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TRABALHO HISTORIA PSICO JURIDICA

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ – UNOCHAPECÓ
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E JURÍDICAS
CURSO DE DIREITO
COMPONENTE CURRICULAR: PSICOLOGIA JURÍDICA
PROFESSOR/A: SÉRGIO RODRIGO MARTINEZ
ACADÊMICA: SIMONE APARECIDA BARTH
A HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA
Surgiu a serviço das decisões da justiça para elaboração de laudos e perícias, procurando identificar alterações das funções mentais que pudessem estar relacionados ao ato em julgamento. Direito e Psicologia se aproximaram em razão da preocupação com a conduta humana. Primeiramente pode-se destacar algumas transformações que construiram a necessidade da interação entre Psicologia e justiça, são elas: A Revolução Cientifica, a Expansão do Capitalismo, Revoluções políticas. 
A aproximação da Psicologia com o Direito ocorreu no final do século XIX e teve origem na avaliação da fidedignidade de testemunhos, chamada “psicologia do testemunho”, fato que contribuiu para o desenvolvimento da Psicologia Experimental no século XIX. Esta tinha como objetivo verificar, através do estudo experimental dos processos psicológicos, a fidedignidade do relato do sujeito envolvido em um processo jurídico. 
Para Mira y Lopez :
“O testemunho de uma pessoa sobre um acontecimento qualquer depende essencialmente de cinco fatores: a) do modo como percebeu esse acontecimento; b) do modo como sua memória o conservou; c) do modo como é capaz de evocá-lo; d) do modo como quer expressá-lo; e) do modo como pode expressá-lo.”(MIRA Y LOPEZ, 1967, p. 159) 
Desde cedo que a Psicologia se interessou pela a execução da Justiça, nomeadamente pelas variáveis psicológicas que interferiam nesse processo. Destaca-se nesse campo os estudos de experimentalistas tais como Cattell e Jastrow nos E.U.A., e Stern e Binet na Europa. De facto, será na Europa que o desenvolvimento destes estudos se torna mais visível devido à hegemonia alemã no campo da Psicologia. Na viragem do século XX era habitual a utilização de psicólogos como testemunhas perito. Albert von Shranck-Notzing, primeiro psicólogo nesta condição, em 1896 tenta convencer um juiz que a influência da cobertura realizada pelos media sobre o caso de assassinato que estava a ser julgado, estaria a provocar falsas recordações nas testemunhas do caso, sendo que estas já não distinguiriam o que sabiam daquilo que os jornais diziam (Bartol & Bartol, 1999). 
Nos E.U.A. a sua aceitação da Psicologia e o Direito foi um pouco mais tarde.
Munsterberg é quem chama a atenção para a relação entre Psicologia e Justiça, nisso a intervenção dos psicólogos americanos nos procedimentos judiciais intensifica-se. Na década de 40, apesar das dificuldades impostas pelos psiquiatras forenses, os psicólogos começam a ser aceites como peritos sobre o estado mental. O desenvolvimento da Psicologia Forense culmina com o aparecimento de organizações de profissionais consagradas a este ramo da Psicologia: 1977 na Grã-Bretanha, 1981 nos E.U.A., 1984 na Espanha e 1992 na França. 
Em primeiro momento, a função do psicólogo era fornecer um parecer técnico (pericial) que fundamentasse as decisões do sistema judiciário (mapa subjetivo do sujeito diagnosticado, quase sempre descontextualizado). Nesse sentido, a Psicologia passa a ser utilizada como um dos saberes que substitui cientificamente o inquérito na produção jurídica. A idéia de que a Psicologia poderia auxiliar o Direito já estava presente desde o século XVIII. O livro de Eckardts Hausem, “a necessidade de conhecimento psicológico para julgar delitos”, de 1792,é tido como uma das primeiras obras sobre o tema.
O livro Psychologie Naturelle do médico francês Prosper Despine, apresentava o estudo de casos de grandes criminosos daquela época. Este, concluiu ao final que o delinquente não apresenta enfermidade física ou mental, exceto alguns casos, mas que ele age motivado por avareza, ódio, vingança; por tendências nocivas, possuindo uma carência em absoluto de verdadeiro interesse por si mesmo, de consciência moral. Para Despine sua obra é apenas início, é preciso mais investigação acerca disto. Foi ai que ele foi considerado o fundador da Psicologia Criminal – denominação dado a prática psicologica que estuda os aspectos psicologicos do criminoso. Em 1875 a Psicologia Criminal passa a ocupar destaque como uma ciência, para contribuir na compreensão as conduta e personalidade do criminoso.
No Brasil não há uma data que marque o inicio da psicologia jurídica. BERNARDI (1999, p. 103) afirma que “teve seu início marcado pelo enfoque tradicional, da aplicação da Psicologia Cientifica ao Direito Positivo, postulado em nossos códigos legais”. Os primeiros registros de trabalhos de psicólogos em organizações de Justiça no Brasil remetem às décadas de 1970 e 1980, este foi um período em que a Clínica se saturou, o que possibilitou aos psicólogos galgarem para outros campos. 
