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dentes pré-molares

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Xilo – LVII - 2018
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Dentes pré-molares
· Primeiro pré-molar superior (14/24):
Sua silhueta é bem parecida com um canino. Contudo, tem diversas outras características que o diferenciam. Podemos dizer que esse dente é como dois caninos colados pela lingual.
A face vestibular é semelhante à do canino, apesar de ser menor e ter sulcos e cristas menos desenvolvidas. A diferenciação maior dessa face se dá pela aresta longitudinal, as inclinações geradas pela cúspide. No primeiro pré-molar superior o segmento mesial é maior que o distal, o que contraria o padrão dos caninos.
A face lingual é menor, mais lisa e mais convexa apesar de ser semelhante a vestibular. Em razão da aresta longitudinal distal ser maior, o vértice da cúspide se desloca para mesial.
Olhando pelas faces proximais, observa-se um paralelismo na convergência das faces livres, com uma mínima convergência para oclusal. A borda lingual é mais convexa e inclinada, em razão da projeção em seu terço médio. As cúspides se projetam em direção ao eixo do dente, de modo que a distância entre elas é menor que a largura VL do terço médio e cervical do dente. Além disso, a cúspide vestibular é maior e mais robusta. A linha cervical faz uma curva bem aberta, formando uma depressão na mesial, já na distal podemos observar uma convexidade. O sulco principal da oclusal cruza a crista marginal da mesial.
A face oclusal geralmente tem um formato pentagonal em razão da cúspide da borda vestibular, mas pode também adquirir conformação ovoide, menos angulosa. A convergência proximal se faz para a lingual. A crista marginal (liga as cúspides) é mais reta na mesial e mais convexa na distal. A curvatura à mesial e à vestibular da cúspide lingual é bem visível. O sulco principal está mais para a lingual em razão do tamanho da cúspide vestibular. O sulco termina em fossetas principais nas cristas marginais mesiais e distais. Essas fossetas formam uma espécie de fossa triangular por se formada pelo sulco principal e pelos sulcos vestíbulo-oclusal e linguo-oclusal que margeiam as cristas. Os sulcos secundários são bem escassos. 
As 2 raízes são cônicas e desviadas distalmente. A vestibular é maior que a lingual. Essas raízes podem ser fusionadas (possuindo um sulco demarcando a divisão) com uma bifurcação apical.
· Segundo pré-molar superior (15/25):
O segundo pré-molar superior tem coroa aparentemente semelhante ao primeiro pré-molar. Entretanto, é menor em todas as proporções e tem elementos descritivos mais suaves. Além disso, possui faces livres menos angulosas, com aspecto ovoide.
Um aspecto importante nesse dente é sua simetria. As cúspides possuem quase o mesmo tamanho, não há predominância entres as linhas longitudinais da cúspide vestibular ou lingual, sem inclinação da cúspide lingual à mesial. A crista marginal mesial não é interrompida pelo sulco e não há depressão na face mesial.
Olhando pela oclusal desse dente, observa-se um aspecto mais ovoide ou até circular, com o sulco principal mais central e o vértice da cúspide lingual mais ao meio. A cúspide lingual tem o tamanho igual à cúspide vestibular, por causa do diâmetro MD mais próximo. O sulco principal é muito pequeno, a ponto de poder compor uma fosseta central única. Além disso, observa-se a presença de muitos sulcos secundários.
A raiz é achatada e sulcada, com um visível desvio para distal em seu terço apical.
· Primeiro pré-molar inferior (34/44):
 
A face vestibular é parecida com o canino só que um pouco menor. É simétrica bilateralmente, uma vez que os segmentos da aresta longitudinal são iguais, montando um vértice de cúspide alinhado com a linha media do dente. Pode acontecer de não ter toda essa simétrica e o vértice desviar para mesial. Observa-se as faces de contato convergindo para a cervical. É uma face mais lisa e convexa, inclinada para a lingual.
A face lingual é bem menor que a vestibular em razão da grande convergência para lingual e cervical das faces livres e de contato, de modo que dá para ver quase toda oclusal pela visão lingual por causa da inclinação da coroa. É bem visível um sulco (da fosseta mesial) que divide a cúspide lingual da crista marginal mesial.
Observando pelas faces proximais, nota-se a grande convexidade da face vestibular, que se inclina para a lingual por causa de sua bossa cervical, colocando a vértice da cúspide no eixo do dente. A crista marginal mesial é mais baixa e inclinada que a distal, desta forma podemos identificar a mesial por ser mais fácil de ver a oclusal por essa visão.
A face oclusal é mais ovoide, com predominância da margem vestibular em razão da convergência lingual das proximais. As cúspides são interligadas por uma ponte de esmalte. Essa ponte forma duas fossetas: uma mesial, menor e vestibular e outra distal, maior e mais lingual. Muitas vezes essa ponte pode ser cortada por um sulco principal mésio-distal, limitado por fossetas mesiais e distais.
A raiz é achatada e possui um sulco longitudinal pouco marcado (é pouco provável que o sulco mesial seja maior e cause uma bifurcação apical). É notável um desvio distal da raiz.
· Segundo pré-molar inferior (35/45):
Em comparação com o primeiro, esse dente tem proporções maiores, principalmente em relação à cúspide lingual. O número de diferenças entre os inferiores é maior do que nos superiores.
Em comparação com o primeiro pré-molar, a face vestibular do segundo, apesar de parecida, tem um vértice de cúspide menos pontiagudo por causa das arestas longitudinais mais planas. Além disso, há um maior paralelismo das margens proximais, com menor convergência cervical. A inclinação lingual se mantém. 
A face lingual é visivelmente mais larga nesse dente. Não há muito desvio mesial da cúspide lingual. Entre essa cúspide e a crista marginal distal interpõe-se uma depressão. Essa cúspide pode se dividir em duas (a mesial é sempre maior) com um sulco no meio que alcança a face lingual.
Pela vista proximal, observa-se que a mesial é mais larga e alta. A robustez da cúspide lingual faz com que a convergência das faces livre seja mais paralela. A grande inclinação da vestibular aproxima a cúspide ao eixo do dente. Já no caso da lingual não há inclinação.
A face oclusal é bem circular em razão das grandes proporções de suas faces. Contudo, é inevitável a convergência lingual das proximais. Há diversas variações de morfologia oclusal para este dente, podendo ser bicuspidado ou tricuspidado. Os bicuspidados podem ter um sulco mésio distal (arco aberto para vestibular) que tem uma depressão para a lingual em seu setor distal. Muitas vezes uma ponte esmalte divide esse sulco em fossetas como no primeiro molar. Nos tricuspidado, um sulco sai do central e corta a cúspide lingual em mesial e distal (já descrito anteriormente), formando uma fosseta central com o sulco central.
A raiz desse dente segue o padrão: cônica; achatada, mas com sulco menos pronunciado; desvio à distal.

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