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1 BBPM IV Patologia NEOPLASIAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) • Grupo de tumores benignos ou malignos primários ou tumores secundários que são o resultado de metástases de um sítio primário localizado fora do cérebro. • Na maioria dos pacientes, a causa é desconhecida. • Gliomas são os tumores primários mais comuns (população geral). • Tumores cerebrais primários em adultos: o Aproximadamente 70% ocorrem acima do tentório do cerebelo. o Glioblastoma (50%), Meningioma (17%) e Astrocitoma (10%). • Tumores cerebrais primários em crianças: o Segunda causa mais comum de câncer entre crianças. o Aproximadamente 70% ocorrem abaixo do tentório do cerebelo (infratentorial). o Meduloblastoma (24%; mais comum em homens), Astrocitoma Pilocítico (20%) e Glioblastoma (20%). • A maioria dos tumores primários do SNC são esporádicos. • Cinco por cento estão associados a síndromes hereditárias. • Os fatores de risco para o desenvolvimento de tumores do SNC incluem: 1. Síndrome de Turcot (Sindrome Glioma- Polipose): cursa com gliomas e pólipos intestinais; 2. Neurofibromatose (manchas “café ou leite” e tumores periféricos); 3. Síndrome de von Hippel-Lippau (angioblastomose cerebelorretiniana → tumores no cerebelo, e tumores renais, adrenais e pancreáticas - autossômica dominante); 4. Síndrome de Li-Fraumeni (mutações no p53 → gene de supressão tumoral, cursa com sarcomas, carcinomas, linfomas, tumores SNC e Adrenais, é uma síndrome Autossômica Dominante); 5. Retinoblastoma: tumor na retina; 6. Esclerose tuberosa (mutações em TSC1 e TSC2, síndrome multitumoral, nódulos subependimários); 7. Síndrome de Gorlin (Síndrome do Carcinoma Basocelular Nevóide e Queratocistos mandibulares); 8. Exposição à radiação ionizante (meningiomas, gliomas, tumores da bainha nervosa); 9. Refino de petróleo; 10. Fabricação de borracha; 11. Idade> 65 anos (certos tipos de tumores cerebrais). Quanto maior a idade, maior a chance de apresentar determinados tumores. ACHADOS CLÍNICOS GERAIS: • Cefaleia (20% no início): o Tende a piorar durante a noite e costuma acordar a pessoa. o Acompanhado de náuseas e vômitos. • Convulsões (> 30% dos casos): o O tipo de ataque depende do local. o Mais comum em tumores de baixo grau (tendem a ser mais compressivos que infiltrativos) do que em tumores de alto grau. • Sintomas e sinais de hipertensão intracraniana: Vômitos em jato (não precedido de náuseas). • Sinais neurológicos focais: Alterações sensoriais, fraqueza muscular, distúrbios visuais, disfunção cognitiva (alterações de memória ou personalidade). EXAMES DE IMAGEM: 1) Ressonância magnética com gadolínio (contraste). 2) A Tomografia craniana é útil se houver cálcio ou hemorragia. 3) A ressonância magnética funcional para medir a atividade cerebral ao detectar alterações associadas ao fluxo sanguíneo cerebral. 4) Tomografia por emissão de pósitrons (PET) AS CÉLULAS ASTRÓCITOS • Suporte estrutural do cérebro; 2 BBPM IV Patologia • Ajuda a transportar nutrientes para os neurônios; • Tamponamento iônico no espaço extracelular, particularmente K +; • Ajuda a remover transmissores químicos liberados por neurônios ativos; • Os podócitos finais circundam os capilares cerebrais, absorvem a glicose e promovem a formação da barreira hematoencefálica, regulando entrada de substâncias; • Durante o dano neuronal, pode proliferar e fagocitar neurônios que estão morrendo; I. Glia radial: progenitora que guia a migração de neurônios, crescimento direto dos axônios durante o desenvolvimento do cérebro; II. Astrócitos fibrosos: encontrados na substância branca; III. Astrócitos protoplasmáticos: encontrados na massa cinzenta. • Na imagem abaixo, observa-se, em rosa, as neurofibrilas e axônios neuronais. É possível observar as células gliais. Astrócitos são grandes, com núcleo mais claro que as outras células da glia, com cromatina granulosa e heterogênea. • Podócitos são prolongamentos dos astrócitos dando sustentação a outras estruturas. Na figura abaixo, nota-se que os astrócitos emitem prolongamentos em direção a estruturas vasculares, formando a barreira hematoencefálica. OLIGODENDRÓCITOS • Sintetizar a mielina. • Uma única célula mieliniza segmentos axonais de vários neurônios. • Sintetizam mielina no SNC. • São redondos, escuros, cromatina mais homogênea, são menores que astrócitos. Apresentam um espaço claro ao redor dos oligodendrócitos, bem característico. CÉLULAS DE SCHWANN (SNP) • Uma única célula mieliniza apenas um segmento de um único axônio no sistema nervoso periférico por vez. • Secreta fatores de crescimento críticos para a regeneração de axônios danificados no SNP. • São células achatadas, presentes no sistema nervoso periférico. 