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04 TRAUMA TRM

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Trauma – TRM
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
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TRAUMA – TRM
TRAUMA DE COLUNA
Anatomia da Medula e das Vértebras
O sistema nervoso central é composto pelo cérebro e pela medula, sendo que a medula é 
protegida pelas vértebras e o crânio protege o cérebro. Ao ter um trauma na região cerebral, 
haverá trauma cranioencefálico (TCE) e, na medula, terá um trauma raquimedular (TRM).
Anatomia da Medula
• A medula é uma continuação do cérebro no SNC.
• Localiza-se dentro do canal vertebral (vértebras).
• O seu papel é conduzir as informações dos nervos periféricos ao cérebro e trazer as 
informações do cérebro para os nervos periféricos, ou seja, é uma via de comunicação 
do nosso corpo.
Lembrando que a medula é uma continuação do cérebro no sistema nervoso central, 
onde se tem o tecido encefálico, o cerebelo e, passando no meio, o bulbo, o tronco cerebral, 
e a medula vai dar essa continuidade. É importante frisar que a informação sai do tecido cere-
bral, vai em direção a medula, onde será feita a distribuição dessas informações por meio dos 
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Trauma – TRM
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
nervos periféricos. Quando há uma lesão na medula, essa informação ficará impossibilitada 
de passar. É isso o que acontece no trauma raquimedular, quando há uma paraplegia ou 
tetraplegia, dificultando tanto a sensibilidade quanto o movimento do passos do corpo.
Localiza-se dentro das vértebras, onde se tem o tecido vertebral, onde há o corpo da vér-
tebra, os processos transversos e o processo espinhoso da vertebra. No meio, há o orifício 
por onde a medula passa.
A informação sai do cérebro, passa pela medula e, por meio dos nervos periféricos, vai 
para os membros superiores e inferiores. Assim também como vem a informação, por exem-
plo, de dor no pé pela medula, que a leva para o cérebro interpretar e gerar a informação 
necessária para o movimento de se livrar daquela dor.
É preciso lembrar que existem duas divisões, uma em termos de medula, parte nervosa, 
e outra em termos de vértebra, parte óssea. Por exemplo, há a parte cervical óssea de C1 a 
C7, lembrando que as vértebras C1 e C2 possuem uma estrutura diferenciada das demais, 
bem como o cóccix e a região sacral. Cada vértebra tem uma forma específica de acordo 
com a sua localização, sendo mais diferenciadas as das extremidades, as iniciais das cervi-
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Trauma – TRM
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
cais e as finais. É importante destacar que a medula está por dentro da parte vertebral e há 
também a cauda equina, que são as terminações nervosas que parecem um rabo de cavalo, 
daí o nome.
Já a região torácica compreende de T1 a T12. Enquanto que de L1 a L5 compreendem a 
região lombar. Fundida, a região sacral de S1 a S5 e, por fim, o cóccix. É possível observar 
que, entre as vértebras, tem um disco que pode apresentar protrusões discais, gerando com-
pressão medular, conhecida também como hérnia de disco. 
A medula gera raízes nervosas que irão sair em direção tanto aos membros superiores, 
quanto aos membros inferiores. Cada local da medula irá originar a parte motora e sensitiva 
do restante do corpo. Por exemplo, a parte da medula onde que está responsável pela C2, 
C5, C6 e T1 está enervando o membro superior, onde a parte mais interna do braço está 
sendo enervada pelas raízes que saem da vértebra torácica T1. Os músculos da região 
externa do braço estão sendo enervados pela região de C5 e C6. Quando há uma lesão 
medular alta, por volta da C5 e C6, é possível observar que haverá uma tetraplegia com difi-
culdade tanto de movimento quando de sensibilidade, desde o membro superior e também 
do membro inferior.
À medida que se vai diminuindo o caminho das vértebras, vai se chegando na inerva-
ção da região torácica, ou seja, de T1 a T12 estará inervando tanto a parte anterior do tórax 
quanto a parte posterior do tórax, por meio da saída das raízes nervosas da região medular. 
