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TEAS DE PRAGMÁTICA

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TEAS DE PRAGMÁTICA 
Tea1: Definição e situação no campo da linguística
1. As regras conversacionais propostas por Grice buscam estabelecer um princípio geral da comunicação. Eventualmente, tais regras podem ser infringidas durante uma interação. Assinale a alternativa que contém a possível consequência dessas infrações:
D. Ao infringir uma regra conversacional, o falante pode provocar um conflito comunicativo com o seu interlocutor.
2. O conceito das implicaturas é usual no campo da Pragmática por se tratar de um processo comunicativo recorrente nas interações que pode orientar o nível de compreensão dos falantes em relação ao que foi enunciado. Qual das alternativas abaixo melhor define o processo pragmático das implicaturas? 
E. Consiste em um processo que permite que os falantes infiram fatos e informações que não foram expressos literalmente durante a interação.
3. Leia o diálogo abaixo extraído de uma transcrição presente no corpus do Projeto de Estudo da Norma Urbana Oral Culta em São Paulo (Castilho e Preti, 1987, inquérito n.º 360):
Interlocutor 1: A sua família é grande?
Interlocutor 2: Nós somos seis filhos.
As regras (ou máximas) conversacionais podem ser eventualmente infringidas sem, necessariamente, comprometer a compreensão dos conteúdos que foram expressos. O trecho acima mostra uma infração contra a regra da maneira. Qual das alternativas abaixo melhor explica a infração cometida?
A. O interlocutor 2 se expressa de maneira a não responder diretamente o que lhe foi perguntado, embora a informação requisitada esteja ali implícita.
4. A Pragmática, como área de estudos linguísticos focada no uso da linguagem, representa uma perspectiva teórico-metodológica que contempla o contexto das interações comunicativas. Qual das alternativas abaixo melhor sintetiza as contribuições da Pragmática?
B. Na Pragmática as condições vigentes nos processos comunicativos são investigadas de modo a contemplar a prática linguística.
5. A relação entre a Pragmática e a Análise do Discurso supõe que os significados implícitos nos usos linguísticos podem ser discursivamente resgatados devido à contextualização e ao conhecimento compartilhado entre os interlocutores envolvidos em uma dada interação. Tal recurso é muito recorrente em textos humorísticos. Leia os balões abaixo. 
E. A disparidade da orientação intencional entre os falantes e o não engajamento do falante laranja em cooperar na mudança de tópico proposta resultam no teor humorístico da situação. 
Tea 2 - Atos de fala: Austin e Searle
1. O ato de fala é assumido como a unidade básica da linguagem pela qual o sujeito que o enuncia realiza ações fundamentadas em sua intencionalidade. Pode-se dizer que o ato de fala, quando analisado com base nas considerações iniciais tecidas por Austin sobre atos constatativos e performativos, é:
categorizado de modo a verificar se o enunciado expressa uma intervenção que se realiza no contexto de fala.
Os atos de fala propostos por Austin estão situados em contexto de fala, o que faz com que eles ultrapassem o domínio abstrato da subjetividade do falante. Os juízos de valor governam o âmbito dos atos constatativos, que apenas verificam se o enunciado condiz com a realidade. Certamente, a categorização austiana, em princípio, agrupa os enunciados entre aqueles que apenas indicam o fato a ser averiguado (constatativos) e aqueles que, na ocasião da enunciação, realizam uma ação (performativos). Não há menção de que a conceituação proposta por Austin se limita ao domínio oral da linguagem. Por fim, as condições de felicidade e infelicidade são investigadas por esse arcabouço teórico-metodológico, mas não para verificar meramente os fatos enunciados. Pelo contrário, elas servem para verificar se os enunciados performativos atingiram o seu propósito de ação. 
2. Após a primeira teorização proposta por Austin sobre os atos de fala, o autor fez uma releitura que reformulou os conceitos definidos anteriormente sobre enunciados performativos e constatativos. Sobre essa releitura, é possível afirmar que:
Houve uma sobreposição dos conceitos, de modo que os atos de fala passaram a ser entendidos como performativos e constatativos.
3. Searle, sucessor de Austin, revisitou a teoria dos atos de fala e assumiu uma perspectiva diferenciada a respeito do tema. Como a perspectiva de Searle se diferencia do que foi preconizado por seu precursor?
Searle propõe uma terminologia semelhante, mas considera que os atos ilocucional e perlocucional estão implicados.
A análise de Searle não menciona os níveis morfológicos do enunciado, mas sim o uso da linguagem, sendo então um nível de análise contextualizado. Em sua releitura, não é possível reconhecer um enfoque no ato de enunciação de modo a considerá-lo de maior importância. Searle também não trabalha em termos de dicotomia, mas em termos de tripartição, assim como Austin fez. Searle assume uma terminologia que contempla o ato da enunciação, o ato propositivo e o ato ilocucional. Para o autor, os atos de realizar algo e provocar uma reação no interlocutor ou um efeito no contexto estão implicados no ato ilocucional. Por fim, o ato de fala analisado por Searle não é bipartido.
4. Na perspectiva de Searle, o modo como o ato de fala opera no âmbito locucional pode ser direto ou indireto. Essa particularidade, que não havia sido discutida por Austin, se deve:
A intencionalidade e à referência sociocultural presentes no ato ilocucional dos interlocutores engajados em um determinado contexto
5. Searle e Austin dedicam seus estudos a contemplar e discutir os atos de fala. Apesar de assumirem perspectivas diferentes, é possível verificar pontos em comum em relação às propostas dos autores. Qual alternativa melhor condensa os pontos em comum entre Austin e Searle?
Ambos assumem que o ato de fala é um modo de agir no/pelo contexto interacional.
TEA3
1.Pensar os elementos dêiticos é pensar, diretamente, a situação de interação. Isso é necessário porque pronomes como “eu/tu” e advérbios como “aqui” e “agora” só poderão ser adequadamente compreendidos se forem analisados a partir do real lugar de enunciação. Pensando nessa noção de dêixis, leia os versos de letras de música. Em seguida, marque a alternativa que apresenta, respectivamente, o enunciador, o tempo e o espaço.
