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Estágio III

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	Centro Universitário Leonardo da Vinci
	
	
	
	
	
	
	
EDNA REGINA SILVA ALMEIDA
Curso de Licenciatura em História (FLC 2870 HID)
Estágio Curricular Obrigatório III- Ensino Médio
PROJETO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO III:
Dinâmicas do Ensino de História: Partilha de uma prática pedagógica – Imperialismo na África
CACHOERINHA-RS
2021/1
SUMÁRIO
 
PARTE I: PESQUISA	3
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA: ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E JUSTIFICATIVA	3
1.2 OBJETIVOS	3
1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA PESQUISA	4
PARTE II: PROCEDIMENTOS DE ESTÁGIO	6
2.1 METODOLOGIA	6
2.2 CRONOGRAMA	7
REFERÊNCIAS	8
APÊNDICES	9
1 PARTE I: PESQUISA
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA: ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E JUSTIFICATIVA 
Área de concentração: Dinâmicas do Ensino de História 
Programa de Extensão: Metodologia e estratégia de ensino e aprendizagem
Projeto de Extensão: Práticas Pedagógicas na Educação Básica em Tempos de Ensino a Distância Produto Virtual: Trilha Pedagógica para 2º ano do Ensino Médio
Tema: Imperialismo na África 
Esta área de concentração busca abranger as temáticas relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem na disciplina de História. Reflete sobre a presença da História enquanto disciplina escolar, bem como aborda as novas tecnologias de mediação do conhecimento. A escolha da área se dá pela necessidade de conhecer e aprofundar metodologias e estratégias de ensino que melhor fundamentem a prática no exercício da profissão como professora de História.
Nesse sentido o projeto de extensão irá apresentar uma prática pedagógica na Educação básica em tempos de ensino à distância, devido à inviabilidade de uma regência presencial. Assim, será apresentado uma trilha pedagógica para o 2º ano do Ensino Médio, desenvolvendo o tema do “Imperialismo na África”, com intuito de promover o conhecimento, a problematização e o debate sobre elementos da cultura africana que são conteúdos que compõem o currículo do Ensino de História no ensino Médio. 
Para estudo e aprofundamento do tema serão apresentados referenciais pesquisados em sites, blogs e vídeos. Os mesmos estarão dispostos na trilha pedagógica do plano de aula dessa temática.
1.2 OBJETIVOS 
· Apresentar práticas pedagógicas do ensino de História na Educação Básica do Ensino Médio;
· Planejar uma prática pedagógica sobre o tema: “Imperialismo na África” para ser aplicado às turmas do 2º ano do Ensino Médio;
· .Sistematizar as aprendizagens a serem construídas com os alunos na trilha pedagógica a ser apresentada como produto virtual deste processo de estágio. 
1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Este projeto de estágio tem o objetivo de apresentar uma prática pedagógica da metodologia do ensino de História na Educação Básica para o 2º ano do Ensino Médio. Partindo da área de concentração, “Dinâmicas do ensino de História”, no programa metodologias e estratégias de ensino e aprendizagens. Dentro do projeto de extensão: práticas pedagógicas na educação básica em tempos de ensino à distância. Com base nessa dinâmica, teremos um produto virtual, que se constituirá numa trilha pedagógica, desenvolvendo planos de aula sobre o tema: imperialismo na África. Nessa perspectiva, faz-se necessário apresentar um embasamento teórico do que se compreende por Metodologia de Ensino de História, compreendendo as habilidades e competências a serem desenvolvidas nessa área de conhecimento. 
Na BNCC (2018), o Ensino Médio está organizado em quatro áreas do conhecimento, conforme determina a LDB, sendo elas: Linguagens e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (BRASIL, 2018)
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) organizou o componente curricular de História na área de denominada de Ciências Humanas e sociais Aplicadas ao Ensino Médio. De acordo com a BNCC (2018), o ensino das Ciências Humanas deve promover na Educação Básica, exploração sócio cognitivas, afetivas e lúdicas, capazes de potencializar sentidos e experiências com saberes sobre a pessoa, o mundo social e a natureza, possibilitando aos estudantes a compreensão das noções de tempo e espaço, permanências e mudanças.
Segundo a BNCC, a História é um saber necessário para a formação das crianças e jovens na escola. Para tanto, as questões do passado devem impulsionar a dinâmica do ensino e da aprendizagem, possibilitando a apropriação do principal objetivo do conhecimento histórico que é a compreensão dos processos e dos sujeitos históricos, e as relações que estabelecem entre grupos humanos em diferentes tempos e espaços. 
Em relação ao ensino de História para o Ensino Médio, a BNCC propõe:
A ampliação e o aprofundamento das atividades desenvolvidas ao longo do Ensino Fundamental, estabelecendo uma formação ética, baseada em ideias de justiça, solidariedade, autonomia, liberdade de pensamento e escolhas, através de percepções mais apuradas da realidade e raciocínios mais complexos, além de um domínio maior sobre diferentes linguagens, o que favorece os processos de simbolização e abstração. (SOMOS, 2019, p.110)
A BNCC também propõe a interdisciplinaridade entre as disciplinas, possibilitando a construção do conhecimento de forma dinâmica e complexa, não de forma fragmentada e particular. Essa metodologia permitirá uma construção mais crítica e integral do conhecimento histórico. De acordo com a BNCC os conceitos chaves para o desenvolvimento de um ensino integral e contemporâneo em História são: a argumentação, o levantamento de hipóteses, a compreensão das noções de tempo e espaço, a investigação e a interpretação de documentos (materiais e imateriais).
Nessa perspectiva interdisciplinar e integral os conteúdos da História para o Ensino Médio devem desenvolver as seguintes competências gerais:
1. Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica. 
2. Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o papel geopolítico dos Estados nações. 
3. Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza (produção, distribuição e consumo) e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de alternativas que respeitem e promovam a consciência, à ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.
4. Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolidação e transformação das sociedades.
5. Identificar e combater diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos, solidários e respeitando os Direitos Humanos.
6. Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. (BNCC, 2018, p.570)
Portanto, a ênfase do Ensino de História no Ensino Médio tem a finalidade de potenciar o aprendizado adquirido no Ensino Fundamental, instrumentalizando o estudante para que se apropriem das 10 competências gerais da BNCC, mas especificamente daquelas com foco na disciplina de História. 
2 PARTE II: PROCEDIMENTOS DE ESTÁGIO
2.1 METODOLOGIA 
Este projeto de estágio tem o objetivo de apresentar uma prática pedagógica da metodologia do ensino de História na Educação Básica, Ensino Médio. Partindo da área de concentração, “Dinâmicas do ensino de História”, no programa metodologias e estratégias de ensino e aprendizagens. Dentro do projetode extensão: práticas pedagógicas na educação básica em tempos de ensino à distância. Com base nessa dinâmica, teremos um produto virtual, que se constituirá numa trilha pedagógica, desenvolvendo planos de aula sobre o tema: imperialismo na África. 
FIGURA 1- FACHADA DO COLÉGIO SANTA DOROTEIA –RS
 