3 BBPM IV Patologia CÉLULAS MICROGLIAIS • Derivam-se de monócitos derivados da medula óssea; • Agem como os macrófagos do SNC; • Migram para o cérebro durante o desenvolvimento e tornam-se microglia residente; • Ativam-se para fagocitar células mortas após dano ao SNC. • São células pequenas e achatadas. CÉLULAS EPENDIMÁRIAS • Células não neuronais dentro do SNC; • Células epiteliais coróides: células ependimárias especializadas que produzem LCR; • A maioria das células ependimárias tem cílios (para ajudar na fluidez e movimentação do líquor) ou microvilosidades nos processos apicais que se movimentam para mover o LCR. • Revestem cavidades ventriculares. • Cílios batem para promover fluidez do líquor. TOPOGRAFIA • Atentar-se para a divisão entre neoplasias intra e supra tentoriais. • Neoplasias supra-tentoriais são mais comuns em adultos e infra-tentoriais em crianças. • Intra-axial: dentro do cérebro e da medula espinhal; • Intramedular: dentro da medula espinhal; • Extra-axial: fora do cérebro e da medula espinhal (como meningioma); • Extramedular: não dentro da medula espinhal; • Supratentorial: membrana tentorial acima – cérebro; • Infratentorial: abaixo da membrana tentorial - cerebelo, tronco cerebral ou medula espinhal. LOCALIZAÇÃO DOS TUMORES • Cerca de 85% dos tumores primários do SNC estão na cavidade craniana e 15% no canal espinal. • Nas crianças, predominam na fossa posterior (70%), região intra-tentorial. • Em adultos, nos hemisférios cerebrais (geralmente supra-tentorial). • Cada tumor tem preferência, às vezes exclusiva, por certas regiões. o Meduloblastoma, exclusivo do cerebelo. 4 BBPM IV Patologia o Glioblastomas ocorrem nos hemisférios cerebrais, e praticamente nunca no cerebelo. • Um tumor pode ter comportamentos diferentes segundo sua topografia. 1) Astrocitomas do cerebelo (crianças) são do tipo pilocítico, de crescimento lento e curado com exérese. 2) Astrocitomas de hemisférios cerebrais (adultos) são do tipo difuso, com tendência para transformação maligna em GBM (glioblastoma → é por definição uma neoplasia de alto grau). • A localização do tumor é indispensável no pedido de exame e influencia decisivamente no diagnóstico. Além de ser fundamental para avaliar o prognóstico dos pacientes. CRESCIMENTO E DISSEMINAÇÃO • O crescimento expansivo (não infiltrativo e bem delimitados), que vai empurrando estruturas, é próprio dos meningiomas e schwannomas. • Já os tumores neuroectodérmicos (gliomas) apresentam crescimento infiltrativo, ausência de limites nítidos (mistura-se com parênquima cerebral) e de cápsula. o Mesmo quando macroscopicamente parecem delimitados, mostram infiltração no exame histopatológico (difícil a excisão cirúrgica completa). • Os meduloblastomas têm tendência a disseminar pelo líquor para as leptomeninges, inclusive espinais. Nesses casos, indica-se a radioterapia de todo eixo, para conter infiltração. • Os glioblastomas também podem apresentardisseminação meníngea. - Glioblastomas não dão metástase para fora da cavidade craniana e canal espinhal. GLIOMAS • Variam de aspecto e comportamento biológico conforme o local de origem no SNC. • Graduação OMS: o Astrócitos e oligodendrócitos são populações muito características do SNC, apresentam a mesma origem. Quando apresentam transformação maligna (tumoral), eles podem evoluir para estruturas menos diferenciadas ou, algumas vezes, assumir as duas morfologias, sendo chamados de oligo-astrocitoma. o O astrocitoma pilocístico: tumor de baixo grau (grau I), é circunscrito, são tumores cerebelares de crianças, prognóstico favorável, bem diferenciado, parecem suas células de origem (astrocitoma). o Gliomas de morfologia difusa já começam em grau II, podendo evoluir até o grau IV. Podem ser astrocitomas difusos de baixo grau (dependendo da morfologia, são chamados de oligodendroglioma, oligoastrocitoma, astrocitoma). Num grau mais intermediário (grau III), transformam-se em anaplásicos (ou difusos grau III). Conforme ganha mutações, evolui para grau IV, denominado de glioblastoma. o Tipos: ASTROCITOMA PILOCÍTICO • Tumores de menor grau. • Comportam-se de forma totalmente diferente dos astrocitomas difusos. • São tumores de evolução lenta e passíveis de exérese cirúrgica, com cura em até 90% dos casos. • Predominam largamente na primeira e segunda décadas (tumores de pessoas jovens), com rápido decréscimo nas seguintes. • Estão localizados mais frequentemente no cerebelo, e mais em hemisférios cerebelares que no vermis. Outros locais