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BMF-3 29.04.2020 Aula 11 - ENDOCRINO Anatomia das Glândulas Suprarrenais (Adrenais) Localizadas no polo superior dos rins e recoberto e atrás do peritônio (retroperitoneal). As glândulas estão localizadas no interior da fáscia renal, envolvi- das por tecido conjuntivo e gordura perirrenal, separadas dos rins por uma pequena quantidade de tecido fibroso. Suas dimensões são: o Altura: 3-5 cm; o Largura: 2-3 cm; o Espessa: ˜1cm; o Peso: 3,5-5 g. Glândula Suprarrenal Direita formato de pirâmide. Há apicel, base e faces. Encontra-se posteriormente à veia cava inferior, da qual se encontra separado apenas por uma delgada camada de fáscia e de tecido conjuntivo. Ela encontra-se posterior ao lobo direito do fígado e anterior ao pilar direito do músculo diafragma e ao polo superior do rim direito. que as duas projeções inferiores (ramos) se espalham sobre o tecido renal. A parte mais baixa da superfície anterior pode estar coberta por peritônio, refletido sobre ela a partir da camada inferior do ligamento coronário. Neste ponto, ela pode se encontrar posterior à borda lateral da segunda parte do duodeno. Abaixo do ápice, próximo à borda anterior da glândula, o hilo encontra-se em um curto sulco a partir do qual a veia suprarrenal direita emerge para se unir à veia cava inferior. A área superior, maior, é ligeiramente convexa e apoia-se sobre o músculo diafragma. Glândula Suprarrenal Esquerda Formato mais semilunar e é achatada no plano anteroposterior. Há faces anterior e posterior e há extremidades superior e inferior e margens que ligam essas extremidades. Encontra-se intimamente aplicada sobre o pilar esquerdo do músculo diafragma e está separada dele apenas por uma delgada camada de fáscia e de tecido conjuntivo. A face medial é convexa, enquanto a face lateral é côncava, uma vez que ela é moldada pela face medial do polo superior do rim esquerdo. A superfície anterior tem uma grande área superior coberta por peritônio sobre a parede posterior da retrocavidade dos epíploos (pequena cavidade peritoneal), que a separa do cárdia do estômago e às vezes da face posterior do baço. A área inferior, menor, não é recoberta por peritônio e encontra-se em contato com o pâncreas e com a artéria esplênica. O hilo está voltado inferiormente a partir da face medial, e está próximo à parte inferior da BMF-3 29.04.2020 Aula 11 - ENDOCRINO superfície anterior. A veia suprarrenal esquerda emerge do hilo e segue inferomedialmente para se unir à veia renal esquerda. A borda medial convexa encontra-se lateralmente ao gânglio celíaco esquerdo e às artérias frênica inferior esquerda e gástrica esquerda, as quais sobem sobre o pilar esquerdo do músculo diafragma. Ambas: diafragma (pilares diafragmáticos – fibras que se projetam formando dois espessamentos) e rim. Ao nascimento, a glândula mede aproximadamente um terço do tamanho de um rim, ao passo que, nos adultos, corresponde a apenas 1/30 do tamanho do rim, não acompanhando o crescimento dos rins. Córtex Suprarrenal O córtex suprarrenal é derivado do mesoderma, consiste na zona glomerulosa, zona fascicular e zona reticular e secreta corticosteroides e androgênios. Esses hormônios causam retenção renal de sódio e água em resposta ao estresse, aumentando o volume sanguíneo e a pressão arterial. Também afetam músculos e órgãos como o coração e os pulmões. Os principais corticosteroides são os glicocorticoides e os mineralocorticoides. A zona glomerulosa, mais externa e de localização subcapsular, consiste em uma região estreita de pequenas células poliédricas em aglomerados arredondados. A zona fasciculada, intermediária e mais larga, consiste em grandes células poliédricas basófilas organizadas em colunas retilíneas, de duas células de espessura, com capilares fenestrados venosos em disposição paralela entre elas. A parte mais profunda da zona fasciculada amplia-se na gravidez e em mulheres em idade reprodutiva no verão. A atrofia cortical em homens idosos é maior na mesma região. As células corticais produzem vários hormônios