"Foi assim / Eu vi você passar por mim / E quando pra você eu olhei / Logo me apaixonei" (Ronaldo Correia e Renato Correia)
Por que esta resposta é a correta?
O elemento dêitico parte do enunciador, a despeito da marca linguística que marca esse "eu" (podendo ser um pronome pessoal, um pronome possessivo, ou uma desinência verbal, por exemplo). Por vezes, um pronome oblíquo pode representar lugar, por isso é importante observar o contexto sempre. Atente-se ao fato de que um pronome pessoal de segunda pessoa estar aparente no enunciado não faz dele o elemento dêitico da enunciação (relembrando que a base da dêixis é que ela parte de um origo, tem o "eu" como origem). O tempo e o espaço não são, necessariamente, físicos, mas eles sempre precisam conservar a ideia de tempo ou de espaço. Portanto, pensar dêixis é pensar subjetividade e também as relações com o contextual.
2.A dêixis é um processo referencial, mas não é anafórico, pois não retoma um referente posto no contexto. Antes, a função da dêixis é criar um elo entre o elemento linguístico e o contexto extralinguístico. Das frases de caminhão copiadas, assinale a alternativa que contém um referencial dêitico sublinhado.
"Não sou o Silvio Santos, mas vivo do baú."
Por que esta resposta é a correta?
O elemento dêitico de pessoa pode ser indicado, também, pelas terminações verbais de pessoa, mas precisa sempre ter como centro de coordenada o enunciador. Apesar de haver elementos dêiticos em todas as frases, deve-se notar que a proposta avaliativa foi observar os itens sublinhados.
3.Assinale a alternativa que classifique corretamente os elementos dêiticos destacados nos trechos das letras de música. 
a) “Eu quero ficar perto de tudo que acho certo
Até o diaem que eu mudar de opinião
A minha experiência meu pacto com a ciência
Meu conhecimento é minha distração”
(Coisas que eu sei, Dudu Falcão)
b) “Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar”
(Meu guri, Chico Buarque)
c) “Tô louco pra te ver chegar
Tô louco pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração”
(Fico assim sem você, Adriana Calcanhoto)
d) “Eu vou te contar uma história, agora, atenção!
Que começa aqui no meio da palma da tua mão
Bem no meio tem uma linha ligada ao coração
Quem sabia dessa história antes mesmo da canção?
Dá tua mão, dá tua mão, dá tua mão, dá tua mão...”
(Uma história, Palavra Cantada)
e) "Posso te ligar? Pra cê perceber que eu quero você
E que aquele dia, eu não vou esquecer
É que aquele dia, eu não vou esquecer
Mesmo se a gente não for mais se ver"
(Aquele dia, Rocco)
f) "Nessa carta traduzi o meu amor
Acredite de uma vez que ainda restou
Muitas marcas"
(Escrevi, Renato Vilhena)
Pessoal, social, espacial, temporal, memorial, textual, respectivamente.
Por que esta resposta é a correta?
É necessário verificar se o elemento linguístico faz referência ao contexto enunciativo para comprovar a dêixis. Nesse caso, todas as palavras e expressões sublinhadas são dêiticas. Além disso, é necessário verificar o tipo de relação entre o elemento dêitico e o contexto. A própria nomenclatura dará a sugestão de interpretação, pois os nomes técnicos dados aos elementos dêiticos representam a função de cada tipo de dêitico
4. Leia o soneto e depois assinale a alternativa mais adequada.
Soneto de fidelidade (Vinicius de Moraes)
De tudo, ao meu amor serei atento antes
E com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure​​​​​​​
Resposta correta
B. A primeira pessoa será diferente a depender de quem seja o enunciador que assumirá esse “eu”, assim como o "tu" também mudará.
Por que esta resposta é a correta?
Em Soneto de fidelidade, o objeto de amor é uma terceira pessoa (meu amor, dele, seu). Contudo o enunciador tem um "tu" a quem se dirigir: nesse caso, o leitor do poema, que, portanto, não é fixo. É necessário ter clara a localização de quem enuncia (o enunciador, o "eu" que produz o enunciado), pois só assim as demais localizações serão encontradas também.   
5. O estudo da modalização refere-se ao modo como o enunciador se posiciona diante de seu enunciado. Observe o diálogo que segue.
"Joãozinho chamou o pai no meio da noite e disse:
– Pai, tem muitos mosquitos no meu quarto!
– Apague a luz que eles vão embora, filho! – disse o pai.
Logo depois apareceu um vagalume. O menino chamou o pai outra vez:
– Pai, socorro! Agora os mosquitos estão vindo com lanternas!"
Após analisar as falas dos personagens, assinale a alternativa que corresponde ao modo como o pai de Joaõzinho se posiciona.
Resposta correta
B. Modalização deôntica de obrigatoriedade.
Por que esta resposta é a correta?
Com seu enunciado, o pai pretende que o filho mude uma atitude. Dentro da classificação dos deônticos, cada nome já sugere a intencionalidade possível ao modalizador: vontade (volição)? Obrigação? Proibição? Possibilidade? Os verbos "precisa + ter" sugerem a opção de o garoto não ter medo. O pai não está expressando uma crença, uma verdade, portanto, não está fazendo uso de modalizador epistemológico.
TEA 4
1. O “Princípio de Cooperação” é definido como o esforço que os sujeitos fazem para se fazerem entender em uma determinada situação comunicativa, de acordo com a sua intenção.
Esse princípio é, de alguma forma, conhecido pelos participantes da interlocução e gera, consequentemente, a seguinte supermáxima afirmada por Grice: ​​​​​​​
C. “Faça sua contribuição conversacional tal como é requerida, no momento em que ocorre, pelo propósito ou direção do intercâmbio conversacional em que você está engajado.”
2. Os diálogos a seguir foram retirados de um artigo de Costa (2009). Eles ajudam a explicar as máximas conversacionais de Grice (1982).
Diálogo 1:
– Qual foi o resultado do jogo de hoje?
 – O Grêmio perdeu de dois a zero e, agora, está com três pontos atrás do Inter e saldo de gols negativo.
Diálogo 2: 
– O que você pensa dos judeus?
– Um judeu é um judeu.
Diálogo 3: 
– Em São Paulo todos trabalham.
– É verdade. São Paulo é uma enorme fábrica.
Diálogo 4:  
– Você vai me dar uma aliança de brilhante de presente?
– Puxa! Como está quente hoje.
– Eu perguntei se você vai me dar a aliança?
 –  Em compensação, acho que finalmente vai chover.
Diálogo 5:
– Em qual das obras de Gazdar se encontra a definição de pragmática?
