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RELATÓRIO - FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO E QUANTIFICAÇÃO DAS CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE

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NOME DA INSTITUIÇÃO
NOME DO CAMPUS/UNIDADE
NOME DO CENTRO/NÚCLEO
NOME DO CURSO
RELATÓRIO DE IMUNOLOGIA
NOME DO ALUNO (TARCÍSIO SOUZA)
FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO E QUANTIFICAÇÃO DAS CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE
CIDADE – UF
2021
NOME DO ALUNO (TARCÍSIO SOUZA)
FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO E QUANTIFICAÇÃO DAS CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE
Relatório apresentado como atividade avaliativa parcial do componente/módulo xx. 
Docente: nome do docente 
BARREIRAS
2021 
1. Fixação do Complemento 
O ensaio de Fixação do Complemento pode ser utilizado para verificar a presença de antígenos ou anticorpos numa determinada amostra. Esse teste utiliza um sistema homogêneo, sendo realizado em duas etapas (FERREIRA, 2013; HAZEN, 2018). 
Na primeira etapa, o soro com o possível antígeno é incubado junto ao anticorpo específico, e, posteriormente, uma quantidade definida de complemento é adicionada. Caso haja a real presença do antígeno no soro, o anticorpo se ligará ao antígeno. Por conseguinte, a cascata do complemento será ativada pela via clássica, ocorrendo o consumo do complemento (FERREIRA, 2013). 
No segundo tempo do ensaio são adicionadas hemácias de carneiro sensibilizadas com hemolisina no pocinho. Nesse momento, se não houver a presença do antígeno na amostra, significa que não ocorreu o seu ligamento ao anticorpo e, consequentemente, a ativação da via clássica e consumo prévio do complemento também não aconteceram. Então, nesse caso, o complemento irá interagir com as hemácias do carneiro, fazendo a hemólise dessas células. Por fim, a atividade hemolítica remanescente do complemento pode ser mesurada realizando diluições seriadas da amostra (FERREIRA, 2013). 
Nesse diapasão, o ensaio da fixação do complemento surge como uma ferramenta capaz de verificar a instalação, no organismo, de determinadas patologias, pelo reconhecimento da presença do antígeno no soro, ou mesmo da presença de anticorpos na amostra (FERREIRA, 2013). O teste é utilizado, em sua maioria, para diagnosticar infecções virais e fúngicas, como a Coccidioidomicose, bem como doenças autoimunes, a exemplo, o Lúpus Eritematoso (HAZEN, 2018). 
2. Quantificação de Células do Sistema Imune
Nas últimas décadas, os investimentos realizados na área hematológica possibilitaram a sua ampliação. Desse modo, com o surgimento de novas técnicas e equipamentos de avaliação, o setor se tornou mais automatizado e menos oneroso. Além disso, os resultados puderam ser processados com maior rapidez e precisão quando em cotejo aos métodos tradicionais de contagem manual (SILVA et. al., 2016; GROTTO, 2009). 
Introduzido na prática médica no ano de 1925 por V.Schilling, médico e farmacêutico alemão, o hemograma se tornou, ao longo dos anos, um dos principais exames solicitados na clínica médica. Ele é uma importante ferramenta para o diagnóstico de inúmeras doenças (NAOUM & NAOUM, 2013; GROTTO, 2009).
Atualmente, o hemograma é o exame adotado para se avaliar, quantitativa e qualitativamente, as três principais linhagens de células do sangue, sendo elas a vermelha (dos eritrócitos), a branca (dos leucócitos) e a plaquetária (das plaquetas). Os valores de referência, que indicam se os níveis quantitativos celulares estão dentro do normal, foram definidos na década de 1960, após a avaliação de grupos de indivíduos sem patologias (NAOUM & NAOUM, 2013; PINHEIRO, 2020).
A análise quantitativa pode ser realizada com equipamentos não automatizados ou automatizados. Quando é realizado o exame se valendo da “metodologia manual”, utiliza-se o microscópio óptico, a centrífuga e o espectrofotômetro ou fotocolímetro como instrumentos de trabalho. Por meio do microscópio, é desempenhada a contagem dos eritrócitos, leucócitos e de plaquetas, utilizando a câmara de Neubauer e lâmina corada. A centrífuga fornece o valor do hematócrito, enquanto o espectrofotômetro possibilita a leitura da hemoglobina. (NAOUM & NAOUM, 2013 p. 02). 