comuns são a região hipotalâmica e as vias ópticas e, menos comumente, nos hemisférios cerebrais. • Praticamente nunca há transformação maligna para glioblastoma e o prognóstico é bom após cirurgia. • Radioterapia não é empregada porque o tumor é de crescimento muito lento e não disseminado. • Macroscopia: o São tumores bem delimitados e geralmente císticos. o O cisto contém líquido amarelado. o Na parede do cisto há uma área mais saliente, onde a neoplasia é mais espessa. o Não encapsulado (cisto sem delimitação evidente). • Microscopia: 5 BBPM IV Patologia o São bem diferenciados (parecem muito as células de origem), com baixa celularidade. o Geralmente, coexistem dois padrões histológicos básicos, mas pode haver só um ou outro. a) Padrão pilocítico: as células têm longos e finos prolongamentos que se dispõem em feixes, como uma cabeleira. São observadas estruturas hialinas, chamadas fibras de Rosenthal entre os prolongamentos celulares (são de grande valor diagnóstico, embora possam também ser encontradas em processos de gliose de longa duração). b) Padrão protoplasmático: com microcistos situados entre as células neoplásicas (degeneração microcística). • Na imagem abaixo, é possível observar um cisto grande com uma substância gelatinosa no centro. • Na figura abaixo, observa-se o padrão protoplasmático na figura a esquerda com várias estruturas microcísticas. São lesões vazias com revestimento de astrócitos neoplásicos. À direita (na figura inferior), observa-se o padrão pilocítico, com semelhança a cabelinhos. Observa-se fibrilas entre as células. Trata-se de uma lesão proliferativa devido a alta proliferação celular observada nas imagens. À direita, superiormente, observam-se as fibras de Rosenthal, uma estrutura rosa presente no padrão pilocítico. ASTROCITOMAS DIFUSOS • São tumores comuns em adultos, com pico de incidência na meia idade. • Começam no grau II, de acordo com a classificação da OMS. • Macroscopia: o Situam-se na substância branca de um dos hemisférios cerebrais. o São mal delimitados, mesclando-se imperceptivelmente com o tecido nervoso em volta. o Geralmente é impossível definir onde acaba o tumor. o Nunca são encapsulados. o A cor é geralmente branca ou cinzenta, mas não raro há cistos com conteúdo líquido, áreas de necrose liquefativa do parênquima cerebral (amareladas), ou áreas de hemorragia (vermelhas), em especial na parte interna do tumor. o A consistência parece-se com a do tecido nervoso normal (mas pode ser mais firme ou mais mole). • Microscopia: o Os astrocitomas têm aspecto variável segundo o grau de diferenciação. o Os tumores bem diferenciados (grau II) são constituídos por células que lembram astrócitos normais ou patológicos. o Os astrócitos neoplásicos podem ser: a) Fibrilares: produzem muitas fibrilas gliais. São tumores de baixa celularidade, geralmente poucas atipias, e podem até confundir-se com uma área de gliose reacional. As células têm prolongamentos filamentosos, e o espaço entre as células é preenchido por uma trama fibrilar. b) Protoplasmáticos: produzem poucas fibrilas gliais. Têm maior celularidade que os fibrilares e os prolongamentos celulares são curtos. Não raro 6 BBPM IV Patologia apresentam pequenos cistos contendo material amorfo basófilo entre as células. c) Gemistocíticos: lembram astrócitos gemistocíticos reacionais (apresentam citoplasma maior, são mais eosinofílicos). Contudo, há perda da relação núcleo-citoplasma, atipias nucleares e multinucleação. • É raro que um astrocitoma cerebral seja histologicamente homogêneo. Contém vários tipos juntos. • Os astrocitomas difusos bem diferenciados são considerados como grau II de malignidade pela OMS. • Os astrocitomas menos diferenciados são denominados astrocitomas anaplásicos (grau III de malignidade), e os mais malignos, glioblastoma (grau IV). • Graduação dos astrocitomas difusos pela OMS: o Critérios: 1. Grau II: um critério que consiste na presença de atipias nucleares. Tumor muito parecido com células normais. 2. Grau III: apresenta dois critérios, sendo a presença de atipias nucleares e mitoses (visto pelo índice de ki-67 na imuno-histoquímica). 