Buscar

A expansão na América Portuguesa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A expansão na América Portuguesa
 A Expansão no século XVII existiam limites territoriais que ainda não estavam bem estabelecidos, porque a Espanha ainda não havia demarcado seu território ibérico. Mas durante toda a União Ibérica, o tratado de Tordesilhas esteve anulado. A expansão do território brasileiro acontece a partir do descobrimento e vai até o tratado de Madri em 1750. Nessa época teve seu território aumentado em duas vezes. Esse aumento é decorrente do desenvolvimento econômico e dos interesses políticos que giravam em torno da colonização. Já no século XVI, o povoamento colonial foi avançado aos poucos, mas apenas em áreas do litoral do nordeste e sudeste. Em meados do século XVII, houve um desenvolvimento das atividades produtivas da colônia. Acontece que na primeira metade do século XVII, os bandeirantes paulistas seguem para o sul, atrás dos índios que eram protegidos pelos jesuítas, com passar do tempo, ele começam a ir em sentido contrário, Para Goiás, Minas Gerais e Mato grosso, onde começam a procurar ouro.
A Conquista do Sertão
Domingos Jorge Velho foi o bandeirante que mais se destacou na missão de desbravar o sertão brasileiro em busca de indígenas, terras e metais preciosos.
HISTÓRIA
As expedições bandeirantes foram responsáveis por iniciar a ocupação do interior do país. Geralmente esses homens eram paulistas e partiam da Capitania de São Vicente. Andavam sempre armados e agiam com extrema violência na captura de indígenas e negros escravizados fugidos.
Quando os portugueses chegaram com suas caravelas no Brasil no ano de 1500, o domínio se limitou a uma estreita faixa litorânea. O território entre a costa e o meridiano de Tordesilhas, chamado de sertão, permaneceu desconhecido polos exploradores e ocupado por uma grande variedade de tribos indígenas. No período colonial, parte do território brasileiro pertencia a Coroa espanhola, porém a metrópole europeia não havia tomado posse de seus domínios.
Expedições Militares
No período entre os anos de 1580 a 1640, em que portugueses e espanhóis estiveram sob a mesma Coroa, os territórios abaixo do meridiano de Tordesilhas foram percorridos por expedições militares formadas por aventureiros em busca de riquezas, terras e índios. Financiadas pelo governo ou por particulares, essas expedições tiveram participação importante no desbravamento e povoamento do “sertão”.
Os bandeirantes paulistas (como ficaram conhecidos os desbravadores) durante suas expedições de caça ou aprisionamento de indígenas auxiliavam os portugueses a conquistar as regiões sul e centro-oeste da colônia.
As expedições militares oficiais ocuparam principalmente as regiões norte e nordeste, essa entrada em territórios antes desconhecidos foi uma maneira de garantir o domínio português sob as terras recém-descobertas e impedir que outras metrópoles se aventurassem na região. Os criadores de gado adentraram o Nordeste e o Sul do país com seus rebanhos, iniciando uma nova atividade econômica, que até os dias de hoje representam uma forte característica da economia brasileira.
Outro grupo que também adentrou o interior do Brasil e auxiliou no seu desenvolvimento, foram os missionários jesuítas. A ordem formada por religiosos da Igreja Católica dedicaram-se a “domesticar” os indígenas através do ensino de sua doutrina. Com o objetivo de auxiliar os colonizadores no trato com os nativos, os jesuítas fundaram aldeamentos conhecidos como missões ou reduções.
Práticas Econômicas
Quando se fala em período colonial, desenvolvemos uma ideia errônea sobre as práticas econômicas. Os livros falam tanto em cultivo de cana-de-açúcar que absorvemos a concepção de que no Brasil só havia essa atividade. Porém, a criação de gado bovino representou uma prática importante para o desenvolvimento da colônia, seja para atender as necessidades de subsistência e transporte dos engenhos ou para a obtenção de charque e couro.
A condução dos rebanhos bovinos era realizada pelos tropeiros, além de conduzir os animais era da responsabilidade desses homens comprar e vender o gado. A pecuária não exigia o emprego de uma grande quantidade de trabalhadores, os vaqueiros eram em geral, indígenas e negros libertos ou fugidos. Geralmente, o pagamento dos tropeiros era feito através de cabeças de gado. Assim, esses homens deram início à formação de seus próprios rebanhos, o que possibilitou a rápida expansão dessa atividade.