As raízes que saem da região lombar, que irão formar um alongamento da região da medula, 
com entumecimiento na região cervical, depois diminuindo o diâmetro e, na região lombar, 
terá outro entumecimiento. Nesse caso, da região cervical, sai o plexo cervical e, da região 
lombar, sai o plexo lombar.
Seguindo, de L1 a L5, há a inervação da região do membro inferior. Lembrando que a 
região sacral estará inervando a região do intestino e da bexiga e a parte posterior dos mem-
bros inferiores.
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URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
 
Fonte: https://www.slideshare.net/areadasaude/2-aula-medula-espinhal
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Trauma – TRM
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
• O corpo humano possui 33 vértebras:
 – 7 vértebras cervicais;
 – 12 vértebras torácicas;
 – 5 vértebras lombares;
 – O sacro (5 vértebras fundidas);
 – 1 cóccix.
• 31 pares de nervos espinhais:
 – 8 cervicais;
 – 12 torácicos;
 – 5 lombares;
 – 5 sacrais; e
 – 1 coccígeo.
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A imagem acima traz uma correlação entre a parte óssea e a parte medular. Por exemplo, 
na parte verde, onde estão as raízes nervosas saindo da região cervical, há o C8, sendo que 
ele existe apenas em relação à parte medular, porque, em termos ósseos, não existe, já que 
há apenas sete vertebras cervicais. 
Os nervos sacrais e coccígeos saem da cauda equina e do final do cone medular, estando 
esse ao final da parte mais endurecida da medula. O inchaço que pode ser observado na 
lombo-sacra corresponde às saídas das raízes lombares.
É importante entender que, por exemplo, em um acidente, a parte óssea pode fraturar 
e se for realizada uma imobilização adequada, a parte fraturada não vai adentrar o canal 
medular e causar uma lesão ou uma ferida que não será possível cicatrizar, gerando difi-
culdade no movimento da resposta do cérebro para o membro superior, membro inferior ou 
região torácica.
Causas Principais
• Acidentes automobilísticos: 45%;
• Queda de altura/mergulho: 20%;
• Acidentes esportivos: 15%;
• Atos de violência: 15%;
• Outros: 5%.
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O acidente automobilístico é a causa mais comum, principalmente, em capotamento ou 
em um movimento de aceleração e desaceleração, que pode gerar uma lesão medular alta 
cervical. O mergulho em águas rasas também tem um significativo número de casos, bem 
como acidente com arma de fogo. Por exemplo, não é necessário que o projétil passe em 
cima da medula para gerar lesão medular. Com o movimento cinético do projétil, também 
tem um aumento da temperatura que causa lesão de queimadura ao redor do percurso do 
projétil e o edema nas lesões que serão geradas secundariamente a essa entrada do projétil 
(ou propriamente a entrada sob a medula), gerando uma repercussão de maior gravidade.
A lesão medular nem sempre será com secção completa da medula. Pode ter apenas 
uma pequena parte comprometida e outra parte conseguindo passar a mensagem. Esse tipo 
de lesão é chamada de lesão incompleta, em que vai se manter ou a parte motora, ou a parte 
sensitiva em relação aos órgãos e tecidos que receberão a inervação daquele segmento 
medular para baixo.
DIRETO DO CONCURSO
8. (CESPE/2010) A respeito da anatomia e das funções do sistema nervoso, julgue o item 
a seguir. Nesse sentido, considere que assiglas subsequentes, sempre que utilizadas, 
devem ser interpretadas de acordo com a significação associada a cada uma delas, da 
seguinte forma: SNC = sistema nervoso central; SNP = sistema nervoso periférico. Ana-
tomicamente, costuma-se dividir o sistema nervoso em SNC e SNP. O SNC é constituído 
pelas estruturas contidas no crânio, o encéfalo. O encéfalo divide-se em cérebro, cerebe-
lo e tronco encefálico. O tronco encefálico decompõe-se em mesencéfalo, ponte e bulbo. 
O SNP, por sua vez, é constituído pela coluna vertebral, a medula espinhal e os nervos 
espinhais e cranianos.
