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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
A primeira Constituição Brasileira a cogitar uma lei de diretrizes para a Educação foi a de 1934, que, no seu art. 5º, atribuía à União a responsabilidade para traçar as diretrizes da educação nacional e de fixar o Plano Nacional de Educação. Em seguida, a Constituição de 1937 traria diretrizes diferentes, e o projeto para uma ampla lei educacional foi adiada.
Prevista na Constituição de 1946 e discutida política e academicamente no país por quinze anos, somente em 1961 foi publicada a Lei n. 4.024/61, oficialmente a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Dez anos depois, foi alterada tão profundamente pela Lei n. 5692/71, que esta foi considerada por muitos uma nova LDB. A Lei n. 5692/71 durou até 1996, quando foi promulgada a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Palácio Gustavo Capanema, também conhecido como o prédio do Ministério da Educação e Cultura (MEC) Fonte : MultiRio
Autoridades reunidas ao redor da Mulher reclinada no dia da inauguração do palácio Gustavo Capanema (Fonte: Memorial da Democracia)
As principais razões da demora na aprovação da Lei n. 9.394/96, prevista na Constituição de 1988 e discutida ao longo dos oito anos que as separam, foram os intensos debates, a preocupação democrática da tramitação e as questões políticas do país (em efervescência no período).
A LDB de 1996 reafirma o direito à Educação, definindo-a como dever da família e do Estado, inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, buscando o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 2º), seguindo o princípio constitucional da educação como direito social (CF, art. 5º, caput).
O art. 22, XXIV, da Constituição Federal, determina que compete privativamente à União legislar sobre os deveres do Estado, as diretrizes e as bases da educação nacional, estabelecendo que a Educação é direito de todos e dever do Estado e da família, devendo ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, ao seu preparo para o exercício da cidadania e à sua qualificação para o trabalho.
Competências políticas da Educação
Em linhas gerais, o texto da Lei 9.394/96 está dividido em nove temáticas:
 Clique nas barras para ver as informações.
Temática 1
A primeira define os limites da educação escolar (art. 1º).
Temática 2
No título II, são definidos os princípios e os fins da educação nacional, estabelecendo a Educação como dever da família e do Estado (arts. 2º e 3º).
Temática 3
No título III, que aborda o direito à Educação e o dever de educar, encontramos a obrigatoriedade e a gratuidade da educação básica, atualmente dos quatro aos dezessete anos de idade.
Temática 4
No título IV, a LDB aborda a organização da educação nacional, estabelecendo o regime de colaboração entre a União, os estados e os municípios.
Temática 5
No título V, a educação brasileira é dividida em dois níveis: a educação básica e o ensino superior e conta com diferentes modalidades de ensino e os modos possíveis de organização dos sistemas de ensino e das propostas pedagógicas, preconizando a pluralidade de concepções pedagógicas como um dos princípios da educação nacional. É proposta a gestão democrática da educação pública, com progressiva autonomia pedagógica e administrativa, e a gestão financeira das unidades escolares.
Temática 6
O título VI é dedicado aos profissionais da educação (arts. 61 a 67), estabelecendo que sua formação seja feita em curso superior de Pedagogia ou pós-graduação (art. 64), admitindo, para atuar na educação básica, educação infantil e nas quatro primeiras séries do fundamental, formação em curso Normal do ensino médio (art. 62).
Temática 7
O título VII é dedicado aos recursos financeiros, estabelecendo as fontes dos recursos destinados à Educação e que a União deve gastar, no mínimo, 18% e os estados e municípios, no mínimo, 25% de seus respectivos orçamentos na manutenção e no desenvolvimento do ensino público (art. 69);
Temáticas 8 e 9
Os dois últimos temas abordam as disposições gerais e transitórias que acompanham toda lei.
Princípios que regem a educação nacional
Debruçando-nos sobre o que afirma a LDB de 1996 em seus elementos de maior relevância, estudaremos a seguir os princípios que regem a educação nacional (título II, arts. 2º e 3º) e as questões relacionadas à gestão democrática e aos níveis e às modalidades de ensino nelas previstos.
 Clique no botão para ver as informações.
A LDB apresenta no título II, em seu artigo 3º:
O conjunto de onze princípios, dispostos no art. 3º da LDB (Lei 9394/96), indica a exigência de respeito a princípios republicanos e constitucionais. Cabe analisá-los, então, nessa perspectiva, de princípios educacionais que seguem a compreensão da Constituição Federal sobre os direitos dos cidadãos de uma república democrática. Assim, trata-se de respeito à igualdade e à liberdade em diferentes formas e instâncias e, também, de respeito a exigências democráticas mais amplas, relacionadas aos modos de gestão no sistema público de educação, com a gestão democrática prevista no princípio VII, fortemente mutilado em relação à sua versão anterior no projeto de lei substituído pelo de Darcy Ribeiro, que deu origem a esta LDB.
No caso da igualdade, trata-se de uma igualdade almejada entre diferentes – daí o princípio da presença de pluralismo de ideias e concepções pedagógicas no sistema educacional e de respeito à liberdade e apreço à tolerância, princípios que se articulam, também, ao tema da liberdade, já que a liberdade cidadã tem como corolário o direito de acessar conhecimentos e informações plurais e isso precisa se fazer presente no sistema educacional.
A efetivação desse princípio exige a liberdade de cátedra para o acesso a conhecimentos plurais e perspectivas igualmente plurais para compreensão deles, conforme elencado com precisão no princípio II, que trata da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar. Ainda nesse sentido, os princípios X e XI dispõem a perspectiva de uma democracia na relação entre diferentes conhecimentos no sistema educacional. Ao prever a valorização da experiência extraescolar (X) e a vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais (XI), a LDB assume que a garantia da democracia no acesso, na permanência e no direito de aprender, subliminar à ideia da qualidade, só pode ser efetiva se (e quando) os estudantes tiverem seus conhecimentos presentes no processo pedagógico pela valorização daquilo que trazem para a escola e possam, por meio das aprendizagens escolares, potencializar sua inserção no meio profissional e no exercício da cidadania plena, desenvolvendo e compreendendo mais amplamente as práticas sociais.