– Na obra Pragmatics, Implicature, Pressupposition and Logical Form, de 1979, editada pela Academic Press, na página 2, terceiro parágrafo da introdução, na oitava linha.
Assinale a alternativa que responde corretamente quais máximas foram quebradas, respectivamente:
Quantidade; quantidade; qualidade; relação; modo.
Por que esta resposta é a correta?
A máxima de quantidade é quebrada tanto quando há excesso de informações quanto quando há escassez de informações, ou informações tautológicas. Há quebra na máxima de qualidade em eventos linguísticos metafóricos, pois, se pensados “ao pé da letra”, o elemento linguístico que compõe a metáfora pode ser entendido como uma inverdade. Na máxima de relação, o enunciador precisa ser relevante: a informação fornecida precisa estar de acordo com a informação requerida. Na máxima de modo, existe a supermáxima “seja claro”. Além disso, deve-se evitar obscuridade, ambiguidade, prolixidade e ser ordenado (no diálogo que contém quebra de máxima de modo, há excesso de informações).
3. A implicatura conversacional se distingue da convencional. É muito importante saber distinguir as duas, pois, na prática, se elas forem confundidas, isso pode gerar mal-entendidos em uma conversação – o leitor/ouvinte pode procurar pistas no lugar errado – ou no texto, ou no contexto. 
Assinale a alternativa que indica corretamente uma implicatura convencional:
José é trabalhador, contudo, é pobre.
Por que esta resposta é a correta?
Na implicatura convencional, o leitor/ouvinte encontra, no próprio enunciado, a pista que o leva a inferir o sentido desse enunciado. São exemplos de marcadores de implicitude convencional palavras como "mas", "ainda", "até", "só", "já", "porém" e "então" e equivalentes. Outros exemplos que precisam se apoiar no contexto conversacional, seja de forma universal, generalizada, seja de forma específica, em contexto estrito, serão classificados como implicaturas conversacionais. 
1. Apesar da gravidade de um problema, o gênero "meme" tem por função social provocar uma crítica por meio do humor. Em meio à pandemia do Covic-19, circulou, nas redes sociais, o seguinte meme:
Máxima conversacional de relação; intenção de provocar crítica.
Por que esta resposta é a correta?
A máxima conversacional de relação resulta do critério “seja relevante”. Nessa categoria, preza-se pela pertinência em relação ao objetivo da conversa. Não continuar o assunto, por exemplo, retrata uma quebra dessa máxima. Além de alinhar-se a essa classificação, o enunciado “Quantos dias de atestado será que isso dá?”, no texto lido, aponta uma crítica relacionada aos brasileiros, conhecidos como um povo que não gosta de trabalhar e que, sempre que pode, pede afastamento do trabalho, por vezes, até “comprando” atestado médico. A resposta apresenta quantidade, clareza e verdade de informações suficientes.
5,Leia, atentamente, a letra da canção de Chico Buarque de Olanda:
O Meu Guri
Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentarJá foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar
Como fui levando, não sei lhe explicar
Fui assim levando ele a me levar
E na sua meninice ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí
Olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega
Chega suado e veloz do batente
E traz sempre um presente pra me encabular
Tanta corrente de ouro, seu moço
Que haja pescoço pra enfiar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Chave, caderneta, terço e patuá
Um lenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me identificar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega
Chega no morro com o carregamento
Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador
Rezo até ele chegar cá no alto
Essa onda de assaltos tá um horror
Eu consolo ele, ele me consola
Boto ele no colo pra ele me ninar
De repente acordo, olho pro lado
E o danado já foi trabalhar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega
Chega estampado, manchete, retrato
Com venda nos olhos, legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente, seu moço
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato, acho que tá rindo
Acho que tá lindo de papo pro ar
Desde o começo, eu não disse, seu moço
Ele disse que chegava lá
Olha aí, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
A letra desta canção é alvo de muitos debates entre os linguistas, pois ao final nao fica claro, por exemplo, qual foi o destino do guri. Para provocar esse tipo de dúvida houve a quebra, principalmente, de qual máxima conversacional?
Há quebra, principalmente, da máxima de modo.
Por que esta resposta é a correta?
Na máxima de modo, Grice sugeriu quatro submáximas: "evite obscuridade de expressão"; "evite ambiguidades"; "seja breve (evite prolixidade desnecessária"); e "seja ordenado". Na letra, como um todo, esse é o tipo de quebra mais recorrente. Apesar de haver quebra de outras máximas, como a máxima de qualidade (especificamente, a submáxima “não diga senão aquilo para que você possa fornecer evidência adequada”), que é quebrada em “Chega no morro com o carregamento/Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador/Rezo até ele chegar cá no alto”); e a de quantidade (especificamente, a submáxima “Faça com que sua contribuição seja tão informativa quanto o requerido”), tendo em vista que não há informações suficientes para se deduzir o paradeiro do guri. Contudo, na presente questão, o advérbio “principalmente” dá o tom da resposta. Por outro lado, vale destacar que é intencional, da parte do autor, deixar essa lacuna.
=============================
Unid5
1.O funcionamento da linguagem, em uma abordagem centrada no falante, está baseado em três aspectos fundamentais. Quais são eles?
Assinale a alternativa correta:
A capacidade de acionar a ligação entre esquemas cognitivos e linguagem, o saber de uma língua particular e a atuação linguística em um evento comunicativo.
2. De acordo com os estudiosos cognitivistas da linguagem, evidencia-se que os itens lexicais e as expressões não são significativos intrinsecamente, pelo contrário, têm o seu significado construído ___________.
​​​​​​​Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna: 
no ato da linguagem
Por que esta resposta é a correta?
