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cinco e poderão- ser inquiridas mais até o numero de oito (149). da inquirição a pergunta da parte e a recusa do juiz. — Art. 52 do citado Reg. n. 4824. Vide art. 86 do Cod. do' Proc. (149) As informações geraes, prévias ou preparatórias ^ a que procedem em alguns casos os formadores da culpa- antes de dar começo ao summario, além de occasionarem, um processo duplicado, retardando a formação da culpa,, a qual deve terminar em tempo breve, fazem que seja, inquirido um numero arbitrário de testemunhas, contra |o disposto no art. 266 do Reg. n. 120 de 3' de Janeiro - de 4842; e não sendo essa marcha autorisada no nosso processo criminal, mas sim a que se acha prescripta nos ârts. 142, 143 e 147 do Cod. do Proc. Crim. e nos arts. 263 até 270 do Reg. de 31 de Janeiro de 1842, compre prova-la como illegal.— Av. de 30.de Abril-de 1866. Este art. 266 e o 48 da lei, não farão revogados pelo. Der. n. 2438 de. 6 de Junho de 1859, porque este des- creio só se refere aos crimes de que trata o art. 805-do Cod. do Proc,, de conformidade com os Avs. de ff'. 217 Art. 267. Além do numero das testemunhas que forem inquiridas por virtude do artigo antecedente, tanto no caso do procedimento ex-officio como no contrario, serão inquiridas, sempre que fôr possível, .as pessoas ás quaes se referirem em seus depoimentos as testemunhas que já houverem deposto. Igualmente, e sem que se contem no numero das testemunhas, serão tomadas as declarações das informantes, na forma do art. 89 do Código do Processo Criminal. Art. 268. Quando do crime sobre o qual se proceder a summario fôr indiciado mais de um delinquente, e as testemunhas desse summario não depuzerem contra um ou outro de taes indiciados, a respeito cio qual tenha o juiz summariamente de Novembro de 1859 e 3 de Janeiro de 1860. — Av. de 6 de Junho de 1860. Na app. n. 5959, por Acc. de 6 de Dezembro de.1867, declarou o tribunal da Relação da corte nullidade terem aido inquiridas apenas quatro testemunhas. (0 crime er<t de aceusação o/Jitial.) \ 218 ^concebido vehementes suspeitas, poderá este ex-officio inquirir mais duas ou trea •testemunhas, somente a respeito daquelle indiciado. Art. 269. No mais que pertence ao processo da formação da culpa se observa- rá exactamente o disposto nos arts. 142, 143, 147 e 148 do Código do Processo Criminal (150). Art. 270. Ainda que as autoridades, a •quem incumbe a formação da culpa, não obtenhão, por meio das informações e dili- gencias a que houverem procedido, o co- nhecimento de quem é o delinquente, não - deixarád de proceder contra elle ex-officio^ ou por virtude de queixa ou denuncia,, segundo couber no caso, em qualquer (150) Diz o Reg. n. A82á de 1871: Art. 53. No interrogatório o accusado tem o direito -de juntar quaesquer documentos e justificações, proces- sadas em outro juizo, para serem apreciadas como for de direito. Se allegar com fundamento a necessidade de praz» para isso, ser-llie-ha concedido até três dias impro- rogaveis. \ 219 tempo que seja descoberto, emquanto não prescrever o delicto. Se, findo o processo da formação da culpa e remettido ao juiz Competente para apresenta-lo ao jury, tiverem as sobreditas autoridades noticia de que existem um ou mais criminosos do mesmo delicto, poderão ■formar-Jh.es novo processo, emquanto o «crime não prescrever (151). CAPITULO vm.* Da preieripçao (152). Art. 271. Os delictos e contravenções, ■sobre os quaes as autoridades policiaes e judiciarias decidem definitivamente, prescrevem por um anno, estando o delinquente presente sem interrupção no (151) Vide notas aos arte. 149 e 329 do Cod. do Proc. « 48 da Lei de 3 de Dezembro de 1841. (152) Vide notas á parte correspondente do Cod. do> ■Proc. e da Lei de 3 de Dezembro. 