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Aula 04
 Legislação de Trânsito p/ PRF (Policial)
Prof. Marcos Girão - Pós-Edital
Autores:
Marcos Girão, Thais de Assunção
(Equipe Marcos Girão)
Aula 04
15 de Março de 2021
1 
 
Sumário 
Veículos ............................................................................................................................................................. 3 
1. Classificação Geral .................................................................................................................................. 3 
1.1. Classificação de Veículos quanto à TRAÇÃO ............................................................................. 4 
2.2. Classificação de Veículos quanto à ESPÉCIE .............................................................................. 9 
2.3. Classificação de Veículos quanto à CATEGORIA ..................................................................... 17 
2.4. Veículos Especiais – Regras Principais ........................................................................................ 19 
2. A Segurança Veicular ............................................................................................................................ 28 
2.1. Equipamentos Obrigatórios ......................................................................................................... 28 
2.2. A Inspeção Veicular ....................................................................................................................... 34 
3. A Identificação dos Veículos ............................................................................................................... 38 
3.1. Elementos de Identificação INTERNA ........................................................................................ 39 
3.2. Elementos de Identificação EXTERNA ....................................................................................... 40 
3.3. Placas dos Veículos Oficiais ......................................................................................................... 42 
3.4. As Cores das Placas dos Veículos Oficiais ................................................................................. 43 
3.5. As Plaquetas de Capacidade ....................................................................................................... 47 
Veículos em Circulação Internacional ........................................................................................................ 50 
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 52 
Lista de Questões .......................................................................................................................................... 74 
Gabarito .......................................................................................................................................................... 83 
Resumo ........................................................................................................................................................... 84 
Considerações Finais .................................................................................................................................... 95 
 
Marcos Girão, Thais de Assunção (Equipe Marcos Girão)
Aula 04
 Legislação de Trânsito p/ PRF (Policial) Prof. Marcos Girão - Pós-Edital
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2 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Olá, caro aluno! 
Tudo bem? Como estão os estudos? Continuemos no focal total, beleza? 
Nesta aula estudaremos, na medida e na profundidade necessárias, o regramento que o CTB nos 
traz sobre o tema veículos. 
Alvo dos agentes fiscalizadores, podemos afirmar que o referido tema também é de extrema 
importância para os seus estudos e o seu dia-a-dia de trabalho como futuro servidor da área de 
trânsito. Entretanto, se formos levar em consideração a complexidade em torno do assunto e o 
que de fato vem sendo cobrado em provas, concluímos que aprofundá-lo em demasia seria 
desnecessário. 
Assim, ao tratar dos veículos, suas classificação, segurança e identificação, tentarei concentrar seus 
esforços naquilo que realmente deve ser o foco de seu conhecimento para provas de concursos. 
Ou seja: nas disposições da letra do CTB! 
A grande maioria das Resoluções do CONTRAN hoje existentes tem relação direta ou indireta 
com os veículos e seria um trabalho hercúleo citar detalhes de cada uma delas em uma só aula. E 
nem precisa disso para a sua prova, já que elas sequer foram expressamente citadas no último 
Edital PRF (2013)! Você só deve estudá-las se forem expressamente cobradas no edital do 
concurso 2018. Se não, basta o que aqui trataremos. Se sim, serão por nós estudadas em aulas 
separadas. 
Aqui você terá o que precisa na dosagem certa e já atualizada pela Lei nº 14.071/20! 
Beleza? 
Sem mais delongas, pé na tábua! 
 
 
 
 
 
 
Marcos Girão, Thais de Assunção (Equipe Marcos Girão)
Aula 04
 Legislação de Trânsito p/ PRF (Policial) Prof. Marcos Girão - Pós-Edital
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VEÍCULOS 
 
1. Classificação Geral 
 
Querido aluno, ao estudar as regras sobre os veículos, é de fundamental importância que você 
conheça primeiramente como o CTB os classifica. 
Pois bem, de acordo como o art. 96 do nosso estimado Código, os veículos classificam-se em: 
 
Eita, professor, como faço? Preciso decorar cada uma das classificações acima com seus 
respectivos subtipos? Não corro o risco de na hora da prova me confundir?! 
Respondo: não é bem assim. Se você tem a facilidade de memorizar palavra por palavra desta 
classificação, parabéns!! Mas o que eu desejo é que, mais do que simplesmente decorá-las, você 
fundamentalmente entenda qual a razão de ser de cada uma delas e qual a lógica pensada para 
organizá-las conforme o quadro acima. 
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Seguindo a ordem imposta pelo CTB, começaremos pela classificação dos veículos quanto à 
tração. Em que o CTB se baseia conceitualmente para classificar um veículo quanto à tração? 
É o que começaremos a entender a partir do tópico a seguir! 
 
1.1. Classificação de Veículos quanto à TRAÇÃO 
 
Para começar, vamos relembrar que quanto à tração os veículos são assim classificados (art. 96, I): 
 
 
 
 
Classificar um veículo quanto à tração significa basicamente dizer o que faz com que ele se 
desloque, saia do lugar, seja tracionado. É o que veremos a seguir! 
1.1.1. Veículo AUTOMOTOR 
Veículo automotor é todo aquele movido a algum tipo de motor de propulsão (gasolina, GNV, 
diesel, álcool, elétrico, qualquer que seja o combustível) que circule por seus próprios meios e que 
serve, normalmente, para o transporte viário de pessoas e coisas ou para a tração viária de 
veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas. 
 
 
 
 
 
Também podemos considerar como automotor aqueles ônibus elétricos que ainda circulam em 
algumas cidades, conectados à rede elétrica. Exemplo: 
 
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1.1.2. Veículo ELÉTRICO 
Aqui temos uma diferença conceitual bem importante, um pouco diferente do nosso senso 
comum! 
É que olhado para o CTB, você não pode confundir veículo automotor elétrico com veículo 
elétrico, pois são conceitos bem diferentes. 
 
Veículos ELÉTRICOS são aqueles que se deslocam por seus próprios meios e que 
transitam sobre trilhos. 
 
Como exemplo, o CTB nos traz o BONDE, veículo de propulsão elétrica que se move sobre trilhos. 
 
 
 
 
 
 
Ainda quanto ao bonde, temos no artigo 96, II, alínea “a”, item 10, que este veículo somente 
existe na espécie PASSAGEIRO. 
1.1.3. O REBOQUE e o SEMIRREBOQUEEsses aqui são bem interessantes, pois temos também, considerando o nosso senso comum, uma 
outra ideia sobre o que seja reboque, por exemplo. Geralmente, confundimos reboque com 
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aqueles caminhões quem guincham carros (“engate” ou “caminhão-guincho”) e são duas coisas 
completamente diferentes! 
E o que viria a ser esse o semirreboque? 
Quem nos responde é o Anexo I do CTB, segundo o qual: 
Anexo I CTB: 
REBOQUE – veículo destinado a ser engatado atrás de um veículo automotor. 
SEMIRREBOQUE – veículo apoia-se na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio 
de articulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 Reboque Semirreboque 
 
Entende-se por unidade tratora o outro veículo responsável por tracionar o semirreboque seja por 
meio de encaixe ou articulação. 
E atenção, muita atenção: 
 
 
 
 
➢ O reboque e o semirreboque são veículos que têm duas características essenciais: 
✓ NÃO se deslocam por seus próprios meios; 
✓ Necessitam SEMPRE de um veículo automotor para tracioná-lo. 
➢ O fato de o reboque ou o semirreboque serem veículos sempre tracionados, não os 
dispensa de serem sujeitos a registro e licenciamento como os demais veículos. 
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Beleza? Sigamos! 
1.1.4. Veículos de TRAÇÃO ANIMAL 
Esses aqui o próprio nome já nos deixa simples de entender: o veículo de tração animal é aquele 
que necessita sempre de animais à sua frente para conduzi-lo. 
Em regra, esses veículos são conduzidos por cavalos, mas o CTB não definiu qual tipo de animal 
deve conduzir veículos. Veremos mais adiante que o Código prevê e regulamenta que estes tipos 
de veículos devem ser registrados e licenciados. Prevê ainda que a autorização para conduzir esse 
veículo deve ser feita pelo órgão executivo de trânsito do MUNICÍPIO, após a elaboração de uma 
legislação municipal. 
Legislação municipal, professor, sério isso? 
É sério, mas difícil é identificar um Município brasileiro que tem isso bem regulamentadinho, não 
é mesmo?! (rsrs) 
Bom, mas o que nos interessa aqui e conhecê-los e o nosso estimado Código subdivide e conceitua 
os veículos de tração animal da seguinte forma: 
Anexo I CTB: 
CARROÇA: veículo de tração animal destinado ao transporte de carga; 
CHARRETE: veículo de tração animal destinado ao transporte de pessoas. 
 
