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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE DIREITO
JHENNIFER CAMILLY SILVA MATOS
TEMA: a cultura do estupro na sociedade brasileira e sua perpetuação por meio das redes sociais.
São Luís
2023
JHENNIFER CAMILLY SILVA MATOS
TEMA: a cultura do estupro na sociedade brasileira e sua perpetuação por meio das redes sociais.
Essa redação possui como objetivo a obtenção da 2° nota referente ao período letivo 2023.1 na disciplina acadêmica Metodologia do trabalho científico, ministrado pela professora Georgete Lopes Freitas, do Departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
São Luís
2023
INTRODUÇÃO
Inicialmente é necessário entender que a “cultuara do estupro” tem sido usado desde os anos 1970, época conhecida pela segunda onda feminista, para apontar comportamentos tanto sutis, quanto explícitos que silenciam ou relativizam a violência sexual contra a mulher. A palavra “cultura” no termo “cultura do estupro” reforça a ideia de que esses comportamentos não podem ser interpretados como normais ou naturais. Se é cultural, nós criamos. Se nós criamos, podemos mudá-los. A miscigenação brasileira por exemplo, possui um precedente muito forte de vários estupros e violências ocasionadas pelos bem-feitores contra as mulheres negras e indígenas durante a colonização resultado assim no desabrochar desse terrível impasse. 
Hodiernamente o estupro vai muito além do contato físico, piadinhas ou assédio, a sua propagação já alcançou até os meios de comunicação, atos por meio desse denominados estupro virtual. Em âmbito social as vítimas do estupro sempre são apontadas como culpadas e sentenciadas a ouvir tais questionamentos “que roupa você estava usando?”, “você bebeu?”, “tem certeza que você não quis?”, com isso é notável que vivemos em uma sociedade preconceituosa e machista que está enraizada na sociedade brasileira e perpetua a cultura do estupro. Atrelado a isso, tal problemática como citado anteriormente já possui sua reprodução até pelas redes socias, onde o suspeito(a) engana as vítimas para então conseguir o que querem e posteriormente fazer uma chantagem, causando assim não só medo, mas também o abalamento do psicológico da vítima. 
Portando é de suma importância que qual temática seja estudada, pois através dessa pode-se entender o ponto de partida, ou seja, onde se iniciou além de mostrar as dificuldades que as vítimas passam para se reerguer após o corrido. Outrossim o estudo visa mostrar que há várias maneiras do estupro se manifestar, seja ele em situação carnal ou até a sua perpetuação por meio das redes sociais. Com isso esperasse que por meio de ações sejam elas jurídicas ou de conscientização tal problemática seja banida da sociedade proporcionando assim um lugar melhor para se habitar. 
REVISÃO DE LITERATURA 
A prática do crime de estupro, é visto como um crime de alta gravidade, socialmente é um ato inaceitável, causador de muita revolta desde a antiguidade, sendo a causa de linchamentos e reações populares, sempre sendo extremamente repudiado por todas as civilizações, o que levou a criação de leis, assim, observa-se que o crime tem sido reprimido com penalidades diferentes de acordo com cada sociedade (NASCIMENTO, 2015). De acordo com a legislação brasileira, pode-se compreender a prática do estupro de acordo com o Código Penal no artigo 213, como: a ação de “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, bem como de praticar conjunção carnal ou ainda permitir que seja praticado em sua presença, bem como qualquer outro ato libidinoso”, assim este é classificado como crime hediondo, conforme consta no artigo 1° da Lei n° 8.072 de 25 julho de 1990 (BRASIL, 1990).
Outro cenário possibilitou a abertura para o reconhecimento de uma nova modalidade de estupro, proveniente dos ambientes virtuais, o "estupro virtual", que impõe reflexões sobre a necessidade de tipificação específica. O referido crime se caracteriza pelo conjunto de práticas constrangedoras (envio de fotos, vídeos de nudez ou autoerotismo da vítima) efetuadas via aplicativos ou sites virtuais, em que a pressão psicológica se configura como principal elemento utilizado para o intento do sujeito que as pratica. (GUIMARÃES, 2017). 
Na novela travessia (2022) é possível notar essa problemática, onde o agressor se passa por uma influente digitar por meio de efeitos especiais e começa a interagir com as vítimas e as engana dizendo que as tornariam modelos, mas que antes precisariam passar por um teste onde incluiria mandar fotos e vídeos, posteriormente com isso em mãos o agressor mostrava quem realmente era e começava a ameaçar e chantagear as vitimas afirmando que se elas não fizessem o que ele pedia espalharia todas as fotos comprometedoras que possuía. 
 O estupro virtual atualmente se configura entre as diversas modalidades de sextortion, termo que se refere "a coerção psicológica, que [...] apavora as vítimas" e assim, "[...] cede ao abuso de poder e se submete à prática sexual, sendo então fotografada ou filmada" (CASTRO, SYDOW, p. 23), ou seja, se dá para aquele que possui vícios. Ressalta-se que esse cenário é facilitado diante dos elementos mantenedores do ciberespaço.
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Decreto-Lei nº 1° da Lei n° 8.072 de 25 julho de 1990. Crime hediondo (BRASIL, 1990). Acesso em: 17 maio. 2023.
GUIMARÃES, André Santos. Estupro Virtual. Disponível em: http://www.justicadesaia.com.br/estupro-virtual-2. Acesso em: 17 maio. 2023.
 PEREZ, Glória. Travessia. São Paulo. Globo 2022
CASTRO A. L. C; SYDOW S. T. Sextorsão. Revista Liberdades. São Paulo, edição nº 21 janeiro, p. 12-23, abril de 2016. Disponível em: https://ibccrim.org.br/media/posts/arquivos/26/Liberdades21_Artigo01.pdf. Acesso em: 17 maio. 2023.

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