Fachada do Ministério da Educação (MEC) em Brasília. Fonte: Wikimedia
No que se refere à igualdade específica de acesso e à permanência do primeiro princípio, entendemos que o princípio da gratuidade (VI) lhe é complementar. E considerando o princípio V, da coexistência de instituições públicas e privadas, torna-se indispensável sua complementação pelo princípio IX, da garantia de padrão de qualidade.
Atenção
É condição sine qua non da igualdade assegurar que todos, em instituições públicas ou privadas, tenham acesso a ensino de qualidade. No mesmo sentido, podemos entender o princípio da valorização do profissional de educação, que só assim pode atuar com qualidade, já que uma forma de valorização do profissional é assegurar a ele condições materiais e intelectuais de atuação. Essa valorização, portanto, embora também diga respeito a questões de remuneração, não se limita a isso.
Níveis e modalidades de ensino
Dimensão de forte relevância na LDB; em seu título V (arts. 21 a 60) encontramos a seguinte descrição dos níveis e das modalidades de ensino:
A educação básica, composta de três níveis:
 Clique nas setas para ver o conteúdo.
Fonte: CDC / Unsplash
Educação infantil – creches (de 0 a 3 anos) e pré-escolas (de 4 e 5 anos)É gratuita, mas não obrigatória até os 3 anos, sendo exigida a partir dos 4 anos de idade, desde a aprovação da Lei n. 12.796/2013, que atende ao aprovado pela Emenda Constitucional n. 59 de 2009. É de competência dos municípios (arts. 29 a 31).
Fonte: Taylor Wilcox / Unsplash
Ensino fundamental – anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e anos finais (do 6º ao 9º ano)
É obrigatório e gratuito. Desde 1971, com a aprovação da Lei n. 5692/1971, contava com oito anos de escolaridade. Desde 2006 (Lei n. 11.274/2006), tem a duração de nove anos. A LDB estabelece que, gradativamente, os municípios serão os responsáveis por todo o ensino fundamental. Na prática, os municípios estão atendendo aos anos iniciais e os estados, aos anos finais (arts. 32 a 34) dessa etapa da educação básica.
Fonte: Alexis Brown / Unsplash
Ensino médio
O antigo 2º grau na Lei n. 5692/1971 (do 1º ao 3º ano) foi renomeado como ensino médio na LDB. É de responsabilidade dos estados. Pode ser técnico profissionalizante, ou propedêutico (arts. 35 e 36). Não obrigatório quando da aprovação da LDB. Passou a sê-lo, para pessoas até 17 anos, a partir de 2013, quando da aprovação da Lei n. 12.796/2013.
Saiba mais
O ensino superior é de competência da União, podendo ser oferecido por estados e municípios, desde que eles já tenham atendido aos níveis pelos quais são responsáveis em sua totalidade. Cabe à União autorizar e fiscalizar as instituições privadas de ensino superior (arts. 43 a 57).
A educação brasileira conta ainda com algumas modalidades de educação que perpassam todos os níveis da educação nacional. São elas
Fonte: wavebreakmedia / Shutterstock
Educação especial
Atende aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino.
Fonte: Black Jack / Shutterstock
Educação a distância
Atende aos estudantes em tempos e espaços diversos, com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação (arts. 58 a 60).
Fonte: Rawpixel.com / Shutterstock
Educação profissional e tecnológica
Visa preparar os estudantes a exercerem atividades produtivas, atualizando e aperfeiçoando conhecimentos tecnológicos e científicos (arts. 39 a 42).
Fonte: PhotoSky / Shutterstock
Educação de jovens e adultos
Atende às pessoas que não tiveram acesso à Educação na idade apropriada (arts. 37 e 38).
Fonte: Ministério da Educação
Educação indígena
Atende às comunidades indígenas, respeitando a cultura e a língua materna de cada tribo.
Essa estrutura prevista, organizada em níveis e modalidades de educação, traz novidades em relação às anteriores, tanto em sua nomenclatura quanto em relação aos significados que pretende expressar. Resumindo compreensivamente os itens elencados, podemos dizer que o ensino fundamental não sofre grandes alterações na primeira versão da lei, já que herda o perfil do anterior ensino de 1º grau (Lei n. 5692/1971).
 Clique nas barras para ver as informações.
Modificações no ensino fundamental
Atualmente modificado, o ensino fundamental tem a duração de nove anos, não oito como incialmente previsto, e tem ao seu lado como obrigatórios a educação infantil, a partir dos 4 anos de idade, e o ensino médio, até 17 anos de idade.
Reforma do ensino médio
O ensino médio sofreu reforma recente (Lei n. 13.415/2017), tendo modificada sua estrutura, que previa a oferta para todos os alunos do conhecimento de todas as áreas, para um modelo de itinerários formativos, que supostamente devem ser escolhidos pelo estudante, mas oficialmente dependem da oferta local de itinerários possíveis. Trata-se de levar o estudante a, desde os 15 anos, estudar apenas os conhecimentos de uma área, ou o ensino profissionalizante, de acordo com o itinerário escolhido, perspectiva que retoma o previsto na LDB 4.024/1961 e compromete a integralidade da formação.
A intenção das modalidades previstas na LDB era assegurar a universalização do acesso à educação básica, viabilizando uma estrutura do sistema educacional que permitisse a todos os cidadãos exercerem seu direito constitucional à Educação, respeitando suas trajetórias sociais, pertencimentos culturais, necessidades de formação específica em função de deficiências diversas, necessidades de profissionalização ou de acesso ao ensino não presencial.
Fonte: Rick Neves / Shutterstock
É possível perceber – na LDB e na legislação complementar que a regulamenta e vem atualizando – a vontade política de atendimento aos preceitos da Constituição Cidadã de 1988 no que se refere ao direito subjetivo de todos à Educação, explicitando compromissos que articulam esse direito ao dever do Estado e da família em oferecê-lo. Dessa articulação, deriva a obrigatoriedade de oferta e frequência aos estudantes da educação básica.
Nota-se, na LDB, o respeito aos princípios republicanos da igualdade, da liberdade e da fraternidade no estudo do seu artigo 3º, particularmente bem-sucedido no tratamento das necessidades não óbvias ligadas a esses princípios quando se refere à importância dos conhecimentos não escolares e à necessidade de valorização docente.
Finalmente, a estrutura em grade – vertical e horizontal – do sistema traz para a legislação a possibilidade da efetiva universalização do exercício do direito à Educação ao buscar assegurar às populações marginalizadas ou esquecidas pelo sistema regular formal de ensino, o acesso a modalidades específicas de educação destinadas ao atendimento de suas necessidades peculiares.