 
Fonte: https://santadoroteia-rs.com.br/colegio/historico/
De acordo com o roteiro de observação virtual, este estágio com ênfase na regência em sala de aula, se dará no Colégio Santa Dorotéia de Porto Alegre, instituição da rede privada de ensino, pertencente a Rede de Escolas das Irmãs Doroteias. A partir da pesquisa no site da escola, apresento um breve histórico do Colégio.
O Colégio Santa Doroteia de Porto Alegre faz parte das Comunidades Educativas fundadas e mantidas pelas Irmãs de Santa Doroteia do Brasil, cuja fundadora é Santa Paula Frassinetti. A fundação da escola em terras gaúchas aconteceu no dia 24 de maio de 1957.
Inicialmente, o Colégio funcionou na Avenida Assis Brasil, número 3172, ao lado da Igreja Cristo Redentor, em domicílio cedido pela benemérita família Marconato, recebendo matrículas para o curso primário.
Um ano mais tarde, a Escola mudou-se para a Rua Alberto Silva, número 440, no mesmo bairro, com prédio próprio para moradia das Irmãs e com pavilhão cedido pela Prefeitura de Porto Alegre para salas de aula do curso em funcionamento. Local onde está situada e em funcionamento até os dias atuais.
A década de 80 foi vivida com grandes conquistas, entre as quais destacou-se a abertura do Curso de Magistério e a construção do Ginásio de Esportes Santa Paula Frassinetti. Essas foram duas conquistas que serviram à comunidade local, formando inúmeros professores e viabilizando projetos de valorização da vida através do esporte.
Hoje, a escola proporciona aos seus alunos uma ampla e completa infraestrutura e investe permanentemente na formação de seu professorado. Assim, atende uma clientela que ainda valoriza a educação calcada em princípios e valores cristãos, que contribuem para a formação de um homem íntegro e reto, capaz de transformar a cultura de morte em cultura de vida, elevando o ser em detrimento do ter.
No roteiro de observação virtual será apresentada com maior detalhamento a organização, funcionamento e metodologia da Instituição escolhida.
Partindo da área de concentração dinâmicas do ensino de História, tendo como programa de extensão as metodologias e estratégias de ensino e aprendizagem e projeto das práticas pedagógicas do ensino à distância. O produto virtual produzido será uma trilha pedagógica para o 2º ano do ensino Médio com a temática do “Imperialismo na África”. 
Para a produção do plano de aula a ser apresentado no produto virtual, foi realizado um encontro pelo Meet com o Professor Leandro Fonseca, professor do 2º ano do ensino Médio do Colégio Santa Doroteia, para alinhar e definir o que seria mais importante para o desenvolvimento do tema a ser aplicado nos planos de aula. O mesmo sugeriu alguns referenciais que constam na bibliografia deste projeto.
2.2 CRONOGRAMA
	ETAPA
	AÇÃO A SER REALIZADA
	DATA PARA POSTAGEM (Flex) ou ENTREGA (Semipresencial)
	Etapa 1
	Escrita do Projeto de Estágio.
Postar/Entregar o Projeto de Estágio.
	Verificar cronograma da disciplina de estágio no AVA em Notas e Avaliações – Postagem/Entrega da Etapa 1.
24/06/2021 - 25/06/2021
	Etapa 2
	Observação virtual e preenchimento do Roteiro de Observação
(O modelo está disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem da disciplina de Estágio). 
Postar/Entregar o Roteiro de Observação Virtual.
	Verificar cronograma da disciplina de estágio no AVA em Notas e Avaliações – Postagem/Entrega da Etapa 2.
24/06/2021 - 25/06/2021
	Etapa 3
	Escrita do Paper de Estágio e elaboração do projeto de extensão de acordo com o Programa de Extensão escolhido.
Postagem do produto virtual.
	Verificar cronograma da disciplina no AVA em Notas e Avaliações – Postagem/Entrega da versão completa do paper.
24/06/2021 - 25/06/2021
	Etapa 4
	Realização da Socialização de Estágio.
	Verificar cronograma da disciplina de estágio no AVA em Notas e Avaliações – Socialização do paper.
24/06/2021 - 25/06/2021
REFERÊNCIAS
__ Aventuras na História. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/. Acesso em: 30/04/2021.
BEZERRA, Juliana. Imperialismo na África. Blog Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/imperialismo-na-africa/. Acesso em: 01/05/2021.
Brasil Escola. Imperialismo. https://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-ideologia-imperialista.htm. Acesso em: 01/05/2021
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (Versão Final). Ministério da Educação, Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/historico. Acesso em: 30/04/2021.
Equipe educacional da Editora FTD. BNCC na prática.1ª ed. , São Paulo: FTD, 2018.
MIRANDA, Leonardo Souza de Araujo. Imperialismo na África e na Ásia. Blog Portal do Professor. http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=52244. Acesso em: 01/05/2021.
SILVEIRA, Renato. Os selvagens e a massa: papel do racismo científico na montagem da hegemonia ocidental. Afro-Ásia, Salvador: Ed. UFBA, n.23, p.87-144, 2000.
SOMOS, Educação. Caderno Pedagógico, Nº 2. Edição 2019
SPENCER, Herbert. O indivíduo contra o estado. 1885. in Menezes, M. 2008. O ‘Darwinismo Social’ Perante a Questão da Assistência. Interações: Sociedade e as novas modernidades. 8, 15 (Out. 2008).
APÊNDICES
	PLANO DE AULA
PLANO DE PERÍODO DE PANDEMIA
	Nome da escola
	Colégio Santa Doroteia- RS
	Diretor(a)
	Profª Drª Marinice Souza Simon
	Turma
	2º Ano do Ensino Médio
	
