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CODIGO DE PROCESSO I IMPERIO - VOL 2

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pesando as razoe» de seu com-
parecimento tardio. —Av. de 81 de Julho de i$Hu 
É obrigação do julc de direito dbpensar immediata-
mente o suppiente d» juiz municipal, que estiver em 
exercido, quando for sorteada para formar o tribunal.— 
Av. de 15 de Março de 180ú —Ou e»teja servindo ao 
tempo em quo é sorteado para o jury, ou sobre venha a 
necessidade de tomar conta da rara mnuicípal. —Ar. 
de 15 de Julho de Mi. 
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cipal a apresentar todos os processos que tiver 
formado ou recebido, e que devem ser 
julgados pelo jury, os quaes deveráõ estar 
preparados com o competente libello das 
partes, e necessárias diligencias (189). Art. 
348. Immediatamente o escrivão fará a 
chamada de todos os réos presos, dos que se 
livrão soltos ou afiançados, dos accusadores 
ou autores, e das testemunhas que constar 
terem sido notificadas para comparecer 
naquella sessão, e notará as faltas das que não 
estiverem presentes. (Art. 240 do Código do 
Processo Criminal (190). 
(189) Os processos de réos ausentes, pronunciados em 
crimes que aílmitlem fiança, devem ser preparados e 
apresentados ao jury. — Av. n. 171 de 30 de Setembro 
de 1839 e n. 220 de 6 de Dezembro de 1850. 
"Não só em sessão de abertura, como nas seguintes pôde 
o juiz preparador apresentar processos. — A v. de 9 de 
Agosto de 1850, que derogou b de 16 de Fevereiro de 
U837:. 
(190.) Não se fazer a chamada das testemunhas e não 
comparecerem estas no acto do Julgamento é nullida.de.— 
Acc. de 13 de Dezembro de 1845» na App. n. 1257. 
Vide nota a* art. 256. 
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Art. 349. A respeito dos réos, autores ou 
accusadores que faltarem, observar-se-ha 
o que está disposto nos arts. 221 e 222 do 
Código do Processo Criminal, e nos 
crimes em que tem lugar a denuncia, o 
juiz de direito não julgará a accusaçao 
perempta, porém ordenará ao promotor 
publico que proceda na accusaçao (191). 
Art. 350. O juiz de direito, depois do 
lançamento do accusador, mandará fazer 
o feito concluso, sempre que julgar neces-
sário maior exame, ou entender que tem 
lugar a baixa na culpa, que nunca deverá 
ordenar sem audiência prévia do promotor 
publico, na forma do art. 338. 
Art. 351. A chamada dos autores, réos 
e testemunhas será feita por porteiro á 
porta do tribunal em altas vozes, e de 
(191) O autor que não comparece á chamada geral no 
dia da abertura da sessão do jiiry deve ser lançado da 
accusaçao; o mesmo procedimento se terá quando não 
compareça á chamada especial no dia do julgamento. — 
Av. de 1 de Agosto de 1859; e ao lançamento compete 
recurso, nos termos do art. 71 da Lei n. 2 ji.—Acc. da 
Relação da COrte de 7 de Janeiro de 1850. 
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assim o haver cumprido passará certidão que 
se juntará aos autos (192). 
Art. 352. O juiz,de direito, onde não 
houver porteiro do jury, nomeará para servir 
esse lugar um official de justiça. 
Art. 353. Se o juiz de direito, nos autos 
que forem apresentados para o julgamento do 
jury, achar alguns que não sejão da 
competência desse tribunal, os fará por seu 
despacho remetter ao juiz d'onde tiverem 
vindo, com as explicitas razões da 
incompetência e indicação dos termos que se 
deverem seguir. 
Art. 354. Se nos que forem da competência 
do jury encontrar qualquer nullí-dade (193) 
ou falta dos esclarecimentos 
(192) A chamada dos autores, réos e testemunhas nas 
sessões do jury, de que trata o art. 351 do Regulamento, 
é a mesma de que falia no art. 348, não devendo fazer 
duvida o dizer-se neste que será feita pelo escrivão, e 
saquelle que será feita pelo porteiro. — Av. de 20 de 
Outubro de 1843. 
(193) É nnllidade negar-se o offendido (queixoso) a 
exame de sanidade, requerido pelo réo a bem de sua de-
fesa.— Sup. Trib., Acc. de 27 de Setembro de 186*2, re-
vista n. 1736. 
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precisos, procederá na forma do § 2* do 
art. 200 do presente Regulamento (194). 
