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21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 1/39 CULTURA DIGITALCULTURA DIGITAL REVOLUÇÃO DIGITAL EREVOLUÇÃO DIGITAL E SOCIEDADESOCIEDADE Autor: Me. Laurine Marques Si lva Revisor : Paula Paz IN IC IAR 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 2/39 introdução Introdução Prezado(a) aluno(a), o presente material faz parte dos estudos de cultura digital e foi elaborado com a �nalidade de lhe proporcionar uma aprendizagem autônoma. Para tanto, selecionamos os conteúdos a �m de facilitar o estudo a distância, além de utilizarmos uma linguagem mais acessível. Ao longo desta unidade, seremos apresentados aos conceitos de cultura, cultura digital, ciberespaço, inteligência coletiva e cultura de convergência. Também indicaremos conexões entre a cultura digital com as três áreas da comunicação: o jornalismo, a publicidade e propaganda e as relações públicas. Agora, convidamos você a dar início a essa jornada no universo da cultura digital. Bons estudos! 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 3/39 O período que marca o �m da Guerra Fria, em 1989, com a queda do Muro de Berlim na Alemanha, dá início a uma nova forma de organização social de escala mundial. A expansão do capitalismo como modo de produção e como processo civilizatório deu origem ao que conhecemos por globalização. A globalização e o avanço tecnológico permitiram que as fronteiras diminuíssem de tamanho. O tempo acelerou, e o fuso horário já não é mais um problema: com apenas um clique, é possível ouvir músicas do estilo kpop que �zeram muito sucesso na Coreia do Sul, assim como acompanhar em tempo real as manifestações em países latino-americanos, sentados no sofá de nossa sala. De acordo com Ianni (1995, p. 14), os impactos causados pela ascensão da Internet, a partir da década de 1990, possibilitam a recriação de novas formas de vida, de lazer e de trabalho e, por consequência, a recriação dos “modos de ser, de agir, sentir e imaginar”. A partir de 1995, as mídias digitais e a Internet passaram a fazer parte do nosso cotidiano, expandindo seu uso não A Cultura Digital: Comunicação eA Cultura Digital: Comunicação e Sociedade – Parte ISociedade – Parte I 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 4/39 apenas aos computadores, mas também aos celulares e outros dispositivos eletrônicos móveis, como os tablets. Como Martino (2015, p. 13) pontuou, nossa vida está cada vez mais conectada e, a partir disso, “[...] surge a necessidade de se pensar, em termos teóricos e conceituais, o que signi�cam as mídias digitais”. Na Era da Informação, há uma in�nidade de informações disponíveis de maneira on-line como nunca visto antes. Como temos explorado essa nova realidade? Vivemos em um mundo e em uma sociedade que está se tornando cada dia mais digital. Estamos modi�cando o modo como nos relacionamos com outros indivíduos e com o mundo em geral. A Internet e a conectividade entre os aparelhos mobiles, celulares, tablets e computadores nos permitem interação a partir de um toque. Mudamos nossa maneira de planejar as férias e reservar um hotel, de pedir um táxi, de consumir notícias, produtos e até mesmo de encontrar um relacionamento. As possibilidades de interatividade se multiplicam a cada dia. Mudamos a maneira de contratar serviços. Não é mais necessário passar horas em �las de bancos para pagar contas e boletos; podemos fazer isso do conforto de nosso lar, no intervalo do trabalho, no deslocamento entre um local e outro. Aos que querem maior praticidade, há a opção de “Débito Automático”, em que você programa o pagamento das suas contas, de acordo com a melhor data para essa ação. E as mudanças em nosso cotidiano não param por aí: no setor alimentício; as possibilidades também se ampliaram imensamente. Já não é mais necessário ligar para reservar uma mesa naquele restaurante que você adora; a reserva pode ser feita por meio de algum aplicativo on-line que pode lhe oferecer vantagens, como descontos. Ou, se preferir evitar um restaurante lotado, você pode conhecer os mais diferentes tipos de comida, escolher desde petiscos e lanches até pratos da alta gastronomia, nos mais diversos restaurantes de sua região, sem sair de casa. Está sem tempo para ir ao supermercado? Não tem problema. Suas compras vão até você! Basta colocar os produtos em um “carrinho de compras virtual” e pronto! Logo alguém vai até a sua porta para entregar tudo o que você pediu. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 5/39 As pro�ssões e os modos de trabalho também estão sofrendo profundas mudanças e adaptações. No jornalismo, vemos as fontes de jornais impressos diminuindo a cada dia. Em contrapartida, novas maneiras de produzir, veicular e consumir notícias estão ganhando uma força cada vez maior. Você pode acompanhar o noticiário por portais de notícia, pelo Facebook, pelo Instagram, por meio de canais de vídeos, aplicativos e blogs, entre outros. Pode, inclusive, produzir suas próprias reportagens e conteúdos, compartilhando suas percepções com outros usuários. No campo da política, é possível encontrar pro�ssionais de relações públicas que desenvolvem narrativas midiáticas de formas criativas e inovadoras. Boa parte das �guras políticas da atualidade se comunicam com seus eleitores por meio de redes sociais. Como consequência, há um fortalecimento da imagem de transparência pro�ssional e do engajamento, além do estreitamento de laços com seus seguidores. Para que isso ocorra de uma maneira potente e e�caz, faz-se necessária a presença de um assessor de comunicação bem preparado, que esteja a par dos temas em debate e domine não somente as estratégias comunicacionais, mas também as plataformas multimídias em que as informações são veiculadas. O pro�ssional de relações públicas também ganha relevância quanto à prevenção e mediação de crises, que se tornaram mais frequentes devido à alta velocidade da distribuição de informações na Era Digital. Figura 1.1 - Homem usando um smartphone Fonte: Konstantin Pelikh / 123RF. