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dos títulos de nomeação, ficão por isso conhecidos, ha- bilitados e admitlidos para exercerem todos os actos de seus officios, sem que seja preciso exigir-se reconhecimento de suas assignatnras e juramento especial a cada um dos actos de seu oflicio. — Av. de 28 de Julho de 1857. Tanto os procuradores fiscaes como os promotores pú- blicos, não podem ser simplesmente equiparados aos advogados, em vista das leis que os fazem tiscaes delias no foro e fora do foro. — Av. de 19 de Junho de 1858. (133) É menos regular a admissão dos accosadores particulares, com exclusão do promotor, nos crimes por 184 elle denunciados, quando os processos já estão em anda- mento, e isto principalmente pelas razões seguintes: £% porque, admittida esta pratica, pôde o accusador i-i cular accusar sem apresentar petição com as formalidades exigidas pelo art. 79 do Cod. do Proc., e perseguir o seu o (Tensor sem comparecer no joizo formador da culpa e sem dependência do procurador, contra as disposições do mesmo Código e Lei de 3 de Dezembro de 1861, que exigem o comparecimento do accusador nos casos em que é este admittido; '2o, porque esta pratica favorece o Intolerável abuso com que muitas partes, para se pou- parem ao trabalho da accusação, deixão o promotor pro- mover a formação da culpa e mais termos, para appa- recerem e exclui-lo, quando a parte mais trabalhosa do processo está concluída; 3*, finalmente, porque é con- forme á boa razão que, tendo igual direito o accusador publico e o particular, piefira aquelle que primeiro in- tentou a accusação. E se esta regra se observa sempre que o accusador particular foi o primeiro em promovê-la, razoável é que também se guarde no caso contrario,. sendo admittido, porém, .o accusador particular a ajudar a justiça e a dar ao promotor os esclarecimentos que lhe puder dar, nos termos do art. 279 do Cod. do Troe — Av. de 8 de Julho de 1862. O promotor publico deve ser ouvido antes da pro- nuncia, nos crimes em que lhe incumbe denunciar, na forma deste artigo, segundo o qual, na concessão e ar- bitramento das fianças deve também ser ouvido para re- querer o que fôr a bem da justiça.—Av. de 9 de Março de 1850. O promotor publico pôde deixar de ser ouvido nos casos em que a lei não lhe incumbe a denuncia, pois só- a esses casos se refere este artigo; o que entretanto não impede que possa o juiz ouvir o promotor, ainda no* crimes de acção particular, quando ©ccorrão circunstan- cias que lhe facão julgar necessária ou útil esta audiência* —Av. de 17 de Dezembro de 1850. Nem o art. 222 do fieg. n. 120 de 81 de Janeir» de 1842, nem as decisões do governo imperial de 28 de 185 CAPITULO m. Dos jurado» e de modo de o* apurar. Art. 223. Em cada termo em que se apurar o numero de 50 jurados para cima, haverá um conselho de jurados. Quando Setembro de 18713, 9 de Março de 1850 e 16 de Março de 1852, que determinarão a audiência do promotor pu- blico, se oppõem á pratica de interpor o mesmo promotor publico o Seu parecer pela pronuncia ou não pronuncia nos processos que lhe vão com vista. — Ar. de 15 de Fevereiro de 1855. O juiz formador da culpa deve ouvir o promotor pu- blico, sempre que elle esteja na comarca, para a concessão e arbitramento das fianças, mas não é obrigado a seguir o seu parecer, devendo dar a sua decisão, segundo a julgar mais conforme a direito.— Av. de 30 de Janeiro de 1856. Sendo a prescripção a expiração do prazo em que a lei permitte mover a acção criminal, o que importa a não existência do crime, uma vez Analisado esse prazo, e tendo a nossa legislação consagrado tal principio, como o prova o art. M\l do Cod. do Proc Crim.,que só admittej formação da culpa emquanto o delicto não prescreve, é claro que o promotor publico pôde allegar a prescripção, não como defesa da parte, mas como um obstáculo legal que o impede de mover a acção; accrescendo que essa prescripção pode ser julgada ex officio, por isso que estando a acção e o crime prescriptos, não deve o juiz appiicar pena illegitima, que por isso só conslitiíe acto nullo praticado contra um obstáculo opposto pela lei, dou- trina que já era deduzida da nossa antiga Ord. Liv. 5% Tit. 2°, § A*. — Av. de 21 de Junho de 1865. 