Na década de 1990 iniciou-se no Brasil um movimento no sentido de organizar os psicólogos em uma associação de nível nacional. Em 1992 psicólogos do Sistema Penitenciário de São Paulo passaram a organizar-se internamente e ampliar o nível de discussão de forma a integrar aqueles profissionais que trabalhavam nas Varas de Família e da Infância e Juventude. Com o objetivo principal promover o desenvolvimento da área da Psicologia Jurídica, por meio do incentivo à pesquisa, da formação continuada, da comunicação de ações e da avaliação da qualidade dos serviços profissionais dos psicólogos no campo jurídico foi criada a A Associação Brasileira de Psicologia Jurídica (ABPJ), que agrega psicologos e demais profissionais que atuam no campo jurídico ou tem interesse na relação entre o Direito e a Psicologia, visando a defesa dos direitos humanos, da ética e da cidadania. 
A preocupação com a avaliação do criminoso quando doente mental é algo que vem desde o século XX. Na idade Média e antiguidade, a loucura era algo privado, aos “loucos” não era permitido muita liberdade. Já no século XVII, a loucura era tratada como uma necessidade de exclusão desses doentes mentais, então criam-se lugares para internação por toda a Europa. No século XVIII realizou-se a liberação institucional, liberando os doentes da internação e lhes dando apoio médico.
Em 1980 foi criado no Rio de Janeiro dentro do curso de Psicologia Criminal uma área denominada psicodiagnóstico para fins jurídicos. Os psicodiagnóstico é uma disciplina metodológica capaz de registrar características psicologicamente relevantes de determinados "portadores de características" e suas mudanças e de integrar tais dados em um quadro diagnóstico com o fim de oferecer uma base suficientemente sólida para a previsão do desenvolvimento futuro de tais características, servindo assim de auxílio na tomada de decisões e na avaliação destas.
Muitas pessoas buscam o judiciário com a esperança de que a decisão do juiz resolva seus problemas emocionais, buscando nele uma solução instantânea para seus conflitos. O juiz é visto como uma figura paternalisna pois tem a função de tomar decisões, impor limites e de julgar o que é certo ou errado. Devido a decisões de situações delicadas, por exemplo, a guarda de uma criança, o juiz recorre ao auxílio do psicólogo judiciário, que é o perito. O Código de Processo Civil – lei 5.869/73 trata no livro I, capítulo V do título IV - dos auxiliares da Justiça, no art. 139, do perito como auxiliar a serviço da Justiça, sendo que os artigos 145 e 147 estabelecem os critérios para sua nomeação e habilitação, entre eles destaca-se o Psicólogo. Este tipo de perícia se destaca devido a crescente procupação tanto por parte do judiciário quanto da própria população em se buscar os aspectos subjetivos e emocionais da personalidade humana que estão além da letra fria, racional e objetiva.
São ramos do Direito que tem participação da Psicologia: Direito Penal, Direito Civil, Direito da Criança e do Adolescente, Direito do trabalho e da Família. Atua em conjunto com o Direito no planejamento e execução de politicas de cidadania, na observancia dos direitos humanos, no combate a violenciae na orientação familiar, entre outros. (França, 2004) A Psicologia Jurídica está subdividida em:
	Psicologia Jurídica e o Menor: No Brasil, por causa do Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA) , a criança passa a ser considerada sujeito de direitos.
	Psicologia Jurídica e o Direito de Família: separação, disputa de guarda, regulamentação de visitas, destituição do pátrio poder. Aqui, o Psicólogo atuará como perito oficial quando designado pelo juiz.
	Psicologia Jurídica e Direito Cível: casos de interdição, indenizações, entre outras ocorrências cíveis.
	Psicologia Jurídica do Trabalho: acidentes de trabalho, indenizações.
	Psicologia Jurídica e o Direito Penal (fase processual): exames de corpo de delito, de
	esperma, de insanidade mental, entre outros procedimentos.
	Psicologia Judicial ou do Testemunho, Jurado: é o estudo dos testemunhos nos processos criminais, de acidentes ou acontecimentos cotidianos.
	Psicologia Penitenciária (fase de execução): execução das penas restritivas de liberdade e restritivas de direito.
	Psicologia Policial e das Forças Armadas: o psicólogo jurídico atua na seleção e formação geral ou específi ca de pessoal das polícias civil, militar e do exército.
	Vitimologia: busca-se a atenção à vítima. Existem no Brasil programas de atendimentos a vítimas de violência doméstica.
	Mediação: Uma forma inovadora de fazer justiça. As partes são as responsáveis pela solução do conflito com ajuda de um terceiro imparcial que atuará como mediador.