3. Grau IV: apresenta 3 ou 4 critérios, sendo a presença de atipias, mitoses (ki-67), proliferação vascular e/ou necrose. OLIGODENDROGLIOMAS • São tumores de hemisfério cerebral de adultos, com incidência menor que os astrocitomas e glioblastomas. • Macroscopia: o Formam massas acinzentadas, geralmente melhor delimitadas que os astrocitomas. o Calcificações são comuns. • Microscopia: o São formados por oligodendrócitos, que são células pequenas, com núcleo redondo e citoplasma claro, geralmente com halo vazio em volta do núcleo (aspecto em ovo frito). o A impressão é de regularidade. o Os vasos são delicados, com ramificação dicotômica, e formam uma trama comparada a tela de galinheiro (vasos bifurcados). o Geralmente não se observa a proliferação endotelial característica dos glioblastomas. • Embora sejam relativamente bem delimitados e histologicamente diferenciados, tendem a recidivar após a retirada cirúrgica, já que esta raramente pode ser completa. • O grau de malignidade dos oligodendrogliomas comuns é grau II da OMS, e pode aumentar nas recidivas, passando a grau III, ou oligodendroglioma anaplásico (GBM). • Na imagem abaixo, observa-se tal formação tumoral, com uma delimitação falsa, visto que não se sabe ao certo onde ele acaba. • Na imagem abaixo à esquerda, nota-se que o tumor apresenta células regulares. Na imagem à direita, observam-se calcificações. • O oligodendroglioma é um tumor originado em oligodendrócitos, mais frequente em hemisférios cerebrais de adultos. Macroscopicamente tende a ser bem delimitado. O aspecto histológico é caracterizado por células uniformes, arredondadas e sem prolongamentos. Há um vacúolo perinuclear, dando à célula o chamado aspecto em 'ovo frito'. Os vasos são 7 BBPM IV Patologia delicados e formam uma fina trama que divide o tumor em lóbulos, aspecto comparado a 'arame de galinheiro'. Calcificações são comuns. O tumor tende a recidivar após extirpação cirúrgica.GLIOBLASTOMA • Pior evolução destas neoplasias. • Corresponde à tumor astrocítico difuso com máximo grau de malignidade. • A localização e incidência etária são as mesmas dos astrocitomas difusos de baixo grau. • Um glioblastoma pode originar-se através de malignização de um astrocitoma difuso pré-existente ou já se iniciar como tumor de alto grau (como uma nova neoplasia). • Macroscopia: o Apresenta-se como massa expansiva mal delimitada na substância branca de um hemisfério cerebral. o Necrose é muito comum e pode envolver a maior parte do tumor. o Pode haver formação de cistos e/ou hemorragia. o Há comumente edema peritumoral e desvio da linha média, com hérnias (herniações do tentório). o Em alguns casos o tumor infiltra o corpo caloso, passando ao hemisfério contralateral (tumor em asa de borboleta) → sinal de malignidade nos tumores que cruzam a linha média. • Microscopia: o Atipias celulares: As células nos glioblastomas são astrócitos em graus variados de diferenciação. Os menos diferenciados são pequenos, com citoplasma escasso e poucos prologamentos curtos. Pode ter células gigantes multinucleadas. o Mitoses: são facilmente observadas. Algumas são atípicas (mitoses bizarras). o Proliferação vascular: Característica importante, justifica eventos hemorrágicos nos tumores. Há aumento do número de capilares, tanto no tumor como no tecido nervoso em volta. São capilares proeminentes, cujo aspecto pode lembrar glomérulos renais, sendo por isto denominados pseudo-glomérulos. As células endoteliais destes capilares são numerosas e com núcleos tumefeitos. É muito comum trombose nestes vasos anômalos, que é responsável em parte pela necrose. o Necrose coagulativa: Pode ser extensa a ponto de envolver quase todo o tumor (o que pode dificultar o diagnóstico). Há áreas necróticas menores, de contornos geográficos, em cuja periferia as células neoplásicas estão concentradas e dispostas em paliçada (necrose em pseudo-paliçada) → células uma ao lado da outra, circulando centro necrótico. o Na periferia do glioblastoma as células neoplásicas podem concentrar-se em volta de neurônios, ou podem avançar pela leptomeninge, entrando no tecido nervoso pelos espaços de Virchow-Robin. Com isso, a neoplasia pode correr pela linha média e ser caminho contralateral. o Numa biópsia cerebral que não tenha atingido o tumor, o diagnóstico pode ser possível pela observação de células neoplásicas nos espaços de Virchow, em torno de pequenos vasos corticais. • Aspectos Clínicos: o O glioblastoma é um tumor muito grave, de crescimento rápido. A história clínica é de poucos meses. O quadro caracteriza-se por: a) Síndrome de hipertensão intracraniana (cefaléia, vômitos em jato, edema de papila); b) Sinais de localização conforme a área atingida (hemiparesias, parestesias, afasias, hemianopsia). c) Crises convulsivas em paciente adulto não epiléptico devem sempre levantar suspeita de tumor intracraniano. • O tratamento é cirúrgico e visa a retirada da maior quantidade possível (a ressecção completa é muito difícil) de tumor para descomprimir o cérebro e aliviar a hipertensão intracraniana. É quase sempre impossível a retirada total, devido à má delimitação e às graves sequelas da ablação de áreas funcionantes. • Usa-se radioterapia como adjuvante. • Quimioterapia tem pouco efeito. • O prognóstico de glioblastomas ainda é péssimo, porque o tumor inevitavelmente apresenta recidiva. A sobrevida dificilmente ultrapassa 6 meses a 1 ano após o diagnóstico. • Pela graduação da OMS para astrocitomas difusos, o glioblastoma multiforme apresenta grau IV, com atipias, mitoses, proliferação vascular e/ou necrose. ACHADOS MACROSCÓPICOS DOS GLIOMAS • Na imagem abaixo, nota-se no hemisfério esquerdo um aumento da substância branca. Tumor é amarelado, faz efeito de massa, comprime ventrículo. 