186 se não apurar esse numerot reunir-se-hão dous ou mais termos para formar um só conselho. Neste ultimo caso os presidentes das províncias designarão o lugar em que o mesmo conselho e a junta revisora deverão reunir-se. Art. 224. São aptos para ser jurados os cidadãos: 1.° Que puderem ser eleitores. 2.° Que souberem lér e escrever. I 3.° Que tiverem de rendimento annual, por bens de raiz ou emprego publico, 400$000 nos termos das cidades do Rio de Janeiro, Bahia, Recife e S. Luiz do Maranhão; 300$000 nos termos das outras cidades, e 200$000 em todos os mais termos. Quando o rendimento provier de com- mercio ou industria, deveráõ* ter o duplo» Exeeptuão-se os senadores, deputados, conselheiros e ministros de Estado, bispos, magistrados, officiàes de justiça, juizes 187 ecclesiasticos, vigários, presidentes e se- cretários dos governos das províncias, commandantes das armas, e dos corpos de primeira linha (124). Art. 225. Os delegados de policia orga- nizarão e remetteráõ ao respectivo juiz de direito, desde o dia 10 até 20 de Outubro ' (126) Os officiaes da armada em effectivo serviço de bordo não devem ser incididos nas listas de jurados. — Av. de 12 de Outubro de 1857. Nem pelo Cod. do Proc, nem pelo Beg. n. 120 de 31 de Janeiro de 18A2 estão exceptuados do jury os subde- legados e supplentes, os quaes somente, podem ser dis- pensados pelo juiz de direito á requisição do chefe de policia ou delegado, pela necessidade de serviço.—Av. de 10 de Janeiro de 1854. Os deputados do tribunal do commercio não são isentos de servir no jury, visto como não estão comprehen-didos no numero daquelles que a lei expressamente exclue desse encargo; se algum deputado eu official-maior da secretaria do tribunal for sorteado, deve o presidente delle requisitar ao juiz de direito a sua dispensa para que não soffra demora a expedição dos negócios que correm pelo tribunal. — Av. de 13 de Junho de 1864, Vide nota ao art. 10 do Cod. do Proc. Os supplentes dos juizes municipaes devem ser incluir H dos nas listas dos jurados, sendo obrigação do juiz de direito dispensar immediatamènie aquelle que estiver em exercício. — Av. de 15 de Março de 1866. A dispensa deve ser concedida ou o supplente esteja servindo ao tempo em que é sorteado para o jury, ou enha a necessidade de tomar conta da vara municipal. - » Av. de 15 de Junbo de 1866. 1 188 de cada atino, uma lista (125) por ordem alphabetica de todos os cidadãos moradores no seu districto, que tiverem as qualidades exigidas nos §§ Io, 2o e 3o do artigo antecedente, e nella declararás o rendimento que têm, se provém de bens de raiz, ou emprego publico, commercio ou industria, especificando a circumstancia de saberem ou não lêr e escrever, assim como se estão pronunciados ou se soôrérão con-demnação passada em julgado por crime de homicídio, furto, roubo, bancarrota, estellionato, falsidade ou moeda falsa. Para a organização dessa lista servir-se-hão dos (125) Na qual devem entrar os supplentes do juiz mu- nicipal, tendo-se em consideração o que resolverão os Avs. de 6 de Maio de 1843 e 10 de Junho de 185Ã, re- lativamente aos supplentes do subdelegado e do juiz de paz, sendo obrigação do juiz de direito dispensar imme- tliatamente aquelle que estiver em exercido.—Av. n. 70 de 15 de Março de 1866; e goza da dispensa, embora já funccionando como jurado, uma vez que tenba de assumir a jurisdicção.— Av. n. 155 de 15 de Junho de 1864. O Aviso-Circnlar de 23 de Julho de 1858 recommenda