 
 
 
 
 carroça charrete 
E só! 
A seguir, os veículos de propulsão humana, esses mais simples ainda de entender! 
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1.1.5. Veículos de PROPULSÃO HUMANA 
Adivinha quem é o responsável por tracionar esse tipo de veículo? 
É nóis na fita, mano! 
Pois é, para que o veículo de propulsão humana se desloque é preciso que pessoas estejam em 
sua traseira ou sobre eles. 
O Anexo I do Código nos traz as definições de alguns dos principais veículos de propulsão humana 
por ele regidos: 
Anexo I CTB: 
BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas rodas, não sendo, para 
efeito do CTB, similar à motocicleta, motoneta e ao ciclomotor; 
CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no transporte de pequenas 
cargas; 
CICLO - veículo de pelo menos duas rodas à propulsão humana. 
 
 
 
 
 
Do mesmo modo que os veículos de tração animal, o CTB também prevê para este tipo de veículo 
que a regulamentação de seus registros, licenciamentos e a respectiva autorização para conduzi-
los seja de responsabilidade do órgão executivo de trânsito do MUNICÍPIO, após a elaboração de 
uma legislação municipal. 
Agora pergunto? Você já viu em seu município alguma bicicleta ou carro de mão registrado e 
licenciado? (rsrs) 
Bom, muito provavelmente sua resposta será negativa, pois essa também é uma realidade distante 
de ser alcançada em um país de extensão territorial tão grande e de tantos municípios como o 
Brasil. No entanto, não se esqueça: há previsão legal para isso no CTB!! 
Sigamos! 
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2.2. Classificação de Veículos quanto à ESPÉCIE 
Classificar um veículo quanto à espécie significa entender que tipo e a que se destina a carroçaria 
deste veículo. Para fins didáticos temos que a carroçaria é a “carcaça” instalada sobre a parte 
rígida do veículo, ou seja, sobre o seu chassi. 
 
 
 
 
Assim, um veículo com uma carroçaria para transporte de passageiros é o da espécie 
passageiro; um veículo com a carroçaria própria para o transporte de cargas é da espécie carga. 
Fazendo um recorte do nosso quadro de classificações, teremos, além destas duas, as demais 
classificações quanto à espécie trazidas pelo CTB. 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos então às principais características de cada uma delas! 
2.2.1. Veículos da Espécie PASSAGEIROS 
São aqueles destinados ao transporte de pessoas e suas bagagens. E aí é importante ressaltar a 
diferença entre bagagem e carga. Você sabe? Se não, não esqueça: 
 
BAGAGEM = PERTENCES PESSOAIS DO CONDUTOR E PASSAGEIRO 
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Assim, segundo este entendimento, a bagagem não é considerada como carga. Se assim o fosse, 
este veículo se enquadraria na espécie mista (passageiro + carga). 
Veja abaixo alguns tipos de veículos de passageiros encontrados no Anexo I do CTB: 
Anexo I CTB: 
AUTOMÓVEL: veículo automotor destinado ao transporte de passageiros com 
capacidade para até 08 pessoas, exclusive o condutor. 
Conclui-se então que AUTOMÓVEL é aquele veículo de transporte de passageiros cuja 
carroçaria só pode transportar até 09 pessoas (oito passageiros + o condutor). 
MICRO-ÔNIBUS: veículo automotor de transporte coletivo, com capacidade para até 
20 passageiros. 
Conclui-se assim que MICRO-ÔNIBUS é aquele veículo de transporte coletivo de 
PASSAGEIROS cuja carroçaria transporta no mínimo 09 e no máximo 20 passageiros; 
ÔNIBUS: veículo automotor de transporte coletivo, com capacidade para mais de 20 
passageiros, ainda que, em virtude de adaptações visando à maior comodidade destes, 
transporte número menor. 
 
 
 
 
 
 
 
Apesar de serem definições simples, as bancas de concursos gostam de confundir o candidato 
quanto à quantidade máxima de pessoas transportadas em cada tipo acima. Algumas questões 
trocam a palavra “pessoas” por “passageiros" e vice-versa, o que pode trazer problemas àqueles 
mais desavisados. 
É só prestar bem atenção a essas definições, procurando, mais do que memorizá-las, entendê-las. 
Garanto que você, meu aluno, não será pego de surpresa! 
2.2.2. Veículos da espécie CARGA 
São aqueles destinados ao transporte de carga, podendo ainda transportar 02 passageiros, 
exclusive o condutor, ou seja, além da carga e do condutor, sua carroçaria permite que 02 
passageiros possam também por ele ser transportados. 
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A legislação nos traz as definições de alguns desses veículos de CARGA. Veja: 
Anexo I CTB: 
CAMINHONETE: veículo destinado ao transporte de carga com Peso Bruto Total – PBT 
- de até 3500 kg; 
Resolução CONTRAN nº 290/08: 
CAMINHÃO: veículoautomotor destinado ao transporte de carga, com PBT acima de 
3.500 kg, podendo tracionar ou arrastar outro veículo, desde que tenha Capacidade 
Máxima de Tração compatível. 
 
 
 
 
 
 
 
Sei que você deve estar se perguntando sobre o significado de Peso Bruto Total (PBT) e Carga 
Máxima de Tração (CMT) citados acima. Tais conceitos, presentes no Anexo I do CTB, foram 
atualizados pela Resolução CONTRAN nº 290/08. Você os conhecerá mais adiante, quando 
estudarmos sobre a identificação dos veículos. 
No quadro das classificações, temos ainda entre os veículos de carga e de passageiro as 
motocicletas, as motonetas e os ciclomotores. 
É importante que você saiba as diferenças conceituais entre esses três veículos, e sabe onde 
encontramos tais diferenças? Adivinha? 
No Anexo I do Código! Confira: 
Anexo I CTB: 
MOTOCICLETA: veículo automotor de 02 rodas, com ou sem sidecar, dirigido por 
condutor em posição MONTADA. 
MOTONETA: veículo automotor de 02 rodas, dirigido por condutor em posição 
SENTADA. 
CICLOMOTOR: conhecido vulgarmente como mobilete, é um veículo de 02 ou 03 
rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja CILINDRADA não exceda a 50 
cinquenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e cuja velocidade máxima de 
fabricação não exceda a 50 km/h. 
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 Motocicleta Motoneta Ciclomotor 
 
 
O quadro a seguir, trazido pelo professor Leandro Macedo em sua obra “Legislação de Trânsito 
Descomplicada”, nos traz uma síntese das principais similaridades e diferenças entre as 
motocicletas, motonetas e ciclomotores. Por ser bastante inteligente e didático, achei interessante 
reproduzi-lo para consolidação de seu aprendizado. 
Veja: 
CARACTERÍSTICAS MOTOCICLETA MOTONETA CICLOMOTOR 
NÚMERO DE RODAS 02 02 02/03 
POSIÇÃO Montado Sentado Qualquer 
posição 
VELOCIDADE Sem limite Sem limite Não passa de 
50 km/h 
CILINDRADA Acima de 50cc Acima de 50cc Não passa de 
50 cc 
HABILITAÇÃO “ A “ “ a “ “ a ou acc “ 
ESPÉCIE Passageiro 
Carga 
Passageiro 
Carga 
Passageiro 
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OBRIG. DO USO DO 
CAPACETE 
Sim Sim Sim 
Destaco algumas particularidades constantes do quadro acima, para as quais vale a pena chamar 
a sua atenção: 
 
 
 
➢ Os CICLOMOTORES jamais serão veículos de carga, pois você há de convir que sua 
estrutura e limitação de potência não são compatíveis para esse tipo de transporte; 
➢ É obrigatório o uso de capacete para os condutores dos três tipos de veículos acima. 
 
Não podemos deixar de falar também nos famosos quadriciclos, conceituando-os conforme o 
CTB: 
Anexo I CTB: 
QUADRICICLO: São veículos de estrutura mecânica igual à da motocicleta, possuindo 
eixos dianteiros e traseiro, dotado de quatro rodas, classificados tanto na espécie de 
passageiro quanto na de carga. 
 
 
 
 
2.2.3. Veículos da espécie MISTO 
Veículo misto é veículo automotor destinado ao transporte simultâneo de carga e de passageiro. 
Veja abaixo os dois tipos de veículos conceituados no Anexo I do CTB: 
Anexo I CTB: 
CAMIONETA: veículo misto destinado ao transporte de passageiros e carga no mesmo 
compartimento. 
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UTILITÁRIO: veículo misto caracterizado pela versatilidade do seu uso, inclusive fora de 
estrada. 
 