	Disciplinas/Campo de Experiência
	História
	
	Tema
	O Imperialismo na África:
-As violências do capitalismo no continente africano.
- As resistências da dominação no Reino Ashanti.
	
	Objetivos/Habilidades
	- Oportunizar ao aluno uma nova perspectiva sobre a história do imperialismo na África e ajudá-lo entender como a interferência das nações europeias durante o período imperialista, também chamado de Neocolonialismo do século XIX, afetou e afeta as nações africanas, mostrando a complexidade desses problemas e quão difícil é solucioná-los.
-Identificar a violência utilizada pelos países imperialistas europeus no processo de partilha da África a partir de 1880
- Caracterizar o Capitalismo Financeiro como sistema econômico, político e social, surgido a partir da segunda metade do século XIX.
- Desnaturalizar as relações de dominação política, econômica e cultural de um povo sobre o outro, a partir dos discursos e de charges do século XIX, que reproduziam a crença da superioridade étnica europeia. 
- Abordar os múltiplos movimentos de resistência do povo Ashanti contra a dominação de nações imperialistas. 
- Analisar as consequências que a dominação imperialista causou e ainda causa atualmente.
- Compreender e identificar os discursos de dominação éticos e sociais que ainda permanecem em cada um de nós. Refletir sobre esta condição. 
 
