o que está deter- minado nos arte. 205, 206, 207, 208, 209 e 210 do Código do Processo Criminal, com appellação para a Relação do districto quando as sentenças forem proferidas pelos chefes de policia; e para o juiz de direito, quando o forem pelos delegados, subdelegados e juizes municipaes. //SECÇÃO YÍ Dos ajuntamentos illicitos e das. sociedades secretas. Art. 129. Os chefes de policia, delegados, subdelegados, e juizes municipaes direito, regulando-se o prazo de modo que não seja prejudicada a defesa. Se houver mais de um réo, o prato será de 48 horas. % 7.° Findo o prazo, a autoridade, analysando as peças do processo, emittirá seu parecer fundamentado e mandará que os autos sejão remettfdos ao juízo que tiver de proferir a sentença. § 8." Essa remessa se fará dentro das 48 horas de- corridas da ultima audiência, sob pena de multa de 20#000 a 10IJJ000, que pela autoridade julgadora será imposta a quem der causa á demora. § 9." São competentes para proferir a sentença, nas comarcas especiaes, os juizes de direito, e nos termos das comarcas geraes, os juizes municipaes. 102 terão todo o cuidado em que se não formem nosdistrictos,de dia ou de noite, quaesquer ajuntamentos iHicifcos, havendo por taes os especificados no art. 285 dó Código Criminal, e no art. 2" da Lei de 6 de Junho de 1831, estejão ou não armados os reunidos. Art. 130. A respeito de taes ajuntamentos e das sociedades secretas procederão as ditas autoridades da maneira declarada no Código Criminal, nos arte. 282, 283, 284, 289 e seguintes. SECÇÃO VI. Da inspecção dos íheatros e espectáculos públicos. Art-131. Pertence aos chefes de policia inspeccionar os theatros e espectáculos públicos dentro do termo em que residirem. E no caso de não poderem exercer por si mesmos esta inspecção, poderão delegar, encarregando, ou no todo ou em parte, ás autoridades judiciarias ou 103 administrativas do lugar,, as quaes lhes darão conta do que oceorrer. Esta attribuição pertence nos seus dis- trictos aos delegados, que a exercerão na fórma das leis, dos regulamentos e das instrueções que lhes derem os chefes de policia, aos quaes darão conta de tudo quanto oceorrer de notável sobre tal objecto. Os delegados do termo em que residirem os chefes de policia somente a exerceráõ a respeito daquelles theatros e espectáculos de cuja inspecção forem por elles designadamente encarregados (73). Art. 132. Os chefes de policia nos termos em que residirem, e os delegados nos outros,, não consentirão que se levem a (73) Ao delegado de policia assiste competência paca entrar em qualquer theatro, afim de inspecciona-lo, quer a representação se dê mediante paga, quer por convite. — Av. de 22 de Fevereiro de 1858. A inspecção é» policia não pôde ser exercida senão nos theatros públicos; e não naquelles em que as repre- sentações são gratuitas e mediante convites não transfe- ríveis, ficando, portanto, te vogado o aviso supra. — Av. de 12 de Outubro de 1865. 104 enfeito nus ruas, praças e arraiaes, aquelles espectáculos públicos que não forem auto- rizados na conformidade do art. 66,. § 12 da Lei do 1" de Outubro de 1828, e os que forem immoraes, ou dos quaes possao re- sultar desastres e perigo ao publico e aos particulares. Art. 133. A autoridade, á qual fôr en- carregada a inspecção de um theatro ou de qualquer outro espectáculo publico, deverá assistir a todas as representações, comparecendo antes de começarem, reti- rando-se depois de dissolvido o ajuntamento dos espectadores, e fiscalisando o pontual cumprimento dos annuncios feitos ao publico, tanto no que diz respeito ao espectáculo em si, e á commodidade devida e promettida aos espectadores, como á hora em que deve começar. Art. 134. Deverá igualmente prover a que não se distribua um numero de bilhetes de entrada, excedente ao numero