Neste vídeo, com o professor Rodrigo Rainha, especialistas respondem a perguntas sobre os princípios norteadores da LDB.
Verificando o aprendizado
Parte superior do formulário
1. Considerando os aspectos fundamentais estabelecidos pela LDB, a Educação é uma função partilhada entre vários grupos existentes na sociedade. Sobre a questão de a quem compete a obrigatoriedade da Educação, analise as assertivas abaixo:
I - Nos termos do art. 205 da Constituição Federal de 1988, a Educação, que é um direito de todos, constitui dever tanto do Estado quanto da família, devendo ser promovida e incentivada por ambos e em colaboração com a sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
II - A obrigatoriedade da família continua expressa no art. 227, mas essa obrigatoriedade é também da sociedade e do Estado. Ainda de acordo com o art. 227, é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
III – A LDB trabalha com a perspectiva de a educação formar a identidade nacional brasileira e, nesse sentido, veda a possibilidade de fórmulas segregadoras, como a educação inclusiva separada da educação regular, a educação de grupos étnicos – como índios e negros que têm o direito e o dever de serem inclusos no sistema de ensino regular.
Assinale a alternativa correta:
Somente I está correta.
Somente I e II estão corretas.
Somente I e III estão corretas.
Somente II e III estão corretas.
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "B" está correta.
As assertivas constituem elementos importantes da LDB, no entanto, em seu princípio de tolerância e reconhecimento da multiplicidade de formação, rompe com a ideia de amalgamar uma identidade nacional, reconhecendo o direito à individualidade e a sua garantia. A título de exemplo, podemos falar da questão da entrada na educação infantil e, ainda, para os grupos que não desejam integração, permite fundamentos e organização próprios em uma modalidade de ensino, como o da educação do campo ou da educação indígena.
Parte superior do formulário
2. A LDB foi organizada diante de importantes debates intelectuais de educadores brasileiros. De fato, ela é uma demanda prevista e organizada a partir da Constituição.Partindo desses diálogos, ela tem alguns princípios básicos. As assertivas abaixo apresentam alguns desses princípios:
I - Nos termos do art. 2º da LDB, a Educação, dever da família e do Estado (art. 205 da CF/88), inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
II - De acordo com o art. 3º da LDB, o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios de igualdade de condições para o acesso e permanência na escola: liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à tolerância.
III – De acordo com os princípios V, VI e IX, a Educação passa a ser entendida como um bem público, logo, as instituições privadas de ensino – não gratuitas – não devem possuir fins lucrativos. Essa perspectiva visa garantir a igualdade para todos os sujeitos.
Assinale a alternativa correta:
Somente a I está correta.
Somente a II está correta.
Somente I e II estão corretas.
Somente II e III estão corretas.
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "C" está correta.
O princípio de igualdade – previsto na assertiva III – está correto, no entanto, o seu fundamento não é a garantia de uma educação gratuita para todos, mas a responsabilidade de assegurar a gratuidade aos que dela precisarem e o acesso à educação privada aos que por ela se interessarem.
VOCÊ CHEGOU AO FINAL DO MÓDULO 2!
E, com isso:
Identificou os princípios da Educação, seus níveis e suas modalidades na LDB (Lei 9394/96).
 Retornar para o início do módulo 2
Reconhecer, na LDB, os temas mais relevantes do cenário educacional brasileiro historicamente
Reconhecendo a LDB como um instrumento de política pública
Abordaremos alguns temas específicos que vêm se constituindo como focos de grandes debates entre campos políticos distintos há muito tempo. São questões polêmicas que atravessam o tempo, e os debates em torno da educação nacional, sua estrutura e características desembocam sobre problemas mais globais que envolvem:
· A própria identidade nacional – como é o caso do ensino religioso;
· Os princípios regentes da questão da coisa pública – como a gestão e o financiamento da Educação;
· Os princípios e as necessidades da formação docente;
· O embate entre a unificação e o respeito à pluralidade nacional, tanto no que se refere a propostas curriculares quanto no que diz respeito às modalidades de ensino, com especial destaque ao problema da profissionalização e do acesso ao ensino superior.
Esses diferentes temas perpassam nossa história e estão presentes no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932, como veremos a seguir.
Fonte: Melina Massola / Shutterstock
Os temas deste módulo se relacionam aos princípios para a educação pública preconizados pelo Manifesto dos Pioneiros de 1932: laicidade, gratuidade e obrigatoriedade da escola básica – de 7 a 15 anos de idade – além da chamada coeducação, ou seja, a não separação de meninas e meninos na escola pública.
 Clique no botão para ver as informações.
No documento, propunham seus signatários:
A questão do ensino religioso
O ensino religioso está presente nos embates educacionais brasileiros desde antes da Independência. Ainda no século XVIII, um conflito entre a coroa portuguesa e os jesuítas levou à expulsão destes pelo Marquês de Pombal, tanto de Portugal quanto de suas colônias.
Embora houvesse outras entidades educadoras no país, era a educação jesuítica, e a catequese a ela associada, que prevalecia no território nacional. A meta dessa educação era efetivamente mais a de recrutar fiéis e servidores para uma Igreja Católica enfraquecida pela Reforma Luterana.
Assim, missões em comunidades indígenas e escolas foram criadas e atendiam a “curumins” e filhos de colonos que trabalhavam nas missões e nas regiões nas quais elas se instalavam, dando lugar, posteriormente, a uma educação destinada à formação das elites nacionais, excluindo as mulheres. Era um ensino desvinculado das características da sociedade brasileira, sem praticidade na formação e sem compromisso com qualquer tipo de qualificação profissional, desnecessária em um cenário agrícola e escravocrata.
De acordo com Almeida (2014), pode-se dizer que o ensino jesuítico contribuiu para a sistematização da educação na colônia, educando as elites, excluindo, portanto, os menos afortunados, como mulheres, negros e pobres. A expulsão dos jesuítas, no entanto, não provocou grandes mudanças nas propostas e práticas educacionais do país, embora estivesse influenciada pela adesão do Marquês ao ideário do enciclopedismo europeu.