COMENTÁRIO
É importante destacar que a medula espinhal é parte do sistema nervoso central, e não 
do sistema nervoso periférico. Lembrando que o sistema nervoso central é composto pelo 
cérebro, pelo cerebelo, pelo tronco e pela medula espinhal. 
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TRAUMATISMO DE COLUNA OU RAQUIMEDULAR (TRM)
Ocorre o comprometimento das vértebras (parte óssea) e da medula espinhal podendo 
levar à incapacidade neurológica permanente.
Suspeita de Traumatismo Raquimedular
• Acidentes de viação;
• Acidentes de mergulho em águas rasas;
• Quedas ou saltos de altura 3 vezes superior à da vítima;
• Traumatismo acima das clavículas;
• Soterramento;
• Eletrocussão;
• Agressão por armas de fogo ou armas brancas;
• Politraumatismo (trauma em múltiplos sistemas);
• TCE;
• Queda de qualquer veículo motorizado;
• Traumatismo direto sobre a coluna.
O politraumatismo pode ser gerado, por exemplo, por um capotamento. Lembrando que, 
quando se trata de TCE, cabe associação com o TRM e vice-versa.
PHTLS – Trauma de Coluna (Lesões Esqueléticas)
• Fraturas por compressão das vértebras;
• Fraturas com fragmentos ósseos, que podem se alojar no canal medular;
• Subluxação que é o deslocamento parcial de uma vértebra do seu alinhamento normal;
• Estiramento ou lacerações de ligamentos e músculos que gera instabilidade entre as 
vértebras.
Sinais e Sintomas do Traumatismo Raquimedular
• Dor local permanente ou despertada pela palpação da coluna;
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• Deformidade anatômica da coluna.
• Parestesias (formigueiros ou dormência das extremidades).
• Alterações da sensibilidade a nível dos membros;
• Diminuição da força muscular ao nível dos membros (paresia) ou mesmo paralisias 
dos membros (impossibilidade de mobilizar);
• Ereção peniana contínua e dolorosa, na ausência de estímulos sexuais (priapismo);
• Incontinência de esfíncteres;
• Alteração dos parâmetros vitais:
 – Dificuldade ou ausência respiratória;
 – Hipotensão por vasodilatação periférica;
 – Pulso lento por perda da regulação automática da frequência cardíaca.
Um dos sintomas é a incontinência de esfíncteres, que corresponde à região sacral res-
ponsável pela inervação da bexiga e do intestino. Com a lesão medular a qualquer nível 
acima desse espaço, irá gerar essa repercussão intestinal e vesical. Além disso, a vasodilata-
ção periférica pode gerar o choque neurogênico, que será responsável pela causa do trauma 
acima do nível T6, onde terá uma disautonomia do sistema nervoso simpático, gerando a 
diminuição da pressão arterial pela vasodilatação periférica e gerando uma diminuição da fre-
quência cardíaca pela disautonomia. Vale lembrar que bradicardia é o único tipo de choque 
circulatório que vai cursar com frequência cardíaca baixa.
DIRETO DO CONCURSO
9. (MS/CONCURSOS/2014) Em seu plantão no SAMU, você recebeu um chamado para 
atender um acidente de trânsito, carro x carro, colisão traseira, com duas vítimas. A vítima 
era uma mulher de 28 anos, condutora do veículo atingido, que se encontrava conscien-
te, porém desorientada, relatando cervicalgia intensa. A vítima apresentava uma cervi-
calgia intensa, causada por efeito chicote. Esse sintoma é característico de qual trauma?
a. Cranioencefálico.
b. Torácico.
c. Abdominal.
d. Vertebro medular.
e. Musculoesquelético.
COMENTÁRIO
O efeito chicote irá gerar um risco alto de trauma vertebral medular. Nesse caso, há suspeita 
de um trauma vertebro-medular, mas também pode ter gerado um trauma cranioencefálico, 
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já que o paciente pode ter tido uma concussão ou contusão durante o movimento do efeito 
chicote. Lembrando que a contusão é mais grave do que a concussão, em que há um 
chacoalhamento do tecido cerebral. 
