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O plano educacional individualizado

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O plano educacional individualizado (PEI) 
o sistema escolar de avaliação classificatória 
 
Adriangela Bonetto 
 
https://diversa.org.br/artigos/o-plano-educacional-individualizado-pei-e-o-sistema-escolar-de-
avaliacao-classificatoria/ 
 
Apesar dos muitos esforços de profissionais e estudiosos da educação em 
disseminar e efetivar nas escolas uma prática de avaliação mais 
formativa e inclusiva, é notável a demora e os inúmeros impasses dessa 
tentativa. Em Guaporé (RS), no ano de 2009, foi implantado o Plano 
Educacional Individualizado (PEI) – instrumento que propõe planejar e 
acompanhar o desenvolvimento de estudantes com deficiência, 
transtornos do espectro autista (TEA) e altas habilidades/superdotação 
por meio de seis áreas de habilidades: acadêmicas, da vida diária, 
motoras/atividade física, sociais, recreação/lazer e pré-
profissionais/profissionais. A apropriação desse documento na prática 
pedagógica dos professores teve como objetivo auxiliá-los no processo 
de avaliação do progresso educacional dos alunos público-alvo da 
educação especial matriculados em classes regulares do ensino 
fundamental. 
Num primeiro momento, a “inovação” trouxe tranquilidade aos 
docentes. Até aquele momento, muitos não sabiam como registrar os 
avanços das crianças e adolescentes que não demonstravam 
habilidades e competências acadêmicas, como por exemplo, leitura e 
escrita desenvolvidas. No entanto, ao final do primeiro trimestre, uma 
questão surgiu: se o sistema da secretaria da escola somente aceita 
notas numéricas, como seriam classificados os estudantes avaliados por 
meio do plano educacional individualizado, que é preenchido com 
registros descritivos? A Coordenação de Educação Inclusiva do 
https://diversa.org.br/artigos/o-plano-educacional-individualizado-pei-e-o-sistema-escolar-de-avaliacao-classificatoria/
https://diversa.org.br/artigos/o-plano-educacional-individualizado-pei-e-o-sistema-escolar-de-avaliacao-classificatoria/
https://diversa.org.br/tag/avaliacao
https://diversa.org.br/tag/ensino-fundamental
https://diversa.org.br/tag/ensino-fundamental
município ficou incumbida de apresentar possíveis respostas para essa 
pergunta durante um encontro da rede. 
 
A nota no plano educacional individualizado 
Imagine uma escola na qual a média para aprovação é 60. Um aluno 
logrou notas 65 em ciências; 60 em matemática; 85 em língua 
portuguesa; 90 em geografia e história; 85 em artes; 95 em educação 
física; e 85 em religião. A mãe, então, chega na escola para receber o 
boletim e faz as seguintes perguntas para o professor de seu filho: “O que 
significam essas notas em conhecimentos construídos em cada uma 
destas disciplinas? O que exatamente ele aprendeu em matemática 
para ter nota 60? Quais conteúdos ele não aprendeu que significariam 
os outros 40? E a nota 65 em ciências, o que representa? Quais conteúdos 
ele não aprendeu e que representam os 35 que faltaram para ter nota 
100? O que nessa nota é aprendizagem de conteúdos e o que 
representa aspectos comportamentais?”. O professor até se esforçaria, 
mas logo constataria que nunca teria uma resposta clara e objetiva, 
senão parcos argumentos e alguns termos técnicos para tentar se 
justificar. Isso porque a nota, não raro, é subjetiva ou apresenta resultados 
de provas ou trabalhos classificatórios. 
Após apresentar essa situação aos professores, ficou muito fácil fazê-los 
entender que a partir do plano educacional especializado é possível 
contemplar o sistema numérico. As habilidades e competências 
dominadas pelos estudantes, bem como suas limitações no processo 
educacional já estão claramente descritas nos seis campos do 
documento. Tudo o que o docente precisa fazer é transformar os registros 
descritivos do PEI em um número. O documento acompanha o boletim 
para explicar ou justificar tal nota, que vai ser, sim, honestamente falando, 
um tanto subjetiva, mas em conformidade com o progresso. E com uma 
diferença: se algum responsável questionar, o professor não precisará 
ficar desapontado nem tampouco inseguro. Basta apresentar o registro 
de todas as habilidades e competências trabalhadas em sala de aula, 
bem como os recursos utilizados e o parecer sobre o grau de interação e 
compromisso com a tarefa prestados pelo aluno. 
 
Avaliação processual 
Realmente, a avaliação é um processo, e, conforme refere Jussara 
Hoffmann em sua obra “O jogo do contrário em avaliação”: “Não se 
pode transformar um cenário educativo rico de situações práticas em um 
cenário avaliativo de teste teórico. Da mesma forma que não se pode 
observar se um aluno produz um texto imaginativo por meio de uma 
prova de gramática. Cada aprendizagem se dá em contexto próprio 
que é, portanto, o cenário próprio da avaliação. Desarticular esses 
cenários é não avaliar aprendizagens”. Assim sendo, o plano 
educacional individualizado é uma excelente ferramenta de apoio aos 
professores que têm, em suas classes, crianças e adolescentes com 
deficiência, transtornos do espectro autista (TEA) e altas 
habilidades/superdotação. 
E, partindo do princípio que “cada aprendizagem se dá em contexto 
próprio”, não seria adequado e necessário que todos os nossos 
estudantes – e não só os que são público-alvo da educação especial – 
fossem avaliados e acompanhados em suas trajetórias escolares por 
meio de um PEI? 
 
Outras referências 
Saiba mais sobre a experiência de Guaporé na implementação do Plano 
educacional individualizado no estudo de caso da escola Alexandre 
Bacchi. 
https://www.diversa.org.br/acervo-de-casos/acervo-de-casos.php?id=139&/o_caso_escola_alexandre_bacchi_guapore_rio_grande_do_sul_brasil
https://www.diversa.org.br/acervo-de-casos/acervo-de-casos.php?id=139&/o_caso_escola_alexandre_bacchi_guapore_rio_grande_do_sul_brasil

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