	
	Recursos/Materiais
	-Apresentação em power point com roteiro explicativo;
-Apresentação e sugestão de filmes: Hotel Ruanda; Diamante de sangue; O último rei da Escócia;
- Apresentação de blogs, imagens, sites;
-Utilização de folhas de ofício e textos impressos
- Textos de apoio: O estudo da África; Movimento de resistência na África.
Materiais complementares:
-Documentário: A cidade perdida do Zimbábue: Arqueologia. Duração 21 min23s. Disponível em: http://livro.pro/ch49sg Acesso em 13/05/2021
-Documentário: Racismo Científico, darwinismo social e eugenia.
· Fotografias de missionários no Congo
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/tvaFt6QGeNJ3jtXVDYB7EkkthdUCpp4dU9MhBVrCq9A4JmSYYSu2dPZZjTXR/his9-10und02-fotografias-de-missionarios-no-congo.pdf
Arquivo presente no livro História contemporânea - da Revolução Francesa à Primeira Guerra Mundial, de Luís Edmundo Moraes.
Trechos das memórias de Carl Peter
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/W6cfcYVnEHCHAvDTsHXha72Afux6rgHEn55wraA3BnpzmkEYGWNTuMhgu5TC/his9-10und02-memorias-de-carl-peter.pdfArquivo presente no livro História contemporânea - da Revolução Francesa à Primeira Guerra Mundial, de Luís Edmundo Moraes.
Carta do coronel George Williams ao rei Leopoldo II do Congo
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/WBFfDkZRfgjt3VbRpPP8KDAPRyPNSzyP5DbnJwM9X34xADAfMUM9aGSYSFkk/carta-do-coronel-george-williams-ao-rei-leopoldo-ii-do-congo.pdf
Arquivo presente no livro Adelaide Cromwell Hill e Martin Kilson, eds. Apropos da África: sentimentos dos líderes negros americanos na África dos anos de 1800 a 1950 (Londres: Frank Cass and Company Limited, 1969).
	
