etc. Paras as mulheres em relação à maternidade e gestação, podem apresentar 
situações como controle do tempo e frequência com que utiliza o banheiro, impedir 
que se leve o filho (a) ao médico ente outros. Constantemente as mulheres sofrem 
os dois tipos e muitas vezes ao mesmo tempo. 
O assédio moral traz como medida o pagamento de indenização para a 
vítima, nos dois casos a punição trata-se de justiça. Contanto, podem causar danos 
severos tanto física quanto psicologicamente para as vítimas, e esses não se podem 
reparar tão facilmente. Os principais sintomas são estresse, depressão, 
distúrbios do sono, ansiedade, tremores, entre outros. 
No século XXI, a mulher ainda está inserida em um contexto machista e 
opressor, sendo tratada de forma desumana. A luta da mulher ainda está longe de 
acabar, mesmo com leis, ainda enfrentam uma realidade muito triste. Portanto, é 
crucial as mulheres serem conhecedoras dos seus direitos. 
 
19 
 
3.7. O mercado de trabalho para a mulher nos dias atuais 
A mulher vem conquistando seu espaço no mercado de trabalho e adquirindo 
cada vez mais sua independência financeira, além de conquistar cargos superiores e 
de grande importância, como diretorias, chefias e até presidências, tanto no âmbito 
nacional quanto no internacional. 
Porém, ainda há um problema que persiste em existir, a diferença salarial 
entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo ou nível de trabalho. Esta 
diferença chega a bater a casa dos 30% a menos para as mulheres que ocupam a 
mesma função dos homens. 
A diferença entre homens e mulheres para vagas de emprego vem diminuindo 
com o passar dos anos, um exemplo no Brasil é na empresa de tecnologia Microsoft 
que, segundo sua gerente de recursos humanos, Daniela Sícoli, possui atualmente 
30% de mulheres no corpo de funcionários da empresa, sendo que há oito anos, 
esse número não ultrapassava a marca dos 22%. 
Segundo a empresa Catho, que atua como uma agência de empregos na 
internet, do ano de 2002 até hoje, a participação da mulher em cargos de liderança 
das empresas teve um aumento de 109,93%, dentre estes cargos, os que mais 
cresceram foram para vice-presidente, gerente, supervisora, presidente, diretora e 
encarregada. 
A diferença salarial vem caindo ano a ano, porque os salários das mulheres 
tiveram maior aumento em relação ao dos homens, porém mesmo assim a diferença 
é grande quando são comparados nas mesmas funções, onde relativamente, quanto 
menor o cargo, maior a diferença salarial. 
A Catho realiza uma pesquisa anual e constatou que no cargo de técnico, um 
homem chega a ganhar R$ 2.300,00, enquanto uma mulher na mesma função, em 
torno de R$ 1.800,00. Num cargo superior, como a gerência, o homem chega a 
ganhar R$ 19.200,00 e a mulher R$ 18.600,00. Aí vemos a diferença perante o nível 
dos cargos, no nível mais baixo a grande diferença de mais de 22%, já nos cargos 
superiores, não chega a 4% essa diferença. 
O fato é que essa diferença um dia deixará de existir, porém o mercado 
precisa ser convencido de que não é uma desvantagem a contratação de uma 
mulher, muito pelo contrário, há históricos de que as mulheres chegam a produzir 
mais que os homens, em algumas áreas. 
Essa desconfiança que as empresas têm perante a contratação de mulheres, 
20 
 
vem pelo equilíbrio da vida profissional com a vida pessoal, pois estas podem 
engravidar e se afastar do trabalho pela licença maternidade que é de 180 dias, 
neste caso, o direito do trabalho tentou impor certa igualdade, dando uma licença 
paternidade também, porém esta de apenas 5 dias. O que as empresas devem 
observar com mais atenção é a qualidade da produção, o resultado, o impacto que a 
pessoa traz enquanto está trabalhando. 
Conforme pesquisas realizadas pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra 
de Domicílios), no período de 2004 a 2013 houve uma pequena diminuição de 3% 
na diferença salarial entre homens e mulheres em cargos considerados medianos, 
em 2004 o rendimento médio mensal com carteira assinada dos homens era de R$ 
1.705,00 e as mulheres R$ 1.233,00, tendo uma diferença de 28%. No ano de 2013 
foi constatada a média salarial do homem em R$ 2.146,00 e as mulheres R$ 
1.614,00, reduzindo a diferença para 25%. 
Nas regiões do Brasil, a média salarial dos homens são maiores no Sudeste, 
depois Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Já as mulheres têm maiores salários no 
Centro-Oeste, depois, Sudeste, Sul, Norte e Nordeste. 
Se a análise para comparação entre o sexo masculino e feminino for elencado 
por setor, os homens ganham mais na construção civil (média de R$ 9.219,00), na 
indústria (R$ 5.767,00), e na educação, saúde e serviços sociais (R$ 5.630,00). Os 
setores femininos que remuneram melhor são construção civil (média de R$ 
6.197,00, algo em torno de 33% a menos que os homens no mesmo cargo), depois 
no setor de transporte, armazenagem e comunicação (R$ 4.185,00) e por último, na 
indústria (R$ 3.996,00). 
Deixando de falar somente do Brasil e agora analisando toda a América 
Latina, em uma pesquisa realizada no ano de 2012, relatou-se um aumento no 
número de mulheres que passaram a “trabalhar fora” nos últimos dez anos, 
transformando para melhor diversas sociedades e condições econômicas nesta 
região. 
Os índices de extrema pobreza confirmam isso, porque se não houvesse o 
aumento do número de mulheres no mercado, no ano de 2010 o índice seria 30% 
maior do que tem sido, assim como os recentes progressos da região em relação à 
desigualdade social. 
Segundo estudos do Banco Mundial (2012), “o mercado de trabalho recebeu 
mais mulheres de baixa renda do que as de rendimentos altos. Isso representa um 
21 
 