de 105 indivíduos que pôde conter o recinto des tinado aos espectadores. Art. 135. Nenhum theatro, casa de es- pectáculo, circo, amphitheatro ou qualquer outra armação permanente ou temporária, para representação de peças dramáticas ou mímicas, jogos, cavalhadas, dansas e outros quaesquer divertimentos lícitos, poderá ser patente ao publico, sem que primeiramente tenha sido inspeccionado pelo chefe de policia ou delegado respectivo, que fará verificar se a construcção ou arranjo é tal que afiance a segurança e commodidadc dos espectadores. Art. 136. Além disto, o director ou emprezario também previamente concertará com o chefe de policia, delegado ou autoridade a quem fôr encarregada a ins- pecção do theatro ou espectáculo, as horas em que deverá começar e findar o mesmo espectáculo, de dia ou de noite, e o numero dos espectadores. 106 Arfe. 13-7. Nenhuma representação terá lagar sem que haja obtido a approvação e o — visto — ào chefe de poleia ou do delegado, que o não concederão quando offenda a moral, a religião e a decência publica. Se a representação não £ôr recitada, a approvação devera, recahir sobre o programma (74). (T&) Vide Av. de í 0 de Novembro de 1843. Nenhuma peça seca apresentada ao- chefe de policia para sua approvação, em conformidade do art. 137 do Dec. de 31 de Janeiro dl 1842, que não vá acompa- nhada da censura do Conservatório Dramático Brasileiro, era qualquer sentido que seja, sem. o que não lhe porá o—visto.— Dec. n. u&5 de 19 de Julho de 1845, art LO. >o caso de se annuneiar alguma peca que não tenha o — visto — do chufe de policia, este faca. saher imnie- diatamente á directoria das peças que o theatro será fechado aquella noite quando não 'faca annuneiar ontra; o que mandará publicar por cartar na porta do mesmo, e mais lugares do costume, paca conhecimento do por blfco. Os interessados fica o com o direito safvo de haver da mesma directoria indemnização- dos prejuízos que o theatro possa ter por essa suspensão de trabalhos. — Idem, art. M. Se for representada alguma peça sem que tenha sido approvada pelo chefe de policia, a directoria fica sujeita á prisão de 3 meies e á multa, paca cada um de seus membro», de lOOgftOO, para os cofres da polida». Por directoria das peças entende-se a pessoa ou pes- soas encarregadas' de as fazer representar e de obter o — visto — da policia. — Idem, art. 121. São extensivas aos theatros das províncias as dispo- 107 Art. 138. A autoridade, á qual for en- carregada a inspecção do theatro ou es- pectáculo» deverá vigiar que o programma e o recitado sejão conformes ao appro— vado, e que os actores não procurem, dar ás palavras e gestos um sentido equivoco ou offensivo da decência e mora1. Art 139. Deverá vigiar que dentro do theatro ou no recinto destinado para o espectáculo, se observe a ordem, decência síções dos arts. II e £2 do presente Decreto. — Idem, art. 13. A censura do Conservatório Dramático tão somente deve ser respeitada na parte litteraria, não senda nessa parte licito ao chefe de policia, ou a seus delegados, desfazer as correcções feitas pela Conservatório, ou permitlir que se represente aqufllo que elle*tiver supprimido em qual- quer peça ; mas de nenhum modo fica vedado ao mesmo chefe de policia e a seus delegados o exercício da attri- buição que lhe confere este artigo, e antes cumpre que continuem a exercê-lo em toda a plenitude; devendo para esse fim, não obstante as- snppressões e emendas, ou cor- recções feitas pelo Conservatório na parte liitetaria, fazer quaesquer outras que sejão reclamadas pelas publicas conveniências; podendo nesse caso- negar a sua appro- vação as peças já revistas, e até prohibir que se ellas representem, embora tenhão sido- approvadas peio Con- servatório na parte Iitteraria. — AT. de 17 de Dezembro de 1851. Por Dec de