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 6/39 A publicidade foi igualmente impactada na cultura digital. É desa�ador atrair, conquistar e �delizar clientes em um mundo no qual a oferta dos concorrentes está por toda parte. O número de consumidores on-line segue aumentando, e eles estão mais informados do que nunca. A Internet possibilita que esses usuários pesquisem sobre a qualidade do produto ofertado, as práticas de vendas e produção da empresa e ainda compararem os preços para encontrar o melhor custo-benefício. Se um consumidor está em dúvida sobre certa aquisição, ele pode utilizar um site de buscas que faz o comparativo de preços e, após encontrar o que mais lhe agrada, pode obter informações de outros usuários a respeito das funcionalidades e benefícios do produto. Também tem a opção de criar alertas em aplicativos para ser noti�cado sobre as �utuações dos preços. É possível dialogar com o vendedor, perguntar sobre o frete e o tempo estimado de entrega e até negociar descontos e outras formas de pagamento. Cabe aos pro�ssionais de publicidade e propaganda e de marketing encontrarem as melhores estratégias para cada meio de comunicação que são utilizados para divulgar a marca e o produto e, ainda, alcançar e cativar o público-alvo. Como podemos ver até aqui, as relações humanas,culturais e econômicas estão sofrendo diversas modi�cações em nossa realidade atual. E o que a cultura digital tem a ver com tudo isso? Veremos a seguir. praticar Vamos Praticar Leia o trecho a seguir. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 7/39 “É quase um exercício de imaginação pensar o cotidiano sem a presença das mídias digitais. Das atividades mais simples, como marcar um jantar com amigos, aos complexos meandros da política internacional, boa parte da vida humana está ligada às relações articuladas com mídias digitais. Elas estão ali, trocando uma quantidade quase in�nita de dados a todo instante, e em geral é só quando falham que voltamos a percebê-las”. MARTINO, L. M. Sá. Teoria das mídias digitais: linguagens, ambientes e redes. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015. p. 52. Diante desse trecho, assinale a alternativa correta. a) O processo de globalização é estático, e isso signi�ca que não está em constante transformação, nem passa por evoluções e não se desenvolve. b) A Era da Informação permite que a comunicação se fortaleça, desde que os pro�ssionais não mudem suas estratégias para divulgar sua marca e produto. c) A Era da Informação abriu as portas para diferentes culturas, tradições e possibilidades de conhecer costumes de outros países de modo mais acessível. d) As novas tecnologias não podem ser usadas em sala de aula, pois não há formas e�cientes de aplicá-las ao ensino. e) A cultura digital não permite uma experiência de visitação a locais distantes, como pontos turísticos internacionais. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 8/39 Para imergir nesse universo, iremos nos apoiar no livro Teorias das mídias digitais: linguagens, ambientes e redes (2015), do pesquisador Luís Mauro Sá Martino. O autor mapeia conceitos e teorias dos principais autores e pesquisadores de comunicação e cultura digital. Termos como cibercultura, ciberespaço, Internet, mídias digitais, redes sociais, espaço público, espaço virtual, vida conectada e inteligência virtual são abordados de maneira re�exiva e com exemplos práticos. O �lósofo, sociólogo, professor e pesquisador francês Pierre Lévy apresenta em suas teorias diversos conceitos que compõem a cultura digital, que nos engloba mundialmente. As pesquisas desse pensador contemporâneo se encontram dentro das áreas de comunicação e ciência da informação. Em suas obras, encontramos conceitos fundamentais que nos auxiliam na compreensão dessa realidade cibernética em que a maioria de nós vive. Entre eles, podemos citar a cibercultura, o ciberespaço e a inteligência coletiva. Vamos conhecer um pouco mais sobre esses conceitos? A Cultura Digital: Comunicação eA Cultura Digital: Comunicação e Sociedade – Parte IISociedade – Parte II 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 9/39 O ciberespaço permite que pessoas que estão geogra�camente distantes possam dialogar em tempo real ou anacrônico, mesmo com fusos horários completamente diferentes. Podemos enviar agora mesmo uma mensagem para alguém que está on-line no Japão, e será possível desenvolvermos uma conversa. Um exemplo que podemos citar é o site Chatroulette. Ao se conectar no site, é possível realizar uma videoconferência aleatória com pessoas de diversos países, desde que os usuários estejam conectados na mesma hora que você. Se a conversa não estiver interessante, você pode encerrar a chamada e se conectar com outros indivíduos. O ciberespaço surge com a interconexão mundial de uma rede entre os computadores. Pierre Lévy acredita que o ciberespaço expande, de uma maneira nunca vista antes, os horizontes de informações e conhecimentos que um indivíduo tem à disposição de suas mãos, de seus olhos e de sua voz. No ciberespaço, o usuário precisa selecionar, �ltrar e escolher entre diversos canais e meios. Esse feito seria impossível antes da Era Digital, no tempo que as pessoas se comunicavam por meio de cartas, por exemplo. Mesmo com o advento do telefone, uma série de limitações era imposta, como a imobilidade do aparelho, que não permitia ser carregado no bolso como o celular atual. Martino (2015, p. 29), baseado nas teorias de Pierre Lévy, de�ne o ciberespaço como “[...] a interconexão digital entre computadores ligados em rede”, isto é, “[...] é um espaço que existe entre os computadores, quando há uma conexão entre eles, que permite aos usuários trocarem dados”. O autor aponta como Figura 1.2 - Pierre Lévy Fonte: Fronteiras do Pensamento / WikimediaCommons. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 10/39 característica do ciberespaço a sua “arquitetura aberta”. Isso quer dizer que não há um limite na capacidade de expansão desse ambiente, que está em “constante movimento” e no qual as “conexões são criadas e desfeitas em um �uxo constante”. Quando estamos on-line, conectados por uma rede – através do computador ou do dispositivo móvel – e decidimos publicar um link interessante no Facebook, compartilhar uma foto com um �ltro divertido no Snapchat e/ou no Instagram, trocamos informações e dados com usuários que estão conectados a nós. Pode-se dizer que estamos habitando esse universo mágico e plural chamado ciberespaço. Assim como a nossa realidade possui propriedades gerais da matéria, como a Lei da Gravidade ou a dimensionalidade (largura, altura e comprimento), Lévy destaca quatro componentes que estão presentes na estrutura do ciberespaço: 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 11/39 ESTRUTURA DO CIBERESPAÇO DEFINIÇÃO E EXEMPLOS Memórias com informações compartilhadas Informações e programas compartilhados pelos usuários conectados, como a nuvem ou o Google Drive, ao permitir que diversas