dado importante na redução da pobreza na região”. 
Em meio à crise de 2009, o grande número de mulheres que adentraram no 
mercado de trabalho foi essencial para estabelecer um equilíbrio e enfrentar os 
choques econômicos, pois as famílias em que apenas os homens trabalhavam, 
passaram a sofrer mais necessidades do que aquelas que tinham a mulher inclusa 
no mercado de trabalho. 
O aumento significativo das mulheres no mercado de trabalho na América 
Latina e no Caribe é devido ao maior número de mulheres nas escolas, este número 
já supera o de homens, porém, mesmo com toda essa importância do trabalho 
feminino nesta região, vemos que, ao se levantar dados com famílias chefiadas 
apenas por uma mulher, observa-se que 1/3 destas possuem mais chances de 
estarem na extrema pobreza em relação às famílias encabeçadas por um homem. 
Segundo Louise Cord (gerente do Banco Mundial) “Existe uma diferença 
salarial que desfavorece cada vez mais as profissionais qualificadas da região”. 
Mulheres que trabalham em países como Brasil, México, Peru e Chile 
ganham menos do que os homens, mesmo estas contendo diplomas de níveis 
superiores e exercendo cargos iguais aos deles. 
Segundo o relatório analisado do Banco Mundial (2012), o que deveria ser 
feito para aumentar ainda mais o ingresso das mulheres no mercado de trabalho e 
aumentar seu poder econômico seria “ampliar as oportunidades no mercado de 
trabalho, aumentar a capacidade delas de traçar metas e alcançá-las e apoiar cada 
vez mais os lares pobres chefiados apenas pelas mulheres”. 
 
3.8. Mulheres em cargos estratégicos 
Se antigamente mulheres buscavam como o principal objetivo possuir o 
direito de trabalhar fora, hoje, com esse direito garantido, elas ainda buscam provar 
sua capacidade e competência a fim de obterem cargos altos, estratégicose de 
destaque no cenário profissional. 
A realidade das mulheres em cargos altos é distante, tanto nos cargos 
públicos quanto nos privados, a participação feminina é minoritária. 
Na América Latina quase metade das maiores empresas não possuem 
mulheres no seu conselho administrativo, no Brasil a média corresponde apenas a 
6,3% e o país é o único da América Latina a trazer como proposta um projeto de 
cotas onde cada organização deveria ter 40% dos diretores, mulheres. 
22 
 
Essa questão também envolve a falta de ambição das mulheres. A pesquisa 
“Women in Business 2015” da Grant Thornton revela que um percentual pequeno de 
mulheres tem como objetivo alcançar um cargo de liderança, o Brasil é o terceiro 
país com menos mulheres em cargos de liderança, ficando atrás apenas do Japão e 
da Alemanha. 
A Rússia vive um paradoxo em relação aos direitos da mulher no mercado de 
trabalho, uma vez que é o país com menor número de empresas que não possuem 
ao menos uma mulher em cargos de liderança, e ao mesmo tempo, restringe 
algumas profissões apenas para homens. Uma mulher russa não pode ser 
condutora de metrô ou lenhadora, por exemplo. Na esfera política a diferença 
também é grande, as mulheres ocupam apenas 17% dos altos cargos políticos do 
mundo, com isso, surge um sentimento de, praticamente, ainda serem 
representadas e governadas por homens. 
O assunto requer debate e adoção de medidas políticas das organizações 
para reverter esta situação discriminatória, uma vez que a organização deve ter 
como premissa, para escolher pessoas para cargos de poder, a meritocracia, que se 
baseia no mérito do profissional, além de conhecimento, habilidades e atitudes. 
Entretanto, essa problemática das mulheres em assumir posições de 
liderança também deve envolver uma mudança de postura por parte delas. A quebra 
desse paradigma deve começar pelas próprias mulheres, que devem superar os 
obstáculos e almejar esses cargos. 
 