 
 
 
 
 
 
 Camioneta Utilitário 
 
Quanto à camioneta, cabe ainda ressaltar que Resolução do CONTRAN regulamenta que em caso 
de alteração da sua lotação, esta continua como camioneta até a lotação de 09 pessoas, 
classificada ainda como um veículo misto. Caso transporte 10 ou mais pessoas, sua classificação 
muda para o tipo micro-ônibus e para a espécie passageiro. 
2.2.4. Veículos da Espécie COLEÇÃO 
O CTB nada fala e meus texto sobre os veículos de coleção, mas para matar sua curiosidade, saiba 
que, caro aluno, que segundo estabelece Resolução do CONTRAN, para que um veículo seja 
classificado e registrado como de COLEÇÃO, ele deve possuir os seguintes requisitos 
obrigatórios: 
✓ ter sido fabricado há mais de 30 anos; 
✓ conservar suas características originais de fabricação; 
✓ integrar uma coleção; 
✓ apresentar certificado de originalidade. 
2.2.5. Veículos da Espécie COMPETIÇÃO 
Os veículos automotores, inclusive motocicleta, motonetas e ciclomotores poderão ser registrados 
na espécie competição! 
Para que um veículo seja registrado como de competição, é necessária uma manifestação de seu 
proprietário no sentido de solicitar ao DETRAN de registro desse veículo uma autorização prévia 
para que seja providenciado o registro na nova espécie. 
A depender da transformação sofrida, existem dois tipos de veículos de competição citados pela 
legislação de trânsito: 
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1-) Aqueles que sofreram alterações para ficarem mais potentes: 
 
 
 
 
2-) Aqueles que foram construídos exclusivamente para competição, ou seja, os protótipos: 
 
 
 
 
 
Destaco ainda que, no primeiro caso, o do veículo que tenha ALTERADA qualquer de suas 
características para competição ou finalidade análoga, só poderá circular nas vias públicas com 
licença especial da autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados. 
2.2.6. Veículos da Espécie TRAÇÃO 
Caro aluno, antes de falar sobre os veículos desta espécie, preciso alertá-lo para que você não 
confunda veículos de tração animal com veículos da espécie tração. 
Os veículos de tração animal, já vimos, são aqueles que necessitam de um animal para que eles se 
desloquem. Já os veículos da espécie tração são aqueles que tracionam outro veículo ou que 
operam maquinários agrícolas. O CTB define como veículos desta espécie o caminhão-trator, o 
trator de rodas, o trator de esteira e o trator misto. 
Para a sua prova, é importante conhecer como o Anexo I do CTB nos define o caminhão-trator e 
o trator: 
Anexo I CTB: 
CAMINHÃO-TRATOR: veículo automotor destinado a tracionar ou arrastar outro 
veículo. 
TRATOR: veículo automotor construído para realizar trabalho agrícola, de construção e 
pavimentação e tracionar outros veículos e equipamentos. 
 
 
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 Caminhão-Trator Trator de Rodas Trator de Esteira Trator 
Misto 
 
Quanto aos tipos de tratores, como ilustrado acima, a legislação nos traz os seguintes: 
 
TRATOR de RODAS: aquele que possui roda (pneumáticos); 
TRATOR de ESTEIRA: aquele que nos lembra os tanques de guerra; 
TRATOR MISTO: aquele que possui esteira e pneus. 
 
2.2.7. Veículos da espécie ESPECIAL 
O veículo da espécie especial é o nosso “patinho feio”, pois é aquele que não pertence à espécie 
passageiro, carga, misto, competição, tração ou coleção. 
Repetindo: o veículo que não se enquadra em nenhuma espécie (passageiro, carga, 
misto, competição, tração ou coleção) será classificado na espécie ESPECIAL. 
ale ressaltar que o que torna um veículo especial é a sua carroçaria. São os casos, por exemplo, 
de um caminhão adaptado para ser um trio elétrico ou um automóvel que foi transformado em 
ambulância ou emveículo de funeral. Após as mudanças, estes veículos passaram a pertencer à 
espécie especial. Abaixo, os exemplos acima citados: 
 
 
 
 
 
 
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Além desses veículos adaptados, cuja regulamentação de adaptação está prevista na Resolução 
CONTRAN nº 291/08, o Anexo I do CTB nos traz outros dois que são também classificados nessa 
mesma espécie. São eles: 
Anexo I CTB: 
TRAILER: reboque ou semirreboque tipo casa, com duas, quatro, ou seis rodas, 
acoplado ou adaptado à traseira de automóvel ou camionete, utilizado em geral em 
atividades turísticas como, alojamento ou para atividades comerciais. 
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME): veículo automotor, cuja carroçaria é fechada e 
destinada a alojamento, escritório, comércio ou finalidades análogas. 
 
 
 
 Trailer Motorhome 
Beleza? 
Sigamos agora com a terceira modalidade de classificação dos veículos: a categoria! 
2.3. Classificação de Veículos quanto à CATEGORIA 
Classificar um veículo quanto à categoria é mostrar a que se destina determinado veículo ou a que 
finalidade ele se presta. 
Poderíamos também definir a categoria como a destinação dada ao veículo em caráter de 
permanência, uma vez que vem consignada num documento definitivo chamado CRV (Certificado 
de Registro de Veículo). 
Só relembrando, as categorias de veículos previstas no CTB são as seguintes: 
 
As categorias dos veículos são diferenciadas pelas cores de suas placas, e não pela numeração 
destas. Você como proprietário, pode requerer a mudança de categoria do seu veículo. A cor 
da placa será mudada, mas a sua numeração continuará com os mesmos caracteres até a baixa 
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do veículo! Este tema será detalhado mais adiante quando tratarmos da identificação dos 
veículos. Por hora, é o que você precisa saber! 
Uma pausa para exercitarmos! 
 
 
 
[VUNESP – PREF. SUZANO/SP – 2016] Julgue o item a seguir. 
O artigo 96 do CTB classifica os veículos quanto a espécie em passageiros, carga, misto, tração, 
especial, coleção e aprendizagem. 
Comentário: 
Tranquila, não é mesmo? Vamos aproveitar para revisar a classificação de veículos quanto à 
espécie: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como se pode ver, a assertiva erra ao incluir a espécie aprendizagem na classificação acima. 
Aprendizagem é uma categoria de veículo! 
Gabarito: Errado 
Em seu art. 97, o CTB nos ensina que as características dos veículos, suas especificações básicas, 
configuração e condições essenciais para registro, licenciamento e circulação serão estabelecidas 
pelo CONTRAN, em função de suas aplicações 
Certinho? 
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Bom, encerramos aqui o estudo sobre as classificações dos veículos. Trataremos agora de alguns 
tipos de veículos que não estão dispostos de forma explícita no quadro de classificações, mas que 
necessitam, para efeitos de provas, de uma atençãozinha especial. 
Vamos a eles!! 
2.4. Veículos Especiais – Regras Principais 
Comecemos pelos veículos de emergência e de utilidade pública! 
2.4.1. Veículos de EMERGÊNCIA 
Querido aluno, já conversamos sobre esses tipos de veículos quando estudamos sobre as normas 
gerais de circulação e conduta. Gostaria apenas de complementar e reforçar o estudo com 
algumas informações. 
Toda a regulamentação sobre estes veículos, encontrada no art. 29 do CTB, foi complementada e 
mais detalhada na Resolução CONTRAN nº 268/08. Como já estudamos as prerrogativas de 
trânsito destes veículos, vamos aqui apenas relembrar quais veículos são enquadrados como de 
emergência, segundo a referida legislação. 
São veículos de emergência: 
 
 
 
✓ os destinados a socorro de incêndio e salvamento; 
✓ os de polícia; 
✓ os de fiscalização e operação de trânsito. 
✓ as ambulâncias e; 
✓ os de salvamento difuso (esse trazido pela Resol 268), ou seja, os destinados a serviços 
de emergência decorrentes de acidentes ambientais. 
 
 
 
 
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Lembro-lhe que estes veículos devem possuir luz vermelha intermitente e dispositivo de alarme 
sonoro e que esses equipamentos devem ser utilizados quando em efetivo serviço de urgência. 
2.4.2. Os veículos prestadores de SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA 
Devemos entender serviços de utilidade pública como aqueles destinados a atender a interesses 
de sujeitos indeterminados, prestando serviços públicos ou, de interesse coletivo ou geral. 
Na aulas sobre as normas gerais de circulação e conduta estudamos também sua prerrogativa de 
trânsito qual seja: gozam de livre parada e estacionamento quando em efetivo serviço e 
devidamente sinalizados. 
Esses serviços foram enumerados pela já citada Resolução nº 268/08. Segundo o que dispõe o art. 
3º, §1º, dessa norma, são veículos de utilidade pública os seguintes: 
✓ os destinados à manutenção e reparo de redes de energia elétrica, de água e 
esgotos, de gás combustível canalizado e de comunicações; 
✓ os que se destinam à conservação, manutenção e sinalização viária, quando a 
serviço de órgão executivo de trânsito ou executivo rodoviário; 
✓ os destinados ao socorro mecânico de emergência nas vias abertas à circulação 
pública; 
✓ os veículos especiais destinados ao transporte de valores; 
✓ os veículos destinados ao serviço de escolta, quando registrados em órgão 
rodoviário para tal finalidade; 
✓ os veículos especiais destinados ao recolhimento de lixo a serviço da administração 
pública. 
 