220 districto, e por três estando ausente em lugar sabido (153). Art. 272. Os deKctosem que tem lugar a fiança prescrevem por seis annos, es- tando o delinquente presente sem inter- rupção no termo em que residia ao tempo da perpetração do delicto; por vinte annos, estando ausente fora do Império ou dentro em lugar não sabido; e por dez, estando ausente em lugar sabido dentro do Império (154). Art. 273. Os deliotos que não admittem fiança prescrevem no fim de vinte annos, estando os réos ausentes em lugar sabido (163) A presença do réo no districto da culpa, para Induzir a prescripção, deve ser sem interrupção e cum- primento pelo tempo que a lei prescreve; se o réo se ausentar antes de preencher o termo da prescripção, ©■ tempo da presença se presume como ausência, e deve ter computada como tal, e conforme a ausência forem lugar incerto ou sabido. — Av. de 27 de Junho de 1855'. (15/I) A sabida momentânea dos réos do termo do- delicto pode influir para alterar o prazo da prescripção» porque este art. exigio como condição essencial a resi- dência sem interrupção. — A v. de 19 de Junho de 1-860» ' 221 I dentro do Império; por dez annos, estando» presentes sem interrupção no termo j e, estando ausentes em lugar não sabido ou fora do Império, não prescrevem em tempo algum. Art. 274. A obrigação de indemnizar prescreve passados trinta annos, contados do dia em que o delicto fôr commettído. Art. 275. O tempo para a prescripção -dos delictos conta-se do dia em que forem csmmettidos, ou do ultimo acto praticado, quando os delictos constarem de actos successivos e reiterados, quer se tenha ou não procedido a qualquer acto da formação da culpa; se, porém, houver pronuncia, interrompe-se o curso da prescripção, e| começa a contar-se o tempo delia da data da mesma pronuncia (155). Art. 276. Os réos poderão allegar a (155) Sendo porém refogada a pronuncia, essa rero- gaçSo faz cessar, com os outros eflatos dá sentença, o da interrupção da prescripção. — Ar. de C9> de Junho ■de 1880. 222 prescripção em seu favor em qualquer tempo e acto do processo da formação da» culpa ou accusação perante o juiz municipal ou de direito, conforme a natureza e estado dos processos, e com interrupção delles, emquanto á causa principal (156). Art. 277. Se o processo que se formar, disser respeito a delictos e contravenções- sobre que as autoridades policiaes e judi- ciarias decidem definitivamente, julgará a prescripção a mesma autoridade que o» estiver formando. Art. 278. Se a respeito de crimes, cujo julgamento final pertence ao jury, fôr opposta a prescripção antes que o processo seja sujeito ao seu conhecimento, será ella julgada pelo juiz municipal, a quem os chefes de policia, delegados e subdelegados remetteráô o processo, quando lher tenlião dado principio. (156) Pôde também ser allcgada pelo promotor -pu- blico e julgada ta ofp.cio.-ks. de 21 de Junho de 1865. 223 Art. 279. Se, porém, a mesma prés— «ripção fôr opposta depois que o processo tiver sido affectado ao conhecimento da jury, - conhecerá delia o juiz de direito. Art. 280. O réo que tiver de allegar prescnpção, o fará por meio de uma petição articulada, na qual indicará todos os seus fundamentos, juntando-lhe todos os documentos e provas que tiver. Art. 251. Julgando o juiz de direito ou municipal concludente a allegação de prés- cripçâo, ouvirá a parte contraria, e inquirida* sobre os factos que tiverem allegado as testemunhas que offerecerem, proferirá a sua decisão, que dará logo sem dependência de prova e de audiência da parte, quando entender que os factos allegados, ainda que provados, não são concludentes. Art. 282. Quando a decisão fôr contra a prescripção allegada, proseguirá o processo, sem embargo do recurso interposto pela parte. 224 Art. 283. Quando a prescripção fôr opposta perante o chefe de policia,