Quanto mais à pecuária se desenvolvia, crescia a necessidade de conquistar novas terras para a pastagem. Dessa forma o território seria rapidamente ocupado. O gado era criado em regime extensivo, ou seja, solto nos pastos, o que originou a formação de grandes fazendas no Nordeste.
Entradas e Bandeiras
No decorrer do século XVII, as expedições militares conhecidas como bandeiras, desbravaram o território em busca de indígenas e riquezas, principalmente metais preciosos. Os grupos de bandeirantes partiam da Capitania de São Vicente rumo ao interior do Brasil. Armados e decididos a conquistar seus objetivos, os participantes das bandeiras agiam por conta própria, utilizando essas expedições particulares para capturar e comercializar os nativos. Passavam longos meses nas matas em busca de pedras preciosas, aventurando-se além do Meridiano de Tordesilhas.
Além das bandeiras, as outras expedições desse período foram às entradas. Financiadas pelo governo, tinham como finalidade demarcar o território, aprisionar indígenas e explorar as minas de metais preciosos. Ao contrário das bandeiras, as entradas costumavam respeitar os limites do Meridiano de Tordesilhas. Os bandeirantes por muito tempo foram considerados heróis, homenageados viraram nome de praças, ruas, rodovias e seus bustos até hoje ornamentam algumas cidades, no entanto a historiografia atual vem revendo essa visão.
Apesar de auxiliarem na ocupação do interior, esses importantes personagens da nossa história foram responsáveis por grandes matanças de indígenas e desmatamento de nossas florestas. Os bandeirantes aprisionaram cerca de cem mil nativos. Até mesmo as missões jesuíticas sofreram ataques dessas expedições, como os indígenas que viviam nesses aldeamentos eram preparados para o trabalho, acabavam por ser uma presa cobiçada.
Com a crise açucareira do século XVII, as expedições bandeirantes de aprisionamento de indígenas foram diminuindo. O aumento da necessidade de mão-de-obra estimulou a intensificação do comércio de escravos africanos, o que se transformou em um lucrativo comércio para a colônia.
AS MISSÕES JESUÍTICAS
 As missões ou reduções representaram o principal meio de cristianização dos indígenas na América Ibérica; *A companhia de Jesus: criada na França em 1534-1540, pela igreja católica e reconhecida pelo papa, com o objetivo de conter o avanço do protestantismo e expandir a influência da igreja católica. 
PADRES DA COMPANHIA DE JESUS -A princípio eram pregadores itinerantes, viajavam na condição de peregrino ou apóstolos (com objetivo de difundir a doutrina católica); - A educação foi um dos principais instrumentos de pregação dos jesuítas; A companhia passou a atuar em Portugal (1540), logo se engajaram no processo de colonização português, atuando na América, Ásia e África, como evangelizadores das populações nativas; - A companhia de Jesus na América Portuguesa, liderados pelo padre Manoel da Nóbrega, os primeiros Jesuítas chegaram a América em 1549, com a comitiva de Tomé de Souza (governador geral do Brasil); - Tarefa: catequizar os índios; - Os jesuítas estabeleceram-se inicialmente na Bahia (capitania de São Vicente) e no RJ; - Fundaram colégios, ensinaram retórica, humanidades, gramática grega e nativa, os jesuítas aprenderam a língua Tupi, o que foi possível preservar o patrimônio linguístico Tupi. OS ALDEAMENTOS JESUÍTAS -ALDEAMENTOS (MISSÕES OU REDUÇÕES), os jesuítas trabalhavam para os índios adotarem o modo de vida cristão: Regiões dos rios Paraguai, Paraná e Uruguai (bacia do Prata); -Os índios eram submetidos a uma rígida disciplina de oração e trabalho, praticavam o artesanato, agricultura,caça, pecuária e a coleta. Na região amazônica exploravam droga do sertão como cacau, urucum, castanha, baunilha.
A REVOLTA DE BECKMAN (1684-1685)
 Em 1684 eclodiu no Maranhão uma revolta liderada pelos irmãos Manuel e Tomas Beckman senhores de engenho. Motivos: -Falta de mão de obra (pois, os índios não podiam trabalhar, a escravidão tinha sido combatida pelos jesuítas); - Preços das mercadorias vindas da metrópole aumentavam; - Os revoltosos depuseram o governador, e apoiaram Manuel Beckman como chefe de governo; - O movimento foi sufocado pela coroa e o líder foi executado. 
Causas principais:
Grande insatisfação dos comerciantes, proprietários rurais e população em geral com a Companhia de Comércio do Maranhão, instituída pela coroa portuguesa em 1682. 
 