Tratamento Pré-Hospitalar
• Avaliação primária;
• Avaliação dos movimentos dos membros;
• Imobilização;
• Remoção.
Nessa situação, é preciso ter o devido cuidado na colocação dos instrumentos de imobili-
zação para não gerar o que se chama de lesão secundária da medula. Na avaliação primária, 
adota-se o XABCDE, relacionado ao atendimento primário do trauma. Em “X” será controlada 
hemorragia exsanguinante. “A” corresponde à abertura de via aérea com a elevação da man-
díbula e a estabilização cervical. Em “B”, o paciente será ventilado, mantendo a saturação 
satisfatória. Enquanto em “C”, realiza-se o controle de hemorragia e pulso. Já em “D”, é feita 
a avaliação neurológica. E, por fim, “E” diz respeito à exposição do paciente para a avaliação 
de risco para o paciente, evitando hipotermia.
O PHTLS traz indicações clássicas para imobilização da coluna:
• Sensibilidade à palpação da coluna;
• Dor na coluna;
• Estado mental alterado (lesão cerebral ou uso de drogas e álcool);
• Incapacidade de se comunicar (idioma diferente ou criança);
• Escala de Glasgow menor que 15;
• Paralisia ou queixa neurológica.
Na avaliação da cena, deve-se presumir lesão medular nas seguintes situações:
• Trauma na cabeça, pescoço, tronco ou pelve;
• Incidentes com aceleração e desaceleração (acidentes de automóveis ou atro-
pelamento);
• Queda;
• Mergulho em água rasa.
Obs.: � O mergulho em água rasa causa sempre lesão alta e cervical.
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PHTLS – Passo a Passo do Atendimento do Paciente Vítima de Traumatismo 
Raquimedular
• Alinhar a cabeça na posição neutra, mante o apoio manual e estabilização alinhada 
por todo o tempo;
• Realizar a avaliação primária e fazer intervenções imediatas que sejam necessárias;
• Verificar a capacidade motora, a resposta sensorial nas quatro extremidades (mem-
bros superiores e inferiores);
• Examinar o pescoço, medir e aplicar o colar cervical adequado;
• Colocar a imobilização da coluna total (Ked e prancha rígida);
• Imobilizar a cabeça com posição alinhada e neutra;
• Reavaliar o exame primário, capacidade motora e sensorial das 4 extremidades.
Lembrando que a Associação Americana de Cardiologia informou que o socorrista que 
não sabe medir adequadamente o colar cervical, traz mais malefícios do que benefícios ao 
paciente. Nesse caso, deve-se permanecer apenas com a estabilização manual, sem o colar. 
DIRETO DO CONCURSO
10. (CESGRANRIO/UNIRIO/2016) Um trabalhador sofreu traumatismo raquimedular que 
provocou, além de paralisia dos músculos intercostais e abdominais, dificuldade respi-
ratória importante e tetraplegia. Qual é a área da coluna vertebral de ocorrência de tal 
trauma ou lesão?
a. Cervical
b. Torácica
c. Lombar
d. Sacral
e. Coccígea
COMENTÁRIO
A dificuldade respiratória refere-se à lesão cervical, pois é nesse local onde sai a inervação 
para o diafragma, que é o músculo responsável pela respiração, que é um nervo frênico.
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KED
Fixador de cabeça
Prancha longa
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O KED faz a imobilização torácica e lombar. Já o fixador da cabeça é onde se vai aco-
plar, juntamente com a prancha rígida. O paciente tem também um colar cervical e, por fim, 
a prancha rígida permite a imobilização do paciente para o encaminhamento ao centro de 
tratamento definitivo, isto é, o hospital.