e as células das zonas fasciculada e reticulada também são ricas em ácido ascórbico. As células da zona glomerulosa produzem mineralocorticoides, como a aldosterona, os quais regulam o equilíbrio eletrolítico e hídrico. As células na zona fasciculada produzem hormônios que mantêm o equilíbrio de carboidratos (glicocorticoides), como o cortisol (ou hidrocortisona). As células na zona reticulada produzem hormônios sexuais (progesterona, estrógenos e andrógenos). O córtex é essencial à vida, e sua remoção completa sem uma terapia de reposição hormonal é letal. Ele exerce um controle considerável sobre os linfócitos e o tecido linfoide: uma secreção aumentada de corticosteroides pode resultar em uma marcante redução nas quantidades de linfócitos. Medula Suprarrenal A medula suprarrenal é derivada da crista neural e secreta catecolaminas, epinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina) que ativam o corpo para uma resposta de luta ou fuga ao estresse traumático. Também aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial, dilatam os bronquíolos e modificam os padrões de fluxo sanguíneo, preparando para o exercício físico. É composta por grupos e colunas de células cromafins (ou feocromócitos), separados por amplos capilares fenestrados venosos e sustentados por uma rede de fibras reticulares. A maioria das células cromafins sintetiza adrenalina e armazena-a em pequenos grânulos com um núcleo denso. Células secretoras de noradrenalina, menos numerosas, apresentam grânulos maiores com um núcleo excêntrico e denso. Algumas células sintetizam os dois hormônios. BMF-3 29.04.2020 Aula 11 - ENDOCRINO Os capilares são revestidos por um endotélio fenestrado e drenam para a veia medular central e para a veia suprarrenal hilar. Sob circunstâncias normais, pouca adrenalina ou noradrenalina é liberada; a secreção é aumentada em resposta a medo, angústia ou estresse. Ao contrário do córtex, a medula suprarrenal não é essencial à vida. As glândulas suprarrenais não estão coladas nos rins, elas ficam separadas pela fáscia renal. Há gordura perarrenal, fáscia renal (contém um folheto anterior e um folheto posterior que abraça o rim), gordura perirrenal ou capsula adiposa, e a cápsula fibrosa do rim (tecido conjuntivo do próprio órgão, estando em contato com ele). Ambos os folhetos emitem projeções superiores que iram recobrir o polo superior, criando um septo, logo a fáscia separa a separa a glândula suprarrenal do rim. Essa fáscia continuará subindo e também recobrirá a glândula suprarrenal, logo ambos os folhetos também recobriram as glândulas suprarrenais fixando a glândula na fáscia do musculo diafragma, aderida e separada do rim e ao redor a gordura perirrenal. Irrigação o Artéria suprarrenal superior: 6-10. É um ramo da artéria frênica inferior que se dirige ao diafragma. Seus vários ramos ramificam-se sobre a cápsula antes de entrar na glândula para formar um plexo subcapsular, do qual capilares fenestrados passam ao redor de aglomerados de células da zona glomerulosa do córtex e entre as colunas de células da zona fasciculadas até um profundo plexo na zona reticulada. *Conforme a artéria frênica inferior corre em direção ao diagrama passa próximo da glândula suprarrenal emitindo vários ramos (artérias suprarrenais superiora) o Artéria suprarrenal média. É um ramo direto da aorta abdominal em nível da artéria mesentérica superior. Elas ascendem levemente e seguem sobre os pilares do musculo diafragma até as glândulas suprarrenais, onde se anastomosam com os ramos suprarrenais das artérias frênica inferior e renal. A artéria suprarrenal média passa próximo ao gânglio celíaco esquerdo, à artéria esplênica e à margem superior do pâncreas. o Artéria suprarrenal inferior. Originam-se a partir das artérias renaia. BMF-3 29.04.2020 Aula 11 - ENDOCRINO Drenagem oVeia Suprarrenal direta drena na veia cava inferior o Veia Suprarrenal esquerda drena na veia renal esquerda Drenagem Linfática Pequenos canais linfáticos, tanto do córtex como da medula da glândula, drenam na direção do hilo, de onde vasos linfáticos de calibre maior emergem para drenar diretamente para os grupos laterais de linfonodos para-aórticos. Inervação o Simpática: relacionada com a secreção de hormônios. Provem dos nervos esplâncnicos maior e menor Gânglios (conjuntos de corpos celulares fora do SNC) simpáticos que ficam do lado de cada coluna – BMF-3 29.04.2020 Aula 11 - ENDOCRINO Neurônios t5-t9 passam pela cadeia e se juntam formando o nervo esplâncnico maior passando pelo gânglio celíaco e faz sinapse dentro da medula da glândula. 