 
 
Estes veículos devem estar identificados pela instalação de dispositivo, não removível, de ilumina-
ção intermitente ou rotativa, e somente com luz amarelo-âmbar. A Resolução também proíbe o 
acionamento ou energização do dispositivo luminoso durante o deslocamento do veículo, exceto 
quando em efetivo serviço de utilidade pública. 
 
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2.4.3. Veículos EXCEPCIONAIS 
Caro aluno, não é todo e qualquer veículo com todo e qualquer tamanho ou peso que pode 
transitar livremente em nossas vias abertas à circulação! 
O CTB procurou estabelecer certos limites regulamentando que somente poderá transitar pelas 
vias terrestres o veículo cujo peso e dimensões atenderem aos limites estabelecidos pelo 
CONTRAN (art. 99). O excesso de peso será aferido por equipamento de pesagem ou pela 
verificação de documento fiscal e será tolerado um percentual sobre os limites de peso bruto total 
e peso bruto transmitido por eixo de veículos à superfície das vias, quando aferido por 
equipamento tudo conforme estabelecer o CONTRAN. 
Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na pesagem de veículos serão aferidos de acordo com 
a metodologia e na periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN, ouvido o órgão ou entidade de 
metrologia legal. 
 
 
 
Ao longo dos anos o CONTRAN vem, através de diversas Resoluções, regulamentando tanto os 
limites de peso como os de dimensões dos veículos. São Resoluções um tanto quanto complexas 
e várias delas foram cobradas no último concurso PRF, a exemplo das Resoluções CONTRAN nº 
210/06, 211/06 e 258/07, a serem por nós estudadas um pouco mais na frente em nosso curso. 
No entanto, no intuito de prepará-lo em alto nível, não deixaremos de citá-las quando necessário. 
Nesse tópico,faremos um voo rasante e resumido sobre tais tipos de veículos, beleza? 
Continuando, destacamos que o CTB traz também a previsão de exceções à regra do art. 99, 
quando versa, em seu art. 101, com a redação alterada pela Lei nº 14.071/20, que ao veículo ou 
combinação de veículos utilizado no transporte DE CARGA, que não se enquadre nos limites de 
peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser concedida, pela autoridade com 
circunscrição sobre a via, Autorização Especial de Trânsito - AET, com prazo certo, válida para 
cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. 
Professor, entendi a regra, mas qual foi mesmo a mudança promovida pela Lei nº 14.071/20 no 
art. 101? Parece muito igual ao que já era! 
É, caro aluno, de fato a mudança é bem sutil, quase imperceptível, mas importante: o legislador 
apenas retirou o termo “indivisível” da redação do dispositivo, o que significa dizer que a regra 
do art. 101 não é mais apenas para os veículos de transporte de carga indivisível, mas sim para 
TODO e QUALQUER veículo ou combinação de veículo de transporte de carga! 
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Entendido? 
Mas atenção: 
A autorização não exime o beneficiário da responsabilidade por eventuais danos que o 
veículo ou a combinação causar à via ou a terceiros. 
Saiba ainda que a Lei nº 14.071/20 REVOGOU a regra do §1º do art. 101, segundo a qual, a 
autorização seria concedida mediante requerimento que especificará as características do veículo 
ou combinação de veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do deslocamento inicial. 
Essa regra tá fora do CTB! 
Bom dando seguimento, estabelece o art. 102, que o veículo de carga deverá estar devidamente 
equipado quando transitar, de modo a evitar o derramamento da carga sobre a via. E será o 
CONTRAN que fixará os requisitos mínimos e a forma de proteção das cargas, de acordo com a 
sua natureza. 
No art. 100, temos o mandamento de que nenhum veículo ou combinação de veículos poderá 
transitar com lotação de passageiros, com peso bruto total, ou com peso bruto total combinado 
com peso por eixo, superior ao fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a capacidade máxima de 
tração da unidade tratora. 
Situações como as das figuras a seguir, nem pensar! (rsrs) 
 
 
 
 
 
No art. 100, temos ainda algumas especificidades inseridas num passado não muito distantes no 
Código e que podem chamar atenção da banca: 
 
 
 
 
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➢ Os veículos de transporte coletivo de passageiros poderão ser dotados de pneus 
EXTRALARGOS. 
 
 
 
➢ O CONTRAN regulamentará o uso de pneus EXTRALARGOS para os demais veículos. 
 
 
 
 
Isso quer dizer que agora será permitida a colocação de pneus extralargos em veículos de 
transporte coletivos de passageiros, o que antes não era permitido! Perceba que o §1º do art. 100 
usa o verbo "poderá", o que representa uma faculdade e não uma obrigação de instalação desses 
tipos de pneus nos ônibus de demais veículos que fazem esse tipo de transporte. 
Para os demais veículos, o CONTRAN ainda regulamentará como deverá ser o uso dos pneus 
extralargos neles. Tranquilo? 
E pensa que parou par aí? Não, não! 
No seu §3º, o art. 100 nos traz mais uma regra recente a respeito desses mesmos veículos de 
transporte de passageiros! 
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 Confira: 
 
 
 
 
➢ É PERMITIDA a fabricação de veículos de transporte de passageiros de até 15 m de 
comprimento na configuração de chassi 8x2. 
 
 
 
 
 
 
 
Como você pode ver nas duas figuras acima, dizer que um veículo tem chassi 8x2 significa afirmar 
que ele tem 08 rodas, com 04 eixos em que apenas 02 rodas tracionam o veículo. 
Não esqueça que essa nova regra é aplicável aos veículos de transporte COLETIVO de passageiros 
de até 15 metros, ok?! 
A seguir, os veículos de transporte de carga indivisível. 
2.4.4. Veículo de Transporte de CARGA INDIVISÍVEL 
Considera-se como carga indivisível aquela carga que não se divide e que, devido às suas super 
dimensões de tamanho e/ou peso, necessitam de veículos ou combinação de veículos adequados 
para seu transporte. É de se imaginar que grande parte desses veículos, como se pode observar 
nos exemplos das figuras abaixo, por conta da necessidade de transporte de grandes cargas, terão 
excedidos seus pesos e tamanhos. 
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Pois bem, de acordo com o art. 101 do CTB, aos veículos ou combinação de veículos utilizados no 
transporte de carga, que não se enquadrem nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo 
CONTRAN, poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, Autorização 
Especial de Trânsito (AET), com prazo certo, válida para cada viagem, atendidas as medidas de 
segurança consideradas necessárias. 
Quanto às cargas indivisíveis, temos também os guindastes auto propelidos ou sobre 
caminhões, que se misturam com o próprio veículo. 
 
 
 
A esses veículos poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, 
Autorização Especial de Trânsito (AET), com prazo de 06 meses, atendidas as medidas de 
segurança consideradas necessárias. 
De um modo ou de outro (art. 102): 
O veículo de carga deverá estar devidamente equipado quando transitar, de modo a 
evitar o derramamento da carga sobre a via. 
O desrespeito à regra acima, leva ao cometimento as seguinte infração de trânsito: 
Art. 231. Transitar com o veículo: 
(...) 
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via: 
a) carga que esteja transportando; 
Infração - gravíssima; 
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Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização; 
Saiba ainda que é o CONTRAN o responsável por fixar os requisitos mínimos e a forma de 
proteção das cargas de que trata este artigo, de acordo com a sua natureza. 
Beleza? 
Sigamos com o famosos “pau-de-arara”! 
2.4.5. Veículos PAU-DE-ARARA 
Esses veículos são bem conhecidos , especialmente nas cidades do interior do nosso país, não é 
mesmo? 
 
 
 
 
E eles estão autorizados a assim trafegarem, professor? 
Minha resposta é: DEPENDE! 
A regra fundamental é a da proibição do transporte de pessoas em veículos de carga! 
Entretanto, o próprio CTB, em seu art. 108, regulamenta que onde não houver linha regular de 
ônibus, a autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a título precário, o transporte 
de passageiros em veículo de carga ou misto (vulgo “pau-de-arara”), desde que obedecidas as 
condições de segurança estabelecidas pelo próprio Código e pelo CONTRAN. 
 
 
 
 
 
➢ Tal autorização não poderá exceder a 12 meses, prazo a partir do qual a autoridade 
pública responsável deverá implantar o serviço regular de transporte coletivo de 
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passageiros, em conformidade com a legislação pertinente e com os dispositivos 
deste Código. 
 
 Já o contrário, o transporte de carga em veículos destinados ao transporte de passageiros só 
pode ser realizado de acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN. 
2.4.6. Combinaçãode Transporte de Veículos - CVT 
A CTV, ou “Combinação para o Transporte de Veículos", vulgarmente conhecida como cegonha, 
é o veículo, ou combinação de veículos, construído ou adaptado especialmente para o transporte 
de automóveis, vans, ônibus, caminhões e similares. 
 