DIRETO DO CONCURSO
11. (FCC/TER/SP/2017) Durante a abordagem à vítima em situação de trauma, em ambiente 
pré-hospitalar, que está aguardando a chegada do serviço móvel de emergência, o técni-
co de enfermagem que atua em ambulatório, como medida de primeiros socorros, deve
a. transportar a vítima em posição de Trendelemburg quando a mesma estiver com a 
função respiratória alterada e com suspeita de lesão cerebral traumática, para aumentar 
a pressão intracraniana.
b. realizar curativo em lesão torácica aberta com dispositivo oclusivo ou torniquete, sen-
do contraindicado manter a lesão exposta, mesmo na ausência de sangramento.
c. aplicar pressão direta em local de sangramento com talas rígidas e compressas, reti-
rando-as para troca quando estiverem encharcadas.
d. fazer com que a pessoa permaneça o mais imóvel possível, quando houver suspeita 
de lesão de coluna.
e. manter a roupa da vítima, mesmo que molhada ou encharcada de sangue, para evitar 
a normotermia.
COMENTÁRIO
a. Para o paciente com suspeita de trauma, não se deve aumentar a pressão intracraniana 
e nem colocá-lo em posição de Trendelemburg.
b. Quando se fala em lesão torácica secundária ou um trauma, não se aplica torniquete em 
tórax, abdome ou cabeça. Pode ser aplicado apenas em membros superiores e inferiores 
em caso de hemorragia não contida com o controle da comparação direta.
c. Quando há hemorragia, a orientação é sempre fazer a compressão direta em qualquer 
parte do segmento do corpo. Quando essa compressão direta é feita com gaze, forma-se 
um coágulo de água entre a gaze e o tecido cicatricial. Ao remover a gaze encharcada 
inicial, estará removendo o coágulo e voltando o sangramento. Logo, no atendimento pré-
hospitalar, essa gaze será mantida e outros curativos secundários serão acrescentados 
sem remover a gaze que está em contato direto com a ferida.
d. Deve-se fazer, de início, a imobilização manual e, assim que possível, o uso do dispositivo 
de imobilização.
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Trauma – TRM
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e. Se o paciente estiver com a roupa toda molhada de sangue, irá gerar uma hipotermia.
12. (CESPE/EBSERH/2018) No que concerne ao trauma raquiomedular, julgue o item sub-
secutivo. No caso de trauma raquiomedular, na imobilização, o alinhamento da cabeça 
deve ser mantido mesmo se ocorrer piora da dor referida, piora do padrão respiratório, 
resistência voluntária ao movimento, início ou aumento de déficit neurológico e espasmos 
dos músculos do pescoço.
COMENTÁRIO
A questão faz referência às exceções da questão de não colocar o colar cervical e de não 
forçar para colocar o colar e imobilizar, que é o caso de muita dor ou espasmos musculares. 
O movimento para tornar o alinhamento neutro no paciente que está com lesão pode não 
ser possível. Nesses casos, o paciente será encaminhado apenas com a estabilização 
manual, do jeito que foi encontrado. 
13. (FCC/CLDF/2018) O profissional de saúde, ao atender um paciente com suspeita de 
trauma e com indicação de imobilização de coluna cervical, deve medir o pescoço do 
paciente para selecionar o tamanho adequado do colar cervical. Para isso, o profissional 
utiliza seus dedos para medir o pescoço do paciente que é a distância entre
a. O maxilar e a região laríngea.
b. O olóbulo da orelha e o maxilar.
c. A mandíbula e o lóbulo da orelha.
d. O maxilar e a região supraclavicular.
e. A mandíbula e o ombro.
COMENTÁRIO
A relação entre a mandíbula e o ombro é a base da medida para se escolher o tamanho 
adequado do colar cervical. Caso se utilize o colar cervical inadequado, irá gerar aumento 
da pressão intracraniana e alteração respiratória.
TRM – SAMU 2016
30m
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Quando Suspeitar
• Impacto violento na cabeça, pescoço, tronco ou na pelve por qualquer mecanismo (por 
exemplo, agressões, encarceramento em escombros de desabamento);
• Aceleração ou desaceleração repentina, inclinação lateral do pescoço ou tronco (por 
exemplo, colisões de veículos motorizados em velocidade moderada a alta, atropela-
mento de pedestre, explosão);
• Qualquer tipo de queda, especialmente em idosos;
• Ejeção ou queda de veículo motorizado ou outro dispositivo de transporte (por exem-
plo, patinete, skate, bicicleta, moto etc.);
• Acidente em águas rasas (por exemplo, mergulho, surfe);
• Lesão na cabeça, com qualquer alteração do nível de consciência;
• Dano significativo no capacete;
• Lesão contusa importante no tronco;
• Fratura por impacto ou outro tipo de desaceleração nas pernas ou quadril;
• Lesão na área da coluna.