Jogar Capoëra - Danse de la guerre por Johann Moritz Rugendas. Fonte: Wikimedia
Esse momento marca, talvez, a primeira ruptura de uma série, que se manifestaria de múltiplas formas e prossegue até os dias atuais, entre a Igreja e o Estado, o qual assumiu naquele momento, pela primeira vez, a responsabilidade pela oferta da Educação no Brasil.
Desde então, o embate entre perspectivas de educação centradas em valores da Igreja ou em perspectivas sociais capitaneadas pelo Estado laico permanece. Entre crises, acordos e oposições entre a visão da Igreja e do Estado em relação à Educação, um tema turbulento em todo debate educacional legal e político no Brasil, expresso desde o início do período republicano no papel a ser atribuído ao ensino religioso pela legislação e os modos de sua efetivação num país que tem como princípio a laicidade do Estado e da Educação.
Desde a proclamação da República, o embate vem se expressando em documentos e discussões, ora mais explicitamente, ora incorporado a temáticas mais amplas, como no caso do Manifesto dos Pioneiros. Na LDB de 1996, muitas mudanças em relação à oferta do ensino religioso já ocorreram, bem como foi polêmica sua inclusão na BNCC do ensino fundamental em 2017. Essas variações se relacionam com conflitos presentes na sociedade entre grupos políticos mais progressistas e mais conservadores, ao mesmo tempo em que refletem a posição das instituições religiosas e igrejas em diferentes momentos da política nacional.
Antigo Colégio dos Jesuítas em Salvador, Bahia. Fonte: Wikimedia
Entre a força dos jesuítas e a educação ligada à catequese que efetivavam a governos populares mais apartados das pressões religiosas os quais privilegiavam aspectos da formação cidadã na perspectiva da laicidade, muitas foram as formas por meio das quais a legislação retratou o momento político. Observemos as três versões da LDB: a Lei n. 4.024/1961, a Lei n. 5.692/1971 e, finalmente e de modo mais atento, as diferentes versões da Lei n. 9394/1996 para dar consistência ao nosso debate.
Conforme a LDB, embora de oferta obrigatória, o ensino religioso não é financiado pelo Estado e tampouco os docentes são ligados às escolas. Caberia, nessa perspectiva, às diferentes instituições religiosas indicar – e fica subentendido – e remunerar os docentes, cabendo à escola pública apenas o papel de recebê-los. Já na reformulação operada na Lei n. 5.692/1971, o ensino religioso parece perder espaço, sendo enunciado como parágrafo único do artigo 7º, em apenas duas linhas.
No entanto, a ideia de que o ônus não cabe ao Estado desaparece, bem como a responsabilidade das instituições religiosas pela indicação de docentes e o respeito às diferentes crenças. A primeira impressão de perda de espaço é, portanto, ilusória. Percebe-se, a partir dessa nova redação, que o Estado se ocupará mais efetivamente dessa oferta, sem abrir espaço para diferentes crenças, apenas assegurando a liberdade ao aluno de não frequentar as aulas.
Já a Lei n. 9.394/1996, quando da sua aprovação, não previa o ônus do Estado pela oferta, nos moldes da Lei n. 4.024/1961. No entanto, a forte pressão de grupos religiosos logo fez com que o artigo 33 fosse alterado e a obrigatoriedade da oferta do ensino religioso nas escolas públicas passou a serfinanciada pelo Estado a partir da redação dada pela Lei n. 9.475/1997.
Fonte: Joa Souza/ Shutterstock
Embora a liberdade do aluno em cursar ou não o ensino religioso tenha permanecido e a ideia da pluralidade de crenças esteja na lei, o crescimento da influência de religiões cristãs sobre o Estado nos últimos anos vem produzindo efeitos sobre as escolas que, cada vez mais, inserem orações cristãs em suas práticas cotidianas, sem que aos alunos seja efetivamente facultada a possibilidade de não as frequentar.
Saiba mais
“Na maioria das escolas públicas brasileiras, para passar de ano, os alunos têm que rezar. Literalmente. Levantamento feito pelo portal QEdu, a partir de dados do questionário da Prova Brasil 2011, do Ministério da Educação, mostra que em 51% dos colégios há o costume de se fazer orações ou cantar músicas religiosas. Apesar de contrariar a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), segundo a qual o ensino religioso é facultativo, 49% dos diretores entrevistados admitiram que a presença nas aulas dessa disciplina é obrigatória. Para completar, em 79% das escolas não há atividades alternativas para estudantes que não queiram assistir às aulas”. Fonte: Fábio Campana.
Leia o artigo completo Contra a lei, ensino religioso é obrigatório em 49% de escolas públicas, de Fábio Campana, indicado no Explore Mais.
Acerca do que falamos sobre o ensino religioso, propomos a seguinte reflexão:
O debate em torno do ensino religioso e do direito dos alunos a não o frequentarem vem ganhando contornos cada vez mais vivos e polêmicos no cenário social e político. Lendo a notícia abaixo e considerando o que prevê a legislação, como você se posicionaria diante do fato?
A., de 13 anos, estuda numa escola municipal em São João de Meriti em que o ensino religioso é confessional e a presença nas aulas, obrigatória. Praticante de candomblé, ela diz sofrer discriminação por parte de três professoras evangélicas, que tentam convertê-la. Com medo de retaliações, a menina pede que nem seu nome nem o de seu colégio sejam identificados. Segundo seu relato, é obrigada não só a frequentar as aulas, como também a fazer orações.
Responder
O papel do Estado e da família na educação nacional e a legislação pertinente
Outra temática, também presente no Manifesto dos Pioneiros e em embates históricos em torno da educação nacional, se relaciona com os princípios regentes da questão da coisa pública e as obrigações do Estado perante os cidadãos.
Os temas da gratuidade e da obrigatoriedade da Educação e as questões relacionadas ao financiamento e à gestão da educação pública são, possivelmente, os principais aspectos debatidos nesse embate dos limites e das possibilidades de o Estado contemplar devidamente sua obrigação de oferta de educação pública de qualidade para todos, financiando-a sem que entidades privadas se beneficiem dessa verba destinada à Educação.
A preocupação explícita no Manifesto dos Pioneiros com a autonomia financeira do sistema educacional preconizava que:
A autonomia econômica não se poderá realizar, a não ser pela instituição de um "fundo especial ou escolar" que, constituído de patrimônios, impostos e rendas próprias, seja administrado e aplicado exclusivamente no desenvolvimento da obra educacional pelos próprios órgãos do ensino incumbidos de sua direção.