8 BBPM IV Patologia • Na imagem abaixo, nota-se uma progressão tumoral para alto grau. Há áreas anaplásicas, com regiões hemorrágicas. • Outros exemplos de astrocitomas e glioblastomas de hemisférios cerebrais nas imagens abaixo. Astrocitomas podem iniciar-se como tal e sofrer transformação para glioblastoma ao longo da evolução. Geralmente isto ocorre nas áreas mais centrais (onde estão as lesões hemorrágicas) e leva anos. Glioblastomas podem derivar de astrocitomas ou originar-se já como glioblastomas. O diagnóstico diferencial é baseado em critérios histológicos. • Lesões podem promover efeito de massa e comprimir ventrículos. • Na imagem abaixo observa-se hemorragia em glioblastomas: Glioblastomas são os tumores primários do SNC que mais sofrem hemorragias, devido à alta vascularização. Ainda assim, hemorragia é mais comum em metástases que em gliomas. Na periferia, é possível observar pontinhos avermelhados, que podem ser vasos tumorais ou estruturais congestos ou hemorrágicos. Apresenta efeito de massa. • Na imagem abaixo, observa-se infiltração em glioblastomas. Glioblastomas têm alto poder infiltrativo e podem propagar-se à distância no mesmo hemisfério através de tratos da substância branca. Podem também propagar-se ao outro hemisfério pelo corpo caloso, como demonstrado aqui. A isto se chama 'tumor em asa de borboleta'. Apesar da tendência a infiltrar o tecido nervoso, glioblastomas praticamente nunca dão metástases fora do SNC. ➔ Atinge a linha média e passa para o outro hemisfério cerebral. 9 BBPM IV Patologia ACHADOS MICROSCÓPICOS DOS GLIOMAS • Na imagem abaixo, é difícil observar o limite entre a área tumoral e não tumoral. Na região tumoral, observa-se áreas de necrose, áreas granulosas. Células adentram o parênquima normal. Observa-se a preserva de gliose na região de córtex normal, mas sem atípicas citológicas. • Glioses de alto grau nas imagens abaixo, em que é possível observar mitoses atípicas, alto grau proliferativo, hipercelularidade. • No mioblastoma, observam-se proliferações vasculares, presentes na imagem abaixo, como proliferações grosseiras, com endotélio com várias camadas de revestimento (mitose do componente endotelial), sendo um sinal de grande angiogênese. o Ao redor da estrutura vascular, observa-se o espaço de Virchow (espaço branco). • Na figura abaixo, observa-se a presença de necrose, que pode ser secundária ao processo de trombose dos vasos. Há um núcleo central de necrose e células organizados em paliçada ao redor (em disposição paralela umas às outras). • Vasos formados pela angiogênese podem levar a quadros de trombose. Na figura abaixo, observa-se que a área ao redor do vaso com trombo já apresenta necrose (área granulose). 10 BBPM IV Patologia ESQUEMA COM ACHADOS DAS NEOPLASIAS GLIAIS • Observa-se que a evolução do quadro neoplásico leva a um aumento da celularidade, mitoses, perdas de mecanismos de reparação, aumento de fatores de crescimento vasculares. Além disso, observam-se vasos de aspecto glomeruloide e muita secreção de fatores angiogênicos. CLASSIFICAÇÃO OMS 2016 • A atualização de 2016 incorpora muitas mudanças significativas, sendo a mais importante a definição de novas entidades com base em características moleculares e fenotípicas associadas. • Os gliomas foram totalmente reestruturados; astrocitomas e oligodendrogliomas estão agora na mesma categoria ("tumores astrocíticos e oligodendrogliais difusos"), que são posteriormente definidos pela presença ou ausência de mutações de IDH e codeleção 1p/19q. • SOE (sem outra especificação): Terminologia a ser usada quando a informação molecular é insuficiente, seja porque o teste não pode ser totalmente realizado ou os resultados não se enquadram em uma categoria definida. • Nova classificação: o Pesquisar principalmente:IDH (mutante ou selvagem), ATRX e codeleção de 1p/19q. A partir do resultado dos marcadores, é possível classificar as neoplasias. o Olidodendogliomas apresentam