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Histologia Tubo Digestivo II

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Izabelle Santana 
Turma XXIV 
 
TUBO DISGESTIVO II 
O epitélio de superfície é a chave para a diferenciação dos órgãos. 
ESTÔMAGO 
∙ Dilatação do tubo digestivo; 
∙ Saculiforme: 
∙ Glândula endócrina e exócrina; 
∙ Ácido clorídrico; 
∙ Pepsinogênio/pepsina; 
∙ Lipase; 
∙ Fator intrínseco. 
DIVISÕES 
Divisão anatômica: 
1. cárdia (região da cárdia – transição do epitélio do esôfago para 
estômago); 
2. fundo e corpo (histologicamente idênticas) 
3. antro/piloro. 
 
As regiões do fundo e do corpo apresentam estrutura microscópica 
idêntica e, portanto, apenas três regiões são consideradas 
histologicamente. 
 
Histologia: apresenta 4 camadas (mucosa, submucosa, muscular e serosa). A mucosa é considerada a mais 
importante pois é a que permite a diferenciação. 
TÚNICA MUCOSA 
Epitélio colunar simples – o epitélio da boca ao estômago é praticamente contínuo, porém no estômago há 
uma mudança devido a presença de ácido clorídrico. O epitélio do estômago é altamente especializado e tem 
a capacidade de secretar uma substância ácida e alcalina ao mesmo tempo (barreira de muco/bicarbonato). 
∙ LÂMINA PRÓPRIA 
Fosseta gástrica – ductos e glândulas tubulares ramificadas. 
∙ Porção excretora das glândulas na mucosa; 
∙ Porções secretoras das glândulas na lâmina própria; 
∙ Também se localizam na lâmina própria pois invadem o tecido conjuntivo. 
Também estão presentes: tecido conjuntivo frouxo, fibra muscular e células linfoides (linfoides e poucos 
macrófagos). 
∙ MUSCULAR DA MUCOSA 
∙ Músculo liso. 
Todo o epitélio gástrico está em contato com o tecido conjuntivo frouxo (lâmina própria), que contém células 
musculares lisas e células linfoides. Separando a mucosa da submucosa adjacente, existe uma camada de 
músculo liso, a muscular da mucosa. 
 
 
Izabelle Santana 
Turma XXIV 
 
TÚNICA SUBMUCOSA 
∙ Tecido conjuntivo frouxo, moderadamente denso não modelado (não tem grande quantidade de 
colágeno). 
∙ Plexo submucoso ou de Meissner. 
TÚNICA MUSCULAR 
∙ Fibras longitudinais externas (concentradas ao longo das curvaturas). 
∙ Fibras circulares médias (circula todo o estômago). 
∙ Fibras obliquas internas (camada incompleta). 
TÚNICA SEROSA 
∙ Tecido conjuntivo frouxo + mesotélio (epitélio pavimentoso simples). 
∙ Adventícia só é encontrada em regiões de continuidade com outros órgãos, como algumas regiões do 
pâncreas. 
REGIÃO CÁRDICA 
Região de transição do epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado para epitélio colunar simples. 
∙ Fossetas gástricas mais rasas. 
∙ Sua mucosa contém glândulas tubulares simples ou ramificadas, denominadas glândulas da cárdia – 
secretam muco e lisozima; 
∙ Poucas células parietais, secretoras de H+ e Cl-. Encontradas em menor quantidade devido à 
proximidade com o esôfago; 
∙ As células principais não estão presentes nas glândulas cárdicas. 
SINDROME DE BARRETT 
Em geral, o esôfago de Barrett resulta da exposição recorrente ao ácido estomacal. Costuma ser diagnosticado 
em pessoas que sofrem com a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) por muito tempo. 
∙ O epitélio lesionado pode levar a metaplasias. 
REGIÃO FUNDICA e CORPO 
∙ Representa maior parte do revestimento do estômago; 
∙ Fossetas gástricas: 
∙ Desembocam de 3 a 7 glândulas fúndicas, glândulas maiores do que as regiões anteriores. 
Produção de ácido clorídrico, pepsinogênio, fator intrínseco e muco. 
DIVISÃO DAS GLÂNDULAS FÚNDICAS: 
1. Região do istmo – região mais próxima da fosseta; 
2. Região de colo – região intermediaria; 
3. Região da base – região mais profunda. 
Independente se é uma glândula simples ou ramificada, as regiões são as mesmas. A divisão de porção 
excretora/secretora não é verdadeira, pois há células secretoras por toda a glândula, diferente das glândulas 
salivares. Em todas as regiões há pelo menos 2/3 tipos diferentes de células. 
ISTMO 
∙ Células tronco; 
∙ Células mucosas do istmo; 
∙ Células parietais (ou oxínticas). 
 