No que concerne à análise automatizada, muitos equipamentos utilizam a formação de corrente elétrica entre dois eletrodos, ou seja, a impedância elétrica. Quando a célula atravessa o campo elétrico, é gerado um impulso que é quantificado conforme o diâmetro específico dos eritrócitos, leucócitos ou plaquetas. Não obstante, os equipamentos podem ter outras funções associadas, como a citometria de fluxo e citoquímica (NAOUM & NAOUM, 2013).
Outrossim, a análise qualitativa é realizada por meio da avaliação da lâmina corada do esfregaço sanguíneo. Através da coloração das células, ocorre a diferenciação detalhada de suas estruturas, possibilitando a observação de seu tamanho, forma do núcleo, a presença de granulação, entre outros, bem como alterações na morfologia celular (SILVA, et al. 2016).
3. Reflexão Crítica
A estrutura curricular do curso de medicina deve ser balizada pelo protagonismo discente, ou seja, deve fomentar o ímpeto desses na realização de atividades variadas. Para tanto, é preciso que esse protagonismo estudantil seja explorado desde o início da graduação, reverberando na formação de profissionais dinâmicos e capazes de sanar situações-problema de forma célere (SOUZA, ALELUIA, 2020 b).
Outrossim, entende-se que “a formação médica deve propiciar aos acadêmicos uma ressignificação na sua forma de aprendizagem, a qual deve centrada no campo das práticas em saúde”. Desse modo, o ensino deve ser orientado para a construção de um senso crítico (SOUZA, ALELUIA, 2020 a, p. 6761). 
Nesse ínterim, o conteúdo apresentado é de suma importância, visto que angaria em conhecimentos teórico-práticos pelos alunos do curso de medicina, ampliando os conceitos de saúde-doença-cuidado. No que concerne à experiência individual da atividade, entendo-a como sendo uma ferramenta, como bem aludido por Souza e Aleluia (2020 a), capaz de aproximar os discentes da sua prática profissional e de transformar a aprendizagem, especialmente em contexto remoto. 
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Antonio Walter. Diagnóstico laboratorial das principais doenças infectocontagiosas e autoimunes: correlações clínico-laboratoriais / Antonio Walter Ferreira e Sandra do Lago Moraes. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Kooogan, 2013. 
GROTTO, Helena Z. W. O hemograma: importância para a interpretação da biópsia. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, [s.l.], v. 31, n. 3, p. 178-182, 2009. Elsevier BV. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-84842009000300013&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 03 abr. 2020.
HAZEN, K. C. Exames imunológicos para doenças infectocontagiosas. 2018. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doenças-infecciosas/diagnostico-laboratorial-das-doenças-infecciosas/exames-imunológicos-para-doenças-infecciosas. Acesso em: 13 fev. 2021.
NAOUM, P.C., NAOUM, F.A. Interpretação laboratorial do hemograma. ACET Científica. p. 01-11. 2013. Disponível em: http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/Artigos_cientificos/Interphemo.pdf. Acesso em: 28 de Maio de 2020.
PINHEIRO, Pedro. Hemograma completo – para que serve e interpretação. MD.SAÚDE, c2020. Disponível em: https://www.mdsaude.com/exames-complementares/hemograma/#Bicitopenia_e_pancitopenia. Acesso em: 03 abr. 2020. 
SILVA, Paulo Henrique da. et. al.. Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos. Porto Alegre: Artmed, 2016.
SOUZA, T. J.; ALELUIA, I. R. S. ENTRE A VIDA NO LIXÃO E O DIREITO À SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA INTERSETORIAL EM COMUNIDADE VULNERÁVEL DA CIDADE DE BARREIRAS BA. In: 14º Congresso Internacional Rede Unida, 2020, Niterói. Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, 2020 a. v. 6. 
SOUZA, T. J.; ALELUIA, I. R. S. FEIRA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO CERRADO BAIANO: UMA EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE RURAL. In: 14º Congresso Internacional Rede Unida, 2020, Niterói. Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, 2020 b. v. 6.

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