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Anatomia das Adrenais

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Anatomia das Adrenais
· Adrenais ou suprarrenais são glândulas que se encontram superiores ao rim (fora dele). Se encontram anterosuperiores aos polos superiores de cada rim (separadas por tecido fibroso).
 
· As glândulas suprarrenais, de cor amarelada em pessoas vivas, estão localizadas entre as faces superomedial dos rins e o diafragma, onde são circundadas por tecido conjuntivo contendo considerável cápsula adiposa. 
· As glândulas suprarrenais são revestidas por fáscia renal, pelas quais estão fixadas aos pilares do diafragma. Embora o nome “suprarrenal” sugira que os rins são a relação primária, a principal fixação das glândulas é aos pilares do diafragma. Elas são separadas dos rins por um septo fino (parte da fáscia renal). 
· Em alguns locais pode se encontrar glândulas suprarrenais acessórias, como no cordão espermático, epidídimo e ligamento largo do útero.
· Vale destacar que essa glândula é inteiramente endócrina, ou seja, libera seus hormonios pelos vasos sanguíneos. EM ambas as suprarrenais se observa a saída uma veia suprarrenal, que drena diretamente para a veia cava (veia suprarrenal direita), sendo essa tributaria direta da VCI ou drena para a veia renal (veia suprarrenal esquerda), sendo essa então uma tributaria indireta da veia cava inferior.
· O formato e as relações das glândulas suprarrenais são diferentes nos dois lados. A glândula direita piramidal é mais apical (situada sobre o polo superior) em relação ao rim esquerdo, situa-se anterolateralmente ao pilar direito do diafragma e faz contato com a VCI anteromedialmente e o fígado anterolateralmente. 
· A glândula esquerda em formato de crescente é medial à metade superior do rim esquerdo e tem relação com o baço, o estômago, o pâncreas e o pilar esquerdo do diafragma. 
· As margens mediais das glândulas suprarrenais estão distantes 4 a 5 cm. Nessa área, da direita para a esquerda, estão a VCI, o pilar direito do diafragma, o gânglio celíaco, o tronco celíaco, a AMS e o pilar esquerdo do diafragma.
· Tal glândula é dividida em córtex e medula. Sendo seu córtex a parte mais externa da mesma, enquanto a medula é sua parte mais interna/central. Essas regiões têm diferença no tipo de estimulação, na região cortical o sistema nervoso tem influencia apenas na vascularização, ou seja, inerva apenas vasomotora (suas células têm estimulação química). Jà a região medular tem um sistema neuroendócrino, sendo suas células estimuladas diretamente pelo sistema nervoso, além de conter inervação vasomotora.
· A glândula suprarrenal direita tem formato piramidal/triangular com duas projeções inferiores. Já a suprarrenal esquerda tem formato de meia-lua, com formato semilunar e achatada anteroposteriormente. Isso acontece porque a VCI impede que a suprarrenal direita se desenvolva medialmente, o que faz com que essa não consiga adquirir formato de meia-lua, ficando triangular.
· Relações anatômicas:
· Suprarrenal Direita: Veia cava inferior medialmente, pilar direito do diafragma, lobo direito do fígado e o rim direito.
· Suprarrenal Esquerda: Pâncreas, ilar esquerdo do diafragma, rim esquerdo e anteromedialmente tem a artéria aorta.
· Vale destacar que a proximidade entre suprarrenal direita e VCI é uma relação importantíssima durante cirurgias. Já que cirurgias que mexam com a VCI podem lesas a veia suprarrenal direita, que tem intima relação e desagua diretamente nessa veia.
 
· A primeira camada da glândula suprarrenal é uma camada de tecido conjuntivo que confere proteção a mesma. Porém a primeira camada endócrina é a zona glomerulosa, que produz esteroides e mineralocorticoides (realizam o controle hidroeletrolítico). A próxima camada endócrina é a zona fasciculada, que secreta cortisol e mantem o equilíbrio de carboidratos. Já a ultima camada cortical, é a zona reticulada, que produz hormonios sexuais. A região mais profunda da glândula é a medula suprarrenal.
· Vale lembrar que embora próximos, rim e suprarrenal não possuem comunicação direta. Porém, quando a diminuição da PA é notada pelo rim, esse produz renina que irá influenciar na produção de mineralocorticoides na suprarrenais.
 