COLO 
∙ Células tronco; 
∙ Células mucosas do colo (diferentes do 
istmo); 
∙ Células parietais (ou oxínticas); 
∙ Células enteroendócrinas. 
Izabelle Santana 
Turma XXIV 
 
BASE 
∙ Células parietais; 
∙ Células principais (ou zimogênica); 
∙ Células enteroendócrinas. 
CELULAS TRONCO 
Encontradas tanto no istmo quanto no colo. 
Elevada taxa de mitose. Podem repor células. 
CELULAS MUCOSA DO ISTMO 
∙ Secretora de muco. 
 
CELULAS MUCOSA DO COLO 
∙ Secreta mucina (semelhante ao muco, mas evita a proliferação de bactérias); 
∙ Estão isoladas ou agrupadas; 
∙ Células com formato irregular e núcleo na base; 
∙ Grânulos próximos. 
CELULAS ZIMOGÊNICAS OU PRINCIPAIS 
∙ Região basal das glândulas gástricas; 
∙ Citoplasma basofílico (mais arroxeadas – deve-se ao RER abundante); 
∙ Secreta pepsinogênio, em ambiente ácido é convertido em pepsina; 
∙ Secreta lipase. 
CÉLULAS ENTEROENDÓCRINAS 
∙ Numerosas na região basal das glândulas gástricas; 
∙ Células da região do corpo – serotonina e grelina; 
∙ Células da região do antro (células G) – gastrina. Induz secreção de HCl pelas células parietais. 
 
CELULAS PARIETAIS (OXÍNTICAS) 
∙ Comuns no istmo e colo; 
∙ Escassas na base; 
∙ Células eosinofilias; 
∙ Secreta H+ e Cl-; 
∙ Secreta fator intrínseco (quando 
chega ao intestino delgado, se 
liga/conjuga com a vitamina B12 
para ser absorvida). 
Em células que estão secretando ativamente 
há abundância de mitocôndrias 
(eosinofílicas) e a invaginação circular 
profunda da membrana plasmática apical, 
formando um canalículo intracelular. Ex.: 
células parietais. Quando estimulada a 
produzir H+ e Cl–, as estruturas tubulovesiculares se fundem com a membrana celular para formar o canalículo 
e mais microvilos, provendo assim um aumento generoso na superfície da membrana celular. 
 
A atividade secretora de células parietais é estimulada por vários mecanismos, como o estímulo 
parassimpático, histamina e gastrina. Gastrina e histamina são potentes estimulantes da produção de ácido 
clorídrico, sendo ambos secretados pela mucosa gástrica. A gastrina também apresenta um efeito trófico na 
mucosa gástrica, estimulando o seu crescimento. 
Izabelle Santana 
Turma XXIV 
 
REGIÃO PILÓRICA 
Porção antral do estômago; 
∙ Ponto de transição estômago-intestino; 
∙ Fossetas profundas; 
∙ Glândulas tubulosas simples ou ramificadas mais curtas. 
 
∙ Células mucinogênicas – muco e lisozima. Muco em maior quantidade para já começar a diminuir o 
pH. 
∙ Células G – gastrina – estimula produção ácido pelas células parietais, mesmo que em outras regiões 
do estômago, como o corpo. 
∙ Não produz grande parte de ácido clorídrico, ainda é uma região ácida, mas não tanto quanto as 
outras. 
INTESTINO DELGADO 
Mesma estrutura geral do Tubo Digestivo. Histologicamente o intestino não tem divisões igual a anatomia. 
∙ Órgão tubular de aproximadamente 5-6 cm de comprimento; 
∙ Pregas ou constrições; 
∙ Apresentam projeções internas – vilosidades intestinais; 
∙ Função: absorção dos nutrientes 
∙ Duodeno, jejuno e íleo. 
CAMADAS: 
∙ Mucosa; 
∙ Submucosa; 
∙ Muscular; 
∙ Serosa. 
 
TUNICA MUCOSA 
Epitélio colunar/cilíndrico simples. 
∙ VILOSIDADES 
∙ Pregas mais desenvolvidas no jejuno; 
∙ Células absortivas (enterócitos); 
∙ Células caliciformes (glândula unicelular) – protegem o epitélio intestinal. 
Calcula-se que as pregas aumentem a superfície intestinal em cerca de 3 vezes, as vilosidades, em 10 vezes 
e as microvilosidades, em cerca de 20 vezes. 
∙ CRIPTAS 
∙ Formato tubular: células proliferativas; 
∙ Células absortivas, células caliciformes, células enteroendócrinas e células tronco. 
 
