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4- Moléculas do Complexo de Histocompatibilidade (MHC)

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Moléculas do Complexo 
de Histocompatibilidade 
(MHC)
Mariana Oliveira Deodato
2019
Definições 
● moléculas que apresentam Ag associados a moléculas hospedeiras para 
reconhecimento de células TCD4+ e TCD8+
● ativam IMUNIDADE ADAPTATIVA 
● primeiramente descoberto como efetor para rejeição de TRANSPLANTES 
(HLA → antígeno leucocitário humano), mas depois foram descobertas outras 
funções 
● camundongos isogênicos → todos apresentam os mesmos genes 
Características
● as restrições de MHC faz com que apenas os MHCs do nosso organismo 
sejam reconhecidos pelos linfócitos (reconhecimento do complexo Ag-MHC)
● altamente poligênicos e polimorfos 
→ é necessário muitos polimorfismos para que uma grande variedade de moléculas 
capazes de mostrar epitopos e interagir com os LT
● alelos codominantes
● cada molécula do MHC é constituída por uma fenda de ligação à peptídeos 
extracelulares, seguida de domínios tipo Ig ( os não polimórficos e contêm 
sítios de ligação com TDC 4/8) e domínios transmembrana e citoplasmáticos 
Classificação 
MCHI
● proteínas A , B e C ( HLA, HLB e HLC)
● reconhecido pelo LTCD8+/ citotóxico e em NK na região alfa 3, enquanto a 
região beta 2 estabiliza a estrutura 
● é expresso em todas as células nucleadas e diploides (excreção das hemácias 
e dos gametas) 
● apresentem Agintracelulares citosólicos (caso apresente um peptídeo 
estranho ou está infectada por vírus ou se transformou em uma célula tumoral) 
Classificação 
MCHII
● proteínas DP, DQ e DR
● reconhecido pelo LTCD4+/ auxiliar pela região beta 2 e estabilizado pela 
região alfa 2
● expressos nas APCs (DC, LB e macrófagos) e em eosinófilos e basófilos 
(quando tem o estímulo de IFN-gama)
● apresentam Ag extracelulares
● tem expressão aumentada por citocinas
● há a produção de IFN-Y pelas NK e por 
Linfócitos T
● esse IFN-Y se conecta as APCs e 
aumenta a expressão de MHCII
● com esse aumento, há maior resposta de 
TCD4+ 
Associação MHC-AG-LT
● Existem locais de interação nas 
fendas (bolsas no assoalho da 
fenda) onde há a ligação peptídeo - 
MHC 
● A distância entre as bolsas também 
faz com que varie o encaixe do 
peptídeo, além das variáveis 
químicas do Ag e do MHC 
Processamento de Ag
● as vias de processamento de Ag convertem Ag de proteínas presentes no 
citosol ou internalizadas a partir do meio extracelular em peptídeos e ligam 
estes peptídeos à moléculas para apresentação dos LT 
● Processamento de Ag por MHCI → citosólica
● Processamento de Ag por MHCII → vesicular 
Processamento por MHCI 
● a maioria dos Ag citosólicos é sintetizada dentro de células, alguns são 
injetados no citosol através mecanismos secretores bacterianos e outros são 
fagocitados e transportados de vesículas para o citosol 
● quando o Ag é viral é sintetizado em proteína diretamente no citosol
● em células tumorais pode haver a produção de Ag a partir de proteínas por 
CTLs (linfócitos T citotóxicos) restritas à classe I 
● há casos de Ag que são fagocitados mas quem a capacidade de romper a 
parede do fagossomo, liberando proteínas no citosol 
Processamento por MHCI
1) produção de proteínas à partir do Ag encontrado no citosol
2) a proteína é marcada/ ubquitinizada pela ubquitina 
3) a proteína ubquitinizada é transportada até o proteassoma, onde há a 
degradação em peptídeos 
4) os peptídeos são transportados do citosol para o RE, e são translocados para 
dentro da organela através da TAP (transportador associado ao processamento de 
Ag), que está na membranda do RE e conectado ao MCHI 
Processamento por MHCI
5) simultaneamente a translocação dos peptídeos há a montagem do MCHI no RE, 
onde as cadeias alfa se unem e se organizam graças a chaperona; depois a cadeia 
beta 2 estabiliza a estrutura do MCHI; depois disso, a molécula se move até o lado 
da TAP e unida a mesma por causa da tapasina
6) os peptídeos se conectam ao MCHI e o complexo é translocado para o 
Complexo de Golgi
7) no C. Golgi forma uma vesícula e o MCHI- Ag é expresso na superfície da 
membrana 
Processamento por MHCII
1) captura de proteínas extracelulares por APCs e depois internalizadas em 
endossomas 
2) fusão do endossomo fagocitado com o lisossoma = fagolisossomo (degradando 
as proteínas extracelulares graças aos lisossomos) 
3) simultaneamente há a síntese de MHCII no RE, onde as cadeias alfa e beta são 
organizadas graças a chaperona calnerina; no final se une a cadeia invariante (Ic), 
promovendo o dobramento e a montagem de MHCII, além de direcionar para unir 
com o fagolisossomo tardio 
Processamento por MHCII
4) o MHCII sai do RE em uma vesícula e se une ao fagolisossomo, onde enzimas 
proteolíticas e à molécula HLA-DM agem afim de remover o CLIP catalizador do 
MCHII
5) há a formação do complexo MCHII-Ag
6) há a formação de uma vesícula com esse complexo e ele é expresso na 
membrana 
Apresentação Cruzada 
● as CÉLULAS DENTRÍTICAS possuem capacidade de fagocitar e endocitar 
células infectadas por vírus ou células tumorais, apresentando-as aos Ag virais 
ou tumorais aos LTCD8+ virgens, tornando a apresentação mais rapida por 
haver mais MHCs expressos
1) as DC (uma APC) reconhece e endocita a célula com Ag 
2) o fagolisossomo vai destruir à células em proteínas antigênicas, e alguma delas 
vazam para o citosol
3) a parte que fica na vesicula segue para se ligar ao MHCII e a parte que foi ao 
citosol segue para se ligar ao MHCI 
Apresentação Cruzada 
Apresentação MHC-Ag a Linfócitos
● a apresentação de Ag por MHC determina qual subconjunto de células T irá 
responder aos Ag encontrados nesses dois conjuntos de proteínas e está 
intimamente ligado as funções dessas células T
● os Ag de microorganismos que residem em locais diferentes da célula vão 
selecionar melhor o modo como os linfócitos vão agir para a eliminação do 
patogeno 
● MHCI → LTCD8+ → morte da célula alvo expressando o Ag 
● MHCII → LTCD4+ → ativa macrófagos para a destruição do Ag fagocitado ou 
secreta Ac dos LB que apresentaram o Ag 
Apresentação MHC-Ag a Linfócitos

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