Os estudiosos cognitivistas da linguagem evidenciam que os itens lexicais e as expressões não são significativos intrinsecamente, pelo contrário, têm o seu significado construído no ato da linguagem, e não previamente pelo ouvinte. A leitura considera outro significado construído para outro contexto. Da mesma forma, o ato da interpretação não envolve todo o processo do ato de linguagem. Isso quer dizer que se está para além do texto.
3. Ao se incorporar aspectos discursivos, como: valorização do contexto social, observação do contexto cultural, entre outros, passa-se para uma forma diferente de interpretação, pois linguagem e discurso incorporam ideologias. ​​​​​​​Isso acontece de forma complexa, por quê?
Assinale a alternativa que apresenta a resposta correta para esse questionamento:
Isso acontece de forma complexa, porque o significado de um texto é construído não apenas a partir de palavras impressas no papel, mas também de como essas palavras são usadas em um contexto social.
Por que esta resposta é a correta?
Ao se incorporar aspectos discursivos, como: valorização do contexto social, observação do contexto cultural, entre outros, passa-se para uma forma diferente de interpretação, pois linguagem e discurso incorporam ideologias.
Assim, o texto é entendido como produto de práticas discursivas, as quais incluem produção, distribuição e interpretação.
Isso acontece de forma complexa, porque o significado de um texto é construído não apenas a partir de palavras impressas no papel, mas também de como essas palavras são usadas em um contexto social.
4. A interpretação de frases, como um processo interativo, utiliza diferentes níveis de conhecimento. Quais são eles?
Assinale a alternativa que apresenta todos eles:
Conhecimento linguístico, textual e de mundo.
Por que esta resposta é a correta?
A interpretação de frases, como um processo interativo, utiliza diferentes níveis de conhecimento, os quais estão em interação, tais como: conhecimento linguístico, textual e de mundo.
Ou seja, o primeiro conhecimento possibilita ao leitor a compreensão da estrutura linguística dos enunciados (pronúncia, vocabulário, regras e usos da língua), permitindo a seleção do léxico mais adequado para o tema que está sendo tratado.
Logo, trata-se de uma amplitude que está para além do sintático, do semântico, do pragmático, ou seja, do entendimento do funcionamento da língua. Trata-se do conhecimento linguístico, textual e sua relação no mundo.
5. Sobre a Teoria da Implicatura, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para afirmações a seguir:
(  ) A Teoria da Implicatura explica como o que é "dito" expressa literalmente tudo o que se pretende no ato de comunicação.
(  ) O conceito de Implicatura oferece algumas explicações funcionais para os fatos linguísticos.
(  ) A Teoria da Implicatura objetiva ir além da teoria semântica, no sentido de que promete preencher as lacunas deixadas por aquela, no intuito de explicar como nos comunicamos usando a língua.
 F – V – V
Por que esta resposta é a correta?
A Teoria da Implicatura contribui para o fato de que ela explica como é possível querer dizer mais do que é efetivamente “dito” (ou seja, mais do que se expressa literalmente pelo sentido convencional das expressões linguísticas enunciadas).
O conceito de Implicatura parece oferecer algumas explicações funcionais significativas dos fatos linguísticos.
A lacuna entre o que é dito literalmente e o que é comunicado é tão substancial que não se pode esperar que uma teoria semântica forneça mais do que uma pequena parte de uma explicação de como se comunicar usando a língua. A noção de implicatura promete, no entanto, preencher essas lacunas, de forma a oferecer alguma explicação de como, pelo menos, grandes proporções do material não dito, também é efetivamente comunicado.
===== ===========================================
Unid6
1.O estudo da linguagem em uso, por meio de textos, está relacionado à seguinte área da linguística: 
Funcionalismo. 
Por que esta resposta é a correta?
A passagem do estudo da frase para o estudo do texto é realizada no âmbito dos estudos funcionalistas que têm como objeto as manifestações da língua em uso, como é o caso do texto.
2.A coerência é um princípio que confere ao texto: 
Sentido. A coerência interfere diretamente na possibilidade de um leitor conferir sentido ao que lê, um texto incoerente gera dúvidas no processo de interpretação ou pode, até mesmo, não ser passível de produzir sentido.
3.Quanto à coesão, pode-se dizer que ela é expressa:
Por elementos linguísticos variados e pela remissão ao contexto. 
4.Assinale a alternativa em que são apresentados fatores pragmáticos relacionados ao produtor e ao destinatário de um texto:  
Intencionalidade; aceitabilidade.
5. A música “Monte Castelo” da bandaLegião Urbana cita os versículos bíblicos 1 e 4, encontrados no livro de Coríntios, no capítulo 13:
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine”e “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece”. Além disso, nessa mesma canção, ele cita os versos do escritor português Luís Vaz de Camões (1524-1580), encontrados na obra “Sonetos” (soneto 1: “Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói, e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; É um andar solitário entre a gente; É nunca contentar-se e contente; É um cuidar que ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”
Assinale a alternativa que apresenta o fator pragmático da textualidade que permite esta elaboração.
Intertextualidade.
Por que esta resposta é a correta?
O fator pragmático da intertextualidade permite a aproximação de diversos textos que passam a dialogar no processo de produção de sentido. Essa relação de um texto com outros textos, deve ser considerada para a compreensão do seu significado.
 ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Tea 7
1.A produção textual pode ser tratada como uma atividade intersubjetiva quando vista a partir da perspectiva sociointeracionista. Nessa perspectiva, se percebem recursos linguísticos que marcam e guiam a interlocução. Esse é o caso dos modalizadores. Reflita sobre esse recurso linguístico e assinale a afirmativa correta.
 A modalização é uma estratégia semântico-argumentativa do falante diante de uma proposição apresentada em um texto. 
Por que esta resposta é a correta?