 
 
 
Da mesma forma que os veículos de transporte de cargas indivisíveis, as CTV, construídas e 
destinadas exclusivamente ao transporte de outros veículos, cujas dimensões excedam aos limites 
previstos, só poderão circular nas vias portando Autorização Especial de Trânsito - AET. 
2.4.7. Combinação de Veículos de Carga - CVC 
As CVC, “Combinações de Veículos de Carga”, são veículos em que a unidade tratora está ligada 
no mínimo a duas unidades fracionadas. 
 
 
 
 
Finalizamos então o assunto classificação dos veículos. No próximo tópico, estudaremos os 
aspectos mais importantes trazidos no CTB no que diz respeito à segurança veicular. 
 
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2. A Segurança Veicular 
Para falarmos sobre segurança veicular, é preciso começar logo com o que o Código de Trânsito 
nos diz a respeito dos equipamentos obrigatórios dos veículos. 
Vamos lá! 
2.1. Equipamentos Obrigatórios 
Para o estudo da segurança veicular, vamos à primeira e mais básica regra fundamental extraída 
do art. 103 do CTB: 
Art. 103. O veículo SÓ PODERÁ transitar pela via quando ATENDIDOS OS 
REQUISITOS E CONDIÇÕES DE SEGURANÇA estabelecidos neste Código e em 
normas do CONTRAN. 
Nada mais óbvio, esse artigo determina que os veículos, para circularem em via pública, deverão 
estar em boas condições de trafegabilidade a fim de que haja segurança tanto para os que estão 
se deslocando em seu interior como para as demais pessoas e veículos. 
Daí você me pergunta: professor, mas quais são estes requisitos e condições de segurança que o 
CTB estabeleceu? 
Bom, para que um veículo seja seguro e de boa trafegabilidade, é fácil concluir que ele precisa 
estar com todos os seus equipamentos de segurança e sua mecânica em perfeitas condições, 
concorda? 
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Todos sabemos que um veículo é composto por uma enorme quantidade de peças e itens e muitos 
deles são de extrema importância para a segurança veicular. Pois bem, em seu art. 105, o CTB 
nos traz um rol de equipamentos considerados obrigatórios. De acordo como esse dispositivo, 
são os seguintes os equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos 
pelo CONTRAN: 
 
E atenção, muita atenção, pois a Lei nº 14.071/20 adicionou mais um equipamento obrigatório no 
rol acima! Confira: 
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem 
estabelecidos pelo CONTRAN: 
(...) 
VIII - LUZES DE RODAGEM DIURNA. 
Luzes de rodagem diurna, professor? O que são elas? 
Os faróis com DRL (Sigla de Daytime Running Light), que significa luz de rodagem diurna, são a 
nova moda da indústria automotiva. Elas têm a função de deixar o carro visível durante o dia sem 
que o motorista precise usar o farol baixo. Todavia, elas também costumam ser usadas como 
elementos de design, integrando-se às linhas do carro. 
 
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O farol com luz de rodagem diurna (DRL) pode ser integrado aos faróis ou posicionado 
separadamente, no para-choque e isso varia de acordo com a marca e o modelo do veículo. Sua 
função, porém, não muda. O DRL é destinado apenas para uso em condições de luz natural. 
Quando o veículo estiver trafegando em dias de baixa iluminação ou em outras condições 
meteorológicas, o motorista deverá utilizar os demais recursos do sistema de iluminação. 
O Centro de Experimentação e Segurança Viária do Brasil (Cesvi-Brasil) explica que o DRL é 
acionado automaticamente assim que o carro é ligado. Desse modo, não exige qualquer ação do 
motorista. O DRL tem a função de melhorar significativamente a visibilidade do veículo sob 
iluminação natural. O objetivo não é auxiliar o motorista a visualizar a estrada, mas sim fazer com 
que o veículo se torne perceptível (para outros condutores). 
Eita, professor, então adeus às luzes de posição, não é mesmo? Não precisaremos mais delas! 
Não é isso não! Não confunda uma coisa com outra! 
As luzes de posição não deixaram e nem deixarão de existir e, ao contrário das luzes de rodagem 
diurna, as de posição são acionadas pelo motorista. Elas também têm a função de tornar o veículo 
mais visível, mas como emitem menor intensidade de luz, quase não são perceptíveis quando 
utilizadas durante o dia. Por isso, não substituem os faróis em circunstância alguma, tampouco o 
DRL, ok? 
Professor, entendi quais são os itens obrigatórios para os veículos, mas só são estes? Todos os 
demais itens constantes em meu veículo, se não fazem parte da lista acima, posso então 
desconsiderá-los como obrigatórios e até abrir mão de alguns deles? 
De jeito nenhum!!! 
Se você der uma lida no mesmo art. 105, agora em seu §1º, você verá que essa lista é apenas 
exemplificativa, pois nele, o CTB delega ao CONTRAN poderes para determinar quais são os 
demais itens obrigatórios. 
O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos obrigatórios dos veículos e 
determinará suas especificações técnicas. 
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E assim o CONTRAN o fez! 
Logo após o início da vigência do código foi editada a importantíssima e cobradíssima Resolução 
CONTRAN nº 14/98, já atualizada e complementada por várias outras, e que traz um rol de itens 
obrigatórios para os automóveis e ônibus elétricos, para os reboques e semirreboques, para as 
motocicletas, motonetas e triciclos, para os ciclomotores, para os tratores de rodas, esteira e 
mistos e para os quadriciclos. 
A importância dessa Resolução é tamanha que foi uma das cobradas no conteúdo programático 
do último concurso PRF e que logo em breve será por nós estudada! Outros itens, no decorrer 
dos anos, foram regulamentados como obrigatórios pelo CONTRAN. Seria uma tarefa hercúlea 
tentar memorizar todos. Aqui no nosso curso, não se preocupe, você terá tudo na medida certa! 
Ah, e quanto ao “registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo”, o famoso 
tacógrafo, o CTB dispõe ainda que, em caso de acidente com vítima envolvendo veículo com 
equipado com este equipamento, somente o perito oficial encarregado do levantamento pericial 
poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do registro (art. 279). 
 
 
 
 
E atenção: 
 
 
 
 
Em seu art. 106, o CTB estabelece que no caso de fabricação artesanal ou de modificação de 
veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição de equipamento de segurança especificado pelo 
fabricante, será também exigido, para licenciamento e registro, Certificado e Segurança expedido 
por instituição técnica credenciada por órgão ou entidade de metrologia legal, conforme norma 
elaborada pelo CONTRAN. 
Agora atenção para mais uma inovação trazida pela Lei nº 14.071/20, ao inserir o parágrafo único 
no art. 106, assim estabelecendo: 
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➢ Quando se tratar de BLINDAGEM DE VEÍCULO, NÃO SERÁ EXIGIDO QUALQUER 
OUTRO DOCUMENTO OU AUTORIZAÇÃO para o REGISTRO ou o 
LICENCIAMENTO.. 
 
Bom, a regra acima por si só se fala, não é? Ela é uma exceção à do caput, estabelecendo que 
toda vez quealgum proprietário precisar fazer serviço de blindagem em seu veículo não será 
exigida qualquer outro documento ou autorização, eliminando-se, assim, a possibilidade de um 
Detran ou do Contran criarem mais burocracia para a regularização dos veículos blindados. 
Os veículos de aluguel, destinados ao transporte individual ou coletivo de passageiros (por 
exemplo, os táxis), deverão satisfazer, além das exigências aqui previstas, às condições técnicas e 
aos requisitos de segurança, higiene e conforto estabelecidos pelo poder competente para 
autorizar, permitir ou conceder a exploração dessa atividade. 
 
 
 
 
Entendido? E olha só que regras importantes e boas de prova: 
 
 
 
 
 
 
➢ É vedado, nas ÁREAS ENVIDRAÇADAS do veículo: 
✓ o uso de CORTINAS, PERSIANAS FECHADAS OU SIMILARES nos veículos em 
movimento, salvo nos que possuam espelhos retrovisores em ambos os lados. 
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✓ aposição de INSCRIÇÕES, PELÍCULAS REFLETIVAS OU NÃO, PAINÉIS 
DECORATIVOS OU PINTURAS, quando comprometer a segurança do veículo, na 
forma de regulamentação do CONTRAN. 
➢ É proibido o uso de inscrição de caráter publicitário ou qualquer outra que possa 
desviar a atenção dos condutores em toda a extensão do para-brisa e da traseira dos 
veículos, salvo se não colocar em risco a segurança do trânsito. 
➢ Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem prévia autorização da autoridade 
competente, fazer ou ordenar que sejam feitas no veículo modificações de suas 
características de fábrica. 
 