(194J Tendo o juiz de direito da comarca das Alagoas. 
no aclo de submetter um processo ao jury, annullado r> 
mesmo processo e mandado Instaurar outro, por ler 
sido o primeiro inslauiado pelo cheia de policia da pro« 
vincia, nSo sendo os réos domiciliários de termo da ca-
pital, nao leado sido alii còmmettldo o delicio, e nSo 
estando este magisirado no lugar onde se. commeiléra. 
foi consultado o governo a tal respeito, o qual, ouvindo 
a secção de justiça do conselho de falado, expedio o Av. 
de 20 de Agosto decidindo o seguinte: 
• Que o juiz de direito nSo eslava autorizado para 
mandar instaurar no«o processo, afim de sanar a millJ-
dade reaulianie da incompetência do juiz proccssante; 
porque ictido-se o art. 25, $ 3* da Lei de 3 de Dezem-
bro de 16A1, e os que lhe sfio correspondentes no Reg. 
de 31 de Janeiro de 1862, *ô-se que aos juizes de 
direito compele piocfder ou mandar proceder ex-offlcio, 
quando lhes for presente for qualquer maneira algum 
irocesso em .que tenha lugar a accusaçSo por pai te da 
[istiça, a iodas as diligencias necessárias, ou para anar 
Jualqucr nullklade, ou para maia amplo conhecimento 
la verdade e circi-msianclas que pos influir no jul-
gamento. Ora, sanar nullídades i cousa muito diversa 
de annuilar processos. A Ord , Llv. 3", nos Tlls. 03 t 
75, distingue com muita precllo as nullídades que o juiz 
deve supprir ou sanar daquellas que excluem este melo. 
A nullidade que resulta da Incompetência do juízo nao 
pode cm caso algi ni ser supprlda ou sanada, quer o pro-
cesso seja civil, quer seja criminal, t, portanto, evidente 
que a dfíposiçSo do art. J6, f 8* da Le) de 3 de De-
zembro de 18/jl nao confere aos juizes de direito a 
atlribokao que ae ai rogou <» juiz de atireHo do co-
marca das Alagoas; c, cm «ateria de jnrísdkçJo, lodo 
quanto nao 4 expressamente concedido presamo-ae w-
dado. O argumento de que seria um absurdo aoimctler-ae 
Í 
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Art. 355. Depois deterem comparecido os 
autores e os réos, os seus legítimos pro-
curadores (195), ou tomada a accusaçâo pela 
justiça, mandará o juiz de direito chamar as 
testemunhas, e recolhê-las em 
ao jury um processo manifestamente illégal e nullo não 
faz vacillar o governo nesla sua decisão. Supponha-se que o 
processo não era manifestamente iuVgal e nullo, e que 
entretanto o juiz de direito o tinha assim declarado, 
recusando suboietlê-lo ao jury; neste caso desap-pareceiia 
o absurdo, e dir-sc-hia que era absurda a lei que, sem 
attender aos princípios da hierarcbia judiciaria, que a 
Constituição admitte « reconhece, desse a um juiz, que 
não é superior ao chefe de policia, nem oflerece 
maiores garantias de jntelligencia, a attribuição de annul-
lar os processos que elle formasse. 
« No facto que occorreu não ha absurdo, nem quando 
o houvesse resultaria elle da lei. O que ha é' simples-
mente um erro da parte do juiz processantê. A lei prévio 
a hypotbese de se proferirem sentenças em processos que 
estivessem nullos, e designou as autoridades a quem 
compete pronunciar sobre a nullidade daquelles que são julgados pelo jury. Estas autoridades, na conformidade 
do art. 76, § a\ e do art. 89, g 2" da Lei de 3 de De-
zembro de 1841 são as Relações e o Supremo Tribunal 
de Justiça. > 
(195) A admissão de comparecimento per procurador 
só se deve entender do autor, que com licença do juiz 
pude accusar por procurador, nos termos do art. 92 da 
Lei àe 8 de Dezembro de I8íil, e não é appKcavel ao 
réo senão nas audiências ou sessões «m que não "lhe toca 
ser julgado, e em que tiver Obtido a dispensa de que 
trata o art. 311, § 1» do Reg. de 31 de Janeiro de Í842. 
—íAir-de 30 de Outubro de 1843, n. 82. 
1 
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lagar d'onde não possão ouvir os debates, 
nem as respostas umas das outras (196). 0 
mesmo se praticará com as testemunhas que 
tiverem de ser inquiridas em quaes-quer 
processos policiaes ou criminaes. 
Art. 356. As testemunhas deveráõ ser 
apresentadas em rol pelo accusador e réo,
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