Buscar

ATIVIDADE AVALIATIVA SEMÂNTICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Universidade Federal de Uberlândia – UFU
Instituto de Letras e Linguística – ILEEL
Disciplina: Semântica
Docente: Cármen Augustini
Discente: João Vitor Santos Gondim
Atividade Avaliativa 5
1. Leia atentamente a tirinha abaixo e responda: qual fato semântico ocorre nela?  Explique-o. 
A tirinha que vemos acima apresenta um fato semântico que, pessoalmente, acredito ser um dos mais interessantes de se averiguar: a polissemia. Por polissemia, tem-se enquanto definição o movimento que se dá quando um plano de expressão, também chamado de significante, serve de medula para que se dê a formulação de mais de um plano de significado. Assim, emergem mais de um sentido a partir de uma mesma forma linguística. E, para além disso, para que se configure como polissêmico, esse movimento semântico deve apresentar certa relação entre os sentidos que saem da forma linguística.
Tendo em mente essa conceituação, é perceptível na tirinha um uso polissêmico da expressão linguística “chuta!”. No primeiro quadrinho, vemos a evocação do primeiro sentido: Chico Bento, ao fazer uma prova, afirma para sua amiga que não sabe nada e, para além disso, lhe pede auxílio. Ela, em seu modo, responde a ele utilizando o vocábulo chuta, com o intuito, aparentemente, de que ele escolha aleatoriamente uma resposta para as questões que não sabe, que são, como vemos, todas. Essa escolha aleatória é chamada, comumente, como chute. Por sua vez, no segundo quadrinho, vemos a evocação do segundo sentido: Chico Bento chuta a mesa em que se encontra. Percebe-se, desse modo, que emerge também do vocábulo chuta o imperativo do verbo chutar, que, para o Chico Bento, funciona como uma ordem por parte de seu colega. Ordem essa que, possivelmente, no modo de ver do garoto, solucionará o problema que ele possuí: Não saber nada sobre as questões. Percebe-se, sobretudo, que os sentidos se relacionam, pois, tanto quem chuta uma bola, por exemplo, no sentido literal, como quem chuta algumas respostas em um exame, tem por intuito acertar um alvo, o chute, assim, tem o mesmo propósito. Por isso, a polissemia. 
2. Leia atentamente a tirinha abaixo e responda: qual fato semântico ocorre nela?  Explique-o. 
A tirinha apresentada agora, assim como a anterior, demonstra uma exemplificação do que é a polissemia enquanto o fato semântico. Calvin, lendo um jornal, se depara com uma possível matéria jornalística na qual se discute sobre uma tentativa de proibição de rodeios. Percebemos, no entanto, que tal expressão linguística se comporta de maneira volátil e pode evocar mais do que o sentido que, usualmente, concebemos de início: rodeio enquanto uma prática esportiva. Tal fato se mostra quando, no terceiro quadrinho, ao justificar o fato de não gostar de rodeios, Calvin diz que prefere quando vão direto ao assunto, o que mostra qual o sentido que ele atribui a rodeio e que, consequentemente, emana deste: o de rodear, ladear, algum assunto ou conversa, por exemplo, que não se deseja ter. Desse modo, se dá uma certa confusão semântica, responsável pelo humor da tirinha. Humor que, a meu ver, a partir do conhecimento relacional entre os sentidos que surgem da mesma forma linguística: rodeio, se intensifica, tendo em vista que podemos perceber que, em ambos os casos, quer se esteja em cima de um quadrúpede e tem-se por intuito ficar em cima do animal o maior tempo possível, quer seja se se esteja em uma situação embaraçosa ou delicada, dar rodeios, voltas e ficar ladeando é a solução mais plausível e o ponto de encontro desses dois aspectos.
3. Explique o fato semântico que ocorre na tirinha abaixo. 
A meu ver, na tirinha em questão, há o fato semântico conhecido por antonímia. Tal fato é, sobretudo, posto em cheque no texto acima, como se torna perceptível. Sendo concebida enquanto a incompatibilidade semântica entre duas expressões, a antonímia pode se dar apresentando expressões linguísticas que, apesar de incompatíveis, até certo limite, podem coexistir em momentos diferentes do mesmo processo: o que se vê na tirinha, tendo em vista que a moça, ao conversar com um possível namorado, em momentos diferentes, claramente, já que há a troca de roupa e fundo, apresenta expressões lingüísticas que são postas como antônimas: amor e ódio. A tirinha mostra que há sim a antonímia, mas não como opositividade, mas sim a partir de um processo de significação de dois momentos divergentes que tem o mesmo fio condutor situacional. Inclusive, a tirinha, de modo a intensificar essa questão, coloca adjetivos propícios a acompanhar as falas da mulher: “gato”: um animal funcionando aqui homonimicamente com expressões como “homem bonito” ao dizer que ama seu interlocutor e “cachorro” : um animal funcionando aqui homonimicamente com expressões como “homem cafajeste”. Isso ainda é reforçado no momento em que se percebe o que vem escrito acima da tirinha: “mulheres e seus animais de estimação”