3.9. Mulheres Poderosas 
Em meio a essa realidade de tantas lutas e vitórias, todas as mulheres 
merecem reconhecimento e destaque, entretanto, existem aquelas que são 
consideradas as mais poderosas do mundo. A lista possui bilionárias, 
empreendedoras, filantropas, celebridades, políticas, entre outras, e são avaliados a 
fortuna, presença e importância de mídia, esferas de influência e impacto. 
A Revista Forbes (2015) listou vinte e cinco mulheres mais poderosas do 
mundo, a primeira trata-se da Chanceler da Alemanha Angela Merkel, a única 
brasileira da lista é a presidenta Dilma Rousseff, que ficou na sétima posição, 
detalhe que antes ocupava a quarta posição, contanto, segundo a Forbes, a 
presidenta é a mulher mais poderosas da América Latina. 
Essas mulheres são escolhidas pelo que elas representam e contribuem de 
23 
 
alguma forma, perante a sociedade, assim, alcançando o sucesso. 
A então presidenta Dilma se destaca pela luta ao combate à ditadura, um 
período difícil para os cidadãos onde os direitos eram praticamente nulos e o que 
imperava era a repressão e tortura. Nessa época, ainda estudante, já se destacava 
por suas características de liderança e busca por ideais. Como muitos militantes, ela 
também foi presa e torturada a mando do governo e agora entrou para história do 
Brasil, tornando-se a primeira presidenta mulher do país. 
No empreendedorismo brasileiro, algumas mulheres possuem altos cargos, 
como CEO, presidentes, diretoras, entre outros. 
Os exemplos dessas mulheres são Luiza Helena Trajano, que é presidente de 
uma das maiores redes varejistas do Brasil, a Magazine Luiza, Sônia Hess de 
Souza, da empresa de roupas Dudalina, Claudia Sender, presidente da TAM, maior 
companhia aérea do Brasil, Milú Egydio Villela, vice-presidente do conselho do Itaú e 
atual presidente do Itaú Cultural e do Museu de Arte Moderna de São Paulo; Maria 
das Graças Silva Foster, ex CEO da Petrobras, maior empresa estatal do Brasil. 
Na sociedade moderna a mulher vem pleiteando objetivos maiores, pois os 
básicos já foram conquistados. Agora elas visam acentuar sua importância. 
 
 
24 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O principal propósito deste trabalho foi mostrar como a mulher está inserida 
atualmente no mercado de trabalho, pois se trata de uma questão de cunho e 
grande relevância social, cultural e até mesmo econômica. 
Para tanto, foram realizadas pesquisas para perceber a realidade da mulher 
na sociedade, identificar as dificuldades enfrentadas por elas todos os dias e 
diagnosticar os reflexos disso tudo na mulher perante a sociedade, assim, com base 
na constituição e história. 
No decorrer deste foram abordados toda a trajetória histórica das mulheres 
para enfim conquistarem a liberdade da vida doméstica, identificar a desigualdade 
de gêneros, a desvalorização e mostrar as mudanças ocorridas pelos resultados de 
suas lutas. 
Os resultados obtidos foram eficazes para acentuar a gravidade da 
problemática apresentada, demonstrando que, em pleno século XXI, a realidade 
feminina no cenário profissional ainda é minoritária, discriminatória e, assim, 
vexatória. 
A presente pesquisa apresenta um caráter social, contribuindo para 
desmistificação da ideia do sexismo, ressaltando a capacidade das mulheres, que 
são consideradas o sexo frágil. As dificuldades encontradas baseiam-se em ser um 
fato ainda tratado apenas como um aspecto unilateral, envolvendo a legislação, 
porém pouco se percebe sugestões para conscientização da sociedade, já que a 
constituição diz que somos todos iguais perante a lei, entretanto, esta sociedade 
ainda não age como tal. 
Portanto, está clara a escolha em desenvolver devido tema. O trabalho tem 
como intuito ressaltar a importância do papel da mulher para a sociedade de modo 
geral, enquanto mães, esposas, empregadas e empregadoras. Entretanto, o tema 
ainda requer muita pesquisa e sugestões para que as mulheres sejam tratadas da 
forma que merecem, ou seja, com igualdade. 
 
 
25 
 
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	1. INTRODUÇÃO
	2. PROBLEMÁTICA
	2.1. Objetivos
	2.1.1. Objetivo Geral
	2.1.2. Objetivos Específicos
	2.2. Metodologia
	3. Como a mulher está inserida no mercado de trabalho atualmente?
	3.1. A trajetória da mulher no mercado de trabalho
	3.2. Contribuições feministas
	3.3. O trabalho feminino e as leis trabalhistas
	3.4. As mulheres e suas jornadas
	3.5. Mulheres inexistentes em 2015
	3.6. Humilhações e Assédios
	3.7. O mercado de trabalho para a mulher nos dias atuais
	3.8. Mulheres em cargos estratégicos
	3.9. Mulheres Poderosas
	4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

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