Tratamento
• Realizar avaliação primária e condutas indicadas;
• Oferecer O2 sob máscara não reinalante 10 a 15 l/min se SatO2 < 94%;
• Realizar avaliação secundária e condutas indicadas;
• Considerar a possibilidade de choque neurogênico (hipotensão sem taquicardia e 
com vasodilatação periférica e consequente pele seca e quente): seguir protocolo 
específico;
• Realizar as imobilizações necessárias:
 – Na suspeita de lesão na coluna, imobilizar na posição supina (decúbito dorsal), ali-
nhada e neutra, sobre prancha rígida, iniciando pela estabilização e alinhamento 
manual da cabeça (se não houver contraindicação). Essa estabilização deve ser 
mantida durante todo o tempo até a colocação do fixador de cabeça;
 – O alinhamento da cabeça está contraindicado e deve ser interrompido quando ocor-
rer piora da dor referida, piora do padrão respiratório, resistência voluntária ao movi-
mento, início ou aumento de déficit neurológico e espasmos dos músculos do pes-
coço. Nesses casos, imobilizar a cabeça na posição encontrada; e
 – Paciente que se encontra dentro de veículo: realizar a retirada rápida se paciente 
grave, cena insegura ou necessidade de acesso a outro paciente com lesões mais 
graves ou em PCR;
 – Utilizar equipamento de retirada tipo KED quando indicado.
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A avaliação primária é adotada na situação em que há risco de morte ao paciente. Lem-
brando do XABCDE, manter a compressão direta nas hemorragias exsanguinantes, abrir a 
via aérea, fazer imobilização cervical manual, ventilar, avaliar o pulso, fazer avaliação neuro-
lógica e de exposição, evitando a hipotermia. De acordo com o que for encontrado na avalia-
ção primária, deve-se corrigir, porque é o risco de morte que traz maior repercussão inicial.
O choque neurogênico tem associação com lesões acima do nível de T6, gerando disau-
tonomia. Esse choque também irá gerar problema circulatório com diminuição da pressão 
arterial, associado com diminuição da frequência cardíaca por conta da vasodilatação perifé-
rica e uma perda do funcionamento do sistema simpático. 
Após imobilizar o paciente, é preciso encaminhá-lo a um hospital, onde serão feitos todos 
os exames de imagem para confirmar se há ou não uma lesão medular. Caso exista a lesão 
medular, deve-se determinar qual o nível da lesão. O médico também irá averiguar o nível de 
alteração de dermatomos, além de avaliar a questão tanto da sensibilidade quanto motora, 
porque pode ser uma lesão incompleta.É importante destacar que a lesão inicial de um trauma ou um acidente não necessaria-
mente será a que o paciente irá ficar. Isso porque a medula, no momento do acidente, além 
da lesão primária sobre a medula, tem um edema inflamatório que foi formado no processo 
de compressão medular. Depois de seis meses é que será possível identificar qual é exata-
mente o dano neurológico que vai permanecer no paciente, sendo que, muitas vezes, nesse 
período, é um pouco maior do que o que realmente representa.
O atendimento hospitalar imediato desse paciente vai consistir em evitar o risco do 
choque circulatório em relação tanto ao sangramento quanto ao choque neurogênico, que 
pode acontecer quando a lesão é acima do segmento T6. Assim, mantém-se o paciente vivo 
quando há uma fratura vertebral, onde, às vezes, também é indicado um procedimento cirúr-
gico para a estabilização dessas vértebras para evitar lesão medular, fixando as vértebras 
que estão sob outras. Além disso, o uso do colete pode ser indicado em algumas situações.
GABARITO
8. E
9. d
10. a
11. d
35m
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Trauma – TRM
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
12. E
13. e
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada 
e ministrada pela professora Fernanda Andrade Toneto Barboza. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado 
na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material.

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