a codeleção 1p19q por definição o O astrocitoma tem IDH mutante TUMORES EPENDIMÁRIOS EPENDIMOMA • São neoplasias de células ependimárias, portanto em relação topográfica com os ventrículos. • Podem originar-se nos ventrículos laterais ou no IV ventrículo. • A distribuição etária é ampla, indo de crianças até a idade adulta. • Têm tendência a repetidas recidivas pós-cirúrgicas e o prognóstico final é sombrio. • Ependimomas comuns são grau II da OMS e há ependimomas anaplásicos, considerados grau III. • Macroscopia: Formam massas acinzentadas, bem delimitadas, que podem ter aspecto em couve-flor (papilífero), e fazer saliência no interior do ventrículo, mas infiltram o tecido cerebral adjacente. • Microscopia: o As células são geralmente bem diferenciadas e uniformes. o Tendem a arranjar-se radialmente ao redor de vasos, aos quais lançam um prolongamento. Os núcleos ficam a certa distância do vaso, deixando um halo anucleado (róseo) perivascular (pseudorosetas perivasculares). Em aumento fraco isto dá ao tumor um aspecto malhado (alternância de áreas ricas e pobres em núcleos), comparado a pele de leopardo. o Pode também haver rosetas com centro vazio, chamadas rosetas verdadeiras ou de Flexner, que reproduzem estruturas normais formadas por células ependimárias nas proximidades dos ventrículos ou do canal central da medula. • Aspectos macroscópicos de ependimoma, tumor originado no epêndima (neuroepitélio que reveste os ventrículos cerebrais e o canal espinal). • O tumor tende a localizar-se nas proximidades do sistema ventricular. Cerca de metade ocorrem no IV ventrículo, o restante no andar supratentorial. São 11 BBPM IV Patologia massas moles, acinzentadas, às vezes com hemorragias, e com notória tendência a recidivas. A maior incidência é na infância, decrescendo gradualmente na idade adulta. • Na imagem abaixo, observa-se sua ocorrência no IV ventrículo. • Na microscopia, o aspecto mais característico do ependimoma é a disposição perivascular das células, formando as chamadas pseudorosetas perivasculares. As células lançam um prolongamento à parede do vaso, mas o núcleo fica na periferia a certa distância. Isto cria áreas anucleadas perivasculares que dão ao tumor, em pequeno aumento, um aspecto ' em pele de leopardo'. Em outras áreas, as células neoplásicas podem formar rosetas e canais ependimários com centro vazio, que imitam o epêndima normal. o Há uma população uniforme de células, com celularidade aumentada. Há espaços claros róseos, que correspondem a rosetas verdadeiras (quando não há vasos no centro, lança prolongamentos para centro com substância amorfa). o Podem também se formar pseudorosetas perivasculares: apresenta excentricidade dos núcleos, com prolongamentos citoplasmáticos até uma estrutura vascular. MEDULOBLASTOMA • São tumores de origem neuroectodérmica, mas não derivam de células da glia e sim de neurônios imaturos presentes em uma fase do desenvolvimento do cerebelo (neoplasias mais comuns em faixas etárias mais baixas). • A incidência é maior na infância, com pico na primeira década. Porém podem ocorrer em adolescentes e adultos jovens. 12 BBPM IV Patologia • Meduloblastomas têm localização cerebelar exclusiva, isto é, não são encontrados fora do cerebelo. Isto se deve a que suas células de origem existem apenas no cerebelo. • Fisiopatogenia: o Após 6 meses de idade, o córtex cerebelar é constituído por três camadas: camada molecular (superficial), camada granulosa (profunda) e a camada de células de Purkinje entre as duas. o A camada granulosa se forma durante a vida intrauterina por neurônios imaturos que inicialmente têm localização submeníngea, formando a camada granulosa externa. Estes migram através da camada molecular assumindo a posição definitiva mais profunda (camada granulosa interna). o A camada granulosa externa é espessa ao nascimento, e vai desaparecendo gradualmente até cerca do 6º mês, a partir de quando não é mais encontrada. o A origem dos meduloblastomas é atribuída a neurônios imaturos remanescentes da camada granulosa externa, que sofrem transformação neoplásica. o É então um resquício da embriogênese das células granulares que persistem na camada externa, que podem evoluir para transformação neoplásica. • Macroscopia: o Meduloblastomas formam massas relativamente bem delimitadas, em geral na linha média (vermis) do cerebelo em crianças. o Comprimem o IV ventrículo, obstruindo o fluxo liquórico, causando hidrocefalia e hipertensão intracraniana. o Em pacientes de mais idade, a tendência é a localização em um hemisfério cerebelar. o O tumor é branco ou róseo-acinzentado, homogêneo. o