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CODIGO DE PROCESSO I IMPERIO - VOL 2

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no titulo e livro 
respectivo. 
Art. 108. O titulo de residência deve 
dentro de três dias ser apresentado ao 
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inspector de quarteirão em que fôr residir 
o estrangeiro para lhe pôr o—visto. A falta 
desta apresentação será punida com a 
multa de 'l$000 a 10$000. 
Ari. 109. Quando o estrangeiro que 
tiver obtido o título de residência sahir 
para fora do districto da jurisdicção de 
quem lh'o concedeu, para mudar de domi-
cílio, deverá apresentar á autoridade po-
licial desse outro lugar o titulo obtido (no 
qual estará averbada a communicaçâo de 
mudança). A vista deste titulo, sem mais 
foxmalidades lhe será expedido outro. 
Art. 110. Os títulos de residência serão 
expedidos gratuitamente, e não se poderá 
exigir quantia alguma a titulo de apresen-
tação, fiança, ou qualquer outro pretexto. 
SECÇÃO n. Dos termos de bem-
viver e de segurança. 
Art. 111. Os chefes de policia, dele-
gados, subdelegados e juizes de paz, aos 
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quaes constar qtte existem nos seus dis-trictos, 
ou a quem fôrem apresentados, alguns vadios 
e mendigos, nos termos dos arts. 295 e 296 do 
Código Crimina?, bêbados por habito, 
prostitutas que perturbem o socego publieo, 
turbulentos que por palavras e acções 
offendão os bons costumes, a tranquillidade 
publica e a paz das famílias, proCederáõ 
immediatamente na conformidade do disposto 
nos arts. 121, 122, 123 e 124 do Código do 
Processo Criminal, obrigando-os a assignar 
termo de bem—viver, e commmando-lhes 
pena para o caso em que o quebrem. E, tendo 
notícia por qualquer maneira de que o termo 
foi quebrado, procederão segundo o que se 
acha disposto nos arts. 206:, 207, 208, 209 e 
210 do mesmo Código, afim de que possa© 
ser impostas aos transgressores as penas, 
marcadas nos arts. 12, § 3°, 121 e 122 do já 
citado Código (68). 
(68) As autoridades policiaes, peto ait. 10, g 2" do 
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Árt. 112. Quando alguma pessoa tiver 
justa razão para temer que outra tente um 
crime contra ella, o fará saber por meio de 
petição ao chefe de policia, delegado, 
subdelegado ou juiz municipal, e qualquer 
delles attenderá, procedendo im-
mediatamente nos termos dos arts. 124, 126, 
127, 128, 129 e 130 do Código do Processo 
Criminal (69). 
Art. 113. Se fôr apresentado ao chefe de 
policia, delegado ou subdelegado por alcaide, 
official de justiça, pedestre ou qualquer 
cidadão, um individuo encontrado junto ao 
lugar em que se acaba de perpetrar um 
delicto, tratando de escon-der-se, fugir, ou 
dando qualquer outro indicio desta natureza, 
.ou com armas, 
Reg. n. A82& de 22 de Novembro de 1872, não julgão 
mais as infracções dos termos de bem-viver e de segu-
rança. Tal julgamento pertence, pelo § A* do art. 13 do 
citado Regulamento, aos juizes de direito nas comarcas, 
do art. 1* da T.ci n. 2033; e peio § 2o do art. 16 aos juizes municipaes nas comarcas geraes. 
(69) Vide nota anterior. 
K*X^ 
01 
instrumentos, papeis, ou outras cousas que 
facão presumir complicidade, ou que tenta 
algum crime, ou que pareção furtadas, a 
autoridade policial procederá .da mesma 
forma, sujeitando—o a termo de segurança 
até justificar-se. 
SBCÇAO ni. 
Da prisão (70) dos culpados e das buscas. 
Art. 114. Os chefes de policia, delegados, 
subdelegados e juizes de paz poderáõ, 
(70) Dispõe o Reg. n. Ú82& de 22 de Novembro de 
1871, expedido para execução da Lei n. 2033: 
Art. 28. Além do que está disposto nos arts. 12 e 13 
da Lei, a autoridade que ordenar ou requisitar a prisão 
e o executor delia observarão' o seguinte: 
O preso não será conduzido com ferros, algemas ou 
cordas, salvo o caso extremo de segurança, que deverá 
ser justificado pelo conductor; e quando não o justifique, 
além das penas em que incorrer, será multado na quantia 
de lOgOOO a 509000 pela autoridade a quem fôr apresen-
tado o mesmo preso* 
O exemplar do mandado, a que se refere o citado art. 13, 
equivale á nota constitucional da culpa. 
