Grupo Scalidophora

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Grupo Scalidophora
➔ O clado Scalidophora inclui três filos:
Kinorhyncha, Priapula e Loricifera, dos quais dois
(Kinorhyncha e Loricifera) são animais
exclusivamente de meiofauna.
➔ Os táxons dos escalidóforos não têm cílios
para locomoção e alimentação, e desprendem
suas cutículas durante o crescimento ou em
“mudas” periódicas.
➔ A cutícula de todos os três filos de
escalidóforos contém quitina.
➔ Em todos os três filos, a cabeça tem forma de
uma introverte eversiva com configuração
singular.
➔ O registro fóssil contém uma fauna diversa de
escalidóforos.
Filo
Kinorhyncha
➔ Animais triploblásticos bilateralmente
segmentados.
➔ Corpo blastocelomado ou, em algumas
espécies, acelomado.
➔ Cabeça dividida em cone oral e introverte
com escálides.
➔ Segmentos formados por anéis cuticulares
completos, ou compostos por placas
esternais e tergais.
➔ Epiderme celular sem cílios locomotores.
➔ Trato digestivo completo.
➔ Presença de um par de protonefrídios no
segmento 8, mas ausência de estruturas
especializadas para circulação e trocas
gasosas.
➔ Desenvolvimento direto por seis estágios
juvenis.
➔ Gonocorísticos.
➔ Desenvolvimento embrionário e padrões de
clivagem ainda pouco esclarecidos.
➔ Vivem em habitats marinhos bentônicos,
embora sejam conhecidas algumas
espécies de água salobra e outras que
vivem em hábitats epizoicos ou epifíticos.
➔ Foram descritas cerca de 200 espécies
de quinorrincos, quase todas medindo
menos de 1 mm de comprimento.
➔ O corpo de um quinorrinco é formado por
três regiões: a cabeça, um pescoço curto
e um tronco segmentado
➔ Em geral, as famílias e os gêneros são
identificados com base na composição
dos segmentos (que algumas vezes
também são chamados “zonitos”).
➔ As diferenças entre as espécies estão
relacionadas comumente com a
distribuição dos espinhos e das cerdas.
➔ O pescoço do quinorrinco é composto de
algumas placas conhecidas como plácides
e, quando a cabeça é retraída, elas atuam
como um aparato de fechamento.
➔ Em alguns gêneros, as plácides são
estruturas rígidas facilmente identificáveis,
enquanto em outros gêneros elas são
mais finas e maleáveis, e mais difíceis de
ver.
➔ O tronco dos quinorrincos consiste em 11
segmentos em todos os adultos. A maioria
dos segmentos do tronco é constituída de
uma placa dorsal (tergal) e um par de
placas ventrais (esternal).
➔ Os quinorrincos provavelmente são
depositívoros diretos. Contudo, os detalhes
da alimentação e a natureza exata do seu
alimento não são conhecidos.
➔ As chamadas “glândulas digestivas”
frequentemente se originam do trato
digestivo médio.
Filo
Priapula
➔ Animais vermiformes triploblásticos,
bilateralmente simétricos e não
segmentados (podem ser superficialmente
anelados).
➔ Introverte com espinhos em forma de
ganchos.
➔ Sistema nervoso disposto radialmente e,
em sua maior parte, intraepidérmico.
➔ Trato digestivo completo.
➔ Têm protonefrídios (geralmente
multicelulares) associados às gônadas como
um sistema urogenital.
➔ Muitos têm um apêndice caudal singular
(nos adultos), que pode servir para trocas
gasosas.
➔ Não têm sistema circulatório.
➔ A cutícula fina é trocada periodicamente.
➔ Gonocorísticos.
➔ Clivagem é holoblástica e semelhante ao
padrão radial.
➔ Animais marinhos e bentônicos; a maioria é
de escavadores.
➔ São 20 espécies viventes (e várias
espécies fósseis).
➔ O filo Priapula (de Priapos, o deus grego da
reprodução,simbolizado por seu pênis
enorme).
➔ Três gêneros (Tubiluchus, Meiopriapulus e
Maccabeus) compõem as espécies
meiofaunais, enquanto os quatro gêneros
restantes (Acanthopriapulus, Halicryptus,
Priapulopsis e Priapulus) são macrofaunais.
➔ Os priapúlidos são criaturas vermiformes
cilíndricas.
➔ Algumas espécies constroem tubos.
➔ A maioria dos priapúlidos vivem em
sedimentos moles e predam invertebrados
de corpo mole, como os poliquetas.
Filo
Loricifera
➔ O nome Loricifera (do latim
lorica, “espartilho”; e ferre,
“portar”) refere-se à lorica cuticular
bem-desenvolvida, que envolve a maior parte
do corpo desses animais.
➔ A maioria dos loricíferos tem sido
encontrada em profundidades em torno de
20 a 450 m, em sedimentos marinhos
grosseiros.
➔ O corpo dos loricíferos é diminuto (85 a 800
μm de comprimento; o maior deles é
Titaniloricus inexpectatovus), mais complexo,
contendo mais de 10.000 células.
➔ O corpo é dividido em cabeça (introverte e
cone oral), pescoço, tórax e abdome
loricado.
➔ Animais triploblásticos, bilateralmente
simétricos, não segmentados – nunca são
vermiformes.
➔ O revestimento das cavidades corporais
provavelmente não é peritoneal; podem ser
blastocelomados.
➔ Trato digestivo completo.
➔ Pouco se sabe sobre a alimentação dos
loricíferos, mas parece que alguns se
alimentam de bactérias.
➔ Nenhum sistema aparente para circulação e
troca de gases.
➔ Um par de protonefrídios situado nas
gônadas.
➔ Gonocorísticos, partenogênicos (larvas
neotênicas) ou hermafroditas; o
desenvolvimento sempre inclui uma larva
singular com artelhos.
➔ Todos vivem nos ambientes intersticiais
marinhos ou nas lamas dos mares
profundos.
Referência:BRUSCA, R.C.; W . MOORE & S.M.
SHUSTER, 2018. Invertebrados. 3ª edição. Editora
Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro. (PDF)