Os modalizadores são responsáveis pela demarcação da relação que o produtor do texto estabelece com o conteúdo do enunciado que produz e com o seu interlocutor. Portanto, a modalização é uma estratégia semântico-argumentativa do falante diante de uma proposição. Com essa estratégia, se pode julgar se a preposição é verdadeira ou não e expressar esse julgamento com uma forma escolhida. Existem as modalidades de base, que surgem de procedimentos dedutivos, ou seja, na relação do sujeito com o objeto. Esse sujeito pode ser potencial, virtual, atualizado ou realizado. Na relação com o objeto, portanto, o sujeito pode crer, querer ou dever, saber ou poder e ser ou fazer.
2.O tipo de modalização presente em um texto altera o efeito de sentido no enunciado ou na enunciação. Nascimento (2013, p. 12) resume quatro tipos de modalização: epistêmica, deôntica, avaliativa e delimitadora. Reflita sobre cada tipo e assinale a afirmação correta.
A modalização epistêmica refere-se ao eixo do conhecimento e da crença.
3.Diferentes gêneros textuais são construídos com o fenômeno da modalização. Em um mesmo texto, é possível encontrar modalizadores de diferentes tipos para provocar variados efeitos de sentido. 
Leia o texto a seguir, extraído da Revista Ética e Corrupção, analise as construções modalizadoras e assinale a afirmativa correta.
ÉTICA E CORRUPÇÃO
Todos os dias nos deparamos com escandalosos casos de corrupção, ativa ou passiva, tanto no Brasil quanto no exterior, praticados especialmente nas relações promíscuas entre políticos e empresários. A corrupção é definida como o ato de solicitar ou receber alguma vantagem indevida, segundo a “lei de Gérson”: “levar vantagem em tudo”, não importando o meio para se alcançar o que se almeja. Tanto o corrupto como o corruptor praticam algo ilícito, passível de reprovação jurídica, em notório conflito com os princípios elencados por Ulpiano: “viver honestamente (honeste vivere), não lesar ninguém (neminem laedere), dar a cada um o que lhe pertence (suum cuique tribuere)”. Sob o ponto de vista legal, há a previsão de uma série de sanções para os casos da conduta corrupta.
[...]
A corrupção não provoca apenas descrença nas instituições, quando praticada por agentes públicos. Não apenas traz grandes prejuízos à coletividade, ao desviar recursos vultosos que deveriam ser aplicados, por exemplo, na saúde e na educação. Além desses enormes malefícios, espero ter mostrado, com os exemplos de Sócrates e Kant, que a corrupção é o resultado da violação de elementos morais basilares que possibilitam a nossa convivência em sociedade.​​​​​​
 O verbo “esperar" conjugado na primeira pessoa do presente do indicativo endossa o falante.
Por que esta resposta é a correta?
A modalização epistêmica está associada ao nível da crença. No texto em questão, não há expressões axiológicas, como “é importante”, que reforçam as ideias defendidas pelo falante, porém o uso do verbo “esperar” conjugado na primeira pessoa do singular do presente do indicativo constrói a modalização epistêmica. Como não há indicações de conduta, ou seja, modalizadores que indiquem a necessidade de algo ser feito, não se encontram no texto modalizadores deônticos. Também não há modalização avaliativa nem delimitadora, pois não há comparação com o que está escrito no texto nem limites do conteúdo.
4.A dêixis é um fenômeno linguístico que se associa à referenciação: elementos indicam e apontam pessoas, objetos, eventos, etc. aos quais os interlocutores se referem no momento da comunicação. No texto literário, há uma “ilusão referencial”, ou seja, a referência é feita a algo que é tratado como se fosse o mundo real.
Leia um trecho de O auto da barca do inferno (versão modernizada por Douglas Tufano), analise as possibilidades de dêixis e assinale a afirmação correta.
DIABO – (ao companheiro)
                 À barca, à barca! Vamos lá!
                 Que é muito boa a maré!
                 Puxa a vela para cá!
COMPANHEIRO – Feito! Feito!
DIABO – Bem está!
                 Vai ali e, sem demora,
                  Estica bem aquela corda
                 e libera aquele banco
                 para a gente que virá.
[...]
                Ora, pois, que fazes tu?
                Desocupa esse espaço!
[...]
COMPANHEIRO – Vamos, lá! Içar, içar!
[...]
FIDALGO – Esta barca, que sai agora.
                      Aonde vai tão preparada?
[...]
FIDALGO – Isso parece um cortiço.
DIABO – Porque olhais lá de fora.
Quando o diabo fala “Porque olhais lá de fora”, revela, pelo uso de “lá”, que o fidalgo está olhando a barca de longe. 
Por que esta resposta é a correta?
Na primeira fala do diabo, há dois marcadores de lugar: "lá" e "cá". O primeiro marca uma expressão típica da fala que demonstra um convite e o outro marca um lugar perto do falante.
Na segunda fala do diabo, quando ele usa o advérbio "ali", está se referindo a um lugar que está perto do falante.
Quando pergunta “Que fazes tu?”, o diabo se dirige diretamente ao personagem companheiro.
Quando o companheiro fala “Vamos lá! Içar, içar!”, revela, pelo uso de “lá”, que deseja que todos entrem na barca.
Quando o diabo fala “Porque olhais lá de fora”, revela, pelo uso de “lá”, que o fidalgo está olhando a barca de longe. 
5. No processo de leitura, o leitor elabora relações entre as informações fornecidas pelo escritor e o seu conhecimento. A categorização é uma estratégia que representa esse tipo de relação.
Reflita sobre a categorização e assinale a afirmação correta.
O leitor, ao buscar referências durante a leitura, forma esquemas e elabora procedimentos metonímicos de acordo com a mutação da categorização.
Por que esta resposta é a correta?
Na compreensão leitora, a categorização funciona no nível do texto e do discurso, isto é, na consideração dos aspectos pragmáticos, cognitivos e interacionais. Assim, o leitor, ao buscar referências durante a leitura, forma esquemas e elabora procedimentos metonímicos de acordo com a mutação da categorização. As experiências de outras percepções e interações também favorecerão a categorização do objeto, da palavra. A categorização está ligada ao processoreferencial, já que, na percepção do mundo, os falantes fazem distinções e classificações de cada elemento que percebem. Dessa forma, a categorização é considerada um procedimento cognitivo que ocorre na interação. A categorização relaciona-se diretamente com o contexto e com a situação de comunicação.