Os comerciantes reclamavam do monopólio da Companhia.
 
Os proprietários rurais contestavam os preços pelos quais a Companhia pagava por seus produtos.
 
Já grande parte da população maranhense estava insatisfeita com a baixa qualidade e altos preços cobrados pelos produtos manufaturados comercializados pela Companhia na região. Outros produtos como trigo, bacalhau e vinho chegavam à região em quantidade insuficiente, demoravam para chegar e ainda vinham em péssimas condições para o consumo.
 
Havia também o problema de falta de mão de obra escrava na região. Os escravos fornecidos pela Companhia eram insuficientes para as necessidades dos proprietários rurais. Uma solução seria a escravização de indígenas, porém os jesuítas eram contrários. 
 
Objetivo principal:
 
Finalizar as atividades da Companhia de Comércio do Maranhão, para acabar com o monopólio.
 
Como ocorreu:
 
Na noite de 24 de fevereiro de 1684, os irmãos Manuel e Tomás Beckman, dois proprietários rurais da região, com o apoio de comerciantes, invadiram e saquearam um depósito da Companhia de Comércio do Maranhão. Os revoltosos também expulsaram os jesuítas da região e tiraram do poder o governador.
 
Reação de Portugal:
 
A corte portuguesa enviou ao Maranhão um novo governador para acabar com a revolta e colocar ordem na região.
Os revoltosos foram presos e julgados. Os irmãos Beckman e Jorge Sampaio foram condenados a forca.
	Manuel Beckman: um dos líderes da revolta
	