· A diminuição de Na+, hemorragia ou desidratação ocasionam hipovolemia, o que leva a hipotensão arterial. Essa hipotensão arterial, por sua vez, estimula a produção de renina nas células justaglomerulares, que liberam tal substancia na vascularização do rim (vai para a VCI). Assim, ocorrerá o aumento da concentração de renina na corrente sanguínea, que converte o angiotensinogênio em angiotensina I no fígado. Essa é convertida em angiotensina II nos pulmões, que ocasiona o aumento da concentração de angiotensina II no sangue. Essa substancia estimula a vasoconstrição e estimula o córtex adrenal a produzir aldosterona, que por sua vez no rim aumenta a reabsorção de Na+ e água e a secreção de K+ e H+. Esse fato soluciona o problema de hipovolemia, aumentando inclusive a PA.
· A diminuição de glicose estimula o hipotálamo a liberar hormônio liberador da corticotropina (CRH). O aumento de CRH estimula a adenohipófise (por meio das veias porta-hipofisárias) a produzir homônimo adrenocorticotrófico (ACTH), que por sua vez cai na corrente sanguínea. Ao chegar na suprarrenal tal hormônio estimula a secreção de glicocorticoides na mesma, para que ocorre o controle da glicose no nosso organismo.
 
· O estimulo para a produção de hormonios gonadotróficos vem da hipófise (antes estimulada pelo hipotálamo), esses por sua vez caem na corrente sanguínea e estimulam a zona reticulada a produção de seus hormonios gonadotróficos.
· A medula suprarrenal possui um sistema neuroendócrino, esse equivale a neurônios simpáticos pós-ganglionares. Assim, a medula funciona como SNS, sendo estimulada por neurônios pré-ganglionares. Esse estimulam as colunas de células cromafins (feocromócitos), que sintetizam, armazenam e liberam catecolaminas (noradrenalinas, norepinefrinas, adrenalina ou epinefrina).
· Vale destacar que a norepinefrina costumar ter ação mais branda do que a epinefrina.
· Assim, cada glândula suprarrenal tem duas partes: o córtex suprarrenal e a medula suprarrenal. Essas partes têm diferentes origens embriológicas e diferentes funções. 
· O córtex suprarrenal é derivado do mesoderma e secreta corticosteroides e androgênios. Esses hormônios causam a retenção renal de sódio e água em resposta ao estresse, aumentando o volume sanguíneo e a pressão arterial. Também afetam músculos e órgãos como o coração e os pulmões. 
· A medula suprarrenal é uma massa de tecido nervoso permeada por capilares e sinusoides derivados das células da crista neural associadas à parte simpática do sistema nervoso. As células cromafins da medula estão relacionadas com os neurônios dos gânglios simpáticos (pós-ganglionares) tanto em derivação (células da crista neural) quanto em função. Essas células secretam catecolaminas (principalmente epinefrina) para a corrente sanguínea em resposta a sinais de neurônios pré-ganglionares. Os potentes hormônios medulares epinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina) ativam o corpo para uma resposta de fuga ou luta ao estresse traumático. Também aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial, dilatam os bronquíolos e modificam os padrões de fluxo sanguíneo, preparando para o exercício físico.
· Cada glândula tem um hilo, pelo qual as veias e vasos linfáticos saem da glândula, ao passo que as artérias e nervos entram nas glândulas em diversos locais. 
· Artérias suprarrenais: Artérias suprarrenais superiores (ramos da artéria frênica inferior), artéria suprarrenal média (ramo direto da artéria aorta abdominal) e artéria suprarrenal inferior (origina da artéria renal). Esses acontecimentos são semelhantes em ambos os lados. Porém, vale destacar que os ramos do lado direito passam posteriormente a VCI.
· Veia suprarrenal: A drenagem venosa acontece por meio de uma única veia.
· Direita: Drena direto para a veia cava inferior. 
· Esquerda: Drena para a veia renal, sendo tributaria indireta da VCI.
· Drenagem linfática:Acontece por meio de um plexo linfático que drena para os linfonodos para-aórticos, que por sua vez vão drenar para o ducto torácico.
 
· Sistema Arterial: As artérias suprarrenais irão formar artérias capsulares (ficam na região da capsula), que por sua vez formarão um plexo subcapsular (se encontram na zona glomerulosa). Esses capilares fenestrados corticais irão atravessar a zona fasciculada e reticulada para posteriormente formarem as arteríolas medulares, que irrigam a medula adrenal. Essas arteríolas irão drenar para as veias medulares, que por sua vez já formam a veia suprarrenal. Ou seja, a veia suprarrenal é formada já na região medular.

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