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Tea 8
1. Sobre o "duplo" surgimento da Análise do Discurso na França, Denise Maldidier afirma que há pontos de contato e de divergência entre a teoria proposta por Jean Dubois e aquela oriunda de Michel Pêcheux. Sobre isso, assinale a alternativa que apresenta uma proposição correta:
A relação entre a linguística e uma base marxista é um ponto de convergência entre esses autores na fundação da AD.
Por que esta resposta é a correta?
O horizonte comum de Jean Dubois e Michel Pêcheux é justamente o apoio no marxismo e na política.
2. A Análise do Discurso surge na França, no final da década de 60, tendo como seu principal expoente Michel Pêcheux. Sobre as propostas desse autor, é correto afirmar:
A reconfiguração da AD fica marcada pela articulação de três regiões do conhecimento científico, mais o atravessamento da psicanálise.
Por que esta resposta é a correta?
Em 1975, Pêcheux e Fuchs apresentam o quadro epistemológico que revisa a análise automática do discurso, propondo essa articulação.
3. Assinale a alternativa correta em relação à reconfiguração da Análise do Discurso:
A marca da segunda fase da AD é a entrada da noção de formação discursiva, ressignificada a partir da proposta de Michel Foucault.
Por que esta resposta é a correta?
A noção de formação discursiva é de fundamental importância para a reconfiguração da teoria de Michel Pêcheux.
4.  Em relação ao histórico da Análise do Discurso, assinale a alternativa correta:
A AD-3, terceira fase da AD, caracteriza-se pelos questionamentos de Pêcheux em relação à teoria proposta até então.
Por que esta resposta é a correta?
Pêcheux nunca deixou de repensar a teoria do discurso, buscando reconfigurá-la a partir de novos questionamentos que lhe surgiam.
5. Sobre a Análise do Discurso brasileira, é correto afirmar:
O modo como a AD configura-se no Brasil vai além de uma recepção da teoria de Pêcheux.
Por que esta resposta é a correta?
Eni Orlandi afirma que não visualiza a AD brasileira como uma recepção, mas, sim, como uma leitura e interlocução com a teoria de Pêcheux.
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Unid 9
1.Sobre a proposta de Michel Foucault acerca do discurso, assinale a alternativa CORRETA:
 O discurso está diretamente ligado ao poder na proposta de Foucault.
2. Assinale a alternativa CORRETA em relação à proposta de Dominique Maingueneau para a Análise do discurso:
A proposta de Maingueneau entende que a AD praticada até então ignoraria a instância das comunidades que uma formação discursiva pressupõe.
Por que esta resposta é a correta?
Para Maingueneau, a AD de Foucault e Pêcheux parece associar quase que diretamente um conjunto de textos a uma determinada FD.
3. Assinale a alternativa CORRETA em relação às propostas da AD Pêcheuxtiana:
Na AD Pêcheuxtiana, os sentidos das palavras ou expressões relacionam-se com as formações discursivas.
Pêcheux propõe que o sentido varia conforme a formação discursiva com a qual se identificam os sujeitos
4.Em relação às propostas de Análise do discurso por Foucault, Maingueneau, Pêcheux, está CORRETA a alternativa:
A noção de formação discursiva permeia as obras dos três autores.
Cada um ressignifica essa noção à sua maneira, de acordo com suas propostas.
5. Sobre a proposta de Michel Pêcheux, pode-se afirmar que:
 A AD nasce do entrecruzamento entre linguística, história e psicanálise, por isso, sendo considerada uma disciplina de entremeio.
Por que esta resposta é a correta?
A AD nasce do entrecruzamento da língua, conforme pensada pela Linguística; da história, a partir do marxismo, inspirado em Althusser; e da entrada do sujeito, pela psicanálise.
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Unid 10 POLIFONIA
1. Qual a principal diferença da noção de polifonia entre as propostas de Bakhtin e Ducrot?
 	A principal diferença entre as propostas é a historicidade.
Por que esta resposta é a correta?
Para Bakhtin, a historicidade é fundamental, enquanto para Ducrot só importa a história enquanto momento presente da enunciação. Para nenhum dos autores a intertextualidade é tratada como sinônimo de polifonia e ambos definem a polifonia como  "pluralidade de vozes". 
2. Qual a principal contribuição da proposta de polifonia de Oswald Ducrot?
Sua principal contribuição é a elaboração dos conceitos de locutor e enunciador.
Por que esta resposta é a correta?
A principal contribuição de Ducrot foi a elaboração dos conceitos de locutor e enunciador. O linguista não aborda a questão da diferença entre polifonia e intertextualidade. A relação entre polifonia e dialogia é feita por Bakhtin, autor que pensou inicialmente no conceito de polifonia na literatura. Não se pode dizer que há um criador do conceito de polifonia, pois este termo foi pego de empréstimo por Bakhtin.
3.Sobre a polifonia musical, é correto afirmar que:
Os séculos XV e XVI representam a "era de ouro" da polifonia musical.
Por que esta resposta é a correta?
Os historiadores consideram este período, de 1450 a 1600, como a era de ouro da polifonia musical. Os estudos de Bakhtin falavam sobre a polifonia literária e propunham a noção de dialogia para explicar a linguagem, não estando essa noção relacionada à música. A polifonia musical não representava a perfeição necessária ao canto gregoriano. A polifonia sempre diz respeito a mais de uma voz, seja na música ou na literatura. 
4. Como podemos explicar a noção de dialogia?
A dialogia explica que a enunciação sempre se origina de alguém e se direciona a alguém.
Por que esta resposta é a correta?
Segundo Bakhtin, a linguagem é sempre dialógica, portanto, sempre pressupõe um interlocutor. A noção de dialogia foi proposta por Bakhtin e não explica, sozinha, o sentido de um enunciado. O enunciado "todo texto é composto por outros textos" está ligado à noção de intertextualidade. A dialogia e a polifonia são conceitos diferentes e não podem ser considerados sinônimos. Por fim, é a polifonia que está ligada a um sujeito descentrado, em cujo discurso se pode perceber mais de uma voz.
5. Sobre os estudos relativos à estruturação interna do discurso, é correto afirmar que:
na perspectiva discursiva, os não ditos são determinados pela ideologia e determinam os sentidos.
Por que esta resposta é a correta?