Atenção! 
Sobre a última regra acima citada, que é a do caput do art. 98 do CTB, a Lei nº 14.071/20 
promoveu um complemento a ela, por meio da inserção do §2º nesse dispositivo. Para entender 
essa regra complementar, é preciso revisarmos as diferenças entre diâmetro e aro de um pneu. A 
figura a seguir bem ilustra essas diferenças: 
 
 
 
 
 
 
 
Pois bem, e o que nos ensina então o novo §2º do art. 98? 
O seguinte: 
 
 
 
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➢ Veículos classificados na espécie MISTO, tipo UTILITÁRIO, CARROÇARIA JIPE 
poderão ter alterado o DIÂMETRO EXTERNO do conjunto formado por RODA E 
PNEU, observadas restrições impostas pelo fabricante e exigências fixadas pelo 
Contran. 
 
 
 
 
 
 
Ou seja, as alterações nos veículos devem seguir a regra geral do caput do art. 98, mas haverá 
maior liberdade para a alteração do diâmetro externo de uns veículos em especial: os da espécie 
MISTO, tipo UTILITÁRIO, CARROÇARIA JIPE! No entanto, os proprietários desses veículos não 
devem se animar tanto, pois a calibragem dessa tal liberdade deverá ser regulamentada pelo 
CONTRAN. 
A desobediência a cada uma das regras acima certamente incorrerá em infração de trânsito! 
Tratemos agora das regras trazidas pelo CTB para a inspeção veicular. 
2.2. A Inspeção Veicular 
Em seu art. 104, o CTB determina que os veículos em circulação terão suas condições de 
segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de ruído avaliadas mediante inspeção, 
que será obrigatória, na forma e periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para os itens de 
segurança e pelo CONAMA para emissão de gases poluentes e ruído. 
 
 
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Essa é a regra geral, mas a pergunta que se fazia sempre era a seguinte: todos os veículos devem 
ter a obrigatoriedade de realizar essa inspeção, mesmo os novinhos?? 
Para tentar sanar essa dúvida e estabelecer uma regra de maior bom senso, o legislador resolveu 
atualizar o CTB nesse quesito, aplicando as seguintes regras advindas dos novos §§ 6º e 7º do art. 
104: 
 
 
 
➢ Estarão isentos da inspeção: 
Veículos novo da categoria particular com capacidade para até 07 passageiros: 
✓ durante 03 anos a partir do primeiro licenciamento, desde que 
mantenham suas características originais de fábrica E não se envolvam em 
acidente de trânsito com danos de média ou grande monta. 
➢ Demais veículos novos: 
✓ durante o período de 02 anos a partir do primeiro licenciamento, desde 
que mantenham suas características originais de fábrica E não se envolvam em 
acidente de trânsito com danos de média ou grande monta. 
 
 
Os critérios para um agente de trânsito determinar se o sinistro foi de pequena, média ou grande 
monta estão previstos em Resolução do CONTRAN e são diferenciados a depender do tipo de 
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veículo. Assim, nas regras dos §§ 6º e 7º, o veículo, para se enquadrar no respectivo período para 
inspeção obrigatória, não pode ter alterada as suas características originais de fábrica e nem sofrer 
danos de média e grande monta antes da inspeção. 
Beleza? E sabe o que acontece se o veículo não for aprovado nessa inspeção? 
Eis a resposta (art. 104, §5º): 
 
 
 
➢ Será aplicada a medida administrativa de retenção aos veículos reprovados na 
inspeção de segurança e na de emissão de gases poluentes e ruído. 
 
Os veículos e motores novos ou usados que sofrerem alterações ou conversões são obrigados a 
atender aos mesmos limites e exigências de emissão de poluentes e ruído previstos pelos órgãos 
ambientais competentes e pelo CONTRAN, cabendo à entidade executora das modificações e ao 
proprietário do veículo a responsabilidade pelo cumprimento das exigências. 
E por fim, sobre a segurança veicular, cabe destacar que os importadores, as montadoras, as 
encarroçadoras e fabricantes de veículos e autopeças são responsáveis civil e criminalmente por 
danos causados aos usuários, a terceiros, e ao meio ambiente, decorrentes de falhas oriundas de 
projetos e da qualidade dos materiais e equipamentos utilizados na sua fabricação. 
Bom, é isso! 
Uma paradinha para exercitarmos: 
 
 
 
[UFMT – ANALISTA DE TRÂNSITO – DETRAN/MT – 2015 – Adapt.] Os veículos de qualquer 
espécie só poderão transitar pela via quando atendidos os requisitos e condições de segurança 
estabelecidos no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Sobre o assunto, julgue os itens a seguir. 
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01. Os fabricantes, os importadores, os montadores e os encarroçadores de veículos deverão 
emitir certificado de segurança, indispensável ao cadastramento no Registro Nacional de Veículos 
Automotores (RENAVAM). 
Comentário: 
Certíssimo! Segundo o art. 103, §1º, do CTB, os fabricantes, os importadores, os montadores e os 
encarroçadores de veículos deverão emitir certificado de segurança, indispensável ao 
cadastramento no Registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM). 
Gabarito: Certo 
02. O veículo que tiver alterada, para competição ou finalidade análoga, qualquer de suas 
características, não poderá de forma alguma circular nas vias públicas. 
Comentário: 
Não foi bem isso que nós estudamos! O veículo que tenha alterada qualquer de suas 
características para competição ou finalidade análoga, só poderá circular nas vias públicas 
com licença especial da autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados (art. 110). 
Gabarito: Errado 
03. No caso de fabricação artesanal de veículo, será exigido, para licenciamento e registro, 
certificado de segurança expedido por instituição técnica credenciada por órgão ou entidade de 
metrologia legal. 
Comentário: 
Perfeito! No caso de fabricaçãoartesanal de veículo, será exigido, para licenciamento e registro, 
certificado de segurança expedido por instituição técnica credenciada por órgão ou entidade de 
metrologia legal (art. 106). 
Gabarito: Certo 
04. Os veículos em circulação terão suas condições de controle de emissão de gases poluentes e 
de ruído avaliadas mediante inspeção pelo Conselho Nacional de Trânsito para os itens de 
segurança e para a emissão de gases poluentes e ruído. 
Comentário: 
Muito atenção aqui! Os veículos em circulação terão suas condições de controle de emissão de 
gases poluentes e de ruído avaliadas mediante inspeção pelo Conselho Nacional de Trânsito para 
os itens de segurança e pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) para emissão de 
gases poluentes e ruído (art. 104). 
Gabarito: Errado 
Estudaremos agora sobre a identificação veicular, ou seja, o que o CTB nos diz ser preciso para 
que cada veículo, saído de fábrica, tenha sua identificação própria e única. 
 
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3. A Identificação dos Veículos 
 
Querido aluno, para melhor compreendermos as regras sobre a identificação veicular, façamos 
uma analogia bem simples com nós, seres humanos. 
Desde o nascimento trazemos conosco algumas características capazes de nos distinguir de todos 
os outros seres humanos. Como exemplos temos a nossa impressão digital e a nossa íris ocular. 
São características internas que nos diferenciam e nos tornam únicos frente às demais pessoas em 
todo o planeta. 
Ademais, quando fazemos parte de uma sociedade, precisamos possuir certos documentos que, 
através de algum processo de numeração, também nos tornam únicos e nos identificam em nossas 
atitudes cotidianas perante a sociedade. Como exemplos temos o nosso documento de 
identidade, o CPF e a Carteira Nacional de Habilitação. Cada um deles carrega um código que 
nos singulariza na sociedade onde vivemos. São os nossos meios de identificação externa. 
Bom, tudo isso para dizer-lhe que com os veículos acontece algo bem semelhante! Ao serem 
fabricados, eles precisam ser também dotados de um tipo de “impressão digital” que os tornará 
únicos frente a todos os outros veículos em circulação. Essa é nada mais do que a sua identificação 
interna. 
Por outro lado, para poderem circular nas vias terrestres abertas à circulação em nosso país, os 
veículos precisam de um tipo de “documento de identidade” que torne fácil e rápida sua 
identificação a vista dos agentes de trânsito. Estamos falando de dispositivos responsáveis pela 
sua identificação externa. 
Diante do exposto, estudaremos a partir de agora sobre esses meios de identificação interna e 
externa dos veículos. 
Para começar, na figura abaixo temos de forma sintetizada os meios de identificação veicular 
existentes e necessários para todos os veículos, segundo o regulamentado pelo nosso querido 
CTB. 
 