pessoas, onde quer que estejam, consigam alterar um mesmo documento em tempo real, por exemplo. Programas Um programa, também chamado de software, é o conjunto de instruções que descrevem a tarefa ou ação a ser desempenhada por um computador. Interface Interfaces que permitem interação e acesso aos dados dos ciberespaços pelas pessoas, como a tela de um computador ou celular. Codi�cação digital É a transformação de todos os elementos em fórmulas matemáticas que permitem sua manipulação e armazenamento em memória. Quando salvamos uma fotogra�a em um pen-drive, sabemos que não é a mesma fotogra�a impressa que conseguimos pegar com as mãos. O computador é o responsável por transformar os elementos da fotogra�a (como as cores e as 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 12/39 Quadro 1.1 - Estrutura do ciberespaço Fonte: Adaptado de Martino (2015, p. 30). No tocante à digitalização, em se tratando de programação, o computador não fala português, inglês ou mandarim. É preciso haver uma linguagem que a máquina compreenda e que seja padrão para qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo. Nada melhor do que fazer isso por meio dos números: essa linguagem se dá por instruções binárias. Ainda com o exemplo da fotogra�a, para uma imagem ser escaneada, as cores e formas são transformadas em códigos, isto é, sequências de 0s e 1s (zeros e uns), que permitem ao computador calcular exatamente o brilho e a cor de cada pedaço da imagem. De acordo com o Dicionário Aurélio, o termo “cultura” pode ser de�nido pelo conjunto de hábitos sociais e religiosos, além de manifestações intelectuais e artísticas que caracterizam uma sociedade (FERREIRA,2018). O conceito “cultura” diz respeito aos modos de comportamento e hábitos de uma sociedade que os diferem das demais. Nos países ocidentais, por exemplo, a leitura e a escrita são realizadas da esquerda para direita, enquanto nos países árabes e hebraicos há sistemas de escrita praticados da direita para formas) por meio da digitalização, explicada a seguir. Figura 1.3 - Programação Fonte: everythingpossible / 123RF. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 13/39 esquerda. Da mesma maneira, um simples aperto de mão, frequentemente realizado aqui no Brasil, pode ser considerado uma ofensa em outras partes do mundo. Cibercultura, por sua vez, é o conjunto de padrões, produtos, comportamentos e valores que são compartilhados na Internet (FERREIRA, 2018). A cultura digital tem como principal característica a colaboração entre os usuários e o compartilhamento de informações, pelo fato de estar inserida em um mundo globalizado. A cibercultura é produzida e reproduzida no ciberespaço. O uso massivo da Internet marcou o início da cibercultura. Quanto mais digital a sociedade foi se tornando, com mais força o termo “cibercultura” foi se consolidando. Com o surgimento da cibercultura, novos grupos sociais e comunidades passaram a se formar, de acordo com os seus interesses e não mais de acordo com a sua localização geográ�ca. A distância física, em outros séculos, representava um aspecto extremamente limitador. Durante muito tempo, a prática de enviar cartões postais para entes queridos foi adotada. Além do gesto de carinho, a lembrança do local visitado era uma pequena demonstração das características geográ�cas e culturais encontradas em determinada cidade ou país. Hoje, podemos conhecer, por exemplo, o Deserto do Sahara ou as geleiras da Islândia diretamente de um dispositivo móvel, conectado à Internet. A realidade virtual 360º permite que essa experiência se torne possível, libertando-nos, em partes, das amarras das distâncias físicas. Podemos ter acesso a livros de diversas bibliotecas espalhadas pelo continente, assim como visitar virtualmente e conhecer as obras clássicas dos maiores e mais famosos museus do mundo. O crescimento do ciberespaço é um fenômeno internacional e global. Os indivíduos estão em uma busca constante de experimentação social e coletiva, diferente dos aspectos da experiência tradicional que as mídias clássicas costumam nos proporcionar. Deixamos de ser espectadores passivos, absorvendo o �uxo de informações impostas, para nos tornarmos atores de nossas próprias narrativas cotidianas. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 14/39 As comunidades presentes no ciberespaço são formadas por diversos indivíduos, das mais diferentes localidades do nosso globo terrestre, que estão em constante interação virtual. Quando esse contato é estabelecido, compartilhamos ideias, informações, perspectivas. Sendo assim, os “[...] conhecimentos que circulam são modi�cados, reconstruídos, aumentados e editados de acordo com as demandas especí�cas de uma determinada situação” (MARTINO, 2015, p. 31). Toda e qualquer pessoa pode contribuir em algum ou em diversos aspectos para a construção de saberes dentro do ciberespaço. Os conhecimentos não possuem um número limitado de mentes trabalhando ao seu favor. Essas informações passam a pertencer à sociedade virtual como um todo, a qual as pessoas podem consultar quando bem entenderem. Mais do que isso, podem transformar esse conhecimento, agregando valor, de acordo com suas próprias experiências e vivências individuais. Pierre Lévy denomina esse fenômeno de inteligência coletiva. Você consegue pensar em algum exemplo em que podemos identi�car a inteligência coletiva em ação? O site Wikipédia é um ótimo exemplo para entendermos o que é, a�nal, essa tal de inteligência coletiva. Vários autores podem contribuir para a construção de um artigo, agregando diferentes informações sobre o mesmo tema. Os conteúdos são disponibilizados para consulta em rede, para que usuários que possuam dúvidas a respeito de determinado assunto encontrem as respostas que estão pesquisando. Figura 1.4 - Site Wikipédia acessado por um celular Fonte: bloomua / 123RF. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 15/39 A inteligência coletiva representa uma evolução do conhecimento. Não é necessário que um estudante passe horas na biblioteca da cidade lendo uma pilha de livros clássicos em busca de determinado assunto. Há sites de buscas e acervos digitais com milhares de e-books, artigos, resenhas, resumos e até videoaulas. Um amplo leque de ferramentas inovadoras passa a integrar o cotidiano desse aluno. Assim, seu tempo é otimizado e um maior número de informações pode ser introduzido na pesquisa, já que diferentes fontes e perspectivas foram experimentadas. E esse aluno poderá compartilhar os resultados com seus colegas de sala, para dividir e, ao mesmo tempo, multiplicar esses conhecimentos. Pode ir ainda mais longe, ao publicar seu trabalho em um fórum relacionado com o tema escolhido, uma vez que outros usuários de diversas partes do mundo poderão ter acesso ao novo conteúdo criado. Pudemos compreender os conceitos de cultura, cibercultura, ciberespaço e inteligência coletiva, além de re�etirmos sobre a in�uência da cultura digital nas práticas pro�ssionais das grandes áreas da comunicação: jornalismo, publicidade e propaganda e relações públicas. Agora, que tal aprofundarmos os nossos conhecimentos a respeito da convergência midiática? praticar Vamos Praticar O �lósofo, sociólogo, professor e pesquisador francês Pierre Lévy apresenta em suas teorias conceitos que compõem a cultura digital. Quais fazem parte de suas teorias e foram usados no desenvolvimento de nosso estudo sobre cultura digital? a) Ciberespaço, cibercultura e cultura participativa. b) Cultura da convergência, cibercultura e inteligência coletiva. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 16/39 c) Ciberespaço, cibercultura, inteligência coletiva e cultura da convergência. d) Cultura da convergência, cultura participativa e inteligência coletiva. e) Ciberespaço, cibercultura e inteligência coletiva. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 17/39 Você já parou para re�etir sobre a evolução que a nossa sociedade passou no âmbito da comunicação? Ao longo dos séculos, evoluímos de uma cultura oral, com contação de histórias dos anciãos aos mais jovens, para uma cultura escrita, em que tudo poderia ser registrado em diferentes materiais, dentre eles o papiro. A partir do século XV, com o advento da prensa móvel, avançamos para a cultura da imprensa, por meio dos jornais, revistas e pan�etos, até chegarmos à cultura digital. É importante ressaltar a chegada dos elementos audiovisuais, a partir do surgimento do cinematógrafo. Essa invenção foi criada entre o �nal do século XIX e o início do século XX, na França, pelos irmãos Lumière. No mesmo período, os centros urbanos passaram a receber um contingente cada vez maior de camponeses, dando origem a novos bairros e a uma nova forma de organização social: a massa. No século XX, na Universidade de Frankfurt, na Alemanha, uma linha de pensamento e de estudos conhecida como Escola de Frankfurt deu origem a uma teoria chamada de Teoria Crítica da Cultura. Seus principais pesquisadores eram Theodor Adorno e Max Horkheimer. Gênese da ConvergênciaGênese da Convergência Midiática e a Cultura DigitalMidiáticae a Cultura Digital 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 18/39 Esses �lósofos utilizavam a expressão “cultura de massa” para classi�car a relação entre a sociedade com os meios dominantes, como as indústrias. Segundo Polistchuk e Trinta (2003, p. 113), “[...] para Adorno e Horkheimer, os meios de comunicação jamais estimulariam o espírito crítico. Além disso, a indústria cultural seria responsável pela criação de falsas necessidades de consumo”. No período do pós-Segunda Guerra Mundial, tivemos a consolidação do fast-food, da indústria cinematográ�ca e do entretenimento. Você consegue identi�car exemplos de cultura de massa na sociedade em que vive? A partir de 1970, o mundo foi palco de grandes avanços tecnológicos, possibilitando o aparecimento de uma nova cultura: a “cultura do disponível”. Sua principal característica é a escolha e o consumo individualizados, em oposição à cultura massi�cada (SANTAELLA, 2003, p. 28). Segundo Junqueira (2009, p. 262), antigamente, parávamos para assistir à televisão, entretanto, “[...] passamos a assisti-la enquanto falamos ao telefone e pesquisamos no computador”. Podemos a�rmar que “[...] a nossa sensibilidade se preparou para a chegada dos meios digitais”. Esses têm como principais características a experiência dispersa, fragmentada e individualizada da informação, diferentemente da cultura de massa, que era uma só informação uni�cada e posta à disposição de todos. Nesse exemplo trazido por Lévy, em que a televisão interage com as outras mídias, percebemos que a cultura das mídias estabelece, essencialmente, uma ponte, um período de transição para a forma cultural vigente nos dias de hoje, a cibercultura. Temos como exemplo de bem de consumo da cibercultura as Smart TVs, que permitem a interação entre as mídias por meio da Internet (acesso à Net�ix, Spotify e outros aplicativos). Felice considera que, por meio da história da civilização humana, constatamos três grandes revoluções da comunicação, isto é, três importantes momentos que possibilitaram “[...] novas práticas de socialização e interação com o meio” (FELICE, 2008, p. 21). Cada uma proporciona novas formas de alcançar um público cada vez maior a custos cada vez mais baixos. Todavia, todas são baseadas em um modelo de comunicação unidirecional, isto é, o receptor 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 19/39 assume uma posição de passividade, permitindo pouca ou nenhuma interação. Na visão de Felice (2008), há ainda uma quarta revolução: a Revolução Digital. Para facilitar o entendimento a respeito do que foi descrito até aqui, observe o infográ�co a seguir: Escrita – século V a.C. (Oriente Médio) Marca a passagem da cultura oral para a cultura escrita, permitindo a difusão cultural entre as gerações de maneira mais precisa. Imagine a seguinte situação: quando o líder de uma tribo falecia, aquela comunidade perdia uma biblioteca inteira de conhecimentos. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 20/39 Para alcançarmos a Revolução Digital, é preciso nos recordarmos de uma importante conquista humana: a Internet. O que conhecemos por Internet surgiu a partir de operações militares estadunidenses durante as décadas de 1950 a 1960 e que, progressivamente, passou para o público em geral. No início, os militares buscavam uma possibilidade de compartilhar dados rapidamente na forma de dígitos e, para isso, combinaram tal ideia a processadores de alta velocidade. No início da década de 1990, Tim Berners-Lee, em conjunto com outros pesquisadores do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares, desenvolveu a “World Wide Web” (o “www” que inserimos na frente dos endereços eletrônicos que queremos acessar), dando início ao que conhecemos por sites. Segundo Martino (2015, p. 12), “[...] a expansão de redes sociais e formas de produção colaborativa” só teve início nos anos 2000, levando a um maior grau de interatividade entre os usuários. Como