(AZEVEDO et al., 2006)
Fonte: Maarten Zeehandelaar / Shutterstock
Apesar desse alerta já em 1932, apenas na Constituição Federal de 1988 ficou explicitado o modo como a educação pública deveria ser financiada pelo Estado, assegurando menos instabilidade financeira ao Sistema Público de Educação, já que a CF previu a garantia de verbas para a Educação, entendendo como mínimo necessário 18% do valor arrecadado para a União e 25% para estados e municípios. O cálculo desses valores se faz com base na receita resultante dos impostos e das transferências constitucionais, conforme assinalado no artigo 212 da Constituição. O objetivo oficial dessa normatização é assegurar que municípios e estados mais pobres não sejam prejudicados em sua capacidade de garantir a oferta de educação de qualidade por falta de verbas.
Posteriormente à LDB, ainda em 1996, foi criado o Fundo Nacional de Financiamento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério (FUNDEF), ampliado a partir de 2007 ao restante da educação básica, passando a se chamar Fundo Nacional de Financiamento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB). De acordo com informe elaborado por Cleo Manhães (2019), do Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC), esses fundos representam uma tentativa de racionalização do gasto com a educação.
Em relação ao problema do subfinanciamento, um dos motivos apontados pela analista é o fato de a União subdimensionar o custo-aluno para não ser obrigada a repassar os valores não atingidos por estados e municípios, como previsto na normatização do FUNDEB.
Fonte: Maarten Zeehandelaar / Shutterstock
Saiba mais
A transição do FUNDEF para o FUNDEB significou o aumento da complementação da União aos fundos estaduais, de R$492 milhões, em 2006, para cerca de R$14 bilhões, em 2019. [...]
Como sempre houve um subfinanciamento da Educação, ao FUNDEB foram acrescidos novos recursos, como os oriundos do IPVA, por exemplo, ampliando o financiamento e o número de alunos atendidos, mas não equacionando, ainda, a questão do subfinanciamento (MANHÃES, 2019).
O debate em torno da destinação das verbas públicas é tão antigo quanto o próprio debate em torno da educação pública. E, no que se refere à legislação e aos debates públicos, tão oscilante quanto os demais debates tratados neste módulo.
Em diferentes momentos e normatizações, houve impossibilidade de acordo em relação ao tema e aos embates entre grupos que defendiam a exclusividade de verbas públicas para a educação pública e os que aceitam e defendem o financiamento de instituições privadas, alegando a prestação de serviço por parte delas, considerado público, devendo, portanto, receber parte da verba destinada à Educação. O termo foi seguidamente usado em leis e normas para defender, sem garantir, a destinação das verbas ao sistema público, sendo defendido por uns e criticado por outros a cada momento.
Fonte: Alex Oakenman / Shutterstock
Em nota recente, o Grupo de Trabalho Estado e Política Educacional da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (GT 5 – ANPEd) assume claramente a defesa da exclusividade das verbas públicas para a educação pública.
 Clique no botão para ver as informações.
O GT 5 – ANPEd afirma:
Na legislação atual, conforme prevê o artigo 213 da Constituição, os recursos públicos podem ser destinados também a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, desde que comprovem não terem fins lucrativos e se comprometam a aplicar excedentes financeiros em Educação. De acordo com o referido artigo, inciso II, ainda é necessário que, em caso de encerramento de atividades, destinem seu próprio patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional – ou ao poder público.
Longe de concluída, como se vê nos debates atuais e nas tantas idas e vindas legais e políticas do tema, a questão do financiamento da Educação segue mobilizando defensores de diferentes posições, que vão desde a exclusividade de verbas públicas para a Educação e a escola pública até a defesa do financiamento de escolas e sistemas privados com fins lucrativos.
Saiba mais
Em texto esclarecedor sobre essa questão financeira e a relação entre público e privado na educação nacional, Martins (2005) afirma que:
No plano da legislação ordinária, o artigo 20 da LDB, ao categorizar as chamadas instituições privadas de ensino, entende que as particulares são definidas, em sentido estrito, como as escolas instituídas e mantidas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, sem as características das demais escolas privadas, isto é, comunitárias, confessionais e filantrópicas.
São entendidas como confessionais, segundo a LDB, no inciso III do referido artigo, as escolas instituídas porgrupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas que atendem à orientação confessional e ideologia específicas. As escolas filantrópicas são regidas por lei própria.
As escolas comunitárias, a partir da Lei 11.183, que dá uma nova redação ao inciso II do caput do art. 20 da Lei n. 9.394/96, são consideradas as instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de pais, professores e alunos, que incluam em sua entidade mantenedora representantes da comunidade.
A questão do dualismo na Educação e na sociedade
O confronto entre a unificação da oferta e o respeito à pluralidade nacional representou, em diferentes momentos de formulação e implementação de políticas educacionais e legislação que a fundamenta, um sério embate político. Essa discussão aparece e se expressa no que se refere a:
· Programas de inclusão;
· Modos de organização do sistema;
· Termos de normas nacionais em relação aos currículos escolares em diferentes níveis e modalidades;
· Direitos de diferentes segmentos populacionais ao acesso e à permanência no sistema escolar.
Fonte: Monkey Business Images / Shutterstock
Poderíamos tratar de aspectos diversos, como o financiamento público para a educação privada. De um lado busca-se a excelência em gestão de recursos, atendendo a um púbico mais amplo do que o das instituições públicas, com regras e burocracias que as deixam menos dinâmicas. De outro lado, essas mesmas instituições alegam não atingir a modernização necessária por falta de investimento público. O dualismo se materializa em contradição entre a ação necessária da política pública para atender aos anseios sociais e a necessidade de cumprir o orçamento e as demandas do capital, os quais fazem parte do Estado e de suas necessidades.
O dualismo permeia a história da educação brasileira. Veja a seguir:
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A profissionalização
O exemplo mais flagrante do dualismo na educação brasileira envolve a questão da profissionalização. Já no texto da Reforma Capanema, de 1937, fica claro que a escola para as elites deve preparar para o prosseguimento de estudos até níveis superiores e a escola para as populações menos afortunadas deve se limitar a ensinar o necessário para a profissionalização rápida e o ingresso no mercado de trabalho. A chamada Reforma Capanema reformulou a estrutura da escolarização e criou o ensino colegial, que dava acesso às universidades, paralelamente ao ramo secundário técnico/profissional, com caráter de terminalidade.