Art. 29. Ainda antes de iniciado o procedimento da 
formação da culpa ou de quaesquer diligencias do in-
quérito policial, o promotor publico, ou quem suas vexes 
fizer, e a parte queixosa poderáõ requerer, e a auto-
ridade policial representar acerca da necessidade ou 
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estando presentes, fazer prender por ordens 
vocaes OÍ que forem encontrados a eom-
mefcter crimes ou forem fugindo perseguidos 
pelo clamor publico (artv 131 do Cod. do 
Processo Criminal). Fora destes casos1, 
conveniência da prisão preventíra do céo indiciado em cri 
me inafiançavei, apoiando-se em prova de que resultem 
vehementos indícios de culpabilidade, ou seja confissão 
do mesmo réo ou documento ou declaração de duas tes 
temunhas ; er feita a respectiva antoamento,^ autoridade judiciaria competente para a formação da culpa, reconhe 
cendo a procedência dos indícios contra o arguido cul 
pada e a conveniência de soa prisão, por despacho' nos 
autos a ordenará, ou expedindo mandado escripto, ou 
requisitando por commií meação relegraphica, por aviso 
geral na imprensa cu por qualquer outro modo que faça 
certa a requisição. H 
§ t.a Independente- de requerimento da parte accasa-dora 
os representação âs autoridade policial, poderif do 
mesmo* modo o jtale formador da cnlpa, julgando neces-
sário- on conveniente, ordenar oo requisitar, antes da 
pronuncia, a prisão do réo de crime mafiànçavef, se 
tiver eottigido> ou ffre for presente aqndfa prova de que 
resultem veh ementes indícios da culpabilidade do dito rio. 
§ ?." A autoridade policial e os juízes de paz deverão* 
fazer prender os indiciados culpados de crimes fnafian-
çavefo, descoberto* era seus dfsrrfctos, sempre que tive-
rem conhecimento de que pela autoridade competente 
para a formação da carpa foi ordenada essa captora, ou 
porque recebessem dfrecta reqnisição, on por ser de no-
toriedade punfica que o juiz formador da culpa a expedira. 
Executada' a prisão, immediatamente o> preso será con-
dmrfdo á presença do mesmo juiz para deífc dispor. 
g 3." Não poderá ser ordenada on requisitada,se houver 
decorrido m» anuo depois da perpetração do crime.. 
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só poderão mandar prender por ordem 
escripta, passada na conformidade do art. 176 
do dito Código (71). 
Art. 115. Os alcaides eof&ciaes de justiça, 
encarregados de executar o mandado de 
prisão, observarão rigorosamente nas 
diligencias as disposições dos arts. 17a, 180, 
181, 182, 183, 184, 185, 186, 187 e .188 do 
Código do Processo Criminal, sob pena de 
sonrerem quinze a quarenta e cinco dias de 
prisão, quando em contrario procederem, 
além de outras penas em quepossão ter 
incorrido. Aquella lhes será imposta pelo 
chefe de policia, delegado, subdelegado ou 
juiz municipal. 
Art. 116. Os mandados de prisão são 
(71) Vide nota ao art. 176 do Cod. do Proc. 
A nenhuma autoridade, de qualquer natureza que seja, 
é licito ordenar ou consentir que os Téos ou indiciados 
saião da prisão ou cstejSo fora delia, nos casos em que 
as leis mandão ique sejão ou eslejão presos antes ou 
depois da culpa formada, a não ser em virtude de Dança 
admiuida e prestada nos termos por >ellas prescriptos.— 
AT. de 12 de Fevereiro de ISiá, n. 12. 
Vide art. 131 e 175 do Ced. A» f roc 
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exequíveis, na forma do art. 177 do Có-
digo do Processo Criminal, dentro do dis-
tricto da jurisdicçâo da autoridade que os 
houver expedido. 
Art. 117. No caso, porém, em que uma 
autoridade policial, ou qualquer officialde 
justiça, munido do competente mandado, 
vá em seguimento dê objectos furtados ou 
de algum ré"o, e este se passe a districto 
alheio, poderá entrar nelle e nelle effectuar 
a diligencia, prevenindo antes ás autori-
dades competentes do lugar, as quaes lhes 
prestaráÔ o auxilio preciso, sendo legal a 
requisição. E se essa commtmicação prévia 
puder trazer demora incompatível com o 
bom êxito da diligencia, poderá
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