	Desenvolvimento/Procedimentos Metodológicos
	Aula 1: A partilha da África
Primeiro Momento: Revisar e problematizar o conceito de imperialismo
 Pode-se chamar de imperialismo o ato de ampliação do poder de uma nação sobre outras. Esse ato pode assumir diversas formas: fisicamente, ou seja, uma expansão territorial, dominando totalmente ou parcialmente outra nação; politicamente, utilizando outra nação como marionete, moldando seu desenvolvimento de acordo com o interesse da nação imperialista; ou por via econômica, tornando a nação mais fraca dependente da mais forte economicamente, como, por exemplo, tornar o comércio dependente.
Segundo Momento:
O professor deverá introduzir o tema relembrando aos alunos alguns eventos importantes ocorridos no século XIX na Europa, como a unificação alemã e italiana, a Guerra Franco-Prussiana, a Primavera dos Povos e a segunda Revolução Industrial. Esses eventos são importantes, pois mostram um novo quadro na Europa no qual a burguesia ascende ao poder e é visível o acirramento da competição entre as nações. Dessa forma, eles poderão situar-se no contexto das nações europeias, facilitando assim sua compreensão sobre o tema.
Nesta introdução será importante que o professor relembre algumas das principais inovações da segunda Revolução Industrial (aço, telégrafo, motor a combustão, corantes sintéticos, entre outras), mostrando que essas inovações não só abriram as portas para novos mercados, como também aceleraram o ritmo de produção industrial, aumentando assim o lucro de seus empreendedores. Inclusive, essas inovações passaram a atrair muito trabalhadores rurais para a cidade em busca de qualidade de vida e empregos, mas, ao mesmo tempo, elas exigiam menos operários para funcionar, o que acabou por causar desemprego em massa, já que o contingente de trabalhadores era muito maior que a demanda.
Com o aumento da pobreza, diminuiu-se o poder aquisitivo da população. Logo, tinha-se uma grande produção de mercadorias e, ao mesmo um tempo, um baixo consumo. Desse modo configurou-se a chamada “Grande Depressão”, crise que faliu diversas pequenas e médias empresas.
Para que as grandes empresas pudessem salvar-se e, ao mesmo tempo, manter seu ritmo de produção e lucro, assim como a demanda por matérias-primas que essa produção exigia, as nações europeias foram obrigadas a procurar novos mercados consumidores e locais de extração de minérios. Logo elas foram atrás de continentes não industrializados. Deu-se assim o início ao processo conhecido como Neocolonialismo, que aqui abrangerá a África. 
.
Mapa da África partilhada pelos colonizadores europeus. 
http://revistaescola.abril.com.br/img/historia/216-africa-colonizacao.gif
Terceiro Momento:
Após iniciar a aula com a introdução acima, fala-se um pouco sobre a África. Aqui é importante lembrar que já havia colônias europeias na África, sendo basicamente o Sul composto de colônias britânicas e holandesas e o norte, de francesas e britânicas novamente, além da presença portuguesa, que tinha como colônias, por exemplo: Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau. Além disso, havia também muitos povos nativos africanos vivendo sem a influência do europeu, inclusive um dos motivos da partilha foi para facilitar o reconhecimento e a exploração posterior do território. Eles viviam de acordo com suas próprias leis e costumes e conviviam com outros povos tendo sua própria diplomacia e demarcação de território.
Para explicar o processo de partilha, deverá ser ressaltado o motivo já mencionado na introdução, porém, desta vez, acrescentando a descoberta de joias e matérias-primas pelo território africano, pois foi isso que chamou a atenção do estrangeiro, que passou a ver a África com importância econômica e estratégica. Por isso as potências europeias passaram a disputar o território, tentando exercer dominação sobre as regiões de diversos modos, que podiam envolver desde negociações políticas com os líderes das regiões a intervenções militares.
Como ápice desta disputa, será apresentado o Congresso de Berlim, que dividiu a África em 50 Estados, explicando o que foi e quais suas consequências para o Continente Africano. Ressalta-se também, que essa divisão não respeitava as demarcações antes estabelecidas pelas etnias locais.
É interessante observar que a maioria dessas colônias não recebia investimentos para que se desenvolvessem, pois, na maioria dos casos, o objetivo da metrópole era apenas a extração dos recursos estratégicos. A justificativa dos colonizadores na época era a de que a cultura do homem branco europeu era superior a do homem negro africano e que era necessária a presença do branco ali, para civilizá-los.
A conclusão da aula será explicando as principais consequências que o Continente Africano sofre nos dias de hoje. Poderá chamar, ainda, a atenção para a extrema pobreza em que vivem alguns países africanos, as guerras étnicas consequentes da divisão territorial entre os europeus e a ideia que se propagou na África de que o homem branco é superior. Para isso, poderá ser citado o exemplo do Apartheid, regime de segregação racial que vigorou até 1994.
Uma das consequências da partilha da África, o genocídio em Ruanda, que deixou mais de 800 mil mortos em 1994. 
http://www.bbc.co.uk/portuguese/images/2001/010821_ruanda300.jpg
Aula 2- Explanação sobre a II Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo financeiro como sistema econômico vigente, assim como a sua influência em muitos aspectos das relações sociais dos dias atuais. 
Primeiro momento: retomada do processo da Primeira Revolução Industrial e a consolidação do capitalismo como sistema econômico dominante na Inglaterra do século XVIII. Explicar aos alunos que uma das principais características que definem a época da Segunda Revolução Industrial foi a ampla concorrência que outras nações europeias, juntamente com os EUA, estabeleceram. Essas nações passaram a ser concorrentes econômicas da Inglaterra no decorrer da segunda metade do século XIX. Esta competição em nível industrial tem como consequências o desenvolvimento de novas tecnologias, como o amplo emprego das ciências como forma de desenvolver a produção, e também, do desenvolvimento de grandes corporações multinacionais e instituições bancárias, que passaram a dominar a maior parte das finanças de países capitalistas.