A normatização do dualismo
A LDB 4.024/61 manteve uma normatização dualista a qual não previa – para alunos que frequentaram o ensino técnico, voltado à formação profissional – a possibilidade de ingresso no ensino superior, especificamente referido como possibilidade aos concluintes do colegial (atual ensino médio). Talvez surpreendentemente, a Lei n. 5.692/1971 rompe com esse dualismo em sua estrutura ao prever a unificação, no que passou a ser chamado de segundo grau, entre a formação propedêutica destinada ao ingresso no nível superior e a formação profissional. Segundo a lei, todos os estabelecimentos de ensino, públicos e/ou privados, deveriam oferecer simultaneamente formação geral e profissional.
A tentativa de superação do dualismo
A nova legislação, a partir da fusão entre sistemas antes separados de formação técnica profissional e formação propedêutica, assume como intenção a superação do dualismo que vigorava na norma anterior. No entanto, ao contrário do que esperavam os legisladores, a norma foi um fracasso e retirada da lei em 1982, quando foi aprovada a Lei n. 7.044/1982, que desobrigava as instituições de ensino a formar profissionais e a preparar estudantes para o acesso ao ensino superior simultaneamente.
Concretamente, percebe-se que a lei produziu e aprofundou a legitimação da exclusão dos estudantes que frequentavam escolas reconhecidas pela qualidade da sua formação profissional, já que essas nunca conseguiram oferecer, em condições ideais, a formação geral necessária para o ingresso no nível superior.
Os alunos que frequentavam o segundo grau técnico continuaram a ter dificuldade de ingressar nas faculdades e universidades, porque não obtinham notas suficientemente altas para alcançar as vagas pretendidas, as quais continuaram sendo ocupadas pelos estudantes provenientes das escolas de excelência em formação geral. Essas, por sua vez, jamais conseguiram formar dignamente profissionais de nível médio, mas isso não era um problema, considerando que a meta das elites era o ingresso na universidade. A partir de 1982, então, voltamos a ter o mesmo problema antes observado, de um dualismo, que se não era mais oficial, permanecia ativo e produzindo a exclusão das classes trabalhadoras do nível superior.
Neste vídeo, com o professor Rodrigo Rainha, especialistas respondem a perguntas sobre polêmicas e dualidades da educação brasileira: ensino religioso, financiamento da educação pública e privada e propostas curriculares.
Reformas da LDB
Fernando Henrique Cardoso. Fonte: A.PAES / Shutterstock
Investimento em modelos técnicos
A partir dos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2003) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), manteve-se um foco sobre a necessidade do investimento em modelos técnicos, como política pública relativa à exclusão e à necessidade de entrada rápida no mercado de trabalho, mas sem reduzir o estudante ao seu ofício, segregação clássica e já experimentada nos modelos tecnicistas.
As fórmulas mantiveram o dualismo: o primeiro criava centros estaduais e estimulava seu fomento pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, mas também abria linhas de investimentos para o ensino privado criar condições de graduações “rápidas” e cursos tecnólogos que permitissem a entrada no mercado de trabalho.
Os Institutos Federais
O governo Luís Inácio mudou isso, com a criação de Institutos Federais – substituindo e ampliando a antiga rede herdada de períodos da ditadura civil-militar –, mas também utilizou a rede privada para a criação de programas como o PRONATEC, entendendo a dificuldade de promover o número de formações necessárias. Não viveu o dualismo de separar os estudantes entre profissionais e intelectuais, mas manteve a contradição em relação a investimento público em espaços privados.
Luís Inácio Lula da Silva Fonte: Joao Paulo V Tinoco/ Shutterstock
Dilma Rousseff Fonte: Celso Pupo / Shutterstock
A reforma do ensino médio
Sem ter logrado grande sucesso, já que o ensino médio continuou sendo um problema relevante na educação brasileira, por diferentes motivos e dificuldades de constituição de uma identidade formadora, voltada pra terminalidade ou para a continuidade dos estudos, em 2017 – após discussão feita ao longo do governo Dilma Rousseff (2011-2016) – foi aprovada uma ampla reforma do ensino médio, promovendo muitas mudanças na LDB, expressa em detalhes na Lei n. 13.415/2017.
O governo Michel Temer e suas alterações
Em 2018 a LDB foi alterada pelo presidente Michel Temer, que, com a Lei n. 13.632, apresentou a ideia de Educação ao longo da vida e a educação especial ofertada ainda na educação infantil.
Michel Temer. Fonte: Celso Pupo / Shutterstock
Jair Messias Bolsonaro. Fonte: Antonio Scorza / Shutterstock
As atualizações de 2019
Em 2019, o presidente Jair Messias Bolsonaro alterou a LDB sancionando quatro leis que versam sobre:
· A escusa de consciência, prestações alternativas à aplicação de provas e à frequência a aulas realizadas em dia de guarda religiosa com a Lei n. 13.796, de 3 de janeiro de 2019;
· A notificação obrigatória de faltas escolares ao Conselho Tutelar quando superiores a 30% (trinta por cento) do percentual permitido com a Lei n. 13.803, de 10 de janeiro de 2019;
· A divulgação do resultado de processo seletivo de acesso a cursos superiores de graduação com a Lei n. 13.826, de 13 de maio de 2019;
· A inclusão de disposições relativas às universidades comunitárias com a Lei n. 13.868, de 3 de setembro de 2019.
A reforma do ensinomédio recriou o dualismo no nosso sistema educacional de uma forma particularmente perversa ao preconizar a formação de nível médio por meio de itinerários formativos que subtraíam dos currículos obrigatórios um sem número de conhecimentos necessários ao ingresso no ensino superior. Definia-se a profissionalização como um desses itinerários, a serem supostamente escolhidos pelos alunos, mas definidos pelos sistemas de ensino de acordo com as suas possibilidades de oferta, levando o estudante, com apenas 15 anos de idade, a escolher se estudaria ciências exatas, humanas, ou naturais.
Desobrigando os sistemas de ensino de assegurarem a oferta das diferentes disciplinas excluídas dos itinerários oferecidos, a reforma do ensino médio cria e reforça a exclusão de todos aqueles que não podem pagar por uma escola a qual disponha do conjunto completo de conteúdos. Ou seja, promoveu a exclusão social e a ampliação das desigualdades já existentes no país.