Os não ditos são determinados pela ideologia e determinam os sentidos, pois a ideologia é considerada um mecanismo estruturante dos sentidos. A polifonia é uma marca importante, porém não é a única marca passível de análise de um discurso. O discurso pode ser estruturado de muitas maneiras, a proposta de Bakhtin é apenas uma delas. O pressuposto deriva da linguagem e é equivalente ao não dito. Os discursos autoritários, lúdico e polêmico são as formas do discurso propostas por Orlandi e não podem ser consideradas gêneros do discurso.
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FÓRUM
Os estudos da Pragmática contribuíram para expandir as concepções de Língua e Linguagem no campo da Linguística, pois o foco extrapolou as margens do texto. Dentro dessa perspectiva, disserte sobre a importância dos estudos pragmáticos na atuação do professor de Língua Portuguesa na formação dos alunos como usuários da língua e da linguagem nas diferentes situações de comunicação.
O Curso de Letras, à medida que busca, a partir de sua articulação, levar os alunos a refletir sobre o uso de recursos léxico-gramaticais nas produções linguísticas, mostra a importância e nos faz reconhecer a contribuição da pragmática.
A pragmática é uma área da linguística que estuda o uso concreto, os atosde fala e a interpretação da linguagem em diferentes situações de comunicação e contextos culturais e sociais. 
A pragmática nos mostra que o significado linguístico depende da interação entre os interlocutores, bem como dos elementos socioculturais envolvidos, do objetivo e das consequências do uso. Em outras palavras, para a pragmática, é o uso da linguagem que dá sentido ao que é dito e é o ato de conversação que provoca o efeito ou consequências do seu uso.
AVALIAÇÃO FINAL
1.A pragmática, situada na linguística, contempla as características de utilização da língua, como a intencionalidade dos falantes, os papéis sociais exercidos por eles, os tipos socializados de fala e o conhecimento de mundo, aqui entendido como as referências socioculturais que os falantes possuem. Por isso, é razoável considerar que a pragmática se encontra na intersecção entre três elementos da linguagem. São eles: *
Usuários, contexto e conhecimento
2.Dois teóricos da filosofia da linguagem foram determinantes para os avanços dos estudos da Pragmáticas. São eles: *
Austin e Grice
3.Um conceito fundamental para os estudos da pragmática diz respeito à coerência pragmática. Sobre ela, podemos defini-la como: *
uma esquematização linear que supõe que uma resposta seja elaborada quando uma pergunta é enunciada.
4.Austin (1990), filósofo da linguagem, foi o precursor da teoria dos atos de fala. Tal arcabouço teórico se consolidaria como o expoente da pragmática por não assumir os enunciados como sentenças desarticuladas do contexto de fala, e sim como ocorrências linguísticas construídas ao longo de uma interação. Para o autor, é correto afirmar:(  ) Muitas das frases produzidas pelos falantes não fazem mera representação do mundo, mas são formas pelas quais os falantes realizam ações.(   ) Os atos de fala, para Austin, podem ser passíveis de verificação.(   ) A proposta implicada consiste em supor que o uso da linguagem e as condições que o regem são passíveis de serem categorizados, com a relevante ressalva de que a língua não pode ser assumida restritamente como representação de fatos percebidos no mundo. *
V, V, V
5. Sobre os “Elementos constituintes dos Atos de Fala”, estabeleça as definições corretamente: A) Ato locucionário; B) Ato ilocucionário; C) Ato perlocucionário ( ) é o ato de realização de uma ação por meio de um enunciado, por exemplo, o ato de promessa, que pode ser realizado por um enunciado que se inicie por “eu prometo” ou por outra realização. (   ) é o ato que produz efeito sobre o interlocutor. (  ) produz tanto os sons pertencentes a um vocabulário quanto a articulação entre a sintaxe e a semântica, ponto em que se dá a significação no sentido tradicional. *
B, C, A
6.John Searle é considerado um dos maiores sucessores dos trabalhos de Austin. Ele se encarregou de investigar alguns tópicos que não foram contemplados pela proposta de Austin de modo a elaborar outra abordagem acerca dos atos de fala. Uma de suas contribuições mais relevantes foi a categorização dos atos ilocucionais em atos diretos e indiretos (SEARLE, 1981). Em seus estudos, podemos acrescentar também: *
Ato de enunciação, ato proposicional e ato ilocucional
7.“Dêixis” é uma palavra que guarda relação com a noção de apontamento. É um termo de origem grega traduzido por “apontar”, “mostrar”, “indicar”. Mesmo ao ser incorporado pelo latim, e também pelos estudos da linguagem, o termo preservou seu sentido etimológico. O fenômeno da dêixis, estudado do ponto de vista da pragmática, ocorre quando algum dado linguístico precisa se ancorar na própria situação comunicativa, tendo como ponto de origem o enunciador daquela comunicação, para ter o seu sentido adequadamente construído (FIORIN, 1996; ILARI, 2001; ILARI; GERALDI, 2008; MELO, 2015).Na tradição dos estudos da pragmática, Émile Benveniste é considerado o precursor dos estudos da dêixis. Como teórico, uma de suas maiores contribuições para os estudos da linguística diz respeito à noção de: *
subjetividade do sujeito
8.Benveniste foi responsável por formular as três categorias clássicas dos componentes dêiticos, a partir da pessoa na enunciação. São elas:
pessoa, tempo e espaço
9.Nos estudos de Benveniste, outro aspecto interessante diz respeito à modalização nos textos. Assim, modalizar significa: *
é expressar alguma intervenção do falante na definição da validade e do valor do seu enunciado: modalizar quanto ao valor de verdade, modalizar quanto ao dever, restringir o domínio, definir atitude e, até, avaliar a própria formulação linguística.
10.Grice (1982) defendeu que, para se entender o que está nas entrelinhas, é necessário um esforço de ambos os participantes da comunicação, um engajamento mútuo (da parte do enunciador, as pistas necessárias; da parte do enunciatário, a atenção necessária) para que aquilo que não foi expresso seja compreendido. Foi assim que o teórico chegou ao princípio que sustenta as suas teorias: o princípio da cooperação.Nessa sua concepção, dois aspectos são fundamentais de serem entendidos na fala humana. São eles: 
a dimensão do “dito” e a dimensão do “implicado”
TEA
S
 
