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Bi�seguranç� e� Radiologi� Odontológic� ● Conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação dos riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, risco que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Risco: probabilidade da ocorrência de um dano ● Físico, biológico e químico. Físico Relacionado a transferência de energia; probabilidade de efeitos biológicos. ➔ A maior exposição de radiação é a natural (81%); os raios X diagnóstico estão em segundo com 11%. Transferência Linear de Energia ● Ionização ou excitação dos átomos promovendo modificações nas estruturas moleculares → efeitos biológicos das radiações ionizantes ● Dano letal: morte celular ● Dano subletal: célula danificada; reparo; célula normal. ● Dano subletal: célula danificada; ausência de reparo; célula danificada. Mecanismo de ação Efeito direto: quebra de ligações químicas de moléculas biológicas; Efeito indireto: ação da radiação nas moléculas de água; estágio físico, físico químico, químico biológico. ● Estágio físico: ionização e excitação dos átomos (10^-15 segundos). H2O + radiação → H2O+ + e- ● Estágio físico-químico: quebra das ligações de moléculas e formação dos radicais livres (10^-6 segundos). H2O+ → H+ + OH H2O + e- → H2O- H2O- → H + H2O- H + H → H2 (gás hidrogênio) OH + OH → H2O2 ● Estágio químico: ligação de radicais livres a moléculas importantes (poucos segundos). ● Estágio biológico: essa transferência gera ocorrência de alterações morfológicas e funcionais (dias até anos) Classificação dos efeitos ● Tempo de manifestação : agudas (imediatos); crônicos (tardios). ● Célula atingida: somáticos e hereditários ● Energia depositada: estocástico e determinístico. Síndrome aguda da radiação Síndrome prodrômica ● Minutos a um dia após a exposição; ● 1,5 Gy; acima de 1,5 Gy- quanto maior, mais grave os sintomas e mais tempo de duração. ● Náusea, vômito, diarreia e mal estar generalizado ● Severidade e duração associados com a dose. ● Doses muito altas de radiação em pouco tempo de exposição; ex: radioterapia Período de latencia ● Tempo entre a exposição e o início dos reais sintomas. ● Segundos a dias após a exposição. ● Duração é função da dose absorvida. ● Quanto menor o período de latência maior a gravidade dos sintomas. Síndrome hematopoiética ● Alteração dos elementos sanguíneos ● 2 a 7 Gy ● Infecção( granulocitopenia, linfopenia) ● Hemorragia (trombocitopenia) ● Anemia (queda de eritrocitos) Síndrome gastrointestinal ● 7 a 15 Gy (danos aos TGI) ● alteração na superfície da mucosa (ulceração e hemorragia) Síndrome do SNC e cardiovascular ● Exposição acima de 50 Gy (morte em 1 a 2 dias) ● Queda acentuada da pressão arterial e necrose do músculo cardíaco. ● Falta de coordenação e convulsões ● Efeitos da radiação na cavidade oral Mucosa oral ● Mucosite (após a segunda semana) ● Regeneração em dois meses após o término Tecido ósseo ● Osteorradionecrose: osso hipovascular e hipocelular Papilas gustativas ● Perda de paladar (após a segunda/terceira semana) regeneração em dois meses após o término Glândulas salivares ● Xerostomia (primeiras semanas) Estocásticos ● Sem limiar de dose ● Associado à exposição a baixas doses de radiação ● Longo período de latência ● Probabilidade de ocorrência do dano proporcional a dose ● Efeito somático: indução de câncer Determinísticos ● Com limiar de dose. ● Associado à exposição a altas doses de radiação. ● Curto período de latência ● A severidade do dano é proporcional a dose ● Efeito somático catarata, esterilidade temporária ou permanente, eritema, osteorradionecrose; catarata 2 Gy. Fatores que afetam o risco ● Dose de radiação ● Unidade SI: Gray (Gy) = 1 joule/Kg ● Unidade original: 1 rad= 100 erg/g ● 1 Gy= 100 rads Tipo de radiação Transferência Linear de Energia (TLE) Dose equivalente (Ht) HT= DR x WR (fator de peso da radiação) Unidade original: rem 1 Sv= 100 rems Frequência de aplicação ● Tamanho da área irradiada ● Tipo de órgão tecido ou célula Lei de Bergonié e tribondeau (1906) RC= capacidade de reprodução grau de diferenciação Radiossensíveis ● Células do tecido hematopoiético ● Células do epitélio gastrointestinal ● Células germinativas Radioresistentes ● Células musculares ● Células nervosas ● Células do fígado, rins e pâncreas ● Dose efetiva (E) E = ∑HT X WT (fator de peso do tecido) ● Unidade SI: Sievert (Sv) Proteção radiológica ● ICRP (International Commission on Radiological Protection): Sistematização de recomendações de radioproteção. ● ICRU (International Commission on Radiation Units): define as unidades utilizadas em radioproteção. ● UNSCEAR (United Nations Scientific Committee on the Effects of Atomic Radiation) Pesquisa acerca dos efeitos biológicos das radiações. ● CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear): Órgão regulamentador em radioproteção. Justificação da prática: Nenhuma prática que envolva radiação deve ser autorizada a menos que produza suficiente benefício para o indivíduo exposto ou para a sociedade, de modo a compensar o detrimento que possa ser causado. Otimização da Prática: toda prática que utilize ionizantes deve ser conduzida de forma que o nível de radiação seja mantido o mais baixo possível (ALARA- as low as reasonably achievable) *atualmente usa-se o termo ALADA (as low as diagnostically achievable) Limitações de doses: Os limites de doses individuais são valores de dose estabelecidos para exposição ocupacional e exposição do público decorrentes de práticas controladas, cujas magnitudes não devem ser excedidas. Pessoas ocupacionalmente expostas → 2 mSv/ano público → 1 mSv/ano Agência Nacional de Vigilância Sanitária Ministério da Saúde: diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico e de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico e instruções normativas. Medidas de proteção do paciente ● Avaliação da necessidade do exame radiográfico ● verificação de frequência de realização dos exames radiográficos ● determinação técnica radiográfica adequada. ● seleção do receptor de imagem adequado ● utilização de proteção plumbífera. Medidas de proteção do profissional ● posicionamento correto no local destinado para a realização do exame ● monitoração individual ● utilização de proteção plumbífera. Biológico ● Transmissão de microorganismo patógenos; medidas de precaução padrão. ● Controle de infecção. Medidas de precaução universal São conjunto de medidas de controle de infecção, para serem adotadas universalmente, como forma eficaz de redução do risco ocupacional e de transmissão de microrganismos nos serviços de saúde. ● Higienização das mãos utilização de EPIs ● Preparo adequado do ambiente, artigos e equipamentos. ● Manejo adequado dos resíduos do serviço de radiologia. Químico Exame radiográfico convencional; descarte de resíduos químicos. Reduzido em razão do uso do sensor.
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