Segundo momento: explicar aos alunos que o governo de um país capitalista não é uma entidade separada, ou alheia às relações financeiras dos grupos sociais da elite. É necessário “quebrar” a oposição entre Mercado X Estado, presente nos discursos de membros adeptos de ideologias neoliberais. A preocupação aqui é demonstrar que o estado é uma das expressões dos grupos sociais dominantes e age conforme seus interesses. Isto será feito a partir de exemplos concretos como as leis de financiamentos de campanhas políticas por grandes empresários, o que mostra que a oposição é inexistente.
Terceiro momento: estabelecimento da relação entre a Segunda Revolução Industrial, o capitalismo financeiro e o imperialismo, através da explicação da nova Divisão Internacional do Trabalho que estava por se transformar naquele contexto. Territórios e populações de continentes inteiros passaram a ser vistos pelas potências industriais como grandes mercados consumidores de produtos, locais de exploração mineral e zonas de investimentos de empresas. 
Aula 3 – Explicação sobre as justificativas utilizadas pelas nações imperialistas paraa dominação e genocídio de muitas nações africanas. 
Primeiro momento: introdução ao conceito de Darwinismo Social estabelecendo conexões com a obra de Charles Darwin, A origem das Espécies (1859). Busca-se aqui estabelecer a relação entre a ideia de adaptação e seleção natural, defendida por Darwin, com as justificativas dos defensores do capitalismo, como forma de naturalização das desigualdades sociais estabelecidas por esse sistema econômico. A explicação se baseará na obra de Herbert Spencer, um dos maiores defensores desta forma de pensamento no século XIX. Apresenta-se o seguinte trecho: 
Enquanto espera, o bem-estar da humanidade existente e o progresso em direção à perfeição final, são assegurados, tanto um como o outro, por uma disciplina benéfica, mas severa, à qual toda a natureza se encontra sujeita: disciplina impiedosa, lei inexorável que conduz à felicidade, mas, que jamais cede ante a possibilidade de infringir sofrimentos parciais e temporários. A pobreza dos incapazes, a angústia dos imprudentes, a nudez dos preguiçosos, o esmagamento dos fracos pelos poderosos que abandona um grande número nas profundezas e na miséria’ são as determinações de uma bondade imensa e previdente. (Spencer, 1885. p. 100).
Com este trecho, busca-se provocar os alunos para a reflexão sobre os aspectos da meritocracia dentro de uma sociedade permeada de desigualdades sociais e de falta de oportunidades, como a brasileira. Como seria possível naturalizar as desigualdades sociais como fruto de más escolhas, imprudência e até preguiça dos indivíduos, quando pessoas já nascem desclassificadas socialmente por pertencerem a grupos de exclusão? 
- O próximo momento da aula será após serem expostas as fragilidades dos discursos meritocráticos e após os alunos darem sinais de reconhecimento desses discursos no cotidiano social. 
Segundo momento: Explicação do Racismo Científico como processo variante e derivado do Darwinismo Social. O objetivo é desenvolver a compreensão do papel da ciência como fator de sustentação teórica e de legitimidade ao discurso de dominação promovido pelas potências capitalistas do período. Será apresentado o trecho abaixo:
Assim a obliqüidade e a saliência da face, constituindo o que se chama de prognatismo, a cor mais ou menos negra da pele, o estado lanoso da cabeleira e a inferioridade intelectual e social são freqüentemente associados, enquanto que a pele mais ou menos branca, uma cabeleira lisa e um rosto ortognata são apanágio mais comum dos povos mais elevados na espécie humana. (SILVEIRA, 2000. p. 116) 
É importante ressaltar que as ciências do período utilizaram estudos de craniologia, de estatísticas e outros requisitos científicos, que utilizavam aspectos da sociedade europeia como padrão de avanço e de desenvolvimento racial. É interessante que os discentes percebam que as várias linhas de estudos da época, classificavam e hierarquizavam os seres humanos através das suas etnias. As culturas, as organizações políticas e econômicas das nações de outros continentes eram vistos como provas da sua inferioridade racial e atraso em relação aos europeus. 
Terceiro momento: Analisar com os alunos charges e desenhos da época, que serviram para expressar e reforçar o discurso da superioridade dos povos ditos ocidentais, brancos e capitalistas, frente aos povos africanos, tidos como “atrasados”, “racialmente e moralmente inferiores”. Identificar elementos que remetam a aspectos do Capitalismo Financeiro em pleno desenvolvimento no período. É importante que os alunos identifiquem características dos discursos de “atraso” e de “inferioridade” que estão intimamente ligados aos interesses financeiros de muitas corporações das nações imperialistas. 
Figura 1: Imagem de propaganda o Imperialismo Inglês. O homem branco ligando a África através de um fio de telégrafo.
 Disponível: http://schafergabriel.blogspot.com/2015/03/o-imperialismo-do-seculo-xix.html 
Figura 2: Imagem "O Fardo do Homem Branco", representando as potências levando o "Progresso" para os povos" atrasados". 
Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/o-fardo-do-homem-branco-em-charges.phtml
Figura 3: História em quadrinhos do personagem Timtim, retratando os povos do Congo. 
Disponível em: https://profdanielantonietto.blogspot.com/2011/09/tintim-o-imperialimo-e-eugenia.html
Figura 4: Europeu posando com "pigmeus" da África.
 Disponível em: http://angloresolve.plurall.net/press/question/760631
 
