da 20Ô CAPITULO VI. . Do auto do eorpo de delieto. Àrt. 256. Quando se tiver commettid» - algum delicto que deixe vestígios-, osquaes. possào ser ocularmente examinados, o chefe de policia, delegado, subdelegado, [juiz municipal ou de paz, que mais pró- ximo e prompto se aehar, a requerimento da parte, ou ex-officío nos crimes em que- publicação da Lei de 3 de Dezembro de 18a 1 e do Reg. de 31 de Janeiro de 1842. Qual o processo que se deve observar no jury? Remettidos ao trjbuual do jury os artigos de suspeição, apresentados de conformidade com o art. 250 do Reg. o. 120 de 81 de Janeito de' I8a2 com a resposta que der o juiz de direito, o referido tribunal deverá, guiado pelo presidente, observar o que está disposto no art. 2S2 do mesmo Regulamento»-—A vs. de 25 de Julho de 1861 ■e de 12 de Fevereiro de 1862, e 11 de Novembro de 1863; Diz o Reg. n. A824 de 22 de Novembro de 1371, no* seu art. 27: A suspeição posta ao presidente do tribunal do jury, né não for reconhecida peio recusado, não suspenderá a julgamento. O jury não julga as suspeições postas ao presidente do- ■tribunal. Nas comarcas especiaes serão julgadas pelo presidente da Relação; e nas comarcas geraes pelo* juiz de direito» •da mais vizinha na- ordem designada. c. v. n 14 210 tem lugar a denuncia, procederá imme- diatamente a corpo de delicto, na forma, dos arts. 258 do presente Regulamento,. 136 e 137 do Cod. do Proo. Crim. (144). Art. 257. Se o delicto não tiver deixado vestigios, ou delle somente se tiver noticia, quando os vestígios já não existão, não se - procederá a corpo de delicto, bastando, para a base do processo da formação da culpa, a queixa ou denuncia da parte, ou a participação official que houver, ou, na falta de queixa, denuncia ou participação official, a declaração que fizer o chefe de policia, juiz municipal, delegado ou subdelegado no auto inicial do processo, de lhe haver chegado a notícia da existência do delicto com taes e taes circumstancias. Art. 258. Para se fazer o auto do corpo • de delicto serão chamadas, pelo menos, duas pessoas profissionaes e peritas na HUlt) Vide Acc. do Sup. Trib. de 6 de Julho de 1881». <*m nota ao art. 134 do Cod. do Proc. 211 matéria de que se tratar, e, na sua falta, pessoas entendidas e de bom senso, nomeadas pela autoridade que presidir ao mesmo corpo de delicto, a qual, tendo-lhes deferido juramento, as encarregará de examinar e descrever com verdade, e com todas as suas circumstancias, quanto observarem, e de avaliar o damno resultante do delicto, salvo qualquer juízo definitivo a este respeito. Art. 259. Havendo no lugar médicos, cirurgiões, boticários e outros quaesquer profissionaes e mestres de officio que per- tenção a algum estabelecimento publico, ou por qualquer motivo tenbao vencimento da fazenda nacional, serão chamados para fazer os corpos de delicto, primeiro que outros quaesquer, salvo o caso de urgência em que não possão comcorrer promptamente. Ás pessoas que sem justa causa se não prestarem a fazer o corpo de delicto será I I 212 1 imposta a multa de 30$090 a 90$00O pela autoridade que presidir ao mesmo corpo de delicio, salvo se fôr juiz de paz, porque nesse caso será a dita multa imposta pelo delegado, juiz municipal ou subdelegado. Art. 260. O corpo de delicto poderá ser feito de dia ou de noite, em dia santo ou feriado, e sempre o será o mais proxima- mente que fôr possível á perpetração do delicto. Art. 261. Quando o juiz de paz fizer o corpo de delicto, remettê-lo-ha immedia- tamente, com officio seu, á autoridade po- licial ou criminal a quem pertencer pro-seguir no processo.. ' ■'*-';' CAPITtTLO VH. Da formação da culpa. Art. 262. Os chefes de policia (145), juizes munícipaes, delegados e subdele- (145) Vide notas. A 2 e 88'. 