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RESUMO – DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. SUJEITO PASSIVO 1. Obrigação Tributária Embora a obrigação tributária tenha a mesma base da obrigação civil (causa, sujeitos e objeto), difere desta pelo fato que a obrigação civil nasce a partir de ajuste entre as partes e a obrigação tributária decorre da lei (ex lege), dada a sua natureza compulsória. A obrigação tributária pode ser: a) Principal - Pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. b) Acessória - Prática ou abstenção de ato no interesse da administração tributária. 2. Contribuinte Devedor direto do tributo: a) De Direito – São aqueles que estão obrigados (juridicamente) a pagar os tributos (empresários, importadores, exportadores, proprietários, empregados, autônomos, etc). b) De Fato – São os consumidores finais que pagam os tributos do ponto de vista econômico. 3. Responsável Devedor indireto que, embora não sendo contribuinte, deve responder por força de lei. a) Por Substituição – Quando uma pessoa substitui a outra para efeito de tributação. É o caso do comprador da safra, que assume o ICMS do agricultor; do empresário que adquire determinadas mercadorias oriundas de outras Estados; do empregador que deve recolher os tributos devidos pelos empregados; os bancos e as seguradoras pelo IOF de seus clientes. b) Por Sucessão – Ocorre em relação aos sucessores, mortis causa (herdeiros, legatários), ou atos inter vivos (donatários, adquirentes, etc). Em caso de aquisição de estabelecimento empresarial (trespasse), o adquirente responderá integralmente pelos tributos pendentes se o alienante (vendedor) cessar suas atividades. Se o alienante continuar a exploração no prazo de seis meses, ainda assim o adquirente responderá subsidiariamente (caso a Execução Fiscal não obtenha êxito com o devedor principal, poderá executar o adquirente). Não haverá responsabilidade tributária integral ou subsidiária quando a sucessão empresarial ocorrer em processo de recuperação judicial ou falência (art. 133, § 1o,,CTN). c) Por Solidariedade - São terceiros solidários aos contribuintes, por força de lei, pelas omissões de que forem responsáveis: (I) os pais pelos tributos dos filhos incapazes; (II) os tutores e curadores pelos tutelados ou curatelados; (III) os administradores de bens de terceiros; (IV) o inventariante pelo espólio; (V) os tabeliães, escrivães, pelos atos praticados no Cartório; (VI) os sócios, no caso de liquidação de sociedades de pessoas. d) Por Atos Infracionais – Quando administradores (controladores, diretores, conselheiros, etc) ou prepostos (gerentes, mandatários) praticarem atos, em prejuízo do pagamento de tributos, com dolo (intenção) ou culpa (negligência, imperícia ou imprudência), responderão pessoalmente (art. 136 do CTN). 4. Capacidade do Contribuinte Para fins de tributação, a sujeição passiva independe da capacidade civil do contribuinte (art. 121 do CTN). Assim, uma pessoa civilmente incapaz (uma criança de um ano, por exemplo) é contribuinte de tributos, embora seja citado através de seu representante legal. Do mesmo modo, uma sociedade empresária de fato (não registrada na Junta Comercial) pode ser responsabilizada pelos tributos devidos, não obstante o fisco responsabilizar também os sócios da sociedade não personificada. 5. Domicílio do Contribuinte O contribuinte pode escolher seu domicílio tributário, desde que não cause prejuízos à fiscalização e à arrecadação dos tributos. Na falta de indicação, a residência ou local habitual dos negócios de uma pessoa natural será o seu domicílio (art. 127 do CTN). No caso das organizações empresárias cada estabelecimento será individualmente considerado para fins de tributação.