 
 
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Vamos entendê-los à luz do nosso estimado Código! 
3.1. Elementos de Identificação INTERNA 
A identificação dos veículos, abordada no Código de Trânsito Brasileiro, é um dos títulos mais 
ricos em regulamentações devido à sua importância, uma vez que o veículo necessita ser 
individualizado quando for objeto de crime ou de infrações de trânsito. 
O CTB regulamenta que o veículo será identificado obrigatoriamente por caracteres gravados no 
chassi ou no monobloco, reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN. Esta 
gravação será realizada pelo fabricante ou montador, de modo a identificar o veículo, seu 
fabricante e as suas características, além do ano de fabricação, que não poderá ser alterado. 
Nesse contexto, cabe entender dois conceitos bem simples: 
▪ CHASSI: é a parte rígida do veículo sobre a qual deve ser colocada a carroçaria; 
▪ MONOBLOCO é a parte inteiriça do veículo. 
O CTB regulamenta ainda que as regravações dos caracteres acima citados, quando necessárias, 
dependerão de prévia autorização da autoridade executiva de trânsito e somente serão 
processadas por estabelecimento por ela credenciado, mediante a comprovação de propriedade 
do veículo, mantida a mesma identificação anterior, inclusive o ano de fabricação. 
Cabe destacar ainda uma das regras que vez por outra desperta a atenção das bancas: 
Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da autoridade executiva de 
trânsito, fazer, ou ordenar que se façam modificações da identificação de seu veículo. 
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==15dadb==
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O CONTRAN, por meio da Resolução nº 24/98, regulamentou como deverá ser disposta essa 
identificação interna. Essa foi mais uma das cobradas no último edital PRF e será logo em breve 
também por nós estudada! 
Sigamos com a identificação externa! 
3.2. Elementos de Identificação EXTERNA 
No tópico anterior, vimos que a identificação interna obrigatória do veículo dar-se-á através dos 
caracteres gravados no chassi ou no monobloco. Agora, com relação à identificação externa, o 
CTB versa que o veículo será identificado externamente por meio de placas dianteira e traseira, 
sendo esta (a traseira) lacrada em sua estrutura, obedecidas as especificações e modelos 
estabelecidos pelo CONTRAN. 
 
 
 
 
➢ Os caracteres das placas serão individualizados para cada veículo e o acompanharão 
ATÉ A BAIXA DO REGISTRO, sendo VEDADO seu reaproveitamento. 
 
 
 
 
É através das placas que os agentes de trânsito e os equipamentos utilizados na fiscalização fazem 
o primeiro reconhecimento do veículo, para fins de conferência com os dados cadastrais. Portanto, 
é indispensável que elas existam e estejam em perfeitas condições de visibilidade e legibilidade, 
tanto durante o dia quanto durante a noite. 
As placas serão confeccionadas por fabricantes credenciados pelo DETRAN de cada Estado e 
Distrito Federal, obedecendo às formalidades legais vigentes. Atente que é obrigatória a gravação 
do registro do fabricante em superfície plana da placa e da tarjeta, de modo a não ser obstruída 
sua visão quando afixadas nos veículos e de modo que se possa localizar e responsabilizar aquele 
que cometer fraude. 
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As especificações e os modelos das placas foram regulamentados pelas Resoluções nº 231/07 e 
241/07, já atualizadas por várias outras, e também cobradas no edital do último certame PRF! Mais 
na frente do nosso curso, você saberá tudo a respeito delas! 
E com relação ao tema, o CTB ficou moderninho de uns anos pra cá com a inserção do §9º do art. 
115, que assim dispõe: 
 
 
 
 
➢ As placas que possuírem tecnologia que permita a identificação do veículo ao qual 
estão atreladas são dispensadas da utilização do lacre, na forma a ser regulamentada 
pelo CONTRAN. 
 
É isso mesmo! 
O CONTRAN já regulamentou as placas que poderão trazer nelas tecnologia que permita toda a 
identificação do veículo a elas atreladas. As placas traseiras já não precisam ter mais os lacres, pois 
já são dotadas dos famosos QR Codes! 
 
 
 
 
 
E anota mais essas duas regrinhas: 
 
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➢ As disposições sobre a identificação externa não se aplicam aos veículos de uso BÉLICO. 
 
 
 
 
➢ Os veículos de 02 ou 03 rodas são dispensados da placa dianteira. 
 
 
 
 
As placasdos veículos oficiais, de representação, dos pertencentes às missões diplomáticas, das 
repartições consulares, dos organismos internacionais, dos funcionários estrangeiros 
administrativos de carreira e dos peritos estrangeiros de cooperação internacional foram 
excepcionadas das regras aqui estudadas recebendo atenção especial em algumas Resoluções do 
CONTRAN. 
Vamos conhecer agora as regras do CTB sobre determinados veículos especiais! 
3.3. Placas dos Veículos Oficiais 
As placas de veículos oficiais deverão conter, gravados nas tarjetas ou em espaço correspondente 
na própria placa, os seguintes caracteres: 
 Veículos oficiais da UNIÃO → B R A S I L; 
 Veículos oficiais das UNIDADES DA FEDERAÇÃO → nome da Unidade da Fede-
ração; 
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 Veículos oficiais dos MUNICÍPIOS → sigla da Unidade da Federação e nome do 
Município. 
3.4. As Cores das Placas dos Veículos Oficiais 
As cores das placas dos veículos oficiais variam a depender do cargo de quem este veículo conduz. 
O CONTRAN já editou algumas Resoluções para os veículos dos escalões superiores da 
Administração Pública, seja ela federal, estadual ou municipal. 
 
 
 
 
Em seu art. 115, §2º, o CTB determina que as placas com as cores VERDE e AMARELA da Bandeira 
Nacional serão usadas somente pelos veículos de representação pessoal das seguintes 
autoridades: 
 
 
 
 do Presidente e do Vice-Presidente da República 
 dos Ministros de Estado 
 dos Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos 
Deputados 
 do Presidente e dos Ministros do Supremo Tribunal Federal 
 do Advogado-Geral da União 
 do Procurador-Geral da República 
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Os veículos de representação dos Presidentes dos Tribunais Federais, dos Governadores, 
Prefeitos, Secretários Estaduais e Municipais, dos Presidentes das Assembleias Legislativas, das 
Câmaras Municipais, dos Presidentes dos Tribunais Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo 
chefe do Ministério Público e ainda dos Oficiais Generais das Forças Armadas terão placas 
especiais, de acordo com os modelos estabelecidos pelo CONTRAN. 
Quanto aos demais veículos oficiais, as placas são, em regra, de fundo branco e caracteres pretos. 
Ainda quanto a esse veículos, cabe ressaltar que, como norma de exceção, o CTB regulamenta 
que os veículos de propriedade da União, dos Estados e do Distrito Federal, devidamente 
registrados e licenciados, somente quando estritamente usados em serviço reservado de caráter 
policial, poderão usar placas PARTICULARES, obedecidos os critérios e limites estabelecidos pela 
legislação que regulamenta o uso de veículo oficial. 
E tem mais exceções para certas autoridades “especiais”: 
 
 
 
 
➢ Excepcionalmente, mediante autorização específica e fundamentada das respectivas 
corregedorias e com a devida comunicação aos órgãos de trânsito competentes, OS 
VEÍCULOS UTILIZADOS por membros do Poder Judiciário e do Ministério Público que 
exerçam competência ou atribuição criminal poderão temporariamente ter placas 
especiais, de forma a impedir a identificação de seus usuários específicos, na forma de 
regulamento a ser emitido, conjuntamente, pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ, 
pelo Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP e pelo Conselho Nacional de 
Trânsito - CONTRAN. 
 
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E por fim, sobre as placas, mais uma novidade! Trata-se do modelo que já começa a ser utilizado 
por muitos veículos dos países do MERCOSUL, inclusive, claro, os do Brasil! É ela: 
 
 
 
Esse novo modelo de placa já é utilizado em vários países devido ao contraste com a combinação 
alfanumérica, que permite uma melhor visualização e leitura pela fiscalização eletrônica. 
E para regulamentá-la, seguindo ainda a competência que lhe foi dada pelo art. 115 do CTB, o 
CONTRAN editou várias Resoluções a respeito, sendo a última em vigor a Resolução nº 780/19. 
Segundo esta norma, até 31 de janeiro de 2020 veículos a serem registrados, em processo de 
transferência de município ou de propriedade, ou quando houver a necessidade de substituição 
das placas, deverão ser identificados com Placas de Identificação Veicular no novo modelo. 
Bom, é isso! Vamos exercitar! 
 