Geralmente não há necrose nem hemorragias. o Apesar de aparentemente bem delimitado, o tumor é altamente infiltrativo e apresenta forte tendência a disseminação pelas leptomeninges de todo o neuro-eixo, em especial do próprio cerebelo e da medula espinal. • Microscopia: o São pouco diferenciados, constituídos por células pequenas, com citoplasma muito escasso lembrando linfócitos, mas os núcleos são ovalados (padrão clássico). o Tumor de células redondas e Azuis. o Mitoses são comuns. o As células se distribuem de forma homogênea. o Geralmente há pouca necrose e não se observa proliferação vascular. o O tumor infiltra a leptomeninge e penetra no sistema nervoso à distância pelos espaços de Virchow-Robin. • Hipertensão intracraniana e ataxia cerebelar (por crescer no cerebelo) podem estar presentes. • O tratamento consiste na retirada cirúrgica, seguida de radioterapia em todo o neuro-eixo. CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA: o Meduloblastoma clássico: ➔ Tumores não WNT / não SHH; ➔ Localização em linha média. o Meduloblastoma desmoplásico/nodular: ➔ Hemisférios cerebelares e linha média. ➔ Distribuição bimodal de idade. ➔ Síndrome de Gorlin: síndrome do carcinoma basocelular nevóide. ➔ SHH ativado. ➔ Resultado favorável em crianças pequenas em comparação com o não-desmoplástico. o Meduloblastoma com extensa nodularidade: ➔ Intimamente relacionado ao meduloblastoma desmoplásico. ➔ SHH ativado. ➔ Ocorre predominantemente em bebês. ➔ Excelente prognóstico. o Meduloblastoma anaplásico/de células grandes: ➔ Células indiferenciadas com pleomorfismo nuclear marcado, nucléolos proeminentes, envoltório de células e alta contagem mitóticas e apoptóticas. ➔ Associado a todas as variantes genéticas, mas mais comum em SHH ativado. • Meduloblastoma do grupo IV é mais comum. • WNT: prognóstico mais favorável. • Grupo 3: pior prognóstico. 13 BBPM IV Patologia • Na imagem abaixo nota-se que estas neoplasias geralmente comprimem o quarto ventrículo, bem delimitada, mas infiltrativa, com prognóstico ruim. • Na imagem abaixo, observa-se a morfologia do meduloblastoma. Apresenta células com pouco citoplasma, núcleo regular, células idênticas, células roxas (escuras, quanto mais roxo, maior a celularidade). Há mitoses. • Abaixo, observa-se o meduloblastoma desmoplásico, formando áreas mais rosas. São células bem pequenas e escuras (azuis), uma ao lado da outra, forma nódulos. 14 BBPM IV Patologia • Na figura abaixo, observa-se uma infiltração na substância branca do cerebelo, sendo difícil a delimitação da neoplasia. • Na imagem abaixo, observa-se a infiltração tumoral nas leptomeninges. MENINGEOMAS • São tumores benignos frequentes em adultos, perdendo apenas para os gliomas. • Seu pico é em torno de 45 anos. • A célula de origem é o fibroblasto aracnóideo, uma célula pavimentosa, que recobre a superfície externada aracnóide. o São mais numerosas nas vilosidades aracnóideas ou granulações de Pacchioni (estruturas especializadas para a reabsorção do líquor). o Fibroblastos aracnóideos normais podem formar grupamentos em arranjo concêntrico, lembrando um bulbo de cebola em corte transversal → células concêntricas. o O centro se calcifica, resultando um grânulo, o corpo psamomatoso. • A localização preferencial é na convexidade cerebral ao longo do seio sagital superior, local onde há maior concentração das granulações aracnóideas. • Podem também ocorrer na base do crânio, na goteira dos nervos olfatórios, e na região da sela turca (meningioma do tubérculo da sela). • A metade anterior da cavidade craniana é mais afetada. • No canal espinal são intradurais e extramedulares, mais comuns na região torácica. • Macroscopia: o São bem delimitados, aderidos à dura-máter, esféricos ou achatados. o Deslocam e comprimem o cérebro sem invadi-lo (efeito de massa). o Após remoção, deixam uma depressão na superfície cerebral. o A superfície do tumor é lobulada, lembrando couve-flor. o Não possuem cápsula. o A consistência é friável, mas pode ser firme, ou pétrea, quando o tumor é calcificado. o A superfície de corte é esbranquiçada e frequentemente mostra pequenas calcificações melhor percebidas à raspagem com faca, pelo ruído característico (corpos psamomatosos). o Não há necrose. o Pequenos meningiomas não são raros como achados de necrópsia. o Embora não infiltrem o cérebro, é comum que os meningiomas infiltrem a dura-máter e os seios venosos. o Quando infiltram a calota craniana causam espessamento do osso (hiperostose). o Infiltração na calota craniana não indica malignidade (uma exceção à regra básica da Patologia Geral), nem origina metástases. Um meningioma só é considerado maligno quando infiltra o tecido nervoso. São casos muito raros, designados meningossarcomas. • Microscopia: o São constituídos por células uniformes, núcleo redondo ou alongado, cromatina frouxa, citoplasma róseo, abundante, de limites imprecisos. 