Saiba mais
Não deixe de conferir as leis n. 13.415/2017, n. 13.632/2018, n. 13.796/2019, n. 13.803/2019, n. 13.826/2019, n. 13.868/2019 indicadas no Explore Mais ao final deste tema.
Aspectos da inclusão na LDB
Ainda é necessário citar, no que se refere a esse dualismo na educação brasileira, o problema que envolve a educação de jovens e adultos e a educação inclusiva. Essas duas modalidades vêm buscando assegurar o direito à educação plena aos seus alunos, lutando desde tempos imemoriais para garantir àqueles que precisam frequentá-las o direito de acesso e de permanência no sistema de ensino com o devido alcance aos conhecimentos aos quais têm direito.
Fonte: Alex Oakenman / Shutterstock
Seja para o prosseguimento dos estudos ou para uma formação mais completa, o direito de aprender dentro dos seus ritmos e das suas possibilidades não vem sendo respeitado, já que, com frequência, não lhes são oferecidas as condições mínimas para seguir. Nesses casos, não se trata mais de mero dualismo, mas de um processo de reprodução ad infinitum de uma exclusão vivida, no caso da EJA, pelo não acesso ou não respeito aos ritmos de aprendizagem dos estudantes que a procuram e dela necessitam, e no caso da educação inclusiva, pela exclusão social de deficientes, independentemente das suas possibilidades, capacidades e necessidades de aprendizagem.
Nem a LDB, nem a legislação complementar têm sido capazes de superar esses problemas, incrustados em nossa sociedade e, por isso, difíceis de enfrentar.
Relembrando...
Vimos, primeiramente, com o tema do ensino religioso, o quanto a sociedade brasileira é marcada pela influência da Igreja no Estado e, portanto, no sistema educacional. Assim, vivenciam-se no país dificuldades e problemas na implantação de uma educação laica, apesar de ela estar prevista na Constituição e na própria LDB. Um dos problemas enfrentados atualmente em relação ao tema é o da crescente influência de religiões conservadoras e excludentes no país, as quais vêm conseguindo impor seus valores e mesmo suas práticas de oração ao sistema educacional. Com isso, imensas camadas sociais praticantes de outras religiões, desqualificadas, desvalorizadas e mesmo não reconhecidas como legítimas, ou ainda famílias que optam por não oferecer aos seus membros educação vinculada a qualquer tipo de religiosidade, são desrespeitadas nos seus direitos à educação laica, pública e gratuita de qualidade.
Vimos, também, o embate que envolve a problemática do financiamento da Educação e mais uma vez percebemos a impossibilidade do Estado brasileiro de assumir em sua plenitude a sua obrigação de oferecer educação pública para todos, financiando o sistema público sem privilegiar segmentos sociais mais abastados ou mesmo investidores em Educação que buscam, muitas vezes de forma velada, valorizar o seu capital e gerar lucro por meio de oferta educacional. Mesmo nos casos de filantropia, são pontos de vista parciais e situados em interesses de determinados grupos sociais, resultando no recebimento de verbas que deviam ser destinadas às escolas as quais buscam o interesse público mais amplo, como é o caso da escola pública.
Finalmente, o polêmico tema da Educação para todos, do direito de todos à Educação e à aprendizagem foi discutido na última parte do módulo quando tratamos do dualismo existente, desde o Império, na oferta da educação brasileira para ricos e pobres.
Verificando o aprendizado
Parte superior do formulário
1. Como podemos analisar o embate entre público e privado existente no quesito financiamento da Educação em relação às dificuldades que o Estado brasileiro enfrenta no cumprimento de seu dever de assegurar a universalização do acesso à educação pública, gratuita e de qualidade?
O uso de verbas públicas para instituições privadas, mesmo limitado a instituições sem fins lucrativos, compromete o financiamento da educação pública e a necessária ampliação da oferta até que se possa ter 100% das crianças e adolescentes do país em escolas.
A coexistência de instituições públicas e privadas, que contribui para assegurar a pluralidade pedagógica e amplia o direito de escolha das famílias, não pode servir de argumento para a precarização ou redução da oferta da educação pública e gratuita de qualidade.
A escola pública é para todos e sua complementação por oferta de educação privada deve ser tão somente uma opção para os que a desejam. Assim, o uso de verbas públicas para a educação privada só deveria ser considerado depois que o Estado tiver assegurado, em todos os níveis e modalidades, o acesso de todos à educação pública e gratuita de qualidade, conforme preconizado na Constituição e na LDB.
Do ponto de vista da política pública, o uso de verbas da Educação para a iniciativa privada é o Estado terceirizar suas obrigações, passando-a a instituições privadas, oferecendo vagas que as instituições públicas não conseguiriam.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "D" está correta.
A possibilidade de o Estado intervir financeiramente nas instituições educacionais, enquanto as instituições públicas apresentam dificuldades de manutenção, ao mesmo tempo que visa à ampliação do número de vagas e ao controle de custos dessas instituições, enfraquece a possibilidade de investimento em instituições públicas, as quais indicam não ter mais vagas por sucateamento.
Parte superior do formulário
2. São questões importantes, mas consideradas controversas na LDB 1996, as temáticas a seguir:
I. A isonomia, em uma proposta de educação igualitária e que permita a todos os que estejam em uma escola ter o mesmo nível de informação e profundidade.
II. A gratuidade, uma vez que todos os cidadãos brasileiros têm direito à educação básica de forma gratuita e universal, ainda que por opção o aluno possa seguir por instituição privada de ensino.
III. O ensino religioso previsto na LDB é uma questão complicada, pois ela se afirma laica como princípio fundamental para a Educação, logo, seria possível debater teologia, e não religião.
IV. A questão do financiamento da educação pública, que permite parcerias com o setor privado, mas isso é visto como uma contradição pela adoção de gastos públicos na manutenção de setores privados.
Estão corretas as afirmativas:
I e II.
I e III.
III e IV.
II e IV.
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "D" está correta.
As questões de isonomia não se referem à ideia de um padrão máximo de conteúdo; o máximo são parâmetros e bases para que as autonomias locais se manifestem. O ensino religioso é polêmico, mas a questão não é curricular, é de princípio – laicidade ou não como fundamento.