 
 
[IAUPE – PREF. MUN. OLINDA/PE – 2011 – Adapt.] Julgue as alternativas a seguir referentes à 
identificação do veículo. 
01. O veículo de representação do Procurador-Geral da República terá placa especial. 
Comentário: 
Exatamente e são as placas de cor verde e amarela. Lembre-se das autoridades que podem usar 
essas placas: 
 
 
 
 
 
Gabarito: Certo 
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02. Os caracteres das placas serão individualizados para cada veículo e o acompanharão até a 
baixa do registro, sendo permitido seu reaproveitamento. 
Comentário: 
De jeito nenhum! Repetindo para não esquecer: os caracteres das placas serão individualizados 
para cada veículo e o acompanharão até a baixa do registro, sendo vedado seu reaproveitamento. 
(Errado) 
Gabarito: Errado 
03. Os veículos de duas ou três rodas são dispensados da placa dianteira. 
Comentário: 
Verdade também! foi um dos destaques que fiz e é o que nos ensina o art. 115 § 6º do CTB. 
Gabarito: Certo 
04. O veículo de representação pessoal do Presidente da República terá placa oficial na cor branca. 
Comentário: 
Essa tá uma moleza! Você já sabe: Presidente da República → placas verde e amarela. 
Gabarito: Errado 
05. O proprietário do veículo poderá fazer modificações na identificação de seu veículo, sem 
prévia permissão da autoridade competente. 
Comentário: 
Revisando o que vimos sobre a identificação: Cabe dizer também que nenhum proprietário 
poderá, sem prévia permissão da autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar que se façam 
modificações da identificação de seu veículo. 
Gabarito: Errado 
 
 
 
[CESPE/CEBRASPE – CBM/DF – 2011] Acerca das placas de identificação de veículos e de sua 
regulação, julgue o item subsequente. 
Não viola a legislação de trânsito o fato de a placa dianteira de um veículo do CBMDF não estar 
lacrada em sua estrutura. 
Comentário: 
Exatamente! De acordo com o caput do art. 115, o veículo será identificado externamente por 
meio de placas dianteira e traseira, sendo esta (a traseira) lacrada em sua estrutura, obedecidas as 
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especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN. Portanto, não viola a legislação de 
trânsito o fato de a placa dianteira de um veículo do CBMDF não estar lacrada em sua estrutura. 
Gabarito: Certo 
Por fim, as plaquetas de capacidade! 
3.5. As Plaquetas de Capacidade 
Querido aluno, existem veículos que, pelo risco que podem causar aos demais, pelo dano que 
podem causar à via e pela importância dada à sua carga, devem, além das identificações 
especificadas acima, possuir uma plaqueta de identificação da sua capacidade. 
Em seu art. 117, o CTB prevê que os veículos de tração, os veículos de transporte de carga e os 
coletivos de passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a inscrição indicativa: 
✓ de sua tara; 
✓ do Peso Bruto Total (PBT); 
✓ do Peso Bruto Total Combinado (PBTC) ou Capacidade Máxima de Tração 
(CMT) e; 
✓ de sua lotação. 
Um exemplo:Sobre esses termos PBT, PBTC e CMT, se você for ao Anexo I do CTB, encontrará a definição de 
para cada um desses, mas quero alertá-lo do seguinte: 
Anexo I CTB: 
TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e equipamento, do 
combustível, das ferramentas e dos acessórios, da roda sobressalente, do extintor de 
incêndio e do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas. 
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LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e passageiros, que o veículo 
transporta, expressa em quilogramas para os veículos de carga, ou número de pessoas, 
para os veículos de passageiros.. 
PESO BRUTO TOTAL (PBT) - peso máximo que o veículo transmite ao pavimento, 
constituído da soma da tara mais a lotação. 
PESO BRUTO TOTAL COMBINADO (PBTC) - peso máximo transmitido ao pavimento 
pela combinação de um caminhão-trator mais seu semirreboque ou do caminhão mais 
o seu reboque ou reboques. 
CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO (CMT) - máximo peso que a unidade de tração é 
capaz de tracionar, indicado pelo fabricante, baseado em condições sobre suas 
limitações de geração e multiplicação de momento de força e resistência dos elementos 
que compõem a transmissão. 
abe esclarecer, no entanto, que os conceitos acima estão um tanto quanto desatualizados, pois já 
foram revisados pela Resolução CONTRAN nº 290/08. Como essa Resolução foi cobrada no último 
edital PRF, é preciso estudá-la e avaliar o enunciado da questão. Se ele citar tal Resolução, é por 
ela que você responderá a respeito dos conceitos acima; se não, aí os conceitos do quadro acima 
é que valerão! 
Veja como foi cobrado: 
 
 
 
[UFMT – DETRAN/MT – 2015 – Adapt.] Em relação às normas de identificação de veículos 
previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), julgue os itens a seguir. 
01. O veículo será identificado externamente por meio de placas dianteira e traseira, sendo esta 
lacrada em sua estrutura, obedecidas às especificações e modelos estabelecidos pelo Conselho 
Nacional de Trânsito. 
Comentário: 
Certinho! Segundo o que estabelece o art. 115 do CTB, o veículo será identificado externamente 
por meio de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua estrutura, obedecidas às 
especificações e modelos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Trânsito. 
Gabarito: Certo 
02. Os veículos de transporte de carga e os coletivos de passageiros deverão conter a inscrição 
indicativa de sua tara, do peso bruto total, do peso bruto total combinado ou capacidade máxima 
de tração e de sua lotação. 
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Comentário: 
Também correto. O CTB prevê que os veículos de tração, os veículos de transporte de carga e os 
coletivos de passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a inscrição indicativa de sua 
tara, do Peso Bruto Total (PBT), do Peso Bruto Total Combinado (PBTC) ou Capacidade Máxima 
de Tração (CMT) e de sua lotação. 
Gabarito: Certo 
03. O veículo será identificado obrigatoriamente por caracteres gravados no chassi ou no 
monobloco, reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o Departamento Nacional de 
Trânsito. 
Comentário: 
Opa! O veículo será identificado obrigatoriamente por caracteres gravados no chassi ou no 
monobloco, reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o Conselho Nacional de Trânsito 
(art. 114). 
Gabarito: Errado 
04. Qualquer proprietário ou responsável poderá fazer ou ordenar que seja feita, quando 
necessária e preservando-se os dados originais, regravação no chassi, sem prévia autorização. 
Comentário: 
De jeito nenhum! O CTB regulamenta que as regravações do chassi, quando necessárias, 
dependerão de prévia autorização da autoridade executiva de trânsito e somente serão 
processadas por estabelecimento por ela credenciado, mediante a comprovação de propriedade 
do veículo, mantida a mesma identificação anterior, inclusive o ano de fabricação. Nenhum 
proprietário poderá, sem prévia permissão da autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar 
que se façam modificações da identificação de seu veículo. 
Gabarito: Errado 
 
 
 
[CESPE/CEBRASPE - TRE/RS – 2003] Julgue o item a seguir. 
De acordo com o CTB, tara corresponde ao peso próprio do veículo, acrescido dos pesos de 
carroceria e equipamentos, do combustível, das ferramentas e acessórios, da roda sobressalente, 
do extintor de incêndio e do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas. 
Comentário: 
Se olharmos o que ainda está regulamentado na letra do CTB, a questão está certinha, pois lá a 
TARA é conceituada como o peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e 
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equipamento, do combustível, das ferramentas e dos acessórios, da roda sobressalente, do 
extintor de incêndio e do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas. 
Gabarito: Certo 
E para fecharmos a nossa aula, as regras sobre os veículos em circulação internacional. 
 
VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL 
A circulação de veículo no território nacional, independentemente de sua origem, em trânsito 
entre o Brasil e os países com os quais exista acordo ou tratado internacional, reger-se-á pelas 
disposições do CTB, pelas convenções e acordos internacionais ratificados. É o que estabelece o 
art. 118 do CTB! 
A regra é a seguinte: se o veículo é de fora e está circulando no país, ele e seu condutor devem 
submeter-se não só ao regramento do CTB como também a regras de circulação estabelecidas 
em convenções ou acordos internacionais que seu país de origem tenha com o Brasil. 
Se esse país não possui qualquer acordo ou convenção com o nosso, sua a circulação desse veículo 
deverá submeter-se de qualquer jeito às regras do CTB. 
As repartições aduaneiras e os órgãos de controle de fronteira deverão 
comunicar diretamente ao RENAVAM a entrada e saída temporária ou definitiva 
de veículos. 
E atenção, muita atenção: 
 
 
 
➢ Os veículos licenciados no exterior não poderão sair do território nacional sem o 
prévio pagamento ou o depósito, judicial ou administrativo, dos valores 
correspondentes às infrações de trânsito cometidas e ao ressarcimento de danos que 
tiverem causado ao patrimônio público ou de particulares, independentemente da 
fase do processo administrativo ou judicial envolvendo a questão. 
➢ Os veículos que saírem do território nacional sem o cumprimento do disposto acima 
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e que posteriormente forem flagrados tentando ingressar ou já em circulação no 
território nacional serão retidos até a regularização da situação. 
 
 
Beleza? 
Bom, por hoje é isso! 
E para fecharmos de vez e com chave-de-ouro a nossa aula, vamos exercitar com questões 
adicionais! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. [VUNESP – AGENTE DE TRÂNSITO – PREF. SUZANO/SP – 2016 – Adapt.] 
O Código de Trânsito Brasileiro define caminhonete como veículo automotor destinado ao 
transporte simultâneo de carga e passageiro com peso bruto total de até um mil e quinhentos 
quilogramas. 
Comentário: 
Conforme vimos no comecinho da aula: 
 
 
 
 
Conceito totalmente equivocado o da assertiva! 
Gabarito: E 
2. [AOCP – FISCAL DE TRÂNSITO – PREF. JUAZEIRO/BA – 2016 – Adapt.]