Bandeirantes 
Empreenderam várias expedições denominadas de bandeiras. Estas reuniam indivíduos que iam aos sertões coloniais com a intenção de capturar indígenas para uso como mão de obra escrava. Nestas primeiras expedições, o armamento básico utilizado eram arco e flecha (mesmo poderio bélico de muitos indígenas que se intencionava capturar). Por conta de seus propósitos, muitas bandeiras se constituíram como verdadeiras expedições de apresamento. No contexto da união ibérica (1580-1640), os bandeirantes ultrapassaram os limites do tratado de Tordesilhas (1494) e ampliaram os domínios portugueses na América.
Na segunda metade do século XVII, o contexto de crise econômica que assolou o Império Português na Europa e suas possessões ultramarinas na América e na África foi desencadeado por uma série de investidas de outras nações. Colônias na África foram tomadas pelos holandeses e o açúcar brasileiro enfrentava a concorrência do açúcar produzido nas Antilhas. Naquela situação, a Coroa portuguesa estimulou a procura por metais preciosos em suas colônias. As bandeiras somaram-se à expedições oficiais financiadas pela própria Coroa denominadas de Entradas.
Entre fins do século XVII e início do XVIII, ocorreu o que um historiador denominou de o “ensimesmamento da América portuguesa”. A Colônia deu as costas ao litoral e começou a se entranhar sertões adentro. Com a queda do preço do açúcar, Bahia e Pernambuco não eram mais centros nevrálgicos, embora continuassem funcionando como relevantes eixos administrativos e sociais do decadente império português.
Entre Olinda e Recife começam a aguçar-se as rivalidades entre a gente da terra e os reinóis. A tensão eclodiria em 1710 numa guerra civil. Enquanto no Nordeste se gestavam conflitos, nas serras e brenhas a oeste do litoral do Rio e de São Paulo ecoava o grito de “Ouro! Ouro!”. Paulistas, sertanejos do rio São Francisco e densa corrente imigratória vinda da metrópole começavam a ocupar os ermos sertões. Através de rios e córregos transformados em caminhos, homens em busca da mítica serra das esmeraldas subiam na direção do Nordeste, vasculhavam o vale do Amazonas e desciam a margem esquerda do rio da Prata. Começava sorrateiramente um dos capítulos mais emocionantes de nossa história.
Em 1664, o rei português d. Afonso VI rogava a Fernão Dias Paes que devassasse os sertões do Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande. Homens como Fernão Dias, posteriormente consagrados com exagero pela historiografia, eram muito familiarizados com os sertões. Seus antepassados já tinham se embrenhado nos matos do litoral em busca do ouro de lavagem. Alheios às exigências da Coroa, os paulistas pouco pagavam impostos e tentavam de todos os jeitos obstar o controle das autoridades sobre a mineração que praticavam. Na época em que Fernão Dias recebeu a carta real iniciou-se a rápida expansão em direção aos chapadões mineiros, goianos e mato-grossenses. De vilas e cidades como São Vicente, São Paulo e Taubaté, levas de homens começam a se deslocar em direção aos vales e serras mineiros, deixando para trás mulheres, velhos e crianças.
Os bandos, organizados em bases militares, podendo ter de dez a centenas de homens, chamavam-se bandeiras. Neles se juntavam não apenas paulistas, mas estrangeiros, descontentes, desertores e fugitivos da justiça. Índios livres ou cativos eram largamente utilizados como batedores, guias, carregadores, coletores de alimentos ou guarda- costas. O importante era carregar muitas armas, inclusive arcos e flechas, além de grãos, que, junto com a mandioca, eram sistematicamente plantados nas trilhas abertas.
Entre 1693 e 1695, faisqueiras mineiras foram encontradas, ao mesmo tempo, por variados grupos em trechos dos vales dos rios das Mortes e das Velhas. Para se chegar aí tomavam-se dois caminhos: o Geral do Sertão acompanhava o rio Paraíba do Sul, através da serra da Mantiqueira; o outro cobria a região norte do Rio Grande, onde afluentes desembocavam nas proximidades das terras minerais. Em poucos anos, foi aberto um atalho, entre o porto de Paraty e o alto da serra. Chamaram-no posteriormente Caminho Velho para distingui-lo do Caminho Novo. Entrincheirados em suas faisqueiras, os paulistas olhavam com desconfiança os aventureiros que desembocavam de tais caminhos.
Uma sombra pairava sobre as tão esperadas descobertas auríferas: a multidão de aventureiros que se espalhara por serras e grotões mostrava-se criminosa e desobediente aos ditames da Coroa ou da Igreja. Carregavam consigo tantos escravos que o preço da mão de obra começara a aumentar na Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Ao longo de dez anos, a tensão entre paulistas e forasteiros, entre autoridades e mineradores, só fazia aumentar. Todas as tentativas oficiais de controle falharam: de quase nada valendo a imposição de um passaporte ou o fechamento dos caminhos.
Paralelamente a isso, o contrabando de ouro e a falta de alimentos cresciam. A fome espreitava, e não faltou quem morresse brigando pelo de-comer. Em pouco mais de dez anos de colonização das áreas produtoras de ouro, percebiam-se mudanças substantivas. Nas minas circulava um grupo que adquirira forte visibilidade: o dos emboabas, os não paulistas e, sobretudo, filhos de Portugal, gente que, anos antes, chegara paupérrima e conseguira entesourar cabedais. Tornaram-se, além de mineradores, mascates. Esgotadas as primeiras lavras de aluvião, uma mudança se impôs: o ouro que antes estava ao alcance da mão teria, a partir de então, que ser extraído do seio das montanhas. A nova modalidade de exploração custava caro. Os emboabas, todavia, estavam perfeitamente aparelhados para a empreitada. Comerciantes lusos estabelecidos no litoral davam cobertura às operações financeiras que a mudança exigia. O único obstáculo eram os privilégios paulistas.Uma carta régia de 1705 os aboliu, abrindo caminho para a ação dos emboabas. Até 1708, eles já dominavam duas das três zonas auríferas. Muitos paulistas, empobrecidos ou humilhados, retiraram-se para o distrito do Rio das Mortes ou buscaram sorte em aluviões distantes ou em currais de gado. Os que restaram, “faca no peito e pistola à cinta”, cercados por escravos mamelucos, afrontavam seus inimigos. Foi numa dessas demonstrações de guerra que teve início o confronto que ensanguentou os rios da região. Assassinatos, conflitos, um pequeno grupo de mamelucos esmagados no Capão da Traição, enfim, a situação fervia. - Mary del. Priore
 Impostos sobre o ouro no Brasil Colonial
A cobrança de impostos feita por Portugal sobre o ouro encontrado no Brasil durante o período colonial, tributos e impostos, casas de fundição, resumo
	