exemplo, podemos pensar no Google, no Facebook e até no aposentado Orkut. Em que momento o Brasil se insere nesse cenário? De acordo com Martino, a Internet começa a ganhar espaço no cotidiano do brasileiro a partir dos anos de 1994 e 1995, dada a possibilidade de compra, cada vez maior, de computadores de forma parcelada. Até a década de 1990, o uso de computadores pessoais era muito limitado. Esse problema �cou conhecido pelo termo “barreira digital”, isto é, “[...] a diferença de oportunidades de acesso à Internet e às tecnologias digitais e aos seus ambientes culturais” (MARTINO, 2015, p. 13). Com uma maior democratização tecnológica, o cenário atual, mediado pela convergência midiática, está em constante transformação, impactando a vida dos indivíduos de diferentes gerações. As chamadas “mídias velhas” estão sofrendo uma mudança estrutural e caminham para uma integração com as “mídias novas”. Assim, vemos a cultura digital se expandindo em uma velocidade nunca vista até então. A democratização das informações, que são expostas em rede, estão em constante construção por diferentes usuários, de diferentes locais e culturas. O resultado é a revolução digital exercida por pessoas comuns, 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 21/39 como eu e você, que podem acrescentar muito à vida de outras pessoas, por meio do compartilhamento das perspectivas adquiridas nas experiências que vivenciamos até aqui. Essa troca é rica e inovadora e está nos conectando por meio de plataformas multimídias, com indivíduos presentes em todo o planeta. A cultura digital nos poupa tempo e esforços. Sites de buscas como o Google utilizam um ou mais termos para nos auxiliar a encontrar, em milésimos de segundos, uma lista de respostas que nos são apresentadas pelas telas de nossos dispositivos. Podemos, por meio dessas plataformas, escolher um curso novo, encontrar uma nova pro�ssão, aprender uma receita gourmet para uma data especial ou simplesmente saber qual será a previsão do tempo para o dia seguinte. A convergência midiática continuará impulsionando intensamente a fomentação da cultura digital, multiplicando as possibilidades, fortalecendo os indivíduos e as sociedades, reestruturando os modos de trabalho, os empreendimentos e a economia local e mundial. E sabe qual é a melhor parte? Nós também somos os protagonistas dessa história, e essa é justamente a essência da cultura da convergência. praticar Vamos Praticar De acordo com Massimo Di Felice, em seu livro Do público para as redes: a comunicação digital e as novas formas de participação social, ao longo da história da civilização humana, é possível identi�car quatro revoluções no que tange à comunicação. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 22/39 FELICE, M. Di. Do público para as redes: a comunicação digital e as novas formas de participação social. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2008. Quais são as quatro revoluções? a) A escrita, a prensa móvel, a cultura de massa e a revolução digital. b) A fala, a escrita, a gravura e a ilustração. c) A fala, a escrita, a prensa móvel e a ilustração. d) A arte rupestre, a prensa móvel, a imprensa e a cultura de massa. e) O papiro, o jornal, a televisão e o celular Android. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 23/39 Henry Jenkins é um dos principais pesquisadores da atualidade em comunicação e cultura midiática.O norte-americano é graduado em Ciência Política e Jornalismo pela Georgia State University, mestre em Estudos da Comunicação pela Universidade de Iowa e PhD em Artes da Comunicação pela Universidade de Wisconsin-Madison. Em seu currículo, também consta o cargo de professor-reitor de Comunicação, Jornalismo, Artes Cinematográ�cas e Educação da Universidade do Sul da Califórnia. Além disso, passou mais de uma década como diretor do Programa de Estudos de Mídia Comparada do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Revolução Digital X Cultura daRevolução Digital X Cultura da ConvergênciaConvergência 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 24/39 Jenkins atuou como autor e editor em diversos livros que abordam vários aspectos de cultura popular e das mídias. Uma de suas produções de destaque é o livro Cultura da convergência, publicado pela primeira vez em 2006. O autor explora as transformações culturais mediadas pelas mídias que se tornam convergentes. Esse fenômeno revolucionário, chamado de cultura da convergência, modi�ca as estruturas comunicacionais existentes até então. O modo de produzir, consumir e compartilhar conteúdos está mudando em todo o planeta. A economia também passa por transformações profundas na atualidade, com seus modelos de negócios sendo reestruturados. Jenkins acredita que as “velhas mídias” (jornal, televisão e rádio) não irão morrer, mas convergir para uma única mídia e, assim, interagir umas com as outras, moldando-se de acordo com as necessidades do público. A convergência não está no celular, na Smart TV ou no computador, e sim no modo como encaramos os meios de comunicação, as mídias (novas e antigas) e na maneira como nos comunicamos com o mundo. Podemos a�rmar que “[...] a convergência cultural acontece na interação entre indivíduos que, ao compartilharem ideias, valores e mensagens, acrescentam a sua própria contribuições a isso, transformando-os e lançando-os de volta nas redes” (MARTINO, 2015, p. 34). A existência da convergência não depende da tecnologia, embora amplie as suas Figura 1.5 - Henry Jenkins Fonte: Knight Foundation / Wikimedia Commons. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 25/39 possibilidades a partir dela. A convergência deve ser encarada mais como um processo cultural do que um processo puramente tecnológico, porque ela ocorre “[...] na mente dos indivíduos na medida em que podem ser estabelecidas conexões entre os elementos da cultura de mídia, isto é, das mensagens que circulam nos meios de comunicação, e a realidade cotidiana” (MARTINO, 2015, p. 35). A noção de “cultura” dentro do conceito de convergência abrange diversas e diferentes culturas, que se relacionam, recon�guram-se e se modi�cam, à medida que os encontros entre os sujeitos ocorrem. O autor busca explicar parte das mudanças midiáticas da atualidade e, para isso, cita três pontos essenciais nesse processo. Convergência Midiática A convergência midiática relaciona-se ao �uxo de informações das plataformas midiáticas e ao envolvimento dos consumidores nos meios de comunicação. Podemos utilizar desde um �lme até um