VOCÊ CHEGOU AO FINAL DO MÓDULO 3!
E, com isso:
 Reconheceu, na LDB, os temas mais relevantes do cenário educacional brasileiro historicamente.
 Retornar para o início do módulo 3
Considerações finais
O estudo da LDB nos levou a inserir a legislação educacional nos diferentes contextos sociais e políticos em que ela se inscreve e nos modos de expressão legal que, em cada momento, tocou o tema da Educação. Assim, estudamos as Constituiçõesnacionais, outorgadas nos momentos de caracterização autoritária dos governos, e promulgadas quando gestadas por meio de processos mais democráticos. Buscamos elencar os modos como encararam a questão da Educação e o espaço a ela dedicado, percebendo variações, ênfases e compreensões distintas do fenômeno.
Um exame da LDB vigente foi apresentado e, posteriormente, um estudo mais detalhado dos principais aspectos dessa lei, em seus princípios, finalidades e propostas mais relevantes, por meio do módulo 2. Neste, tratamos de analisar a LDB em sua relação com a Constituição para, posteriormente, nos dedicarmos a um estudo dos princípios e daquilo que significam em termos de garantias legais e de tendências educacionais, assegurando a pluralidade de ideias, de conteúdos e de métodos pedagógicos, respeito aos conhecimentos de alunos e de professores bem como valorizando a carreira docente.
Quanto aos modos de organização do sistema educacional, pudemos ver como a articulação entre os níveis e as modalidades de ensino previstos buscam cobrir diferentes necessidades, interesses e possibilidades de variados grupos sociais do país, procurando viabilizar a inclusão de todos para uma efetiva universalização do exercício do direito à Educação pelo conjunto de membros da sociedade brasileira.
O módulo 3 procurou mostrar a importância e a complexidade dos assuntos aos quais ele se dedica, a relevância social dos debates que os envolvem e, portanto, a urgência desse mergulho mais profundo nas discussões nele elencadas. O que precisamos guardar e aprender com este tema é a necessidade de compreensão da complexidade social de um país de dimensões continentais, como é o Brasil, com tantas diferenças sociais, culturais e políticas, as quais reverberam no sistema educacional.
Podcast
Agora, o professor Rodrigo Rainha encerra o tema pontuando as mudanças históricas nas Constituições, além de comentar como essas alterações influenciaram as políticas educacionais.
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CONQUISTAS
Você atingiu os seguintes objetivos:
 Analisou as Constituições brasileiras, com destaque para a de 1988, e suas relações com a Educação.
 Identificou os princípios da Educação, seus níveis e suas modalidades na LDB (Lei 9394/96)
 Reconhecer, na LDB, os temas mais relevantes do cenário educacional brasileiro historicamente.
REFERÊNCIAS
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AZEVEDO, F. et al. Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932). In: Revista HISTEDBR Online, Campinas, n. especial, p.188–204, ago. 2006.
AZEVEDO, F. et al. Manifesto dos educadores: mais uma vez convocados (1959). In: Revista HISTEDBR Online, Campinas, n. especial, p.205–220, ago. 2006.
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BRASIL. Constituição (1934). Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. Diário Oficial. Rio de Janeiro: 1935.
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BRASIL. Constituição (1967). Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da União. Brasília: 1967.
BRASIL. Emenda Constitucional (1969). Emenda à Constituição da República Federativa do Brasil de 1967. Diário Oficial da União. Brasília, 1969.
BRASIL. Lei 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 1961, p. 11.429.
BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 1996, sec. I, n. 248, p. 27.833.
CURY, C. R. J. Ideologia e educação brasileira: católicos e liberais. São Paulo: Cortez e Moraes. 1978.
FAVERO, O. (Org.). A Educação nas Constituições Brasileiras, 1823-1988. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2005.
LENZA, P. Direito Constitucional esquematizado. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. 500 anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
MANHÃES, C. Entenda como funciona o financiamento da educação básica no Brasil. Instituto Nacional de Estudos socioeconômicos. Brasília: INESC, 2019.
MARTINS, V. O público e o privado na educação brasileira. In: Revista Direitonet, 2006. p. 1-11.
NERY JÚNIOR, N. Teoria geral dos recursos. 7. ed. São Paulo: RT, 2014.
ROMANELLI, O. O. História da Educação no Brasil. 40. ed. Petrópolis: Vozes, 2014.
SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2008. 474p.
EXPLORE+
Para aprofundar seus conhecimentos neste tema, sugerimos as seguintes leituras:
· Plano Nacional de Educação – Lei n. 13.005/2014;
· LDB: o processo de tramitação, publicado no periódico Educação em Revista, n. 11, Curitiba, jan./dez, 1995.
· A Lei da Educação – LDB: trajetória, limites e perspectivas, de Demerval Saviani, Campinas: Autores Associados, 2008.
· O vigésimo ano da LDB – As 39 leis que a modificaram, de Demerval Saviani, publicado na Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 10, n. 19, p. 379-392, jul./dez. 2016.
· Laicidade, ensino religioso e religiosidade na escola pública brasileira: questionamentos e reflexões, de Gabriela Valente, publicado em Pro-Posições, v. 29, n. 1, Campinas, jan./abr. 2018.
· Sobre financiamento, além dos documentos citados sobre FUNDEF e FUNDEB, recomendamos a leitura de textos produzidos por especialistas do campo, notadamente os professores Nicholas Davies e José Marcelino de Rezende Pinto, disponíveis online. Buscando pelos seus nomes, artigos que sejam de seu interesse podem ser acessados.
· Nos sites de entidades de educadores, como a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), a Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE) e a Academia Brasileira de Direito Civil (ABDC), há documentos produzidos em torno das relações entre a LDB e alguns de seus temas principais, tocando, inclusive, no problema da formação e da valorização docente e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) dos ensinos fundamental e médio.
· Contra a lei, ensino religioso é obrigatório em 49% de escolas públicas, de Fábio Campana.
Consulte também as leis que alteraram a LDB:
· Lei n. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017.
· Lei n. 13.632 de 06 de março de 2018.
· Lei n. 13.796, de 3 de janeiro de 2019.
· Lei n. 13.803, de 10 de janeiro de 2019.
· Lei n. 13.826, de 13 de maio de 2019.
· Lei n. 13.868, de 3 de setembro de 2019.

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