Os discentes serão instigados a interpretar as imagens e a perceber a maneira como os povos africanos foram representados. Também deverão ser capazes de compreender elementos que reforcem a ideia de superioridade moral e intelectual reservada ao homem branco. Esta compreensão será produzida a partir das próprias falas e participações dos discentes em aula, onde o ambiente de debate e de argumentações que eventualmente possa ter surgido, será valorizado. 
Aula 4 – As consequências da dominação e a resistência. Análise das consequências da dominação europeia para os povos africanos e o processo de resistência do povo Ashanti à dominação inglesa. 
Primeiro momento: Introdução sobre o Império Ashanti com destaque para a sua localização no continente africano, na região noroeste, também conhecida como Costa do Ouro, atual Gana. Também destacar aspectos sobre a formação deste império, que tinha como base econômica as atividades comerciais com os povos vizinhos, o comércio de escravizados, a extração mineral e a confecção de objetos de ouro (desde a antiguidade). Por último, destaca-se a importância do simbolismo nas sociedades tradicionais africanas, em que a oralidade, como forma de organização política e social, prevalecia. Neste momento a importância do Trono de Ouro para a organização política e religiosa do reino Ashanti será explanada. Objeto símbolo da união entre os diversos clãs que formavam a dominação do soberano, também era reconhecido por preservar o espírito desta nação. Os ashantis acreditam ter sido enviado pelos deuses aos seus soberanos. 
Figura 5: Réplica do Trono de Ouro. 
Disponível em: https://rainhastragicas.com/2020/06/04/yaa-nana-asantewaa-a-rainha-mae-da-nacao-ashanti-que-resistiu-ao-imperialismo/ 
Segundo momento: Nesse momento será explicado brevemente sobre as tentativas inglesas de se apropriar do território Ashanti que resultaram em três conflitos. Os dois primeiros resultaram na vitória do reino africano. Já o terceiro conflito se deu pelo interesse dos britânicos de se adornarem de vez da região da Costa do Ouro, para barrar a expansão da ocupação francesa no norte da África. Para realizar tal estratégia, os britânicos emitiram um ultimato para o rei Prempeh I, para que este aceitasse tornar a nação Ashanti protetorado britânico: 
“A proposta para o país Ashanti, na presente situação, colocar-se sob proteção de Sua Majestade a Rainha e Imperatriz da Índia foi objeto de exame aprofundado, mas me permitam dizer que chegamos à seguinte conclusão: meu reino, o Ashanti, jamais aderirá a tal política” - Prempeh I, 1891. 
Trecho retirado de Boulos Júnior, 2018.
É importante que os alunos percebam e relacionem todo o cenário por trás dessa tentativa de dominação do reino Ashanti. Mais uma vez os alunos serão provocados para compreender que esse conflito não é causado por uma questão de sobrevivência por parte dos britânicos, já que em nenhum momento o Reino Ashanti ameaçou a existência do Reino Unido. Ações bélicas como esta foram na essência fruto dos interesses de grupos financeiros, tais como grandes corporações e empresas. São estes grupos que de fato detém o poder e que definem as ações das políticas governamentais e militares, sem necessariamente fazer parte destas instituições de Estado.
- É importante também os discentes perceberem como o racismo científico está servindo de justificativa moral para tais ações. Com base nas declarações de Prempeh I, irá ser introduzido aos discentes o processo de resistência que vários povos e nações impuseram ao avançodas nações imperialistas. Uma vez que elas visavam a destruição de seu modo de vida, pois para a transformação daquela nação em um mercado de investimentos e de consumo, é necessária a transição do seu sistema econômico vigente para o capitalismo. 
Terceiro momento: Neste momento serão tratadas as consequências do conflito gerado após a recusa de Prempeh I de tornar o Reino Ashanti um protetorado britânico. Após dois meses de conflito, Prempeh e sua mãe, que era uma figura política importante da África, finalmente se renderam e ambos foram obrigados a realizar o ritual de submissão Ashanti para seus novos líderes, os oficiais britânicos. 
Figura 6: Submissão de Prempeh I e da Rainha Mãe aos oficiais britânicos, 1896. 
Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/File:The_Submission_of_King_Prempeh,_1896_engraving.jpg
ATIVIDADE: os alunos serão incentivados a observar a cena da submissão de Prempeh I (Figura 6) aos britânicos e a escrever as suas impressões sobre o episódio. Espera-se que os alunos se sintam desconfortáveis frente a cena e denunciem a humilhação que legítimos monarcas foram submetidos em prol de interesses financeiros de outras nações. Espera-se também que alguns alunos, esses em número menor, naturalizem ou relativizem a situação por, talvez, compreenderem ou se identificarem mais com as razões britânicas para o conflito. 
Aula 5 – Última aula sobre o imperialismo. Resistência e o “Darwinismo social em mim”. 
Primeiro momento: Será feita uma breve discussão sobre as respostas dos alunos no exercício anterior. O objetivo é tornar aspectos do Darwinismo Social mais evidentes para o próximo momento de aula. 
Segundo momento: Explicação sobre a Guerra do Trono de Ouro, iniciada no ano de 1900 quando o governador britânico, Sir Frederick Hodgson, exigiu sentar no trono sagrado símbolo do povo ashanti (que havia sido trabalhado na aula 3), como prova de sua autoridade. A partir deste episódio, considerado uma ofensa pelos Ashanti, é que a rainha mãe Yaa Asantewaa liderou uma rebelião contra a dominação europeia, que durou até 1902, e que foi, a duras penas, vencida pelos ingleses. 
Chamar atenção para a Rebelião Ashanti através do texto a seguir:
“Os exércitos africanos tinham uma força nada desprezível, sendo decisivos contra as invasões estrangeiras; e a prova disso é que foi necessário um acordo com o chefe da região da Costa do Ouro para que os portugueses construíssem ali seu primeiro forte. Além disso foi somente no século XIX que os britânicos entraram pela força até os Ashanti, pagando com vidas, pois tiveram várias guarnições cercadas e dizimadas
- O objetivo desta passagem é novamente demonstrar episódios de desprezo dos europeus pelas culturas de outros povos e os diversos movimentos de resistências a essas dominações. Também será chamada a atenção pelo número de mortos durante todo o processo (estima-se que entre 60 e 100 mil mortos), tanto do lado Ashanti quanto por parte de soldados britânicos, e se os motivos de tantas mortes podem ser atribuídos a interesses financeiros por ambos os lados. Também se busca aqui romper com o protagonismo excessivamente masculino existente nas narrativas históricas. 
Terceiro momento: 
Será proposta uma avaliação em que os alunos serão levados a refletir sobre as suas atitudes, seus discursos e sobre seus pensamentos a partir de provocações. 
1. Leia com atenção as frases abaixo e reflita se alguma, ou mais de uma, diz ou já disse a respeito de você:
Em algum momento você já...
...mencionou ou concordou com a ideia de que pessoas de alguma região do Brasil são preguiçosas, incapazes ou algo do gênero? 
...definiu as atitudes de alguma pessoa como típicas de algum grupo social, etnia, nacionalidade ou orientação sexual estereotipado por você?
...menosprezou ou inferiorizou elementos da cultura, da história e da sociedade brasileira em relação às nações economicamente mais poderosas? 
...considerou elementos da sua cultura regional como superiores em comparação a outras culturas?
...utilizou, concordou ou achou graça de expressões, contos, piadas ou xingamentos de cunho sexistas, étnicos ou xenofóbicos? 
Obs: apenas memorize as afirmações acima que dizem ou já disseram sobre o seu modo de pensar e de se comportar. NÃO REALIZE QUALQUER TIPO DE MARCAÇÃO OU DESTAQUE NESSAS FRASES. 
2. A partir das frases acima, faça uma pequena reflexão sobre você mesmo e tente explicar o que o(a) levou a pensar ou a agir dessa maneira. Quais influências e discursos colaboraram para a sua formação. Reflita também sobre quais as consequências que pensamentos deste tipo já trouxeram ao longo da história da humanidade. O que é preciso fazer para que este tipo de atitudes ou de pensamentos não estejam mais presentes na sua pessoa? (no mínimo 25 linhas) 
	Avaliação
	