CÉLULAS INTESTINAIS OU ABSORTIVAS 
∙ Células do epitélio cilíndrico. Núcleo ovalado em posição basal; 
∙ Realizam absorção dos nutrientes. 
∙ Contém microvilosidades na sua superfície; 
∙ Microvilosidade/Borda em Escova – membrana plasmática projeta-se. Aumenta a área de 
contato para absorção. 
 
Izabelle Santana 
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CÉLULAS CALICIFORMES 
∙ Estão entre as células absortivas; 
∙ Aumentamem número em direção ao íleo; 
∙ São glândulas unicelulares: 
∙ Secretam principalmente mucina (formada por glicoproteínas ácidas); 
∙ Protege e lubrifica o revestimento intestinal. 
CÉLULAS ENTEROENDÓCRINAS 
∙ Localizada na base das glândulas intestinais. Localizadas principalmente na base; 
∙ Produz colecistocinina – estimula a contração da vesícula biliar e a liberação de bile no intestino 
delgado; 
∙ Produz secretina – estimula secreção de bicarbonato pancreático, e pepsinogênio pelas células 
principais do estômago; 
Algumas células apresentam o mesmo nome das encontradas no estômago, mas não a mesma função. 
 
CÉLULAS DE PANETH 
∙ Na base das criptas intestinais. 
∙ Secreta lisozima e defensina: 
∙ Antibiótico natural; 
∙ Controla a flora bacteriana local. 
LÂMINA PRÓPRIA 
Apresentam células musculares lisas 
(movimentação das vilosidades); 
∙ Nódulos linfoides (GALT); 
∙ Numerosos no íleo; 
∙ Placas de Peyer; 
∙ Pequenos agregados formados por células M; 
∙ Captam antígenos e transportam para macrófagos e células linfoides. 
Células M (microfold) são células epiteliais especializadas que recobrem folículos linfoides das placas de Peyer, 
localizadas no íleo. Células M podem captar antígenos por endocitose e transportá-los para os macrófagos e 
células linfoides subjacentes, as quais migram então para outros compartimentos do sistema linfoide 
(nódulos), onde respostas imunológicas contra esses antígenos são iniciadas. 
LÂMINA SUBMUCOSA 
∙ Glândulas tubulosas mucosas – glândulas de Brunner (presentes só no duodeno); 
∙ Secretam muco alcalino. 
∙ Plexo Submucoso ou Plexo de Meissner; 
∙ Gânglios intramurais. 
PLEXO DE MEISSNER pode estar intercalado com as GLÂNDULAS DE BRUNNER no duodeno. 
 
TÚNICA MUSCULAR 
∙ Circular interna; 
∙ Longitudinal externa; 
∙ Plexo Mioentérico (ou de Auerbach); 
∙ Gânglios – regulam o peristaltismo. 
Izabelle Santana 
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INTESTINO GROSSO 
Porção final dos intestinos; 
∙ Epitélio simples cilíndrico; 
∙ Maior quantidade de células caliciformes; 
∙ Formação do bolo fecal. 
DIVISÃO 
1. Ceco; 
2. Cólon ascendente; 
3. Cólon transverso; 
4. Cólon sigmóide. 
 
∙ O epitélio do intestino grosso é mais retilíneo quando comparado com os demais. 
∙ Última camada é a adventícia em algumas regiões, mas na sua maioria serosa. 
∙ Glândulas tubulares simples diferente do estômago. 
∙ Células colunares do epitélio = células enteroendócrinas = células absortivas, são colunares e contêm 
microvilosidades curtas e irregulares. 
A camada mucosa não tem pregas, exceto em sua porção distal (reto), nem vilosidades. 
As criptas intestinais são longas e caracterizadas por abundância de células caliciformes e um pequeno 
número de células enteroendócrinas. 
Intestino grosso está bem adaptado para exercer suas funções: absorção de água, fermentação, formação da 
massa fecal e produção de muco. A absorção de água é passiva, seguindo o transporte ativo de sódio pela 
superfície basal das células epiteliais. 
A lâmina própria é rica em células linfoides e em nódulos (GALT) que frequentemente se estendem até a 
submucosa. Essa riqueza em tecido linfoide está relacionada com a população bacteriana abundante no 
intestino grosso. 
A camada muscular é constituída pelas camadas circular e longitudinal. No entanto, essa camada é diferente 
daquela observada no intestino delgado, porque fibras da camada longitudinal externa se unem para formar 
três bandas longitudinais espessas, denominadas tênias do cólon. 
Na região anal, a camada mucosa forma uma série de dobras longitudinais, as colunas retais. Cerca de 2 cm 
acima da abertura anal, a mucosa intestinal é substituída por epitélio pavimentoso estratificado. Nessa região, 
a lâmina própria contém um plexo de veias grandes que, quando excessivamente dilatadas e varicosas, 
provocam as hemorroidas.

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