DE 
PRAGMÁTICA
 
 
 
 
Tea1
: 
D
efinição
 
e situação no campo
 
da linguística
 
 
1.
 
As regras conversacionais propostas por Grice buscam estabelecer um princípio geral da 
comunicação. Eventualmente, tais regras podem ser infringidas durante uma interação. Assinale a 
alternativa que contém a possível consequência dessas infrações:
 
 
D.
 
Ao infringir uma regra conversacional, o falante pode provocar um conflito 
comunicativo com o seu 
interlocutor.
 
 
2.
 
O conceito das implicaturas é usual no campo da Pragmática por se tratar de um processo 
comunicativo recorrente nas interações que pode orientar o nível de
 
compreensão dos falantes em 
relação ao que foi enunciado. Q
ual das alternativas abaixo melhor define o processo pragmático das 
implicaturas?
 
 
 
E.
 
Consiste em um processo que permite que os falantes infiram fatos e informações que não foram expressos 
literalmente durante a interação
.
 
 
3.
 
Leia o diálogo abaixo extra
ído de uma transcrição presente no
 
corpus
 
do Projeto de Estudo da
 
Norma 
Urbana Oral Culta em São Paulo (Castilho e Preti, 1987, inquérito n.º 360):
 
Interlocutor 1: A sua família é grande?
 
Interlocutor 2: Nós somos seis filhos.
 
As regras (ou 
máximas) conversacionais podem ser eventualmente infringidas sem, necessariamente, 
comprometer a compreensão dos conteúdos que foram expressos. O trecho acima mostra uma infração 
contra a regra da maneira. Qual das alternativas abaixo melhor explica a infr
ação cometida?
 
A.
 
O interlocutor 2 se expressa de maneira a não responder diretamente o que lhe foi perguntado, embora 
a informação requisitada esteja ali implícita
.
 
 
4.
 
A Pragmática, como área de estudos linguísticos focada no uso da linguagem, 
representa uma 
perspectiva teórico
-
metodológica que contempla o contexto das interações comunicativas. Qual das 
alternativas abaixo melhor sintetiza as contribuições da Pragmática?
 
 
B.
 
Na Pragmática as condições vigentes nos processos comunicativos são invest
igadas de modo a 
contemplar a prática linguística.
 
 
5. 
A relação entre a Pragmática e a Análise do Discurso supõe que os significados implícitos nos usos 
linguísticos podem ser discursivamente resgatados devido à contextualização e ao conhecimento 
comparti
lhado entre os interlocutores envolvidos em uma dada interação. Tal
 
recurso é muito 
recorrente em textos humorísticos. Leia os balões abaixo.
 
 
TEAS DE PRAGMÁTICA 
 
 
Tea1: Definição e situação no campo da linguística 
 
1. As regras conversacionais propostas por Grice buscam estabelecer um princípio geral da 
comunicação. Eventualmente, tais regras podem ser infringidas durante uma interação. Assinale a 
alternativa que contém a possível consequência dessas infrações: 
 
D. Ao infringir uma regra conversacional, o falante pode provocar umconflito comunicativo com o seu 
interlocutor. 
 
2. O conceito das implicaturas é usual no campo da Pragmática por se tratar de um processo 
comunicativo recorrente nas interações que pode orientar o nível de compreensão dos falantes em 
relação ao que foi enunciado. Qual das alternativas abaixo melhor define o processo pragmático das 
implicaturas? 
 
E. Consiste em um processo que permite que os falantes infiram fatos e informações que não foram expressos 
literalmente durante a interação. 
 
3. Leia o diálogo abaixo extraído de uma transcrição presente no corpus do Projeto de Estudo da Norma 
Urbana Oral Culta em São Paulo (Castilho e Preti, 1987, inquérito n.º 360): 
Interlocutor 1: A sua família é grande? 
Interlocutor 2: Nós somos seis filhos. 
As regras (ou máximas) conversacionais podem ser eventualmente infringidas sem, necessariamente, 
comprometer a compreensão dos conteúdos que foram expressos. O trecho acima mostra uma infração 
contra a regra da maneira. Qual das alternativas abaixo melhor explica a infração cometida? 
A. O interlocutor 2 se expressa de maneira a não responder diretamente o que lhe foi perguntado, embora 
a informação requisitada esteja ali implícita. 
 
4. A Pragmática, como área de estudos linguísticos focada no uso da linguagem, representa uma 
perspectiva teórico-metodológica que contempla o contexto das interações comunicativas. Qual das 
alternativas abaixo melhor sintetiza as contribuições da Pragmática? 
 
B. Na Pragmática as condições vigentes nos processos comunicativos são investigadas de modo a 
contemplar a prática linguística. 
 
5. A relação entre a Pragmática e a Análise do Discurso supõe que os significados implícitos nos usos 
linguísticos podem ser discursivamente resgatados devido à contextualização e ao conhecimento 
compartilhado entre os interlocutores envolvidos em uma dada interação. Tal recurso é muito 
recorrente em textos humorísticos. Leia os balões abaixo.

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