	Formação e atendimento aos juízes e promotores.
A Lei 10.792/2003 trouxe mudanças à LEP(Lei de Execução Penal) extinguiu o exame criminológico feito para instruir pedidos de benefícios e o parecer da Comissão Técnica de Classificação Brasil (2003). Para a concessão de benefícios legais, as únicas exigências previstas são o lapso de tempo já cumprido e a boa conduta. Porém, há uma pressão por parte do Ministério Público e Poder Judiciário pela continuidade das avaliações técnicas, devido as rebeliões ocorridas no sistema penitenciário em São Paulo, as avaliações técnicas estão voltando a ser uma exigência para a concessão dos benefícios legais.
Devido a superlotação dos presidios é inviável avaliações psicológicas individualizadas previstas em lei. Existe um trabalho dos Psicólogos juntos aos doentes mentais que cometeram algum delito, os quais são encaminhados a um Instituto Psiquiatrico Forense (IPF) sob medida de segurança, decretada pelo juiz e lá o IPF é responsável por realizar perícias na área criminal e atendimento psiquiatrico. Atualmente há no Brasil 28 IPF e cerxa de 4 mil internos.
A Psicóloga Juridica do Tribunal de Justiça de São Paulo, Deyse C.F Bernardi resume de maneira clara a importância da atuação do Psicólogo na instancia judiciária:
“Repousa na possibilidade desse profissional abordar as questões da subjetividadde humana, as particularidades dos sujeitos e das relações nos problemas psicossociais expressos nas Varas da Infancia e Juventude, com o contexto social e politico que as definem.(BERNARDI, 1999)
O campo da Psicologia Juridica ainda é pouco explorado precisando demarcar seu espaço de atuação, pois não possui técnicas e conhecimentos próprios, valendo-se de conhecimentos já construídos na Psicologia para aliar seu trabalho ao judiciário. Mesmo com certas dificuldades no trabalho da Psicologia Juridica, é preciso valorizar toda iniciativa no sentido de buscar, cada vez mais, a comunicação entre Psicologia e Direito, para que se desenvolva as atividades dos operadores do Direito para um maior entendimento do comportamento humano e da cidadania.
REFÊRENCIAS
FRANÇA, Fátima. Reflexões sobre Psicologia Jurídica e seu panorama no Brasil. São Paulo, 2004, p. 78. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516-36872004000100006&script=sci_arttext. 
BERNARDI, D. História da Inserção do Profissional Psicólogo no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo – Um capítulo da psicologia Jurídica no Brasil. IN: BRITO, L. T. de. Temas de Psicologia Jurídica. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999. Disponível em http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:7OTdPf-YxuYJ:www.dombosco.fag.edu.br/coor/coopex/5ecci/Trabalhos/Ci%25EAncias%2520Humanas/Comunicacao/466.doc+&cd=5&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br 
http://mosaicodapsicologia.blogspot.com.br/2007/12/histria-da-psicologia-jurdica-um-breve.html 
http://psicojuridicauna.blogspot.com.br/2009/10/psicologia-juridica-historia.html 
http://www.ufpi.br/subsiteFiles/parnaiba/arquivos/files/rd-ed2ano1_artigo11_Liene_Leal.PDF 
http://psicologiajuridica.no.comunidades.net/index.php?pagina=1125684289 
http://answers.yahoo.com/question/index?qid=20070501095056AAM2sWQ 
http://crppr.org.br/download/167.pdf 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicodiagn%C3%B3stico 
http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v26n4/09.pdf 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2009000400009 
http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=mXUCdhiHGh8C&oi=fnd&pg=PA1&dq=hist%C3%B3rico+da+psicologia+juridica&ots=8pD34mFQoQ&sig=Ac9PH8bF3R38JPxuW_Ip5LV3XfE#v=onepage&q=hist%C3%B3rico%20da%20psicologia%20juridica&f=false 
http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=4RWKNaphgKYC&oi=fnd&pg=PA111&dq=historico+psicologia+juridica&ots=n4My1UgYd3&sig=v6iCiWuKlAiZ3mh7OmnWflZYvhg#v=onepage&q=historico%20psicologia%20juridica&f=false 
http://www.scielo.br/pdf/psoc/v21n2/v21n2a10.pdf 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516-36872004000100006&script=sci_arttext 
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/4463/reflexoes-sobre-psicologia-juridica-e-seu-panorama-no-brasil 
https://psicologado.com/atuacao/psicologia-juridica/a-psicologia-juridica-suas-interligacoes-com-o-direito-e-algumas-especificidades 
http://www.abpj.com.br/ 
http://opsicologoforense.blogspot.com.br/2008/03/psicologia-forense-o-que.html 
http://psijuridica.wordpress.com/2011/06/19/psicologia-juridica-psicologo-juridico%E2%80%A6-um-dialogo/

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