90% provinda do nervo esplâncnico maior e só faz sinapse dentro da medula controlando na secreção de epinefrina e noraepinefrina. o Parassimpáticas: provem do tronco vagal posterior o As fibras simpáticas e parassimpáticas reunidas projetam-se como o plexo suprarrenal o Esse plexo encontra-se entre a face medial da glândula e os gânglios celíaco e aórtico-renal. Ele contém principalmente fibras simpáticas pré-ganglionares, que se originam nos segmentos espinais torácicos inferiores e chegam até o plexo através de ramos derivados do gânglio e do plexo celíacos, e através do nervo esplâncnico maior. Estas fibras fazem sinapses, frequentemente em invaginações profundas, sobre grandes células cromafins da medula, as quais consequentemente podem ser consideradas homólogas a neurônios simpáticos pós ganglionares. Uma preponderância de axônios amielínicos é descrita no plexo suprarrenal humano. Tanto o córtex como a medula também contêm axônios acetilcolinesterase (AChE) positivos que presumivelmente atingem a glândula a partir do plexo celíaco: alguns fazem sinapses com células ganglionares nas zonas fasciculada e reticulada. Pilar diafragmático: fibras que fixam nas vertebras e estão com intima relação com as glândulas adrenais. Estrutura Microscópica Em corte, a glândula suprarrenal apresenta uma camada cortical externa, que tem tonalidade amarelada e constitui sua massa principal, e uma medula delgada, que constitui cerca de um décimo da glândula e tem tonalidade vermelho-escura ou acinzentada, dependendo de seu conteúdo de sangue. A medula BMF-3 29.04.2020 Aula 11 - ENDOCRINO é completamente envolvida pela cortical, exceto no hilo. A glândula tem uma espessa cápsula de tecido conjuntivo denso, da qual partem trabéculas que se estendem profundamente para o córtex. A cápsula contém um rico plexo arterial que fornece ramos para a glândula. Atividade 1) Qual a localização das glândulas suprarrenais? R: Localizadas no polo superior dos rins e recoberto e atrás do peritônio 2) Diferencie as glândulas suprarrenais considerando apenas os aspectos da morfologia externa. o Glândula suprarrenal direita: formato de pirâmide. Há apicel, base e faces o Glândula supra esquerda formato de meia lua. Há faces anterior e posterior e há extremidades superior e inferior e margens que ligam essas extremidades. 3) Mencione as relações anatômicas das glândulas suprarrenais. o Glândula Suprarrenal Esquerda: pâncreas e estomago o Glândula Suprarrenal Direita: veia cava inferior, fígado e duodeno o Ambas: diafragma (pilares diafragmáticos – fibras que se projetam formando dois espessamentos) e rim. 4) Como é feita a vascularização das glândulas suprarrenais? R: arteria suprarrenal superior, media e inferior. 5) As artérias suprarrenais são ramos de quais artérias? o Artéria suprarrenal superior: 6-10. É um ramo da artéria frênica inferior que se dirige ao diafragma *Conforme a a.fenica inferior corre em direção ao diagrama passa próximo da glândula suprarrenal emitindo vários ramos (artérias suprarrenal superior) o Artéria suprarrenal média. É um ramo direto da aorta abdominal. o Artéria suprarrenal inferior. É um ramo da arte renal 6) Quais veias drenam as glândulas suprarrenais? Essas veias tributam aonde? R: veia suprarrenal direita (veia cava inferior) e esquerda (veia ranel esquerda). 7) Como é realizada a inervação das glândulas suprarrenais? R: atraves do plexo suprarrenal, pelos nervos esplâncnicos maior e menor (simpático) e tronco vagal posterior (parassimpático)
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