	
Ouro brasileiro: altos impostos cobrados por Portugal no Brasil Colônia
	
 
Durante o Ciclo do Ouro (século XVIII), a coroa portuguesa criou impostos e um rígido sistema de controle e fiscalização como formas de garantir o lucro sobre todo ouro encontrado no Brasil. 
 
A cobrança desses tributos gerou muita insatisfação entre os colonos brasileiros, que os consideravam abusivos, servindo de estopim para várias revoltas coloniais na região das minas. 
 
Vale lembrar que havia também severas punições (prisão, degredo e castigos físicos) para os colonos que não pagavam estes impostos ou que participavam de contrabando de ouro. 
 
Os impostos sobre o ouro: 
 
Quinto: 
 
Todo ouro encontrado pelos colonos devia ser levado para as casas de fundição. Nesses locais, controlados por autoridades da coroa portuguesa, eram retirados 20% (um quinto). Esse imposto obrigatório era levado diretamente para Portugal, para os cofres da coroa portuguesa. 
 
Capitação: 
 
Era um imposto cobrado, principalmente, dos colonos da região aurífera. A cobrança era baseada no conjunto de propriedades (imóveis e escravos, por exemplo) que a pessoa possuía. Negros forros e trabalhadores livres também tinham que pagar a capitação, sob pena de castigos físicos e até prisão. A capitação foi criada no começo da década de 1730.
 