videogame para conhecer, experimentar e vivenciar uma narrativa �ccional, ressigni�cando as experiências dos indivíduos e fomentando novas criações. Temos como exemplos os fãs de cinema, de música e de games que utilizam a Internet para debater sobre seus gostos pessoais em fóruns, além de terem a opção de reescrever parte da história de seus personagens favoritos em canais desenvolvidos especialmente para a criação e reprodução das chamadas fan�cs. Desse modo, “[...] o receptor se torna, na Cultura da Convergência, alguém produtivo, que não apenas vai reinterpretar as mensagens e lançá-las de volta ao espaço público pela via dos meios digitais” (MARTINO, 2015, p. 37). Alguns programas simples de edição de vídeo podem ser utilizados para reconstruir uma narrativa já veiculada, como a cena de um �lme. As possibilidades são in�nitas: podemos substituir a trilha sonora, realizar alterações nos diálogos e nas cores dos elementos dos cenários. A criatividade pode entrar em ação livremente. Assim, é possível criar novos 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 26/39 signi�cados, na maioria das vezes, bem diferentes do que os produtores originais imaginaram ao desenvolver o produto. Ao compartilhar essa nova produção no ambiente digital, há alteração no circuito emissor-receptor. Essa atitude coloca os produtores e consumidores em uma posição ativa, in�uenciada pela Internet. Cabe aos pro�ssionais de marketing identi�carem seu público-alvo para traçar as melhores estratégias. Convencer seus clientes de que essa é uma experiência positiva, compreendendo quais são as motivações e sensibilizações, é o caminho certo para alavancar os negócios de uma empresa. Quem imaginaria que o celular, lançado pela primeira vez na década de 1980 pela empresa Motorola, iria se tornar esse dispositivo que conhecemos, capaz de exibir séries, �lmes, vídeos, músicas e tantos outros tipos de conteúdos? Ao andarmos na rua, ou até mesmo dentro de nossa casa, é cada vez mais comum observar pessoas interagindo com mais de um dispositivo. Podemos utilizar um smartphone para atualizar o feed de notícias das redes sociais, ao mesmo tempo que assistimos à novela na TV. Ou acompanhar os lances do jogo pelo rádio, enquanto conferimos os comentários em tempo real de especialistas em futebol pelo computador, no Twitter ou em algum blog de jornalismo esportivo. As plataformas midiáticas utilizadas nos dias de hoje permitem que uma in�nidade de novas possibilidades surja. Cultura Participativa Em razão da cultura participativa, a diversidade de pessoas, etnias e grupos sociais estão conquistando cada vez mais espaço nas telas. Isso representa uma mudança social de grande importância. As imagens dominantes que eram ofertadas diariamente pelas mídias antigas, como jornais, revistas e televisão, estão perdendo força. A representatividade de grupos que desa�am a cultura dominante da mídia é fundamental para que outros espectadores se inspirem e passem a desenvolver habilidades de contar suas próprias histórias, a partir de diferentes perspectivas. Dessa forma, os cidadãos comuns perdem a invisibilidade social e apresentam ao mundo suas realidades não retratadas até então. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 27/39 A cultura participativa também permite que os internautas exerçam seu poder enquanto consumidores. É nesse ponto da cultura midiática que os pro�ssionais de Comunicação Social (jornalistas, publicitários, relações públicas) têm a possibilidade de utilizar estratégias que deslocam os consumidores da posição de meros espectadores para a posição de produtores de conteúdos. Esse fenômeno pode ocorrer por meio de estratégias bem elaboradas que convidam os consumidores agirem de uma forma mais ativa, relacionando-se com a marca ou produto ofertado. A cultura participativa se estende desde a presença dos usuários em comunidades virtuais até os movimentos migratórios entre redes sociais. Em sites como o Reclame Aqui, os clientes podem expressar suas opiniões a respeito de itens adquiridos. Os relatos deixados in�uenciam (positivamente ou não) outros usuários que buscam essas informações a tomar decisões de compras. A transparência da empresa quanto à entrega e ao pagamento também estão em constante análise por parte dos consumidores. Por isso, é importante que a empresa se faça presente em tais espaços para garantir a qualidade de seus produtos, serviçose campanhas. No ramo do entretenimento, podemos citar como exemplo a participação ativa dos espectadores de reality shows, que são convidados a tomarem as decisões. É o público que vota para decidir o rumo da narrativa que está se desenrolando no programa, como a eliminação de um participante ou os desa�os que serão ofertados. Inteligência Coletiva A inteligência coletiva é a reunião de diversos fragmentos de informação dispersos nas mídias, vindo a formar uma comunidade virtual, por exemplo. Sabe os grupos do Facebook em que os participantes discutem sobre séries e �lmes? Eles são um exemplo de inteligência coletiva, uma vez que cada usuário pode colocar suas impressões e observações a respeito de alguma cena, combinando conhecimentos sobre um gosto em comum. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 28/39 A empresa de entretenimento Marvel fornece pistas sobre o que ocorrerá nas próximas histórias por meio dos teasers no �nal de cada �lme lançado nos cinemas. Os fãs, por sua vez, debatem suas teorias, de modo a promover os �lmes ainda mais. A franquia Star Wars também é um exemplo, uma vez que seus fãs recorreram aos fóruns para compartilhar suas experiências pessoais em relação à trama. A ampliação da inteligência coletiva colabora para que grupos se organizem em prol de uma causa, fortalecendo sua voz ativa e aumentando a representatividade de uma população à margem da exclusão. Grandes empresas são forçadas a mudarem seus rumos e suas decisões, pois notam que está havendo uma mudança no cenário e que a inanição pode levar ao caos. O ser humano tem a necessidade de ser visto, ouvido e aceito. Isso nos estimula a criar conteúdos e compartilhá-los nas redes. Você já ouviu falar nos termos crossmídia e transmídia? Foi a partir da cultura midiática que esses conceitos surgiram. Vamos entender as características e as diferenças entre essas práticas? saiba mais Saiba mais Nesse curta-metragem, Henry Jenkins aborda as características do mundo transmidiático. Discute a descentralização do poder da mídia e faz apontamentos sobre os novos cenários das interconexões em