213 gados procederás á formação da culpa, ou em virtude de queixa ou denuncia dadas nos casos e com as formalidades estabe- lecidas nos arts. 72, 73, 74, 75, 76, 7& |e 79 do Código do Processo Criminal, ou meramente ex-officio (146). Ari. 263. O procedimento ex-officio tem lugar todas as vezes que chegar á noticia, das autoridades criminaes haver-se perpe- trado em seus respectivos districtos algum daquelles delictos em que cabe a denuncia, ainda que denunciante não haja. Tem igualmente lugar a respeito dos delictos mencionados no art: 5o da Lei de 26 de Outubro de 1831 (147). (146) Vide nota ao capitulo do Cod. do Proc que tem a mesma inscripção. fia app. n. Â284, a Relação da corte, por Acc. de 18 de Dezembro de 1868, annullou todo o processo, porque, sendo o crime de natureza particular (ferimento leve), nâo se provou que houvesse prisão em flagrante ou fosse o oífeodido pessoa miserável, pelo que faltava base para o procedimento* oflicial e competência do juizo da for-| mação da culpa e do julgamento para conhecer do facto- • <1A7) Dispõe o Reg. n. Ii82li de 22 de Novembro de 1871: 214 Art. 264. Quando se tiver formado corpo de delicto, na forma dos arts. 256 e 258 deste Regulamento, servirá elle de base ao processo da formação da culpa, para se proceder sobre o seu conteúdo á "inquirição das testemunhas, afim de se descobrir quem seja o delinquente; mas, quando Art. 49. É abolido o procedimento ex-officio, excepto: i.° Nos casos de flagrante delicto. 2.° Nos crimes policiaes. 3." Quando esgotados os prazos da lei, não for apre- sentada queixa ou denuncia. - li." Nos crimes de responsabilidade, sendo competente a autoridade judiciaria que os reconhecer em feitos ou papeis- submetidos regularmente ao seu exame jurisdic- cional. Ait. 50. A queixa ou denuncia, que não contiverem os requisitos legaes, não serão aceitas pelo juiz, salvo o recurso voluntário da parte. Art 51. A incompetência do juiz do summario poderá ser allegada antes da inquirição das testemunhas ou logo que o réo comparacer em juízo. § 1.° Se o juiz reconhecer a incompetência, remetterá o feito á autoridade competente para proseguir, a qual o ratificará, procedendo somente a reinquirição das tes- temunhas, se houverem deposto em ausência do ado-e este o requerer. § 2." se não reconhecer a incompetência, continuará o summario, como se ella não fora allegada. 8 3." Em todo o caso será tomada por termo nos autos a alludida excepção declinatoria, ou seja offerecida ver- balmente ou por escripto. 215 ^não se tiver formado por ser o crime daquelles que não deixão vestígios, ou porque delle somente houve noticia quando taes vestígios já não existião, organizar-«ar-se-ha o processo, não só sem esse auto precedente, como também sem a necessidade de uma inquirição especial para se verificar previamente a existência do delicto. Aii;. 265. Com o corpo de delicto ou sem elle, nos termos do artigo antecedente, proceder-se- ha ao summario para a formarão da culpa. No caso de haver corpo de -delicto, as testemunhas serão inquiridas •somente a respeito do delinquente para se averiguar e descobrir quem elle seja; <€ no contrario serão inquiridas, não só a respeito do delicto e suas circumstancias, como também acerca de quem seja o delinquente (148). (148) O juiz não tem arbítrio para recusar ás parte» quaesquer perguntas ás testemunhas, excepto se não ti- verem relação alguma com a exposição feita na queixa «u denuncia; devendo, porém, ficar consignadas no termo I 2i6 Art. 266. No summario, a que se pro- eeder para a formação da culpa, nos casos em que não tem lugar o procedimento «x- officío, inquirir-se-hão pelo menos duas testemunhas, e poderão ser inquiridas mais até que se preencha o numero de cinco. Nos casos, porém, em que tiver lugar a denuncia, inquirir-se-hão