A Sociedade Mineradora:
	Desta estrutura social diferenciada faziam parte os setores mais ricos da população - chamados "grandes" da sociedade - mineradores, fazendeiros, comerciantes e altos funcionários, encarregados da administração das Minas e indicados diretamente pela Metrópole.
Compunham o contingente médio, em atividades profissionais diversas, os donos de vendas, mascates, artesãos (como alfaiates, carpinteiros, sapateiros) e tropeiros. E ainda pequenos roceiros que, em terrenos reduzidos, entregavam-se à agricultura de subsistência. Plantavam roças de milho, feijão, mandioca, algumas hortaliças e árvores frutíferas. Também faziam parte deste grupo os faiscadores - indivíduos nômades que mineravam por conta própria. Deslocavam-se conforme o esgotamento dos veios de ouro. No final do século XVIII, esta camada social foi acrescida de elementos ligados aos núcleos de criação de gado leiteiro, dando início à produção do queijo de Minas. Incluíam-se também nessa camada intermediária os padres seculares. Na Colônia, poucos membros do clero ocupavam altos cargos como, por exemplo, o de bispo. Este morava na única cidade da capitania: Mariana.
Por outro lado, crescia na capitania real o número de indivíduos sujeitos às ocupações incertas. Vivendo na pobreza, na promiscuidade e muitas vezes no crime, não tinham posição definida na sociedade mineradora. Esta camada causava constante inquietação aos governantes. Ela era geralmente composta por homens livres: alguns brancos, mestiços ou escravos que haviam conseguido alforria.
O Estado, percebendo a necessidade de agir junto a essa população incapaz de prover seu próprio sustento, associou a repressão à "utilidade". O encargo que eventualmente representava transformava-se, através do castigo, em trabalhos diversos e, consequentemente, em "utilidade".
Esta população, entendida como de "vadios", recrutada à força ou em troca de alimento, foi utilizada em tarefas que não podiam ser executadas pelos escravos, necessários ao trabalho da empresa mineradora. Era frequente a ocupação destes que eram vistos como desclassificados sociais na construção de obras públicas como presídios, Casa da Câmara, entre outras. Também compuseram corpos de guarda e de polícia privada dos "Grandes" da sociedade mineradora, ou ainda empregavam-se como capitães-do-mato. Em outras situações, como na disputa pela posse da colônia do sacramento, participaram dos grupos militares que guardavam as fronteiras do Sul.
Os escravos, ali como de resto em toda a Colônia, representavam a força de trabalho sobre a qual repousava a vida econômica da real capitania das Minas Gerais. Vivendo mal alimentados, sujeitos a castigos e atos violentos, constituíam a parcela mais numerosa da população daquela região.
Isto gerava uma constante preocupação para as autoridades já que, apesar da repressão cruel, não eram raras as tentativas de levantes escravos e a formação de quilombos, como o do Ambrósio e o Quilombo Grande. A destruição de ambos, em 1746 e 1759 respectivamente, não impediu que ocorressem outras fugas e a formação de novos quilombos.
 A pecuária Colonial
O desenvolvimento da pecuária no período colonial aconteceu com o próprio processo de colonização, quando os portugueses trouxeram as primeiras reses para a realização da tração animal, o consumo local e o transporte de cargas e pessoas. Com o passar do tempo, o aumento dessa população bovina gerou um problema aos plantadores de cana. Afinal de contas, o gado acabava ocupando um espaço que era originalmente reservado ao desenvolvimento da economia açucareira.
Com o passar do tempo, a criação de gado passou a ocupar regiões do interior do território que não interferissem na produção de açúcar do litoral. Tal experiência, ocorrida principalmente na região Nordeste, fez com que os primeiros criadores de gado adentrassem o território e rompessem com os limites do Tratado de Tordesilhas. No século XVIII, essa experiência foi potencializada por um decreto da Coroa Portuguesa que proibia a criação de gado em uma faixa de terras de oitenta quilômetros, da costa até o interior.
Seguindo o fluxo de diferentes rios, os criadores de gado adentravam o território e, consequentemente, expandiam involuntariamente as possessões coloniais. Ao mesmo tempo em que favoreciam o alargamento das fronteiras, a atividade pecuarista desenvolvia relações sociais e econômicas que se distanciavam dos padrões tradicionalmente ditados pelas plantations agroexportadoras e escravistas do litoral brasileiro.
Geralmente, os trabalhadores ligados à pecuária eram brancos, mestiços, índios e escravos alforriados. A existência de escravos era minoritária e grande parte desses trabalhadores – na qualidade de vaqueiros e peões – recebiam uma compensação financeira, considerada regular, pelos seus serviços. Os vaqueiros, que coordenavam as atividades junto ao gado e comandavam os peões, recebiam um quarto das crias do rebanho nascidas ao longo de um período de quatro ou cinco anos.
Por meio desse sistema, vemos que a pecuária colonial também era marcada por interessante mobilidade social, que permitia que os vaqueiros se tornassem donos do seu próprio rebanho. Paralelamente, vemos que a pecuária colonial destoava das políticas econômicas privilegiadas pela Coroa Portuguesa. Ao invés de produzir riqueza visando à conquista do mercado externo, a pecuária desse tempo concentrava-se no abastecimento das cidades e outros povoamentos do território brasileiro.
Através da consolidação da economia mineradora, observamos que a pecuária passava também a atingir a região Sul do nosso território. As condições do relevo e da vegetação desse espaço motivaram a fundação de fazendas de gado voltadas para o abastecimento de vários centros urbanos, formados nesse período. Além do charque, um tipo de carne seca, os pecuaristas dessa região também lucravam com a exportaçãode couro e animais de transporte.
Com a crise mineradora, notamos que a pecuária se espalhou por outras regiões do território brasileiro, como, Goiás, Minas e Mato Grosso. Nesse momento, a pecuária já ocupava uma posição sólida no desenvolvimento da economia. Além de contar com características próprias, a pecuária nos revela traços de nossa colonização que extrapolam os limites do interesse metropolitano e da exploração voltada para as grandes potências.
CONCLUSÃO:
Concluímos que a expansão da América Portuguesa foi muito importante para o desenvolvimento do Brasil, apesar dos conflitos que nela ocorreu. Acreditamos que essa matéria seja muito importante ser estudada pois podemos perceber que é uma assunto muito comentando em vestibulares.
Introdução:
Nesse trabalho iremos falar da América Portuguesa e a busca pelo ouro, envolvendo os bandeirantes, as revoltas as disputas pelas minas e a sociedade com suas classes sociais.

Continue navegando