rede, existentes no século 21. Para saber mais, veja o link a seguir. ASS I ST IR 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 29/39 A crossmídia pode ser observada quando nos deparamos com um mesmo conteúdo veiculado em um ou mais meio. Por exemplo, um programa esportivo televisivo avisa aos espectadores, enquanto o programa é exibido, que terá suas notícias diárias disponibilizadas por meio de textos no site o�cial da emissora, expondo na tela da televisão o link de acesso. O conteúdo veiculado é o mesmo, mas pode ser consumido em diferentes plataformas, desde que haja uma adaptação para que isso ocorra. No universo publicitário, a crossmídia é usada amplamente e em grande variedade de estratégias. É uma maneira de explorar ao máximo um conteúdo que atraiu um grande número de fãs e admiradores. Outro exemplo que podemos citar é a franquia de mídia Pokémon. A narrativa começou a ser comercializada como jogos de game boy, mas o sucesso foi tanto que novas mídias foram adotadas para ampliar a comercialização da marca. Os resultados foram a criação de animes, desenhos animados, �lmes e, mais recentemente, um jogo de realidade virtual aumentada. As crossmídias são adaptações independentes que podem fortalecer a relação do produto com o seu público-alvo, trabalhando a favor da franquia ou da marca. Em contrapartida, podemos conceituar a narrativa transmídia como “[...] uma história que se desdobra em várias plataformas e formatos, cada uma delas trabalhando em sua própria linguagem e acrescentando elementos novos ao conjunto da história” (MARTINO, 2015, p. 38). A transmídia tem como característica a reprodução e a fragmentação, ou seja, cada parte da mensagem está em uma mídia diferente, e você precisa consumir todas. É preciso unir todas as peças para resolver esse quebra-cabeça, para compreender a narrativa como um todo. A narrativa transmídia é uma poderosa ferramenta para os pro�ssionais da comunicação, pois é “[...] uma maneira de atrair consumidores de diversos nichos, para os produtos oferecidos” (MARTINO, 2015, p. 38). Por saber aproveitar o melhor de cada meio e veículo comunicacional, de acordo com o objetivo da empresa ou marca, a narrativa transmídia possui uma imersão muito maior em relação à mensagem apresentada, devido à maior interatividade que proporciona aos consumidores. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 30/39 Podemos citar como exemplo o caso de Matrix. Cada plataforma utilizada para o desenvolvimento dessa narrativa �ccional disponibiliza informações diferentes e complementares em relação à história e seus personagens. O jogo de videogame oferecerá aos consumidores da saga uma experiência completamente diferente das oferecidas nos longas-metragens. Podemos a�rmar que uma pessoa que assistiu apenas aos �lmes não compreendeu a história em todas as suas minúcias. Em relação ao uso da tecnologia com �ns educacionais, iremos nos debruçar na pesquisa desenvolvida por Nicholas Negroponte, nascido em Nova Iorque, nos Estados Unidos, em 1943. Negroponte formou-se em Arquitetura e tornou-se um grande cientista americano, idealizador do projeto internacional “One laptop per child” (“Um laptop por criança”, em tradução livre). É um dos fundadores, além de professor, do laboratório de multimídia do Massachusetts Institute of Technology (MIT), ao lado de Henry Jenkins. Lembra-se da Escola de Frankfurt, no século XX? Negroponte faz justamente o caminho contrário de Horkheimer e Adorno. Ele é considerado um dos autores que encaram os avanços tecnológicos com otimismo, além de acreditar que trazem mais benefícios em vez de prejuízos à sociedade. reflitaRe�ita As narrativas transmídias vão muito além do terreno fértil do entretenimento. A campanha de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos, em 2007, explorou esse recurso com excelência. Obama diversi�cou as plataformas, entre elas as redes sociais amplamente utilizadas pelos americanos, como Facebook e MySpace. Disponibilizou um número de telefone celular para contato com os eleitores, em uma tentativa de estreitamento de laços com a população. Além disso, usou o YouTube como plataforma de distribuição de seus vídeos o�ciais e permitiu ainda que outros usuários produzissem seus próprios vídeos para serem veiculados. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 31/39 A fundação One Laptop per Child visa à inclusão digital de crianças carentes que vivem em locais remotos e países emergentes, como o Brasil. Por meio de um aparelho computacional educacional que custe um valor ultrabaixo foi possível criar uma potente ferramenta de aprendizagem. De acordo com Negroponte, em uma das palestras para o TED Talks (2014, on-line), os laptops foram desenvolvidos por pro�ssionais da indústria tecnológica e por acadêmicos, uma experiência coletiva de campo que resultou em aparelhos energeticamente e�cientes, responsivos e duráveis. As crianças que nunca tiveram contato com aparelhos tecnológicos, como tablets e notebooks, receberam esses itens sem manuais de instruções. Em um curto espaço de tempo, aproximadamente seis meses, as crianças exerceram o controle total sobre o Android e expandiram os seus conhecimentos, aprenderam a ler e a escrever, a cantar, desenhar etc. Mesmo sem dominar os idiomas em que os dispositivos eram programados (inglês e alfabeto latino), as crianças exerciam um domínio sobre as funcionalidades de cada aparelho.Esse projeto educativo, pensado por Negroponte, visa ao surgimento de “aldeias digitais”, isto é, redes de malhas são criadas no ciberespaço, estabelecendo diversos pontos de contatos, possibilitando que comunidades diferentes se comuniquem entre si. Os conhecimentos e as informações Figura 1.6 - Nicholas Negroponte Fonte: Gin Kai, U.S. Naval Academy, Photographic Studio / Wikimedia Commons. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 32/39 podem ser compartilhadas e geram interatividade entre diferentes pessoas de diferentes localidades e culturas. Nicholas Negroponte (TED TALKS, 2014, on-line) acredita que o futuro depende da educação, e que, por meio do contato dessas populações carentes – que beiram a exclusão digital – com a tecnologia, saltos temporais de desenvolvimento podem ocorrer. Ou seja, os conceitos de inteligência coletiva, cultura participativa e convergência midiática são pontos elementares para auxiliarem na evolução intelectual e estrutural dessas comunidades. A construção coletiva de conteúdos contribui para o aumento na qualidade da educação das crianças que, a partir disso, podem modi�car o futuro dos locais onde vivem. Pierre Lévy, no documentário As formas do saber (2012), a�rma que a escola perdeu o monopólio de transmissão de conhecimento no campo educacional. A velocidade envolvida no processo de transmissão de dados faz com que os conhecimentos surjam, renovem-se e se tornem obsoletos, no que chama de “ciclo de renovação de conhecimento”. Diz ainda que “[...] não se trata de utilizar a Internet para se fazer uma revolução”, pois a própria Internet e o seu desenvolvimento são a verdadeira revolução. Vemos um aumento da produtividade de pro�ssões que estabelecem relação com a cibercultura. O potencial do processamento de informação, aliado às Figura 1.7 - Laptop da fundação One laptop per child Fonte: McGrego / Wikimedia Commons. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 33/39 novas ferramentas de suporte digital, está transformando o ambiente de trabalho, os hábitos culturais e o cotidiano de boa parte da população mundial. A cibercultura e o ciberespaço estão ampliando a arquitetura das redes digitais, que se expandem a cada dia que passa. A inteligência coletiva permite que o conhecimento seja democratizado. Podemos a�rmar que, ao menos em partes, o poder está sendo descentralizado. As informações presentes no universo digital não são monopólios de grandes empresas ou dos governos mais poderosos; elas pertencem ao coletivo e são construídas pela população, sejam ditadas pelas pontas dos dedos ou por comando de voz. O espaço virtual pode e deve ser ocupado e habitado por todos nós, cada um à sua maneira, com suas histórias, características e perspectiva. É aí que mora a beleza da Revolução Digital. Cabe a nós, enquanto indivíduos pro�ssionais da área de comunicação, utilizarmos as mais diversas ferramentas, para através de nossas práticas auxiliarmos na construção de um mundo melhor e mais democrático. praticar Vamos Praticar O professor e pesquisador Henry Jenkins busca explicar em suas teorias parte das mudanças midiáticas da atualidade e, para isso, cita três pontos considerados essenciais nesse processo. Assinale a alternativa que corresponde a esses conceitos. a) Cibercultura, ciberespaço e inteligência coletiva. b) Convergência midiática, cibercultura e ciberespaço. c) Cultura participativa, inteligência coletiva e cibercultura. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 34/39 d) Convergência midiática, cultura participativa e inteligência coletiva. e) Convergência midiática, cultura participativa e cibercultura. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 35/39 indicações Material Complementar LIVRO Cultura da convergência Henry Jenkins Editora: Aleph Comentário: Nesse livro, Henry Jenkins aborda de maneira aprofundada as características do fenômeno da convergência midiática. Analisa ainda as transformações culturais que estão ocorrendo a partir da convergência de velhas e novas mídias. O autor enriquece o texto com diversos exemplos do campo do entretenimento, que nos fazem re�etir a respeito dos novos modelos de negócio e das adaptações das práticas pro�ssionais na atualidade. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 36/39 FILME WiFi Ralph: quebrando a Internet Ano: 2019 Comentário: Esta é a sequência de animação Detona Ralph, com direção de Rich Moore e Phil Johnston. Ralph e Vanellope são personagens de videogames de �iperama e adentram o universo da “world wide web”. O principal objetivo da dupla é comprar uma peça que consertará o jogo “Corrida Doce”, de Vanellope. Nessa aventura, são evidenciadas as diferenças entre as Eras da Comunicação, uma vez que o �iperama surgiu na década de 1970 e a Internet mostrada no �lme é de 2019, inserida na Era da Informação. Atente-se à forma como são mostradas as empresas Google e Amazon, além da simbologia por trás da personagem Yesss, empresária da Buzzztube, um website lançador de tendências. Prepare a pipoca e bom �lme! TRA ILER https://www.youtube.com/watch?v=_Q0qHkFoc8Y 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 37/39 conclusão Conclusão Caro(a) aluno(a), se você chegou até aqui signi�ca que foi empenhado nos estudos que se propôs a desenvolver. Neste material, tínhamos por objetivo elaborá-lo com uma linguagem acessível e capaz de prender sua atenção. Pudemos compreender os conceitos de cultura, cultura digital, ciberespaço, cultura de convergência e inteligência coletiva. Também tivemos o cuidado de estabelecer conexões entre a cultura digital com as três áreas da comunicação: jornalismo, publicidade e propaganda e relações públicas. Esperamos que você siga adiante para um estudo cada vez mais completo, re�etindo sobre a in�uência do mundo digital em suas práticas pro�ssionais! referências Referências Bibliográ�cas FELICE, M. Di. Do público para as redes: a comunicação digital e as novas formas de participação social. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2008. FERREIRA, A. B. de H.. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 5. ed. Curitiba: Positivo, 2018. IANNI, O. A sociedade global. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995. 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 38/39 JENKINS, H. Who the &%&# is Henry Jenkins? Disponível em http://henryjenkins.org/aboutmehtml. Acesso em: 10 dez. 2019. JUNQUEIRA, F. C. Percepção estética: a in�uência do modernismo no olhar da era tecnológica. Revista de Estudos da Comunicação, Curitiba, v. 10, n. 23, p. 259-266, set./dez. 2009. LÉVY, P. As formas do saber (documentário), 2012. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3PoGmCuG_kc. Acesso em: 12 dez. 2019. LÉVY, P. A inteligência coletiva. Por uma antropologia do ciberespaço. 2. ed. São Paulo: Edições Loyola, 1999. MARTINO, L. M. Sá. Teoria das mídias digitais: linguagens, ambientes e redes. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015. POLISTCHUK, I.; TRINTA, A. R. Teorias da comunicação. Rio de Janeiro: Campus, 2003. SANTAELLA, L. Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do pós- humano. Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 22, dez. 2003. TED TALKS. Nicholas Negroponte em um Laptop por Criança. 2014. (18m23s). Disponívelem: https://www.youtube.com/watch?v=W5ySOqtxhbw. Acesso em: 11 dez. 2019. http://henryjenkins.org/aboutmehtml https://www.youtube.com/watch?v=3PoGmCuG_kc https://www.youtube.com/watch?v=W5ySOqtxhbw 21/10/2021 16:38 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_753937_1&PAREN… 39/39
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