15 BBPM IV Patologia o As células podem arranjar-se segundo vários padrões, nos quais é baseada a classificação dos meningiomas. o Uma feição muito comum é a disposição concêntrica das células, em redemoinhos, lembrando bulbo de cebola. o O centro destes agrupamentos calcifica-se, chamando-se corpo psamomatoso, análogo aos da aracnóide normal. o Quando muito numerosos, denomina-se o tumor meningioma psamomatoso. o Os corpos psamomatosos resultam da deposição de cálcio em células neoplásicas degeneradas (calcificação distrófica). • O quadro clínico é insidioso, devido ao crescimento lento do tumor. o Meningiomas podem passar despercebidos por vários anos porque comprimem e deslocam o cérebro muito devagar. o Não causam edema cerebral. o Podem atingir volumes consideráveis, provocando pouco ou nenhum sintoma. • O tratamento é cirúrgico, não se associando radioterapia. o A maioria dos casos tem cura completa. o Há recidiva em pequena percentagem, especialmente nos tumores de difícil acesso, como os da base do crânio, porque a remoção total não foi possível. • Na figura, observa-se uma estrutura bem delimitada, com superfície lisa. • Na figura abaixo, nota-se na microscopia a formação de redemoinhos meningotelial. É possível que o meningioma esteja aderido à dura-máter. • Na figura abaixo, observam-se os corpos psamomatosos, que consistem em calcificações concêntricas entre células meningoteliais. CLASSIFICAÇÃO DOS MENINGIOMAS: o Classificados em grau I, II e III. o Depende do subtipo histológico, das mitoses, anaplasia e invasão erebral. o Classificação meningotelial é mais comum. SCHWANNOMAS • São os principais tumores do sistema nervoso periférico (nervos e raízes). • Origem nas células de Schwann. • São benignos, incidem na meia idade, mais comumente na 5a década. • Localização: o Os schwannomas de raízes (mais comuns que os de nervos) têm grande preferência pelas raízes sensitivas. o No crânio, ocorrem praticamente apenas no nervo vestíbulo-coclear (VIII par) e, muito mais raramente, na raíz sensitiva do trigêmeo. 16 BBPM IV Patologia o Os schwannomas do VIII par (nervo estato- acústico ou vestíbulo-coclear) localizam-se no ângulo ponto-cerebelar. A maioria destes schwannomas originam-se a nível do meato auditivo interno (osso temporal) causando dilatação deste orifício é um sinal radiológico precoce do tumor. o No canal espinal, schwannomas são frequentes, como os meningiomas, sempre em raízes sensitivas (dorsais). o Em nervos, os schwannomas ocorrem em troncos maiores, na face flexora dos membros, próximos ao cotovelo, punho e joelho e no mediastino posterior. • Macroscopia: São arredondados, sólidos, bem delimitados e, como os meningiomas, crescem lentamente, comprimindo, nunca invadindo o cérebro ou a medula. • Microscopia: o São constituídos por células fusiformes, com núcleos em forma de charuto, dispostas compactamente em feixes de várias direções. o Em corte longitudinal por um feixe, os núcleos de células vizinhas podem dispor-se lado a lado, formando paliçadas que se repetem de espaço em espaço. o Faixas anucleadas entre as paliçadas, conhecidas como corpos de Verocay, são constituídas apenas por prolongamentos celulares. ➔ Área mais rósea (em laranja na figura abaixo) e vazia entre as paliçadas (regiões fusiformes). • Na neurofibromatose do tipo 2 são comuns schwannomas múltiplos de raízes cranianas e espinais, nervos periféricos e simpáticos, isolados ou em continuidade com os neurofibromas plexiformes. • Schwannomas originados em raízes são sempre benignos. Os de nervos podem, raramente, malignar- se, mais frequentemente em casos de neurofibromatose. • Aspectos clínicos: o Schwannomas do acústico causam surdez progressiva, tonturas, vertigens, perda de equilíbrio, ataxia e dor retroauricular. o Pode haver paresia facial, disfonia e disfagia, relacionadas à compressão de nervos próximos. o Os sintomas duram meses ou anos. o Nos schwannomas espinhais há dor radicular, compressão medular (paraplegia, anestesia abaixo do nível do tumor). • O tratamento é cirúrgico. o A principal complicação do Schwanoma do acústico é o infarto da ponte por lesão da A. cerebelar anterior inferior, devido a sua localização. o Outro risco cirúrgico é a lesão do nervo facial, que ocorre em 1/2 a 2/3 dos casos.
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