4. Leia atentamente o texto abaixo. Analise-o quanto as relações semânticas. 
Engarrafados: o Itaú foi feito para você que vive numa cidade como esta, onde pessoas  conseguem ler um outdoor com 84 palavras enquanto estão paradas no trânsito.  Quem perde um tempão no trânsito precisa ganhar tempo no banco. Por isso, o Itaú  tem mais de 17 mil caixas eletrônicos, Itaú Bankfone, Itaú Bankline e mais de 2 mil  agências em todo o Brasil. Com o Itaú, seu carro pode ficar mais paradão, mas sua vida anda que é uma beleza. Itaú. Feito para você.
 No texto acima apresentado é perceptível, logo de cara, um jogo semântico a partir da expressão engarrafados, que emana, a partir de si, sentidos diferentes e que, no entanto, se relacionam: o sentido de estar, de modo literal, preso em uma garrafa e o sentido de que se trata o outdoor: engarrafados enquanto indivíduos que estão presos no trânsito, o que configura a polissemia. Há também um processo antonímico entre ganhar e perder, processo esse que demonstra que tais pares de palavras podem coexistir em dados contextos, como o mostrado, já que é possível perder tempo no trânsito e, ao mesmo tempo, ganhar tempo no banco instituição financeira caso o cliente use o Itaú Bankfone. Falando em banco vemos um uso homonímico da expressão linguística em questão, que pode ser tomada, no caso do outdoor, enquanto um banco assento físico no qual os indivíduos que dirigem se sentam ou enquanto um banco como instituição monetária, em que se fazem transações financeiras, como o próprio banco Itaú. Há também, logicamente, os elementos da enunciação: eu, tu, ele, aqui e agora. O eu e o tu são, respectivamente, o banco que empreende o discurso e seus possíveis clientes que estão engarrafados no trânsito. O ele se instaura no modo como o discurso é construído e no próprio discurso que tenta mostrar aos leitores as vantagens do banco em questão. Por último, o aqui é o nosso país e, principalmente, cidades em que há constantes engarrafamentos e o agora se demonstra no tempo presente. 
5. Analise nos textos abaixo a participação dos implícitos na (re)produção dos  sentidos.
Os implícitos funcionam como elementos do não-dito que estão presentes no dizer, podendo ser classificados de dois modos: subentendido e pressuposto. Por subentendido, compreende-se um implícito que se dá sem auxílio linguístico e, dessa maneira, requer uma maior interpretação do leitor, o que ocorre no primeiro exemplo, em que por meio de uma reflexão e entendimento de todo um contexto, percebemos que a única razão pela qual os bolsos da calça do político não receberam dinheiro ainda reside no fato de que elas são novas, como bem aponta o eleitor. Assim, vê-se subentendida toda uma questão referente à extrema corrupção presente no Brasil, sem que fosse preciso, efetivamente, falar: “os políticos roubam e são corruptos”. Um outro modo pelo qual o implícito se apresenta reside no segundo texto, em que, ao questionar ao filho, o pai apresenta alguns fatos como dados, como o fato de haver alguém ou algo que faz aniversário no natal e o fato de que, sobretudo, ele e a família comemoram o aniversáriodessa pessoa ou dessa coisa. Assim, o implícito está pressuposto de maneira linguística em “de quem?”, que aponta, claramente, como pressuposto, no mínimo, a existência de alguém. 
6. Analise a tirinha abaixo. Quais fatos semânticos ocorrem nela? Explique-os.
Há, na tirinha apresentada, um processo de implicitação bem como um processo de homonímia. É visível uma mulher jovem acompanhada de um senhor, em uma joalheria a escolher jóias, o que é retratado no primeiro quadrinho. No segundo, por sua vez, em um diálogo, ela lhe pergunda: “meu amor, eu sou cara?”, o que o senhor, seu possível namorado ou esposo, responde: “Na minha idade, meu bem... ou é cara ou é coroa.” Assim, fica nítida a relação homonímica entre a expressão cara, que evoca o sentido de pessoa que dá muitos gastou e o sentido de, na expressão cara ou coroa, significar um dos lados de uma moeda, por exemplo. Há , também, a homonímia com a expressão coroa, sendo possível tanto atribuir a ela o sentido de uma mulher velha como, também, assim como cara, num contexto da expressão, ser o outro lado de uma moeda. Vejo também um implícito, que se dá de modo subentendido, acerca de um hábito comum: senhores de idade que pagam mulheres para os acompanhar ou até mesmo mulheres jovens que se envolvem com homens mais velhos com intuito financeiro. Em nenhum momento, como se vê, há um real comentário sobre isso, não aparecendo, linguisticamente, essa questão, por isso mesmo há o funcionamento do subentendido.

Continue navegando