· A avaliação será processual e contínua. Envolvendo a participação, interesse e comprometimento do estudante nas problematizações, debates e registros. 
· Será proposta uma avaliação em que os alunos serão levados a refletir sobre as suas atitudes, seus discursos e sobre seus pensamentos a partir de provocações. 
· Construção de texto sistematizando as reflexões feitas ao longo do processo de debate e problematização das temáticas
	Referências
	
BOULOS JUNIOR, Alfredo. História, sociedade e cidadania, 8° ano. 4° edição. São Paulo: FTD, 2018.
HERNANDEZ, Leila Leite. Movimentos de resistência na África. Revista de Hístória, n141,1999, p.141-149. Disponível: <htttp://www.revista.usp.br/revhistoria/article/view/18887/20950> Acesso em 13/05/2021.
GONÇALVES, Vinícius Guimarães Reis. Mercadores da Morte: O Império Ashanti e o papel da escravidão na conexão entre a África Ocidental e o Mundo Atlântico. Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Economia Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional. 2019. Dissertação de mestrado.
SILVEIRA, Renato. Os selvagens e a massa: papel do racismo científico na montagem da hegemonia ocidental. Afro-Ásia, Salvador: Ed. UFBA, n.23, p.87-144, 2000.
SPENCER, Herbert. O indivíduo contra o estado. 1885. in Menezes, M. 2008. O ‘Darwinismo Social’ Perante a Questão da Assistência. Interações: Sociedade e as novas modernidades. 8, 15 (Out. 2008).

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